O corpo mental (espírito) modela o corpo espiritual (perispírito) que, por conseguinte, define o corpo físico, assim, o perispírito ou psicossoma, formado de matéria sutil e plástica, é diretamente influenciado pelas ações mentais do espírito. Na falta de estímulo mental os órgãos que compõem o perispírito se atrofiam e se retraem dando início à ovoidização. Essa regressão biológica e da morfologia do corpo espiritual, que define o surgimento do ovóide, caracteriza-se pela contração paulatina da forma humana na perda dos membros, na grande redução do tronco levando, ao final, a uma massa compacta que pode variar em tamanho e coloração. Então, podemos afirmar que o ovóide configura-se pela ausência da forma e pela falência do processo consciente. Essas esferas vivas ou corpos ovóides, como nos ensinam os espíritos, possuem tamanhos entre uma laranja e um crânio humano, aproximadamente. Essa falta de estímulo mental é comumente motivada pelo monoideísmo, que se define na fixação do pensamente em uma única idéia, onde
tudo o mais se mostra desinteressante, levando o pensamento a permanente ciclo vicioso. Na obra “Evolução em dois Mundos”, André Luiz explica que as imagens mentais no monoideísmo são repetidas indefinidamente e que o espírito acaba perdendo a noção de espaço e de tempo. Nestas circunstâncias só a reencarnação possibilita a reversão do processo promovendo o despertamento da alma.
tudo o mais se mostra desinteressante, levando o pensamento a permanente ciclo vicioso. Na obra “Evolução em dois Mundos”, André Luiz explica que as imagens mentais no monoideísmo são repetidas indefinidamente e que o espírito acaba perdendo a noção de espaço e de tempo. Nestas circunstâncias só a reencarnação possibilita a reversão do processo promovendo o despertamento da alma.
A desvitalização do perispírito, fruto de um metabolismo vital extremamente reduzido e de pouquíssima atividade consciencial, causada pela ovoidização, significa sempre muita perda de tempo no processo evolutivo. Cabe lembrar, que o patrimônio espiritual, conquistado nos milhões de anos que marcam o surgimento do princípio inteligente até o ser pensante, bem como nas inúmeras experiências reencarnatórias
vividas pelo espírito, continua retido e não se perde. No entanto, grande esforço será demandado pela espiritualidade amiga e muitas reencarnações serão imprescindíveis para a devida reconstituição perispiritual.
Mas quais são as causas do monoideísmo? O Espiritismo nos mostra que as energias do pessimismo, da autodestruição, da angústia, a focalização do ódio, a revolta, a vingança, o orgulho, nos levam a um processo depressivo de longa duração que pode se transformar em uma idéia fixa. Nos dias atuais, em que a sociedade humana se encontra envolta no materialismo e distante do pensamento religioso, fica a certeza que o número de ovóides está aumentando.
No livro “Ícaro Redimido”, prefaciado pelo amoroso Bezerra de Menezes, os autores nos falam sobre os ovóides. A obra citada, que analisa a vida de Santos Dumont no plano espiritual, descreve a possibilidade de ovoidização inerente ao suicida que permanece em sono reparador, pois quando desperta e entra em contato com sua realidade desesperadora e na ausência de recursos íntimos, num instinto de auto defesa, mergulha nas zonas inferiores do inconsciente. Neste caso, o despertar é automaticamente inibido e passa a provocar a retração do metabolismo mental.
A ovoidização não pode ser admitida como fantástica ou absurda, pois está submetida às leis divinas e aos mesmos princípios da miniaturização ou restringimento, inerentes ao processo reencarnatório, como nos ensina a literatura espírita, mormente a referenciada por André Luiz, onde, na oportunidade, o perispírito sofre uma contração. No caso dos ovóides, a miniaturização, ou seja, a contração, ocorre fora do momento de nascer para a vida física, sendo, portanto, uma ocorrência patológica. Lembramos que o perispírito no seu caminhar evolutivo é um organismo energético, impulsionado por duas forças básicas: uma de expansão (caracterizada pelo aumento do metabolismo) e outra de contração (caracterizada pela diminuição do metabolismo). Os momentos do nascimento e da desencarnação são os ideais para a verificação destas forças. Na reencarnação temos o impulso contrativo do corpo espiritual e quando o espírito, por meio do perispírito, entra em contato com o corpo material dispara um impulso expansionista.
Os ovóides se alimentam, preferencialmente, das emanaçõespsíquicas de suas vítimas, encarnadas ou não, e comumente se fixam próximos ao centro cerebral, levando o hospedeiro ao esgotamento das energias mentais, causando graves transtornos. As vítimas dos ovóides, pela Lei de Ação e Reação, são as que possuem fatores predisponentes como a culpa, o remorso, o ódio, o egoísmo, onde as suas energias mentais
permitem vínculos menos nobres.
André Luiz, em “Libertação”, conta o caso de Margarida, que encarnada, sofria um intenso processo obsessivo, sendo vampirizada por dezenas de corpos ovóides atados ao seu cérebro perispiritual por meio
de fios sutis. Seus cruéis obsessores utilizavam os ovóides como parasitas espirituais, joguetes de subjugação e tortura. Na espiritualidade inferior os ovóides são usados como armas de perseguição e por isso são temidos, pois levam à depressão, à demência, à loucura etc.
A cura do ovóide é demorada e se dá por meio de inúmeras reencarnações. Os autores do livro “Ícaro Redimido” chamam essas reencarnações “frustradas”, de ensaios biológicos de desovoidização, pois produzem verdadeiras aberrações, mas de grande valor terapêutico para o refazimento do molde espiritual.
Tais ensaios resultam nas patologias da gravidez, nas deformações embrionárias entre outras. Mesmo assim, ainda nascerão como doentes mentais ou portadores de malformações genéticas. Mas, tristemente, apontam os espíritos, a maioria das vítimas da ovoidização não se restabelecerá completamente e será enviada para humanidades primitivas a fim de seguirem no processo evolutivo.
Uma prova física da existência dos ovóides são alguns casos de cisto dermoíde, que é uma malformação embrionária rara e não explicada completamente pela medicina. Consiste em um tumor que surge na região frontal do encarnado apresentando pêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas, cartilagens, ossos e dentes. Tais ocorrências demonstram, racionalmente, que junto com a vítima, o ovóide participou de um ensaio reencarnatório, onde intensamente vinculado ao seu hospedeiro no mundo espiritual, e na oportunidade da reencarnação, renasceu jungido a ele.
Que a dádiva do conhecimento espírita seja o fanal luminoso na condução dos nossos pensamentos, mantendo-nos vigilantes e cada vez mais imunizados contra as patologias da alma.
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Bibliografia pesquisada:
-Evolução em dois Mundos, André Luiz, psicog. Chico Xavier e Waldo Vieira, cap. XII e XV, FEB.
-Libertação, André Luiz, psicografia Chico Xavier, cap. VI, VII e IX, FEB.
-Obsessão / Desobsessão, Suely Caldas Schubert, cap. 16, FEB.
-Ícaro Redimido, Gilson Teixeira Freire e Adamastor (espírito), cap. II, VI a VIII, Inede.
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-Evolução em dois Mundos, André Luiz, psicog. Chico Xavier e Waldo Vieira, cap. XII e XV, FEB.
-Libertação, André Luiz, psicografia Chico Xavier, cap. VI, VII e IX, FEB.
-Obsessão / Desobsessão, Suely Caldas Schubert, cap. 16, FEB.
-Ícaro Redimido, Gilson Teixeira Freire e Adamastor (espírito), cap. II, VI a VIII, Inede.
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Fonte: Revista O Espírita nº 126, maio/agosto 2008.
Como se explica o caso de pessoas encarnadas que chegando em idade acima de 60 anos apresenta demencia temporal frontal com perda cognitiva e dificuldade de entendimento Isso pode estar relacionado com ovoides?
ResponderExcluirO perispírito é o corpo astral. A morte humana NÃO se verifica apenas fisicamente! Também morremos no plano astral, e seguimos para o Plano Mental puramente espiritual e feliz!
ResponderExcluirO corpo astral passa então a ser uma cadáver ou cascão astral, autoconsciente, em que o Espírito já o abandonou e se desintegrará aos poucos. E é esse cadáver astral que os médiuns se comunicam, causando-lhes imensos problemas de saúde física e mental por sugarem suas energias vitais para manterem-se vivos naquele plano.
Portanto, os "ovoides" nada mais são do que cadáveres astrais ou cascões desprovidos de seus Espíritos que o abandonaram há muito tempo, em seus últimos estados de decomposição. O Espírito DESCANSA e goza de pura felicidade em seu verdadeiro mundo espiritual, imaterial, chamado em sânscrito de Manas (mente espiritual) ou superior e lá permanece por tempo indeterminado, variando de 300 a 1500 anos terrestres para então novamente reencarnar. A mente inferior ou cognitiva fica com o corpo astral e se desintegra junto a ele, antes mesmo do próprio corpo astral, ou perispírito.
Cabe a Doutrina Espírita mudar esta crença de que o nosso Espírito jamais se desliga do perispírito, pois isto é um erro fatal dentro do Espiritismo! O corpo astral ou perispírito ainda é matéria.
Quando desencarnamos, nosso Espírito se desliga da matéria e irá para o Mundo Espiritual, chamado de Devachan pelos hinduístas, Sukhavatti pelos budistas, Céus pelos cristãos e mesmo de "terra sem males" pelos indígenas.
A segunda morte já está muito bem relatada e esclarecida em algumas obras de Chico Xavier! É assunto muito comum entre os ocultistas e esotéricos. Faltam vocês espíritas!