Hora de
aborrecimento ou desagrado
– tempo de silêncio e de
oração.
Esclarecer, analisar, observar,
anotar,
mas toda vez que o azedume
apareça, mesmo de longe,
deixar a conversação ou o
entendimento para depois.
Discutir, no sentido de
questionar ou contentar,
é o mesmo que atirar querosene à
fogueira.
Sempre que
nos adentramos na irritação,
a tomada de nosso pensamento se
liga, de imediato,
para as áreas da perturbação ou
da sombra.
Então, a palavra se nos
debita
na conta do arrependimento,
porque fàcilmente
exageramos impressões, esposamos
falsos julgamentos,
provocamos reações negativas
ou magoamos alguém
sem querer.
E o pior de tudo isso é que as
rupturas
nas relações harmoniosas do lar
ou do grupo fraterno
se principiam de bagatelas,
semelhantes às brechas diminutas
pelas quais se esbarrondam
vigorosas represas,
criando as calamidades da
inundação.
Saibamos
tolerar os dissabores e contratempos da vida,
arredando-os do cotidiano, como
quem alimpa um campo minado.
Aceitemos a reclamação alheia,
paguemos o prejuízo
que nos seja possível resgatar
sem maior sacrifício
e esqueçamos a frase impensada
ou o gesto de desconsideração
tantas vezes involuntários com
que nos hajam ferido.
Nunca valorizar ocorrências
desagradáveis
ou futilidades que pretendam
tisnar-nos o otimismo.
Há quem diga
que da discussão nasce a luz.
É provável seja ela, em muitos
casos,
um fator de discernimento,
quando manejada
por espíritos de elevada
compreensão; no entanto,
em muitos outros, nada mais
faz
que apoiar a discórdia e apagar
a luz.
Chico Xavier / Emmanuel
(espírito)
Fonte: NEECX - Núcleo de
Estudos Espíritas Chico Xavier
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