Do Oriente é que irrompe o dia; do Oriente é que vem a luz; e do amor na doce aurora nasce o imáculo Jesus.
Quando mais densas as sombras iam do mal sobre a terra, e a onda das ambições, que a maior desgraça encerra, empolgava os corações, desce do céu a humildade, a indulgência, a caridade, expondo-se às multidões.
Nem pompas, fausto ou grandeza, nem berço douro e arminhos, mas do pobre a singeleza, cantando pelos caminhos magos cantos de alegria, que evocam doce esperança no coração de Maria.
Senhor da paz e da fé, rei da luz e da verdade - hei-lo, o fanal da esperança, branca flor da caridade.
Saudemos, pois, jubilosos, cheios de santa emoção, ao que vai reinar para sempre sobre o nosso coração.
Como os pastores outrora, hosana ao Pai entoemos, e de seu filho os ensinos, pelos exemplos preguemos, e assim calmos e firmes, carreguemos nossa cruz, por Cireneus nossos guias, por fanal a sua luz.
Sejamos com ele só, como com o Pai ele um é; seja a Caridade o lema, tendo como escudo a Fé; para que o mundo conheça que é vindo o Consolador realizar a promessa feita pelo Redentor.
Inácio Bittencourt.
(Publicada no "Reformador" de dezembro de 1906)
Nenhum comentário:
Postar um comentário