Eternidade

Eternidade

domingo, 28 de outubro de 2012

SAUDADE


Doce presença da ausência...

Melancólica ausência que se faz presente...

Algo ou alguém que passou pelo caminho...

Alguém ou algo precioso que ficou, quando se foi obrigado a seguir, eis a dorida, no entanto dulçurosa expressão da saudade...

Nascida do amor é amor que se faz gratidão, enquanto é música de recordação na harpa dos sentimentos.

Se arde em chama de desespero, é o afeto, ainda, que adoeceu pelo contágio do egoísmo, e enlouqueceu.

Uma saudade, porém, há, mais profunda e mais sutil, que veste a alma de quando em quando e não pode ser expressa.

Faz-se melancólica e tinge-se de angústia.

Cenários, pessoas, ocorrências que se demoram nos painéis subconscientes da alma e deixam escapar clichês de tristeza e de dor, vindos dos longes dos tempos, expressam vivências queridas, amores que deixamos de merecer e permanecem à espera, enquanto no exílio do corpo, na Terra, o espírito deve crescer e seguir a esperança colorida que fulge nos movimentos da ação redentora.

As almas saudosas da Terra!

Marchai animadas e vivificadas pelo espírito com Cristo, rumando para o amanhã!

Vossos santos amores vos aguardam, reencontrar-vos-ão depois da lida áspera e da solitária jornada.

Não desanimeis!

À noite sucede o dia, à tristeza o júbilo, à soledade, a perene união.

Saudade! presença do amor que seguiu adiante ou ficou aguardando por nós, Deus te abençoe!


Eros (Espírito)  &  Divaldo P. Franco (Médium)
Livro: Heranças de Amor

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