Somos conforme já sabemos de natureza
eletromagnética, e por isso possuímos um campo magnético próprio,
poderíamos até em formas didáticas, considerar como se fosse uma lâmpada
acesa, com um campo luminoso formado pelos fótons irradiados ao seu
redor.
Este campo, conforme dissemos, que se
assemelha a uma lâmpada acesa, contém, realmente, a irradiação luminosa
de nossa individualidade espiritual, de nosso próprio espírito, a
refletir as irradiações de nosso corpo físico, de nosso perispírito e de
nosso corpo mental, de nossa identidade eterna, formando assim, este
conjunto que chamamos de AURA. Em síntese, são emanações de nossas
células orgânicas e de nosso perispírito em uma simbiose comandada por
nossa onda mental. Se localizarmos em rápidas palavras o envolvimento do
perispírito sob o corpo somático poderemos de uma forma mais profunda
analisar estes detalhes:
Corpo (“Considerando-se toda
célula em ação por unidade viva, qual motor microscópico, em conexão com
a usina mental, é claramente compreensível que todas as agregações
celulares emitam radiações e que essas radiações se articulem,
constituindo-se tecidos de forças” André Luiz, em Evolução em Dois
Mundos, p´g. 129)
Duplo etérico (“O perispírito ao se colar às organizações somáticas, faz às expensas de zona energética bem definida, chamada o Duplo – Etérico, cujas
efusões, de mistura com aquelas da organização física, determinam um
halo energético em volta do corpo; halo este , de configuração ovóide em
seu todo, variável de indivíduo a indivíduo, não só com suas expansões,
mas também de múltipla coloração”- Jorge Andréa Psicologia Espírita Vol
II - parte do perispírito mais grosseira e próxima do corpo).
Reservatório de vitalidade, necessário, durante a vida física, à
reposição de energias gastas ou perdidas. Com a desencarnação, essa
estrutura se desintegra com a própria organização física, perdendo,
pois, o perispírito, em grande parte essa túnica de vitalidade,
essencial para o equilíbrio Espírito-corpo.
O Duplo etérico forma-se com a encarnação
do Espírito e não possui existência própria como o perispírito,
desintegrando-se com a morte física como dissemos acima. É considerado o
cerne da eletricidade biológica humana, por ter função de absorver
energias vitais do ambiente distribuindo-as equitativamente, envolvendo
órgãos e sistemas em eflúvios próprios, permitindo, inclusive, o
diagnóstico precoce de males que futuramente venham a acometer o
indivíduo. Nos suicidas, o duplo ainda pleno de energias vitais,
permanece ligado ao perispírito e ao cadáver fazendo com que o Espírito
sinta uma espécie de repercussão daquilo que está a ocorrer na matéria,
ou seja, a decomposição provocada pelos vermos na terra. Tudo indica, a
propósito, que a carga de energia vital contida no duplo condiciona,
basicamente, a maior ou menor longevidade do ser humano. Entende-se
então, que os medianeiros curadores, em geral, e os aptos à produção de
fenômenos ectoplásmicos particularmente ostensivos, já trazem, em seu
duplo etérico, reserva maior de energia vital.
Compreendemos, também, como uma vida na
carne pode, eventualmente, ser prolongada, como nos mostram inúmeros
relatos, bem conhecidos, aliás, dos espíritas brasileiros. Em caso de
prolongamento da vida física, por razões evidentemente especiais,
avaliadas pelos Espíritos Superiores, surge o revigoramento fisiológico,
graças a uma suplementação de recursos no duplo etérico da pessoa
contemplada com tal benefício. Existe uma relação muito estreita do
duplo etérico e o corpo físico, uma deficiência energética de um,
repercute no outro com nítida queda de vitalidade.
O fenômeno da insensibilização poderá ser
lembrado aqui, pois, a insensibilidade resultaria de um bloqueio
induzido fisicamente, parcial ou não, localizado ou não, na passagem da
energia do duplo etérico para o corpo, com a possibilidade inclusive, de
um afrouxamento dos próprios liames perispirituais, que, no caso de
anestesia geral, poderia ate’favorecer o seu desprendimento.
Nos caso de materialização completa, um
outro efeito se verifica nessa circunstância quando por qualquer
agressão ao corpo materializado repercute imediatamente no corpo denso
do médium doador de recursos ectoplásmicos, através do duplo, chegando a
produzir ferimentos no corpo do medianeiro. Pois o fluxo do ectoplasma,
do duplo etérico do médium doador ao psicossoma do Espírito em
materialização, revestindo-o e possibilitando-lhe expressão física.
Efeitos esses lembram os fenômenos de estigmatização, em que o duplo
etérico do médium é influenciado por tais ações mentais que a fisiologia
se altera, tecidos podem se romper, feridas aparecer e o sangue fluir
(dermografia), para passado o momento de influenciação, restabelecer-se o
estado de normalidade.
Basicamente todos os fenômenos de efeitos
físicos, definidos e muitos bem definidos no compêndio kardeciano, por
dependerem basicamente do ectoplasma, guardam relação com o duplo
etérico.
No desdobramento, visando a uma
diminuição na sua densidade com conseqüente aumento da velocidade e na
mobilidade, o perispírito devolve ao físico, largas cotas de energia com
as quais se encontra impregnado quando justaposto a este, tal qual um
balão, que para alçar maior altitude desvencilha-se do lastro que o
torna lento.
No desdobramento em que se faz
acompanhar do duplo etérico, ou eflúvios vitais, o perispírito não
consegue um afastamento maior da organização terrestre, pois essa
energia adensa um pouco mais o perispírito.
Fonte: http://www.espirito.org.br
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