Corpo e Perispírito - Fluidos
Carlos Toledo Rizzini
1. O corpo é o instrumento que o Espírito usa para atuar nos mundos 
materiais. Precisa portanto, atender às necessidades dele, aos objetivos que ele 
traz ao encarnar. O corpo é considerado um produto ideoplástico do 
espírito; logo após a fecundação, o espírito reencarnante une-se, por um cordão 
fluídico, ao ovo e, por meio dele, influencia automaticamente a formação do 
embrião e do feto; por isso, o estado de perturbação ou embotamento da 
consciência não impede que o espírito imprima suas características básicas em o 
novo ser. Conseqüentemente, o organismo reflete o estado daquele. As 
doenças físicas, em suma, não passam de distúrbios do perispírito (veja abaixo) 
transpostos para a carne, que promove o tratamento das imperfeições do espírito 
em si. Daí deriva a importante função das moléstias na vida do Espírito eterno, 
assunto estudado posteriormente.
Merece, em vista disso, o corpo material o nosso cuidado. Ele é uma concessão 
da Bondade Divina, em vista de dificilmente o nosso comportamento torná-lo um 
direito, por méritos adquiridos. Assim, recebemo-lo ajustado às nossas 
necessidades evolutivas, porquanto, os mentores da Esfera Superior produzem nele 
(atuando sobre os cromossomos do ovo) as alterações indicadas para nossa futura 
melhoria: aqui, uma lesão numa válvula do coração, ali um diabete, acolá um 
intestino preso ou uma perna curta, etc. De sorte que, além das inferioridades 
que cada um impõe ao seu corpo por pertencerem ao espírito, pode haver defeitos 
impostos por necessidades expiatórias.
2. Nos mundos espirituais, o espírito usa, como veículo de manifestação, um 
corpo especial que, no Espiritismo, se chama perispírito (também dito: 
corpo astral ou fluídico). No encarnado, ele funciona como intermediário entre o 
espírito e o organismo, governando a formação e o funcionamento deste, conforme 
apreciamos acima e, em parte, no n.0 6, onde vimos, também, as provas 
materiais de sua existência; apreciamos, por exemplo, que nas culturas de tecido 
(um fragmento de músculo ou de raiz) as células dividem-se sem parar, 
mantendo-se a vida vegetativa devido ao princípio vital, mas sem 
orientação por faltar o diretor do crescimento - o perispírito; na regeneração 
dos animais inferiores, ao contrário, persiste o órgão perispiritual rio local 
amputado e, por isso, a vida orgânica refaz-se. No corpo humano, 
processa-se a renovação constante da matéria admitida no metabolismo, sem que a 
individualidade sofra alteração; é ele quem mantém a unidade das formas e das 
funções. Provas espirituais de sua realidade são: o desdobramento, pelo 
qual o indivíduo percebe a si mesmo afastado do corpo, que se acha entorpecido, 
e pode-se manifestar à distância (sob o nome de bicorporeidade ou 
bilocação); e as aparições, de variada natureza: o que foi visto pelo 
inglês em 2.15? O corpo fluídico do nativo morto há pouco. Quando o espírito 
desliga-se do corpo e o perispírito torna-se visível, costuma receber o nome de
duplo ou duplo fluídico; nesse estado, pode conversar, escrever e 
realizar trabalhos vários (há uma mediunidade de desdobramento).
O perispírito é constituído de matéria, porém, caracterizada por outro estado 
vibratório. Varia de mundo para mundo. t indestrutível, mas poderá ser lesado e 
mesmo mutilado, com amplas perdas de substância, em face da persistência na 
prática do mal; em certos casos, chega a assumir formas animalescas (serpente, 
lobo, e gr.) - pois é fato notório ser ele sensível (e reagir) ao 
estado moral do espírito. Se cometermos suicídio com um tiro no peito, o 
perispírito ficará ferido e ensangüentado por longo tempo; se tomarmos um 
cáustico, terá uma lesão na faringe; se nos apossarmos do alheio, as mãos 
ficarão como garras; e assim por diante. Purifica-se e torna-se etéreo conforme 
o espírito vai progredindo em moralidade. Pensamentos e sentimentos reagem 
constantemente sobre o corpo fluídico, tornando-o mais denso e sombrio se forem 
maléficos ou mais leve e luminoso se forem benéficos. Ele emite radiações que 
variam de natureza e intensidade conforme o estado mental do seu portador; tais 
emissões são formadas de fluidos. Em síntese, é um verdadeiro arquivo de 
tudo quanto o sujeito aprendeu, experimentou e assimilou: recordações, 
conhecimentos acumulados, vidas passadas, etc., têm nele seu registro. E o 
agente de todas as manifestações da vida - tanto na terrena, para o homem, 
quanto na espiritual, para o espírito. Os chamados "concomitantes orgânicos" das 
emoções, como ansiedade, ódio e medo, são sintomas físicos de desarranjos 
funcionais provenientes de estados de espírito que atingem o corpo através do 
perispírito; uma pessoa ansiosa pode precisar ir ao banheiro freqüentemente, 
comer demais, etc. Sua matéria deixa-se modelar pela força do pensamento e, 
assim, os espíritos podem mudar a aparência se o quiserem, sem alterar, é claro, 
a natureza íntima, pois, ninguém consegue negar sua posição evolutiva.
Por outras palavras: é o agente da evolução orgânica e espiritual.
Já há uns 50 anos, a existência de um corpo fluídico nos seres vivos recebeu 
inesperada confirmação da ciência materialista. O técnico em eletricidade Semyon 
Kirlian, coadjuvado por sua esposa Valentina, na Rússia, construiu uma câmara 
elétrica de alta freqüência na qual se podem obter fotografias coloridas, de 
grande beleza, de uma parte imaterial nos animais e plantas. Nesse longo lapso 
de tempo, físicos e biólogos estudaram profundamente o fenômeno Kirlian que, bem 
mais tarde, vulgarizou-se no Ocidente. Grande número de curiosos criaram suas 
próprias máquinas para tirar tais fotos que se caracterizam por um halo luminoso 
magnífico, composto de miríades de cintilações de variada nuança. Ora, mesmo uma 
moeda inerte gera um (fraco) halo luminoso em torno de si. Daí, partiu-se para a 
identificação do fenômeno kirliano com o bem conhecido efeito corona - 
que é um halo luminoso azulado que se forma em torno dos condutores elétricos 
expostos ao ar, preocupante para as companhias de eletricidade porque representa 
certa perda de energia ao longo dos cabos de alta tensão durante o trajeto, que 
chega a medir centenas de quilômetros.
Entre as fotos de tecidos vivos e as fotos de objetos inanimados há uma 
diferença acentuada, como acaba de assinalar-se: naquelas, a luz é tremeluzente, 
mais extensa e de cores diversas; nestas, ela é estreita, uniforme e imóvel. 
Mais ainda, a vida introduz variações apreciáveis na irradiação; esta diverge 
conforme o estado de sanidade dos tecidos e até o estado emocional da pessoa. 
Pensou-se que a diferença relativa a vivo e inerte, bem como as variações na 
cintilação no primeiro caso, fossem devidas a distintos teores de água nos 
tecidos orgânicos, mas a idéia não teve curso.
Os próprios físicos russos deram àquela parte revelada pelas fotos kirlianas 
a designação de corpo de energia, corpo energético ou corpo bioplasmático,
que teve mais difusão. Tal energia, afirmam os cientistas, é de natureza 
desconhecida. Mas, sensata e honestamente, proclamaram: "O homem não é uma 
simples máquina", contra as concepções básicas do seu governo, a respeito da 
vida e do mundo. Aí está o nosso antigo e modesto perispírito - -.
3. Fluido é designação genérica de líquidos e gases. Dentro do Espiritismo> 
porém, a palavra ganhou um sentido especial, designando vários tipos de matéria 
mais rarefeita do que um gás. Ensinam os Espíritos, e admitem alguns cientistas 
(como Haeckel), que existe um princípio elementar, uma substância primária, no 
Universo, de cujas modificações e transformações procedem todos os corpos que 
conhecemos; é a matéria cósmica ou fluido cósmico universal, de 
Kardec. O fluido universal apresenta dois estados extremos: um estado de 
eterização, no qual ele se mostra como os vários tipos de energia que conhecemos 
(raio X, luz, eletricidade, etc.) e um estado de condensação, no qual vem a ser 
a nossa matéria densa, tangível. Vimos anteriormente que matéria e energia são 
estados relativos da substância, podendo-se passar de uma à outra; já não é só a 
unidade da matéria, mas a unidade da substância. Entre os dois extremos, há 
numerosos estados intermediários - que correspondem aos chamados fluidos; 
conquanto imponderáveis e etéreos, são tidos como formas rarefeitas de 
matéria, com outro padrão vibratório. ~ justamente dessa matéria que o 
perispírito é composto, tendo ele a propriedade de irradiá-la a certa distância. 
Para nós, são inconsistentes ou inexistentes; para os videntes, são feixes 
luminosos que escapam do corpo; para os espíritos, são tão compactos como a 
madeira é para nós e, por isso, é o material que usam em suas manipulações. Os 
fluidos mais próximos da matéria por sua constituição formam a atmosfera 
espiritual da Terra, que é, deste modo, pesada e sufocante, dizem os mentores; 
resulta esta das emanações da mente encarnada, sempre cheia de negras 
preocupações e intenções nem sempre dignas.
Impondo o pensamento por meio da vontade, os espíritos atuam sobre os 
fluidos. Orientam-nos, modificam-nos, dão-lhes formas, cores, mudam suas 
propriedades químicas, etc. Operando assim, produzem aparências, roupas, 
objetos, que podem exibir aos homens, muitas vezes assustando-os com produções 
fluídicas terrificantes dadas como alucinações; por outro lado, os espíritos 
superiores empregam produções do mesmo tipo para o efeito oposto. Eles criam 
objetos de que gostam ou desejam, mesmo inconscientemente. Um espírito, 
por exemplo, que se julga vivo na Terra, pode gerar um ambiente fluídico 
se o seu pensamento permaneceu fortemente concentrado na vida que tinha antes de 
morrer: ele continua "doente" em sua cama e cuidando dos seus objetos e serviços 
como se fossem realidades físicas e não imagens mentais materializadas 
por meio de fluidos. A instrutora Yvonne A. Pereira descreve um notável caso 
assim (Recordações da Mediunidade). Tais construções fluídicas 
interpenetram as construções materiais terrenas: coexistem, no mesmo local, uma 
bela casa de alvenaria e um mísero casebre mental, ambos igualmente sólidos para 
os respectivos habitantes. "A criação mental sólida" deriva, pois, da fixação no 
passado; o espírito, vê-se novamente, precisa renovar-se constantemente pelo 
estudo e prática do bem, necessita expandir-se na direção de seus semelhantes, 
senão cai na estagnação que acaba de ser relatada.
4. Possui o Espírito, encarnado ou não, uma atmosfera fluídica que irradia em 
torno do corpo, dita aura. A transfiguração de Jesus foi uma irradiação 
perispirítica, com grande aumento da aura. O perispírito de uma pessoa pode 
emitir emanações fluídicas mais fortes e orientadas numa dada direção se ela o 
quiser, se aplicar sua vontade a isso. Dirigindo, com as mãos, sobre outrem seus 
fluidos, com a intenção de beneficiar, realiza o que se chama passe. As 
emanações perispirituais têm influência sobre os outros; se enviam fluidos bons, 
são salutares; se veiculam fluidos escuros, procedentes de mentes perturbadas e 
de intenções menos dignas, são perniciosas. As pessoas sensíveis sentem logo uma 
impressão penosa à aproximação de um espírito mal-intencionado ou 
desequilibrado. Os pensamentos elevados e as palavras limpas, aliados a um corpo 
sadio, são indispensáveis ao passista.
Os fluidos detêm apreciável poder curativo. A imposição das mãos é um método 
clássico de tratamento rápido. Vimos antes que o sábio médico Mesmer (2.6) 
introduziu tal método na época moderna, chamando de magnetismo animal a 
propriedade curativa do homem decorrente das suas emanações fluídicas aplicadas 
a outros. Tanto o fluido do homem tem ação magnética e cura, quanto o fluido do 
Espírito; geralmente, porém, os espíritos espontaneamente cedem seus fluidos ao 
passista humano, combinando os dois tipos e reforçando a ação, que a prece 
intensifica mais ainda. Muitas vezes, o passe não objetiva uma cura que razões 
espirituais (ligadas a débitos) não permitiriam; serve, no comum dos casos, para 
descarregar fluidos deletérios que o sujeito absorveu ou fabricou no contato com 
os demais e para fortalecer disposições mentais e estruturas orgânicas menos 
firmes. Leiam-se: André Luiz (Missionários da Luz e Nos Domínios da 
Mediunidade), A. e O. Worrall (O Dom de Curar, Ed. Pensamento), W. de 
Toledo (Passes e Curas Espirituais, E. Pensamento) e E. Armond (Passes 
e Radiações, Aliança E. Evangélica).
5. Os fluidos humanos e animais atuam também sobre as plantas. Busquemos 
entender como, a lógica do processo.
Sabemos, hoje, que os mecanismos da vida são precisamente os mesmos em todos 
os seres, sejam animais ou vegetais: constituição celular, princípios genéticos 
básicos, fatores e processos evolutivos, reprodução sexuada, síntese de 
proteínas e de enzimas, digestão, respiração e até o funcionamento nervoso na 
intimidade dos tecidos; atinge-se um nível no qual mesmo certos interferons (que 
são proteínas) humanos protegem células vegetais contra infecções por 
determinados vírus! Qualquer conjunto de células vegetais, sendo tocado 
exteriormente, ou seja, estimulado, recebe um pouco de energia e torna-se
excitado - tal qual um tecido animal o faria. Semelhante excitação 
propagar-se-á para longe do ponto inicial e poderá ser detectada por meio de uma
reação que o estímulo desencadeou; esta reação ou será motora 
(mediante órgãos móveis) ou elétrica (que ocorre em todos os tecidos e 
órgãos). Como as plantas, em geral, são imóveis, a verificação da excitação 
faz-se mediante a resposta elétrica, com um aparelho próprio e mui 
sensível (galvanômetro, que pode ser conectado a outros, fazendo-o inscrever 
sobre papel, por meio de uma agulha com tinta, a modificação que ele assinalar 
na intensidade elétrica) .
Se examinarmos a resposta consistente no dobramento de um pêlo glandular 
(comuníssimo no reino vegetal), medindo os impulsos elétricos que descem ao 
longo dele quando tocado, veremos que o movimento do pêlo decorre de súbitas 
alterações no potencial elétrico que atravessa as paredes celulares - alterações 
essas idênticas ao impulso nervoso que corre através de prolongamentos 
das células nervosas. O mecanismo, na intimidade, é semelhante nos dois tipos de 
seres vivos.
Agora, outro lado da questão. Uma planta possui também um corpo fluídico. 
Ligada a um aparelho registrador (acima mencionado) suficientemente sensível, 
exibirá respostas (ou reações) a pensamentos, emoções e mesmo intenções 
de um ser humano - e muito particularmente à morte de qualquer animal, por mais 
insignificante que seja (e até a células vivas isoladas, por exemplo, raspadas 
da face interna da boca). Vejam bem: respostas ou reações, pois ela é desprovida 
de sensações e de percepções por lhe faltarem os respectivos órgãos dos 
sentidos. Ainda assim, um vegetal mostra patente sensibilidade que é uma 
faculdade do corpo espiritual (ou organismo bioplasmático) - sensibilidade no 
sentido de capacidade de reagir a certos estímulos. O que não havia até uns 20 
anos atrás era o aparelho adequado para revelá-la, mas Emmanuel, A. Luiz e A 
Grande Síntese já mencionavam tal propriedade, sem falar no cientista J. C. 
Bose, entre nós pouco conhecido. Cf. no jornal Desobsessão, RS, 388: 
6-12-1980, um extenso estudo sobre a questão aqui analisada, caso queira ampliar 
os seus horizontes intelectuais.
O que um homem e um animal enviam a uma planta são fluidos (matéria 
sutil emanada dos respectivos perispíritos) Estados mentais e emocionais mais 
intensos (uma crise de ódio, raiva, um sentimento mais afetuoso, um prazer 
forte, a morte violenta, etc.) fazem escapar cargas fluídicas mais energéticas 
ou mais densas ou mais leves, escuras, etc. Suponha um indivíduo que queira 
queimar uma folha ou que pretenda matar alguns peixes; tal disparará certa 
qualidade vibratória de fluidos, diferente das suas emissões habituais. O 
vegetal reage a tais fluxos fluídicos quando é atingido por eles; o seu 
psicossoma é primitivo, mas não inerte. E o que o aparelho registra: a reação 
pela diferença de potencial elétrico; a planta não quedou indiferente - mas 
também não viu nem sentiu" dor pelo que houve--- A conclusão é que em a natureza 
tudo se encadeia, conforme afiança repetidas vezes O Livro dos Espíritos 
e que existe nela uma forma primária de comunicação instantânea entre todos os 
seres vivos.
André Luiz refere-se (Nosso Lar e Ação e Reação) a fluidos 
vegetais retirados de certas árvores por atendentes espirituais e aplicados em 
doentes como remédios eficazes, o que significa que podemos sentir-lhes os 
efeitos. Certas pessoas, 'dotadas de almas elevadas e poderes psíquicos 
igualmente avançados, denotam a capacidade de modificar o comportamento de suas 
plantas cultivadas tão só expressando os seus desejos de que cresçam melhor. 
Temos notícias de que Edgar Cayce conseguia isso no seu jardim, do qual gostava 
de cuidar pessoalmente. A eminente médium-vidente e curadora da igreja de Monte 
Washington (Estados Unidos), Olga Worrall, certa feita, querendo levar algumas 
cristas-de-galo imaturas a uma exposição de flores, pediu-lhes gentilmente que 
crescessem mais uns 2 cm até o dia seguinte. Ora, para espanto do esposo, ao 
nascer o novo dia as inflorescências estavam 25 mm maiores e ela obteve ? 
primeiro lugar... O pastor (também químico) Franklin Loehr, em numerosos testes 
usando grande número de seus audientes, empreendeu experiências sobre a ação da 
prece na aceleração da germinação de sementes, conseguindo 20% de ampliação do 
fenômeno. Eis o que comenta o ilustrado escritor Hermínio C. Miranda (Anuário 
Allan Kardec, 1970, p. 15):
"Para nós, espíritas, as notáveis experiências do Dr. Loeher têm o 
significado de uma confirmação. A planta é um ser vivo que responde ao amor e às 
vibrações simpáticas emanadas de um espírito bem intencionado."
Ainda pode praticar-se, com sucesso, a oração negativa, desejando que nada 
cresça.
Não deixa de ser importante transportar para aqui alguns dos vários 
resultados experimentais registrados na literatura e aceitos como 
cientificamente válidos. Eles demonstram que os fluidos humanos podem agir, 
deveras, sobre animais e plantas. Vejamos um exemplo típico de cada, 
configurando aquilo que a Parapsicologia, sob outro aspecto, chama de 
psicocinese, ou ação da mente sobre a matéria.
O Coronel Oskar Estebany, antigo oficial do exército húngaro, aos poucos 
desenvolveu a capacidade de curar pela imposição das mãos; começando com 
cavalos, foi ampliando o campo de ação para incluir outros animais e até o ser 
humano. Tornou-se conhecido graças à faculdade citada. Reformado, mudou-se para 
o Canadá. Acreditava veementemente em seus poderes e aceitou o convite para 
participar de experiências científicas, feito pelo Dr. Bernard Grad, bioquímico 
do Allan Memorial Institute of McGill University. O Dr. Grad queria comprovar 
mediante testes seguros, em laboratório, se era possível influenciar seres vivos 
sem contato.
Em 1960, tiveram início os experimentos com camundongos. Destes, pequeno 
retalho de pele era retirado do dorso. Foram, depois, distribuídos em três 
grupos: 1) animais sobre cuja gaiola o Coronel Estebany simplesmente colocava a 
mão espalmada por cima, do lado de fora; 2) animais tratados da mesma maneira 
por uma pessoa sem dotes curativos; 3) animais que não receberam nenhuma 
imposição de mão. Isto durante alguns dias apenas. Em duas séries de tais 
ensaios, evidenciou-se que os camundongos tratados pelo oficial curaram-se 
significativamente mais depressa.
Daí por diante, B. Grad passou a investigar o processo germinativo. Em 
numerosos testes, sementes de centeio embebidas em água cujas garrafas o Coronel 
segurara entre as mãos foram comparadas com outras tantas embebidas em água não 
tratada. As pessoas que realizaram as contagens e medições das plântulas 
ignoravam quais delas tinham recebido a água influenciada por O. Estebany. Os 
achados confirmaram as experiências mencionadas anteriormente: houve crescimento 
significativamente mais rápido das plantinhas germinadas na água fluidificada 
pelo referido curador militar (1965).
Muitos outros experimentos científicos foram levados a cabo com o mesmo, 
inclusive para acelerar reações químicas e aumentar a hemoglobina no sangue. Na 
França, um biólogo queria o contrário: retardar o crescimento de certo 
fungo cultivado no seu laboratório; três indivíduos deram conta do recado, cada 
um por sua conta (acima mencionei a oração negativa para vegetais). Na Islândia, 
o já citado Haraldsson verificou que sensitivos podem apressar a multiplicação 
da levedura em tubo de ensaio...
Fonte: Evolução para o Terceiro Milênio - Edicel
Extraido de Portal do Espírito 
 

 
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