Numa
 época em que orar se tornou um hábito obsoleto, inclusive para os 
próprios religiosos, o Espiritismo faz com que o homem redescubra o 
valor da prece.
Orar, para o espírita, é um ato consciente.
Na
 prece, em que procura valorizar mais o sentimento do que as palavras, 
ele empreende um estudo sobre si mesmo, de forma sincera.
O
 espírita sabe que a oração lhe possibilita a sintonia com os Planos 
Mais Altos, haurindo forças para perseverar no caminho que escolheu 
palmilhar sobre a Terra.
Quando ora, portanto, eis que ele se coloca, onde estiver numa atitude de respeito e de reverência ao Criador.
Para o espírita, o hábito de orar deve ser tão natural quanto o de respirar.
Promovendo
 o necessário silêncio interior, ele busca ouvir a Resposta Divina às 
suas súplicas, resignando-se ante as provas imprescindíveis ao seu 
burilamento.
Nas
 decisões que precise tomar, o espírita ora, pedindo inspiração, 
compreendendo que todos estamos submetidos a um Poder Superior que 
governa a Vida.
Para ele, a prece nunca é enfadonha.
Esforçando-se
 no sentido de que haja coerência entre o que fala e o que faz, o 
espírita, de suas ações de cada dia, procura fazer uma prece contínua 
que oferece a Deus em holocausto de amor.
Para o espírita, não existem fórmulas especiais de oração.
Excetuando-se
 o “Pai Nosso”, a prece-símbolo da fraternidade entre os homens, que nos
 foi ensinada por Jesus, todos podemos compor as nossas preces segundo 
as próprias ideias e emoções.
Se
 os dirigentes das nações cultivassem o hábito da oração, antes que 
passassem a discutir em torno de uma mesa os problemas internacionais, 
certamente que o resultado de suas negociações seria bem diferente.
Se as autoridades governamentais de cada país orassem com fervor, a paz no mundo seria uma realidade e não um simples sonho.
Se
 todos os lares orassem de acordo com as suas convicções religiosas, a 
Terra seria um paraíso, atraindo para si as influências positivas do 
Universo, transformando-se numa estrela de brilho infindável.
Por isto, os espíritas são chamados a uma revalorização da prece, no mundo atual, que parece mentalmente afastado de Deus.
A indiferença do homem pela prece evidencia a indigência espiritual em que ele vive hoje.
E que dizermos daquele que ora simplesmente por orar, como se a oração fosse um conjunto de palavras sem alma?!...
Que
 o espírita perceba a extensão de sua responsabilidade e peça a Deus 
forças para não recuar diante dela, em sua condição de “sal da terra”...
De
 nossa parte, em nome dos que servem ao Cristo na seara espírita, 
estaremos a postos para auxiliá-los no que possamos, ainda que 
efetivamente possamos muito pouco.
Irmão José
Psicografia de Carlos A. Baccelli
 

 
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