Toda enfermidade do corpo é processo educativo para a alma.
Receber, porém, a visitação benéfica entre manifestações de revolta
é o mesmo que recusar as vantagens da lição, rasgando o livro que no-la
transmite.
A dor física, pacientemente suportada, é golpe de buril divino realizando o aperfeiçoamento espiritual.
Tenho encontrado companheiros a irradiarem sublime luz do peito,
como se guardassem lâmpadas acesas dentro do tórax. Em maior parte, são
irmãos que aceitaram, com serenidade, as dores longas que a Providência
lhes destinou, a benefício deles mesmos.
Em compensação, tenho sido defrontado por grande número de
ex-tuberculosos e ex-leprosos, em lamentável posição de desequilíbrio,
afundados muitos deles em charcos de treva, porque a moléstia lhes
constituiu tão somente motivo à insubmissão.
O doente desesperado é sempre digno de piedade, porque não existe sofrimento sem finalidade de purificação e elevação.
A enfermidade ligeira é aviso.
A queda violenta das forças é advertência.
A doença prolongada é sempre renovação de caminho para o bem.
A moléstia incurável no corpo é reajustamento da alma eterna.
Todos os padecimentos da carne se convertem, com o tempo, em
claridades interiores, quando o enfermo sabe manter a paciência,
aceitando o trabalho regenerativo por bênção da Infinita Bondade.
Quem sustenta a calma e a fé nos dias de aflição, encontrará a paz com
brevidade e segurança, porque a dor, em todas as ocasiões, é a serva
bendita de Deus que nos procura, em nome d'Ele, a fim de levar a efeito,
dentro de nós, o serviço da perfeição que ainda não sabemos realizar.
Neio Lúcio
XAVIER, Francisco C. Através do Tempo . Espíritos
Diversos. 2ª ed. São Paulo, SP: LAKE, 1983. Mensagem psicografada em
Reunião Pública de 01/03/1950 no Centro Espírita Luiz Gonzaga (Pedro
Leopoldo – MG)
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