Eternidade

Eternidade

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

FRATERNIDADE




Ano Novo sempre sugere
um balanço de nossas relações com o tempo.
Quantas promessas não cumpridas!...
Quantos planos frustrados!...
E aqueles que já se deixaram registrar
no livro divino da responsabilidade perante Deus,
fazem contas com a própria consciência,
renovando votos de serviço,
compreensão, devotamento e renúncia...


Se desejamos, porém, penetrar o segredo das horas,
com a realização de nossas esperanças mais elevadas
e com a execução gradual de nossos projetos,
necessitamos de algo que nos modifique,
à frente dos semelhantes, que nos suavize as atitudes,
que nos traga correntes de simpatia,
que nos inspire o trabalho incessante e digno
e que nos alimente o espírito
em mais altos padrões de serviço e confiança.


Esse algo, meus irmãos, é a fraternidade
profundamente sentida e sinceramente vivida,
que auxilie nossa alma, incentivando-a no bem,
porque sem fraternidade, há sempre gelo e sombra,
indiferença e aspereza no santuário do coração.



Francisco Cândido Xavier / Nina (espírito)

Chão de Rosas



O mundo em que vives assemelha-se a um chão de Rosas, a receber todo o carinho de Jesus e o amor de Deus.

Devemos interromper, de vez em quando, as nossas cogitações comuns, e meditar sobre as oportunidades valiosas que recebemos, como prêmio da vida, ao ingressarmos nos fluidos da carne.

Tudo para nós é ação benfeitora. Tudo que nos cerca são bênçãos do Criador a nos despertar para mais vida.

Começa no mundo espiritual, o carinho com que os benfeitores nos gratificam, ao nos anunciarem a nossa volta.

E, quando queremos e aceitamos essa viagem de aprendizado, somente encontramos afabilidade, atenção e amparo, no arrumo das nossas bagagens.

Todas as estradas são floridas, mesmo que os nossos olhos a vejam em formas de espinhos. Na profundidade, são flores que educam e instruem. É por isso que chamamos o ingresso na carne Chão de Rosas.

Pessoalmente, passamos por situações dolorosas quando na Terra, animando um corpo. Mas, depois, compreendemos que as trilhas pelas quais andamos foram as mais produtivas para a nossa experiência terrena, por tirar delas as mais ricas lições de amor e de vida, para com o coração torturado. Hoje, colhemos os frutos do que pudemos fazer em favor dos desesperados, face às lutas.

Dentro de nós nada falta. Existem todos os recursos apreciáveis, de modo a ajudar-nos, com eficiência, em todas as dificuldades que surgirem em nossos caminhos. Estamos, pois, preparados para a luta, e o dever é lutar contra as nossas imperfeições, transformando-as em atividades do Bem, que vibra, sempre, na consciência, e se nos faz visível em toda parte da vida.

Onde estiveres, meu irmão, encontrar-te-ás num Chão de Rosas, desfrutando do perfume do Amor, fragrância que reacende os corações carentes. Compartilha da caravana da fraternidade, cujo ambiente é o universo. Sê cidadão do mundo sem limites.

Vamos materializar o Bem, em todos os ângulos da existência, e fazer com que o Amor não perca a luminosa estrada dos nossos corações, onde deve nascer o Cristo de Deus a nos mostrar a felicidade.

Tornamos a afirmar que a Terra é, pois, um Chão de Rosas, com as bênçãos de Deus a se mostrarem nas mínimas coisas: desde o pingo d'água, até os oceanos, dos elementos periódicos, aos mundos que circulam na criação do Grande Soberano, dos primeiros movimentos das células isoladas, à maravilhosa harmonia do corpo humano, a manifestar a inteligência racional e iluminada de Evangelho.

Se quiseres, poderás sentir e ver tudo florido, por onde andas, a convidar-te para o banquete celestial, pelas palavras inarticuladas dos ventos, das águas, das árvores, dos pássaros, das estrelas, de tudo que puderes observar, desde que tenhas carinho em teus gestos e amor no coração.

Não percas a oportunidade, tu que estás animando um corpo. Abraça esse Chão de Rosas, como sendo oferta do progresso, e serás abençoado pelos frutos que deverás colher, assinalando a tua vida na correspondência da sementeira que lançaste no seio do solo.

Que Deus e Jesus nos abençoem a todos, onde estivermos, dando início, se ainda não começamos, à prática do Bem, pelo Amor, e da Caridade, por Dever. 


 
Ditado por Sheila (Espírito), psicografado por João Nunes Maia (Médium)

Telha de Vidro





Muitas vezes, presos a hábitos antigos e em situações consolidadas, deixamos de lado verdades que nos fazem felizes.

Deixamos que a ausência de janelas em nossa vida escureça nossas perspectivas, enchendo de sombras o nosso sorriso e o nosso cotidiano.

Vamos nos acomodando, aceitando estruturas que sempre foram assim e que ninguém pensou em alterar, ou que não se atreveu a tanto.

Mudanças e reformas são necessárias e sadias.

Nem todas dão certo ou surtem o efeito que desejaríamos, porém, cabe-nos avaliar a realidade em que nos encontramos e traçar metas para buscar as melhorias pretendidas.

Não podemos esquecer, porém, que em busca de nossos sonhos de felicidade não devemos simplesmente passar por cima do direito dos outros.

Nesse particular, cabe-nos lembrar a orientação sempre segura de Jesus, que devemos fazer aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem.



Trecho do texto Telha de Vidro, Redação do Momento Espírita, com base no poema Telha de vidro, de Rachel de Queiroz.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Reencarnação - Histórias de Vidas Passadas


Desequilíbrios



O início das grandes obsessões é semelhante à pequenina brecha no açude que por vezes não passa de pedra desconjuntada ou de fenda oculta.

Os desequilíbrios da alma começam igualmente de quase nada, principalmente por atitudes e sentimentos aparentemente compreensíveis mas que, em muitas ocasiões, se deslocam no rumo de ásperas conseqüências.

Desconfiança.
Dúvida.
Irritação.
Desânimo.
Ressentimento.
Impulsividade.
Invigilância.
Amargura.
Tristeza sem nexo.
Grito de cólera.
Discussão sem proveito.
Conversa vã.
Visita inútil.
Distração sem propósito.

Na represa, ninguém pode prever os resultados da brecha esquecida.

No caso da obsessão, porém, que, no fundo, se define por assunto de consciência, é imperioso que todos nós venhamos a reconhecer que, em toda e qualquer crise de fome, não é o pão que procura a boca.

 
Albino Teixeira (Espírito)  &  Francisco C. Xavier (Médium)
Livro: “Ideal Espírita” -  Edição FEB

Reflexão...


sábado, 29 de dezembro de 2012

MENSAGEM DO DIA...


DESDOBRAMENTO


DESDOBRAMENTO

Atividade Noturna do Espírito
Desdobramento - Aluney Elferr Albuquerque Silva
Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência.
Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).

Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia.
O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.
O lúbrico terá entrevistas eróticas de todos os tipos, o avarento tratará de negócios grandiosos (materiais) e rendosos usando a astúcia. A esposa queixosa encontrará conselhos contra o seu marido, e assim por diante. Amigos se encontram para conversas edificantes, inimigos entram em luta, aprendizes farão cursos, cooperadores trabalharão nos campos prediletos, e, assim, caminhamos.
Para esta maravilhosa doutrina, conforme tais considerações, o sonho é a recordação de uma parte da atividade que o espírito desempenhou durante a libertação permitida pelo sono. Segundo Carlos Toledo Rizzini, interpretação freudiana encara o sonho como apontando para o passado, revelando um aspecto da personalidade.
Para o Espiritismo, o sonho também satisfaz impulsos e é uma expressão do estilo de vida, com uma grande diferença: a de não se processar só no plano mental, mas ser uma experiência genuína do espírito que se passa num mundo real e com situações concretas. Como vimos, o espírito, livre temporariamente dos laços orgânicos, empreende atividades noturnas que poderão se caracterizar apenas por satisfação de baixos impulsos, como também, trabalhar e aprender muito.
Nesta experiência fora do corpo, na oportunidade do desprendimento através do sono, o ser, poderá ver com clareza a finalidade de sua existência atual, lembrar-se do passado, entrevê o futuro, todavia a amplitude ou não dessas possibilidades é relativa ao grau de evolução do espírito.
Verifiquemos três questões do Livro dos Espíritos, no capítulo VIII, perguntas: 400, 401 e 403.
Pergunta 400: O Espírito encarnado permanece de bom prazer no seu corpo material? É como se perguntasse a um presidiário, se gostaria de sair do presídio. O espírito aspira sempre à sua libertação e tanto mais deseja ver-se livre do seu invólucro, quanto mais grosseiro é este.
Pergunta 401: Durante o sono a alma repousa como o corpo? Não, o espírito jamais está inativo. Durante o sono, afrouxam-se os laços entre corpo e espírito e, ele se lança pelo espaço e entra em relação com os outros espíritos sintonizados por ele.
Pergunta 403: Como podemos julgar a liberdade do espírito, durante o sono? Pelos sonhos. O sono liberta parcialmente a alma do corpo, quando adormecido o espírito se acha no estado em que fica logo a morte do seu corpo.
O sonho é a lembrança do que o espírito viu durante o sono. Podemos notar, que nem sempre sonhamos. Mas, o que isso quer dizer? Que nem sempre nos lembramos do que vimos, ou de tudo o que havemos visto, enquanto dormimos. É que não temos ainda a alma no pleno desenvolvimento de suas faculdades. Muitas vezes somente nos fica a lembrança da perturbação que o nosso Espírito experimentou.
Graças ao sono os Espíritos encarnados estão sempre em relação com o mundo dos Espíritos. As manifestações, que se traduzem muitas vezes por visões e até mesmo, “assombrações” mais comuns se dão durante o sono, por meio dos sonhos. Elas podem ser: uma visão atual das coisas, futuras, presentes ou ausentes; uma visão do passado e, em alguns casos excepcionais, um pressentimento do futuro.
Também muitas vezes são quadros alegóricos que os Espíritos nos põem sob as vistas, para dar-nos úteis avisos e salutares conselhos, se se trata de Espíritos bons, e para induzir-nos ao erro, à maledicência, às paixões, se são Espíritos imperfeitos.
O sonho é uma expressão da vida real da personalidade. O espírito procura atender a desejos e intenções inconscientes e conscientes durante esse tempo de liberdade temporária.
Conforme o grau, tipo de sintonia e harmonia gerada pela afinidade moral com outros Espíritos, direciona-se automaticamente para a parte do mundo espiritual que melhor satisfaça essa sintonia e suas metas e objetivos, ainda que não lícitos; e aí conta com amigos, sócios, inimigos, desafetos, parentes, “mestres” etc.
Contamos ainda com mais dois tipos de sonhos. O primeiro é o premonitório, quando se toma algumas informações ou conselhos sobre algum acontecimento futuro. O segundo é o pesadelo, ou seja, o sonho ansioso, em que entra o terror. É também uma experiência real, porém, penosa; o sonhador vê-se pressionado por inimigos ou por animais monstruosos, tem de atravessar zonas tenebrosas, sofrer castigos, que de fato são vivências provocadas por agentes do mal ou por desafetos desta ou de outras vidas.
Preparação para o Sono
Verificando o lado físico da questão, vamos ver a importância do sono, pelo fato de passarmos 1/3 de nosso dia dormindo, nesta atividade o corpo físico repousa e liberta toxinas. Para o lado espiritual, o espírito liga-se com os seus amigos e intercambia informações, e experiências.
Façamos um preparo para o nosso repouso diário:
1. Orgânico: refeições leves, higiene, respiração moderada, trabalho moderado, condução de nosso corpo quanto a postura sem extravagâncias.
2. Mental Espiritual: leituras edificantes, conversas salutares, meditação, oração, serenidade, perdão, bons pensamentos. Todavia não nos esqueçamos que toda prece se fortifica com atos voltados ao bem, pois então, atividades altruístas possibilitam uma melhor afinidade com os bons espíritos.
Perispírito e Desdobramento
Embora, durante a vida, o Espírito seja fixado ao corpo pelo perispírito, não é tão escravo, que não possa alongar sua corrente e se transportar ao longe, seja sobre a terra, seja sobre qualquer outro ponto do espaço. (Allan Kardec , A Gênese, Cap. XIV, It 23).
Gabriel Delanne, em “O Espiritismo perante a Ciência”, conclui: A melhor prova de existência do perispírito é mostrar que o homem pode desdobrar-se em certas circunstâncias. Desdobramento é o nome que se dá ao fenômeno de exteriorização do corpo espiritual ou perispírito.
O perispírito ainda ligado ao corpo, distancia-se do mesmo, fazendo agora parte do mundo espiritual, ainda que esteja ligado ao corpo por fios fluídicos. Fenômenos estes, naturais que repousam sobre as propriedades do perispírito, sua capacidade de exteriorizar-se, irradiar-se, sobre suas propriedades depois da morte que se aplicam ao perispírito dos vivos (encarnados).
Os laços que unem o perispírito ao corpo temporal, afrouxam-se por assim dizer, facultando ao espírito manter-se em relativa distancia, porém, não desligado de seu corpo. E esta ligação, permite ao espírito tomar conhecimento do que se passa com o seu corpo e retornar instantaneamente se algo acontecer.
O corpo por sua vez, fica com suas funções reduzidas, pois dele foram distanciados os fluidos perispirituais, permanecendo somente o necessário para sua manutenção. Este estado em que fica o corpo no momento do desdobramento, também depende do grau de desdobramento que aconteça.
Os desdobramentos podem ser:
a) conscientes : Este, caracteriza-se pela lembrança exata do ocorrido, quando ao retornar ao corpo o ser recorda-se dos fatos e atividades por ele desempenhadas no ato do desdobramento. O sujeito é capaz de ver o seu “Duplo”, bem próximo, ou seja, de ver a ele mesmo no momento exato em que se inicia o desdobramento.
Facilmente nestes casos, sente-se levantando geralmente a cabeça primeiramente e o restante do corpo, depois. Alguns flutuam e vêem o corpo carnal abaixo deitado, outros vêem-se ao lado dos corpos, todavia esta recordação é bastante profunda e a consciência e altamente límpida neste instante.
Existe uma ligação ainda profunda dos fluidos perispirituais entre o corpo e o perispírito, facilitando assim, as recordações pós-desdobramento.
b) inconscientes: Ao retornar o ser de nada recorda-se. Temos que nos lembrar que na maioria das vezes a atividade que desempenha o ser no momento desdobrado, fica como experiências para o próprio ser como espírito, sendo lembrado em alguns momentos para o despertar de algumas dificuldades e vêem como intuições, idéias.
Os fluidos perispirituais são neste caso bem mais tênues e a dificuldade de recordação imediata fica um pouco mais árdua, todavia as informações e as experiências ficam armazenadas na memória perispiritual, vindo a tona futuramente.
Em realidade a palavra inconsciente, é colocada por deficiência de linguagem, pois, inconsciência não existe, tendo em vista o despertar do espírito, levando consigo todas as experiências efetivadas pelo mesmo, então colocamos a palavra inconsciente aqui, é somente para atestarmos a temporária inconsciência do ser enquanto encarnado.
c) voluntários: Se a própria pessoa promove o distanciamento. Analisemos algo bastante singular, nem todos os desdobramentos voluntários há consciência, pois como dissemos acima poderão haver algumas lembranças do ocorrido, existem ainda muitas dificuldades, no momento em que o espírito através de seu perispírito aproxima-se novamente de seu corpo, pela densidade ainda dos órgãos cerebrais é possível haver bloqueio dessas experiências.
É necessário salientar que o ser encarnado na terra, ainda se encontra distante de controlar todos os seus potenciais, e por isso também há este esquecimento. Haja vista, algumas pessoas até provocarem o desdobramento e no momento de consciência terem medo e retornarem ao corpo apressadamente, dificultando ainda mais a recordação.
Os desdobramentos podem também ocorrer nos momentos de reflexões, onde nos encontramos analisando profundamente nossos atos e cuja atividade nos propicia encontrar com seres que nos querem orientar para o bem, parte de nosso perispírito expande-se e vai captar as experiências e orientações devidas.
d) provocados: Através de processos hipnóticos e magnéticos, agentes desencarnados ou até mesmo encarnados podem propiciar o desdobramento do ser encarnado. Os bons Espíritos podem provocar o desdobramento ou auxiliá-los sempre com finalidades superiores. Mas espíritos obsessores também podem provocá-los para produzir efeitos malefícios.
Afinizando-se com as deficiências morais dos desencarnados, propiciamos assim, uma maior facilidade para que os espíritos mal-feitores possam provocar o desligamento do corpo físico atraindo o ser encarnado para suas experiências fora do corpo. A lei que exerce esta dependência é a de afinidade.
e) emancipação Letárgica: Decorre da emancipação parcial do espírito, podendo ser causada por fatores físicos ou espirituais. Neste caso o corpo perde temporariamente a sensibilidade e o movimento, a pessoa nada sente, pois os fluidos perispiríticos estão muito tênues em relação a ligação com o corpo.
O ser não vê o mundo exterior com os olhos físicos, torna-se por alguns instantes incapaz da vida consciente. Apesar da vitalidade do corpo continuar executando-se. Há flacidez geral dos membros. Se suspendermos um braço, ele ao ser solto cairá.
e) emancipação Cataléptica: Como acima, também resulta da emancipação parcial do espírito. Nela, existe a perda momentânea da sensibilidade, como na letargia, todavia existe uma rigidez dos membros. A inteligência pode se manifestar nestes casos. Difere da letárgica, por não envolver o corpo todo, podendo ser localizado numa parte do corpo, onde for menor o envolvimento dos fluidos perispirituais.

Reflexão


Vós sois o sal da terra



Vós sois o sal da terra


A primavera cantava às margens do Rio Jordão, onde a relva verde parecia bordada com mil flores em tons variantes, contrastando com as manchas dos carneiros que ali pastavam... Jesus dirigia-se à praia. Seu olhar parecia perdido em pensamento que ninguém podia adivinhar. A eterna Lei havia reunido ao Seu redor os doze apóstolos comprometidos em Sua missão.
Foi a primeira vez que Jesus repartiu com eles o pão e o vinho, símbolo usado no Oriente para iniciar uma amizade duradoura, forte e profunda. Assim, à beira do Mar da Galiléia, sob uma tenda de pescadores, Cristo fundou naquela memorável noite a irmandade fraternal entre os homens que iriam, juntamente com Ele, pregar as leis de amor, honestidade, misericórdia e perdão.

O Divino Mestre comparou seus seguidores ao "Sal da Terra", afirmando com energia: "Vós sois o sal da terra, mas se o sal se desvirtuar, com que se salgará? Para nada então será aproveitado, senão para ser jogado fora e para que o pisem os homens". O sal é uma substância muito preciosa; por isso Jesus fez essa comparação entre o cristão e o sal da terra. Onde ele é colocado (além de temperar o alimento, equilibrar) não há podridão nem decomposição, sendo, pois, um elemento de grande importância.
Sejamos o sal da terra, preservando a sociedade das impurezas que ela possa adquirir, pois o Cristo a legou a nós purificada por Ele. É nosso dever conservá-la assim, zelando pela moral do mundo. Façamos de nossa parte todo o possível para que a humanidade não se corrompa, tendo sempre atitudes morais corretas, sendo exemplo vivo de tudo que Jesus ensinou, tendo reações e comportamentos bem diferentes daqueles que erram.
Procuremos viver o Evangelho fazendo nossa “reforma íntima”, cumprindo a nossa missão na Terra, que é fazer o próximo feliz e construir o Paraíso na Terra. Seremos então elementos preciosos como o "sal da terra", e a nossa irradiação, visível e invisível, atingirá mais longe do que podemos imaginar.
É preferível, entretanto, em vez de tomarmos grandes decisões de reforma íntima, façamos propósitos menores, dividindo as nossas dificuldades para não desanimarmos. Só por um dia, nos esforcemos em praticar apenas uma intenção como:
“Hoje elogiarei os outros em vez de criticar; Hoje criarei paz e felicidade ao meu redor; Deixarei de ser egoísta, teimoso, irritado; Hoje perdoarei tudo, cedendo de todo o coração; Hoje com muita fé, eliminarei mágoas e medos; Hoje agradecerei a cada coisa que receber; A partir de hoje, terei um horário para rezar; Pedirei diariamente para obter a virtude da fé”.

A Fé não é um patrimônio que se possa transferir, mas sim uma conquista pessoal. Aquele que deseja prosseguir em sua ascensão espiritual, precisa despertar, pesquisar o Evangelho sem ter uma crença cega, pois se não entender os ensinamentos cristãos não poderá vivê-los.
Jesus deseja que as criaturas estejam de olhos e ouvidos atentos. A crença cega demonstra indolência e preguiça de raciocínio. É preciso nos aprofundarmos nas Verdades Divinas para agir com lógica e com fé, havendo então real ligação entre nós e o mundo Divino.
Jesus disse: Pedi e vos será dado. Pedir é crer. O Mestre afirmou neste e em outros ensinamentos que é necessário pedir, definir aquilo de que necessitamos para sermos mais felizes. Deus não pode resolver por nós o que deve nos dar, embora saiba melhor do que ninguém o que é realmente bom para cada um.
Assim, estejamos sempre unidos a Ele, pedindo, definindo aquilo de que necessitamos. Afirmemos várias vezes ao dia aquilo que desejamos: "Jesus eu quero conseguir elevação espiritual, fé, segurança, harmonia, progresso, sucesso, amor e felicidade". Se pedirmos percepção no que for bom e certo, a invisível mas poderosa Força e Sabedoria divina irá procurar uma saída para os nossos problemas.
Jamais cultivemos em nosso subconsciente pensamentos destrutivos que nos desgastam inutilmente e corroem a nossa felicidade. Nós temos a possibilidade de desligar qualquer pensamento negativo se quisermos, como podemos desligar a televisão. É só mentalizar coisas saudáveis, limpas e agradáveis, procurando ocupar nosso tempo em benefício dos outros.
É importante não deixarmos que nos sobre tempo para pensamentos negativos ou de padrões antigos. Antes mentalize muita luz dourada irradiando de seu coração. Imagine-se sempre como um jardineiro, plantando sementes, idéias construtivas o dia inteiro em seu subconsciente. A função do subconsciente é executar tudo aquilo que semearmos nele.
Por isso nunca pense negativamente como: Não vai dar certo. Não tem solução. Não posso ter. Não sei fazer. Pelo contrário, diariamente repita muitas vezes: Eu hei de realizar tudo o que desejo. Estou me curando. Serei feliz, nada me faltará. Tenho amigos, prosperidade e distrações. Eu hei de vencer os vícios que tenho. Serei honesto, verdadeiro no falar, paciente e justo.
Tudo na vida exige constância e dedicação para conseguir o que sonhamos ter. Devemos, pois, persistir nos pedidos até conseguí-los. As coisas erradas por muito tempo, não se modificam de imediato, como mágica. É necessário que nos empenhemos com toda a alma em pedir, incluindo a ativa participação de Deus em nossas dificuldades. Então Deus colocará dentro de nós a força para vencermos qualquer vício, doença ou imperfeição.
A Fé abre os canais até Deus, fazendo fluir tudo de que precisamos, mesmo as coisas mais difíceis. Ajude Deus a ajudá-lo e Ele há de vir em seu auxílio, como Pai amoroso que é. Trazer o poder de Deus para dentro de nós, é um dos passos essenciais para predispormos nossa vida ao sucesso. 

Por isso tente, torne a tentar e continue tentando. (Lauro Trevisan).
O amanhã é um outro dia para aqueles que têm força de recomeçar (Loreley). 
É tempo de ser feliz (Marina Mallet).


Fonte: Harmonia Espiritual

Casa Espiritual


CASA ESPIRITUAL
Emmanuel

"Vós, também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual." - Pedro. (I PEDRO, 2:5.)


Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.

Valendo-nos do símbolo, recordamos que existem casas ao abandono, caminhando para a ruína, e outras que se revelam sufocadas pela hera entrelaçada ou transformadas em redutos de seres traiçoeiros e venenosos da sombra; aparecem, de quando em quando, edificações relaxadas, cujos inquilinos jamais se animam a remover o lixo desprezível e observam-se as moradias fantasiosas, que ostentam fachada soberba com indisfarçável desorganização interior, tanto quanto as que se encontram penhoradas por hipotecas de grande vulto, sendo justo acrescentar que são raras as residências completamente livres, em constante renovação para melhor.

O aprendiz do Evangelho precisa, pois, refletir nas palavras de Simão Pedro, porque a lição de Jesus não deve ser tomada apenas como carícia embaladora e, sim, por material de construção e reconstrução da reforma integral da casa íntima.

Muita vez, é imprescindível que os alicerces de nosso santuário interior sejam abalados e renovados.
Cristo não é somente uma figuração filosófica ou religiosa nos altiplanos do pensamento universal.

É também o restaurador da casa espiritual dos homens.


O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço.
O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo.


(Do livro "Vinha de Luz", Emmanuel, Francisco C. Xavier)

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Reflexão...


Leon Denis


A Vida é feita de Caminhos!




A Vida é feita de Caminhos!


Como se fosse uma gigantesca variedade de direções...
Muitos dizem que esses caminhos estão pré-definidos e chamam isso de destino...
Outros dizem que temos o livre-arbítrio e que escolhemos nossos caminhos a cada segundo...
Eu, às vezes acredito que exista um pouco dos dois, acredito que os caminhos são resultados de nossos passos...
As opções que temos hoje, muitas vezes são fruto de escolhas que fizemos ontem, mesmo quando não percebemos que é isso que acontece...
... mas penso que independente do caminho, escolhido ou construido por nós, cabe a nós o como percorre-lo!
Em outras palavras: se não puder escolher onde estar, escolha como estará onde estiver!
Pois é no como que se percorre o caminho atual, que se constrói a possibilidade de caminhos novos que virão!
E virão muitos caminhos...
E muitos caminhos virão!

E virão caminhos lindos, que nos farão sorrir ao percorrer!
E virão caminhos escuros, que talvez trarão agonia...
Caminhos que parecerão não estar em linha reta, mas que contornarão grandes problemas...
Caminhos que nos levarão a outros caminhos e que mesmo sendo passageiros nos deixarão muitas saudades...
Caminhos cheios de detalhes que não deixarão entrar na rotina pelo tanto que ao caminhar descobriremos...
Caminhos que nos trarão paz, nos deixando mais perto de Deus pelo contato que nos trarão com aquilo que é natural!
Caminhos cheios de enfeite, que não conseguirão passar a alegria de um céu azul!
Caminhos que se confundirão com sonhos mas que devem ser vividos intensamente pela graça que proporcionarão!
Caminhos que nos darão esperança, que por mais difíceis que pareçam mostrarão uma luz ao seu término!
Caminhos que serão longos e consumirão parte de nossa energia...
Caminhos que serão frios e nem por isso menos belos, mas que suplicarão por calor humano!

E assim somos nós, como um rio que segue caminhos...
A cada sim e não que sai de nossa boca, temos um novo caminho sendo construído!
Haverão momentos de dúvida, onde o sim e o não parecem ter a mesma força...
Então, aplique a seguinte fórmula pra decidir:
Decisão correta é = a soma do que sente seu coração com os parametros de seus valores vezes a fé em Deus que existe em sua alma!
E tudo vai terminar bem, quando não estiver bem, lembre-se: ainda não chegou ao fim!
Que nossas pegadas sejam marcas de um caminho de sucesso, pois a vida é um flash e podemos sair na foto!
Escolha o caminho que te faz feliz!


Texto de autoria de Rafael Régis Somera

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Súplica ao Senhor



Pai de Infinita Bondade, sustenta-nos o coração no caminho que nos assinalaste!

Infunde-nos o desejo de ajudar àqueles que nos cercam, dando-lhes das migalhas que possuímos para que a felicidade se multiplique entre nós.

Dá-nos a força de lutar pela nossa própria regeneração, nos círculos de trabalho em que fomos situados, por teus sábios desígnios.


Auxilia-nos a conter as nossas próprias fraquezas, para que não venhamos a cair nas trevas, vitimados pela violência.

Pai, não deixes que a alegria nos enfraqueça e nem permitas que a dor nos sufoque.

Ensina-nos a reconhecer tua bondade em todos os acontecimentos e em todas as cousas.

Nos dias de aflição, faze-nos contemplar tua luz, através de nossas lágrimas e nas horas de reconforto, auxilia-nos a estender tuas bênçãos com os nossos semelhantes.

Dá-nos conformação no sofrimento, paciência no trabalho e socorro nas tarefas difíceis.

Concede-nos, sobretudo, a graça de compreender a tua vontade seja como for, onde estivermos, a fim de que saibamos servir em teu nome e para que sejamos filhos de teu infinito amor.

Assim Seja.

Médium: Francisco Cândido Xavier
Espírito: Agar
Livro: Temas da Vida

Oração


LIVRO DOS ESPÍRITOS


Reflexão...


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Luz do Dia...


A Psicometria – Visão Espírita (André Luiz)


A psicometria pode ser assim conceituada, segundo André Luiz: “A faculdade de ler impressões e recordações ao contacto de objetos comuns”(Nos Domínios da Mediunidade – pág. 224). Quem já leu o capítulo “Laboratório do Mundo Invisível” de “O Livro dos Médiuns”, bem sabe que o pensamento movimenta e amolda formas nos fluidos ambientes. Dessa forma os Espíritos apresentam-se vestidos e munidos dos apetrechos mais comuns ao seu dia-a-dia. No caso da psicometria, o fenômeno é inverso.
 
Sempre que o pensamento focar um certo objeto em recordação constante, mesmo inconscientemente, esse objeto ficará imerso nos fluidos correspondentes a esse pensamento. Um fluido — somos quase sempre tentados a assim pensar — não é como um fluido físico, algo como uma substância que parte de uma fonte em direção a algo. Não. É uma irradiação, um fenômeno ondulatório que se propaga no fluido cósmico que a tudo permeia. 
 
Assim, o pensamento provoca agitações no fluido cósmico e se propaga. Tão logo encontre o alvo para o qual,  enquanto fenômeno ondulatório, foi irradiado, nele induz semelhantes vibrações por ressonância. O fluido cósmico que interpenetra o objeto do pensamento nele se agita sob a modelagem inicial do pensamento.Por isso o objeto ganha uma aura de vibrações tão fortes quanto mais homogêneo e constante for o pensamento irradiado.

Vejamos novamente André Luiz: “Todos os objetos que você vê emoldurados por substâncias fluídicas acham-se fortemente lembrados ou visitados por aqueles que os possuíram.” (ob. cit. – pág.225).

Uma pessoa com suficiente sensibilidade, ao tocar um objeto assim, perceber-lhe-á a mensgem codificada no pensamento original. É assim que os psicômetras podem descrever o dono de um objeto. Dependendo do que o objeto represente para o seu dono, toda uma cena poderá ser percebida, como o evento em que foi recebido como presente, ou algo semelhante.
Mas a psicometria só existe se o objeto estiver, efetivamente, sob o pensamento de alguém. Caso contrário, não terá em si as vibrações emanadas do pensamento e, portanto, nada haverá a ser percebido.

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Fonte: Centro Espírita Batuíra