Eternidade

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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Forma e Ubiqüidade dos Espíritos




88. Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante?
“Para vós, não; para nós, sim. O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea.”

a) — Essa chama ou centelha tem cor?
“Tem uma coloração que, para vós, vai do colorido escuro e opaco a uma cor brilhante, qual a do rubi, conforme o Espírito é mais ou menos puro.”
Representam-se de ordinário os gênios com uma chama ou estrela na fronte. É uma alegoria, que lembra a natureza essencial dos Espíritos. Colocam-na no alto da cabeça, porque aí está a
sede da inteligência.

89. Os Espíritos gastam algum tempo para percorrer o espaço?
“Sim, mas fazem-no com a rapidez do pensamento.”

a) — O pensamento não é a própria alma que se transporta?
“Quando o pensamento está em alguma parte, a alma também aí está, pois que é a alma quem pensa. O pensamento é um atributo.”

90. O Espírito que se transporta de um lugar a outro tem consciência da distância que percorre e dos espaços que atravessa, ou é subitamente transportado ao lugar onde quer ir?
“Dá-se uma e outra coisa. O Espírito pode perfeitamente, se o quiser, inteirar-se da distância que percorre, mas também essa distância pode desaparecer completamente, dependendo isso da sua vontade, bem como da sua natureza mais ou menos depurada.”

91. A matéria opõe obstáculo aos Espíritos?
“Nenhum; eles passam através de tudo. O ar, a terra, as águas e até mesmo o fogo lhes são igualmente acessíveis.”

92. Têm os Espíritos o dom da ubiqüidade? Por outras palavras: um Espírito pode dividir-se, ou existir em muitos pontos ao mesmo tempo?
“Não pode haver divisão de um mesmo Espírito; mas, cada um é um centro que irradia para diversos lados. Isso é que faz parecer estar um Espírito em muitos lugares ao mesmo tempo. Vês o Sol? É um somente. No entanto, irradia em todos os sentidos e leva muito longe os seus raios. Contudo, não se divide.”

a) — Todos os Espíritos irradiam com igual força?
“Longe disso. Essa força depende do grau de pureza de cada um.”
Cada Espírito é uma unidade indivisível, mas cada um pode lançar seus pensamentos para diversos lados, sem que se fracione para tal efeito. Nesse sentido unicamente é que se deve entender o dom da ubiqüidade atribuído aos Espíritos. Dá-se com eles o que se dá com uma centelha, que projeta longe a sua claridade e pode ser percebida de todos os pontos do horizonte; ou, ainda, o que se dá com um homem que, sem mudar de lugar e sem se fracionar, transmite ordens, sinais e movimento a diferentes pontos.


Extraído da obra: O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Tradução de Guillon Ribeiro, Editora FEB, 76ª edição, p. 199 

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Fonte: Blog Meditando

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