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O maior de todos os conquistadores, na face da Terra,
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conhecia, de antemão, as dificuldades
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do campo em que lhe cabia operar.
Estava certo de que entre as criaturas humanas -
não encontraria lugar para nascer,
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à vista do egoísmo que lhes trancava os corações;
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no entanto, buscou-as, espontâneo,
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asilando-se no casebre dos animais.
Sabia que os doutores da Lei ouvi-lo-íam indiferentes, -
com respeito aos ensinamentos da vida eterna
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de que se fazia portador; contudo,
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entregou-lhes, confiante, a Divina Palavra.
Não desconhecia que contava simplesmente -
com homens frágeis e iletrados
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para a divulgação dos princípios redentores
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que lhe vibravam na plataforma sublime,
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e abraçou-os, tais quais eram.
Reconhecia que as tribunas da glória cultural -
de seu tempo se lhe mantinham cerradas,
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mas transmitiu as boas novas do Reino da Luz
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à multidão dos necessitados, inscrevendo-as na alma do povo.
Não ignorava que o mal lhe agrediria as mãos generosas -
pelo bem que espalhava; entretanto, não deixou de suportar
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a ingratidão e a crueldade, com brandura e entendimento.
Permanecia convicto de que as noções de verdade -
e amor que veiculava levantariam contra ele
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as matilhas da perseguição e do ódio;
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todavia, não desertou do apostolado, aceitando, sem queixa,
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o suplício da cruz com que lhe sufocavam a voz.
É por isso que o Natal não é apenas a promessa -
da fraternidade e da paz que se renova alegremente,
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entre os homens, mas, acima de tudo,
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é a reiterada mensagem do Cristo
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que nos induz a servir sempre,
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compreendendo que o mundo
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pode mostrar deficiências e imperfeições,
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trevas e chagas, mas que é nosso dever
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amá-lo e ajudá-lo, mesmo assim.
Chico Xavier /
Emmanuel (espírito)
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