JESUS: FILHO DE DAVI (118)
Mc. 10:47
"E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, começou a
clamar, e a dizer: Jesus, filho de Davi! tem
misericórdia de mim."
"E, OUVINDO" - Bartimeu só danificara a faculdade de ver. Era, ainda, capaz de ouvir. Se algum sentido nos falta, principalmente, se voltados para a Espiritualidade, acabamos por avivar os demais, que se encontram capacitados. E ouviu porque estava atento. Ao nos interessar por algo, nossos sentidos têm possibilidades de selecionar. Pode haver muito barulho, mas, se alguém abordar uma questão que nos interesse, acabamos ouvindo só o que ela fala. É o que se dá conosco, ainda deficientes para uma visão mais ampla das realidades do Espírito, quando somos convocados pela atitude deste cego a aguçar a capacidade de ouvir. Em meio aos alaridos de um mundo conturbado, é preciso detectar os chamamentos para os terrenos vibratórios da imprescindível reeducação moral.
"QUE ERA JESUS DE NAZARÉ," - Jesus nasceu em Belém. Residiu muito tempo em Nazaré, onde moraram seus pais, onde José exerceu a função de carpinteiro e Ele também. "Não é este o carpinteiro, filho de Maria, e irmão de Tiago, e de José, e de Judas e de Simão? e não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele." (Mc. 6:3). A informação "Jesus de Nazaré" define, mais uma vez, o acréscimo da misericórdia divina, permitindo a presença ostensiva, física do Cristo em nosso campo de ação. Sem ela, dificilmente, poderia nossa audição, ainda incipiente, captar os convites inadiáveis para um novo posicionamento espiritual. Ainda hoje, a Revelação Espírita, como o Consolador, com todas as suas orientações sábias e claras, direciona a atenção para Ele, que aqui esteve em corpo, há quase 2000 anos atrás, para que possamos empreender, com êxito, a luta de afirmação no Bem.
"COMEÇOU A CLAMAR, E A DIZER:" - Clamar é o grito que parte da profundidade do ser, saturado de sentimento. O cego não ficou apenas na manifestação desse sentimento. Disse alguma coisa. Quando utilizamos da palavra, devemos falar algo de proveito, já que, por sua natureza, é sempre um valioso instrumento, não só de manifestação, mas também de indução.
"JESUS, FILHO DE DAVI!" - De acordo com as profecias, Jesus era da descendência de Davi. "Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a Justiça na Terra." (Jer. 23:5).
A ligação de Jesus ao tronco genealógico de "Davi", à época constituía fato da maior importância. Tal vínculo expressava autoridade, principalmente nos terrenos da fé, por parte daqueles que se dirigiam ao Mestre. Se criaturas de grandes conhecimentos e muita experiência, viam Jesus como "o Filho de Deus", ou o "Filho de Deus Altíssimo", outras, acionando padrões de confiança e de muita humildade, imploravam o Seu auxílio, dentro dos parâmetros que a sua percepção podia abranger: "Filho de Davi".
"TEM MISERICÓRDIA DE MIM." - Bartimeu se reconhece como necessitado. Qualquer enfermo só se coloca a caminho da cura, do restabelecimento, quando admite a própria doença, a própria carência. Nisso revela humildade. Assim se torna receptivo.
Obra: Luz Imperecível, Coordenação: Honório Onofre de Abreu
Estudo Interpretativo do Evangelho
à Luz da Doutrina Espírita
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