Eternidade

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sábado, 28 de setembro de 2013

Aguilhão da Dor



O Aguilhão


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    Acusam-te, indevidamente, por ações que não praticaste.
    Dificultam-te o acesso ao que aspiras, não disfarçando a animosidade gratuita contra ti.
    Exigem-te um comportamento, que não logram manter.
    Impõem-te atitudes que te afligem.
    Carreiam, em tua direção, problemas e dificuldades que te esfalfam.


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    Em toda parte sofres pressão constritora.
    Onde te encontres, surgem as provações, parecendo não te darem trégua.
    Tens os nervos à flor da pele.
    Estás a ponto de explodir.


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    Espera um pouco mais.
    Ora e acalma-te.
    Silencia, mantendo a confiança.
    Quando as perseguições vêm de todos os lados, o socorro chega de cima.
    Acoimado pelo desespero e perseguido sem descanso, não estás ignorado pelo Amor.


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    As tuas aflições de agora têm sua gênese no teu pretérito.
    Ninguém é amado ou detestado sem motivo.
    Certamente, revidar e perseguir, odiar e afligir, são expressões do primitivismo espiritual que desaparecerá oportunamente, mas, que ainda permanece no mundo.
    Aqueles a quem infelicitaste antes, não têm o direito de tornar-se verdugo para ti agora. Todavia, preferem se-lo, o que os faz mais desditosos.
    A vida dispõe de mecanismos reeducativos para os seus defraudadores e pervertidos.
    Os homens, porém, preferem a enganosa "justiça com as próprias mãos", ignorando aquilo a que se propõem fazer, pela triste limitação em que se encontram retidos.
    Incapazes de ser justos, tornam-se perversos.
    Impossibilitados de ser corretos, submetem os outros com impiedade.
    Frios no sentimento do amor, que lhes é escasso, agem com indiferença ou maldade.
    Também eles estão enganados e não passarão pelo mundo sem sofrer a própria imprevidência e pusilanimidade.


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    Dessa forma, não recalcitres, contra o aguilhão, que é a dor benfazeja.
    O que hoje parece impossível, amanhã está realizado.
    O desafio de agora é tarefa concluída no futuro.


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    Há dois mecanismos eficazes para o progresso: o amor que sabe, e a dor que impulsiona.
    Mediante o amor que se ilumina de conhecimentos libertadores, o Espírito cresce para Deus.
    Quando este recurso demora de aparecer ou é deixado à margem, a dor se aninha no homem e, mesmo recalcitrando à sua presença, ela o domina, reeduca-o e eleva-o.
    Recebe o teu aguilhão na "carne da alma" e avança, tornando-o menos afligente em face da resignação e do bem que dele decorrem.


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Joanna de Ângelis  /  Divaldo P. Franco
Livro: Momentos de Alegria

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