Oração
Pelo Espírito Eros
Quando ora, a alma, à semelhança de um botão fechado que sob o cálido auxílio do Sol se abre para a vida, também se descerra, desdobrando os valiosos recursos latentes, numa explosão de beleza e de realização.
A oração é luz que estabelece um hífen de poderosa união entre a alma que se abebera e a Fonte Inexaurível que a dessedenta.
Orando, a criatura ascende a Deus. Banha-se de paz, impregna-se de confiança, renova-se sob as blandícias das vibrações superiores, ala-se, fugindo às algemas em que jaz prisioneira, no vale escuro das torpes limitações.
Murmurando a sonata oracional, a alma se converte num receptáculo precioso que os sublimes ouvidos registram e as santas possibilidades repletam.
Respondendo à oração, o Onipotente inspira, beneficiando o suplicante e o acalmando com a antevisão do porvir radioso.
Principia-se a oração num solilóquio da alma em dor, em gratidão, em amor, pedindo, louvando ou agradecendo...
Prossegue-se a oração num diálogo, em que as emoções espocam em ansiedades, em festas ou êxtase, e as forças cósmicas respondem em forma de reconforto, esperança ou felicidade feitos de interlúdios de inefável bem-estar. Ora e abre a boca da alma, esvaziando-te o eu, a fim de que o Senhor da vida te preencha de plenitude.
Oração é vida. Frui-a.
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(Franco, Divaldo [pelo Espírito Eros]. Heranças de amor. Salvador, Leal, 1ª ed., 1977.)
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