Filhas e filhos da alma!
Abençoe-nos o Senhor com a sua paz.
Estes são dias de turbulência.
A sociedade terrestre, com a
inteligência iluminada, traz o coração despedaçado pela angústia do ser
existencial. Momento grave na historiografia do processo evolutivo,
quando se operam as grandes mudanças para que se alcance a plenitude na
Terra, anunciada pelos Espíritos nobres e prometida por Jesus. Nosso
amado planeta, ainda envolto em sombras, permanece na sua categoria de
inferioridade, porque nós, aqueles que a ele nos vinculamos, ainda somos
inferiores, e à medida que se opera nossa transformação moral para
melhor, sob a égide de Jesus, nosso modelo e guia, as sombras densas vão
sendo desbastadas para que as alvíssaras de luz e de paz atinjam o
clímax em período não muito distante.
Quando Jesus veio ter conosco, a
humanidade experimentava a grande crise de sujeição ao Império Romano,
às suas paixões totalitárias e aos interesses mesquinhos de governantes
arbitrários. O Espiritismo, a seu turno, instalando-se no planeta,
enfrenta clima equivalente em que o totalitarismo do poder arbitrário de
políticas perversas esmaga as aspirações de enobrecimento das criaturas
humanas e, por consequência, o ser, que se agita na busca da plenitude,
aturde-se e, confundindo-se, não sabe como vivenciar as claridades
libertadoras do Evangelho.
Com a conquista do conhecimento
científico e o vazio existencial, surgem as distrações de vário porte
para poder diminuir a ansiedade e o desespero. Naturalmente, essa
manifestação de fuga da realidade interfere no comportamento geral dos
seareiros da Verdade que, nada obstante, considerando serem servidores
da última hora, permitem-se os desvios que lhes diminuem a carga
aflitiva.
Tende, porém, bom ânimo, filhas e filhos do coração!
É um momento de siso, de decisões, para a paz no período do porvir.
Recordai-vos de que o Cristianismo
nascente experimentou também inúmeras dificuldades. A palavra
revolucionária do apóstolo Paulo, a ruptura com as tradições judaicas
ainda vigentes na igreja de Jerusalém geraram a necessidade do grande
encontro, que seria o primeiro debate entre os trabalhadores de Jesus
que se espalhavam pelo mundo conhecido de então.
No momento grave, quando uma ruptura se
desenhava a prejuízo do Bem, a humildade de Simão Pedro, ajoelhando-se
diante da voz que clamava em toda parte a Verdade, pacificou os corações
e o posteriormente denominado Concílio de Jerusalém se tornou um marco
histórico da união dos discípulos do Evangelho.
Neste momento de desafio e de conflitos
de todo porte, é natural que surjam divergências, opiniões variadas,
procurando a melhor metodologia para o serviço da Luz. O direito de
discordar, de discrepar, é inerente a toda consciência livre. Mas, que
tenhamos cuidado para não dissentir, para não dividir, para não gerar
fossos profundos ou abismos aparentemente intransponíveis.
Que o espírito de união, de
fraternidade, leve-nos todos, desencarnados e encarnados, à pacificação,
trabalhando essas anfractuosidades para que haja ordem em nome do
progresso.
O amor é o instrumento hábil para todas
as decisões. Desarmados os corações, formaremos o grupo dos seres amados
do ideal da Era Nova.
Nunca olvideis que o mundo espiritual
inferior vigia as nascentes do coração dos trabalhadores do Bem e, ante a
impossibilidade de os levar a derrocadas morais, porque vigilantes na
oração e no trabalho, pode infiltrar-se, gerando desequilíbrio e
inarmonias a benefício das suas sutilezas perversas e a prejuízo da
implantação da Era Nova sob o comando do Senhor.
Nunca olvidemos, em nossas preocupações, que a Barca terrestre tem um Nauta que a conduz com segurança ao porto da paz.
Prossegui, lidadores do Bem, com o
devotamento que se vos exige de fazerdes o melhor que esteja ao vosso
alcance, em perfeita identificação com os benfeitores da humanidade,
especialmente no Brasil, sob a égide de Ismael, representando o Mestre
inolvidável.
Venceremos lutando juntos, esquecendo
caprichos pessoais, de imposições egotistas, pensando em todos aqueles
que sofrem e que choram, que confiam em nossa fragilidade e aguardam o
melhor exemplo da nossa renúncia em favor do Bem, do nosso devotamento
em favor da caridade, da nossa entrega em novo holocausto.
Já não existem as fogueiras, nem os
empalamentos. Os circos derrubaram as suas muralhas e agora expandem as
suas fronteiras por toda a Terra, mas o holocausto ainda se faz
necessário.
Sacrificai as próprias imperfeições,
particularmente neste sesquicentenário de evocação da chegada do
Evangelho à Terra, decodificado pelos Imortais.
Recordai também, almas queridas, que o
Espiritismo é, sem qualquer contradita, o Cristianismo que não pôde ser
consolidado e que esteve na sua mais bela floração nos trezentos
primeiros anos, antes das adulterações nefastas, e que foi Jesus quem o
denominou Consolador.
Este Consolador sobreviverá a todas as
crises e quando, por alguma circunstância, não formos capazes de
dignificá-lo, a irmã morte arrebatará aqueles que não correspondem à
expectativa do Senhor da Vinha, substituindo-os por outros melhormente
habilitados, mais instrumentalizados para os grandes enfrentamentos que
já ocorrem na face do planeta.
Todos sabemos que a transformação moral
de cada indivíduo é penosa, de longo curso, por efeito do atavismo
ancestral, e que a Lei dispõe do recurso dos exílios coletivos para
apressar a chegada da Era Nova.
Abençoados servidores! Abençoadas
servidoras da Causa! Amai! Amai com abnegação e espírito de serviço a
Doutrina de santificação, para que os vossos nomes sejam escritos no
livro do reino dos Céus e possais fruir de alegrias, concluindo a etapa
como o apóstolo das gentes, após haverdes lutado no bom combate.
Os mentores da brasilidade, neste momento grave por que também passa o nosso país, assim como o planeta, estão vigilantes.
Permiti-vos ser por eles inspirados e
saí entoando o hino do otimismo e da esperança, diluindo a treva, não
fixando o medo nem a sombra, que por momento domina muitas consciências.
Não divulgando o mal, somente expondo o bem, para que a vitória não
seja postergada.
E ide de volta, seareiros da luz! O
mundo necessita de Jesus, hoje mais do que ontem, muito mais do que no
passado, porque estamos a caminho da intuição, após a conquista da
razão, para mantermos sintonia plena com aquele que é o nosso guia de
todos os dias e de todas as horas.
Muita paz, filhas e filhos do coração!
São os votos do servidor humílimo e
paternal, em nome dos obreiros da seara de todos os tempos, alguns dos
quais aqui conosco nesta hora.
Muita paz!…
Bezerra
(Mensagem psicofônica recebida pelo
médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da Reunião Ordinária do
Conselho Federativo Nacional, em Brasília, DF, na manhã de domingo, em 9
de novembro de 2014.) Revisão do Autor Espiritual.
Extraído de Reformador/Federação Espírita Brasileira
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