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do livro "Missionários da Luz", por André Luiz & Chico Xavier
A. Que doente tratado
pelos Espíritos é capaz
de atingir a cura
positiva?
R.: Somente o doente
convertido
voluntariamente em
médico de si mesmo, que
compreende que a
medicação, qualquer que
seja, não é tudo no
problema da necessária
restauração do
equilíbrio físico, pode
alcançar a verdadeira
cura. (Missionários
da Luz, cap. 18, pp. 309
e 310.)
B. Que requisitos requer
uma doutrinação
eficiente?
R.: Não basta ao
doutrinador conhecer as
matérias e ministrá-las.
É preciso, antes de
tudo, senti-las e
viver-lhes a
substancialidade no
coração. O homem que
apregoa o bem deve
praticá-lo, se não
deseja que as suas
palavras sejam
carregadas pelo vento,
como simples eco dum
tambor vazio. O
companheiro que ensina a
virtude, vivendo-lhe as
grandezas em si mesmo,
tem o verbo carregado de
magnetismo positivo,
estabelecendo
edificações espirituais
nas almas que o ouvem.
Sem essa característica,
a doutrinação, quase
sempre, é vã. (Obra
citada, cap. 18, pp. 310
a 312.)
C. No tratamento da
obsessão é fundamental o
afastamento do obsessor?
R.: Não. Efetivamente,
não faltam, embora
raros, os casos de
libertação quase
instantânea. É que,
nesses casos, pode ter
chegado ao fim o
laborioso processo
redentor. Mas, na
maioria dos casos, a
tarefa é de sementeira,
de cuidado, persistência
e vigilância. Não se
quebram grilhões de
muitos séculos num
instante, nem se edifica
uma cidade num dia. É
indispensável desgastar
as algemas do mal, com
perseverança, e praticar
o bem, com ânimo
evangélico. (Obra
citada, cap. 18, pp. 312
a 315.)
D. Após a conversão real
do obsessor, o obsidiado
readquire a normalidade
orgânica?
R.: Quando o doente se
dispõe a cooperar com os
benfeitores espirituais,
em benefício próprio,
colaborando
decididamente na
restauração de suas
atividades mentais,
regenerando-se à luz da
vida renovada no Cristo,
pode esperar o
restabelecimento da
saúde relativa do corpo
terrestre. Entretanto,
na maioria dos casos, as
vítimas não mais
restabelecem o
equilíbrio do corpo,
permanecendo com a saúde
incompleta até o
sepulcro. Lembremos que,
embora o obsessor se
haja transformado, é
possível que a vítima
não esteja convertida.
Na obsessão, as
dificuldades não são
unilaterais. O eventual
afastamento do
perseguidor nem sempre
significa a extinção da
dívida. E, em qualquer
parte do Universo,
receberemos sempre de
acordo com nossas
próprias obras. (Obra
citada, cap. 18, pp. 315
a 319.)
Texto para leitura
130. A
caminho da cura
- Os trabalhos da
reunião seguiam seu
curso. Emissões
magnéticas dos que ali
se reuniam eram
aproveitadas pelos
Espíritos para assistir
não só os obsidiados,
mas também os infelizes
algozes. Somente uma
pessoa, porém, dentre os
obsidiados, conseguia
aproveitar cem por cento
o auxílio espiritual
recebido. Era uma jovem
que, envolvida na
corrente das vibrações
fraternas, recuperara a
normalidade orgânica,
embora em caráter
temporário. A moça
percebera a tempo que a
medicação, qualquer que
seja, não é tudo no
problema da necessária
restauração do
equilíbrio físico e, por
isso, desenvolvia toda a
sua capacidade de
resistência, colaborando
com a equipe espiritual
no interesse próprio.
Ela emitia vigoroso
fluxo de energias
mentais, expelindo todas
as idéias malsãs que os
desventurados obsessores
lhe haviam depositado na
mente, absorvendo em
seguida os pensamentos
regeneradores e
construtivos que a
influenciação espiritual
lhe oferecia. Alexandre
aproveitou o exemplo
para elucidar que
somente o doente
convertido
voluntariamente em
médico de si mesmo
atinge a cura positiva.
Se a vítima capitula sem
condições, ante o
adversário,
entrega-se-lhe
totalmente e torna-se
possessa, após
transformar-se em
autômato à mercê do
perseguidor. Se possui
vontade frágil e
indecisa, habitua-se com
a persistente atuação
dos verdugos e vicia-se
no círculo de
irregularidades de
difícil corrigenda.
Nestes casos, as
atividades de
assistência se
circunscrevem a meros
trabalhos de socorro,
objetivando resultados
longínquos. Quando o
enfermo está interessado
na própria cura, então
podemos prever triunfos
imediatos. (Cap. 18, pp.
309 e 310)
131. Doutrinação
- O doutrinador
encarnado era o centro
dum quadro singular. Seu
tórax convertera-se num
foco irradiante, e cada
palavra que lhe saía dos
lábios assemelhava-se a
um jato de luz
alcançando diretamente o
alvo, fosse ele os
ouvidos perturbados dos
enfermos ou o coração
dos obsessores cruéis.
Suas palavras eram, com
efeito, de uma
simplicidade
encantadora, mas a
substância sentimental
de cada uma assombrava
pela sublimidade,
elevação e beleza.
Alexandre explicou que
ali era uma escola
espiritual, onde, para
ensinar com êxito, não
basta conhecer as
matérias e ministrá-las.
É preciso, antes de
tudo, senti-las e
viver-lhes a
substancialidade no
coração. O homem que
apregoa o bem deve
praticá-lo, se não
deseja que as suas
palavras sejam
carregadas pelo vento,
como simples eco dum
tambor vazio. O
companheiro que ensina a
virtude, vivendo-lhe as
grandezas em si mesmo,
tem o verbo carregado de
magnetismo positivo,
estabelecendo
edificações espirituais
nas almas que o ouvem.
Sem essa característica,
a doutrinação, quase
sempre, é vã.
Compreende-se então que
o contágio pelo exemplo
não constitui fenômeno
puramente ideológico,
mas é, sim, um fato
científico nas suas
manifestações
magnético-mentais. Com o
decorrer do trabalho, os
obsidiados – exceção
feita à irmã que se
encontrava possessa –
ficavam livres da
influência direta dos
obsessores, porém todos,
menos a jovem que reagia
valorosamente ao
tratamento, apresentavam
singular inquietude,
ansiosos de se reunirem
de novo ao campo de
atração dos algozes.
Benfeitores espirituais
haviam arrebatado os
verdugos, expulsando-os
temporariamente daqueles
corpos enfermos e
atormentados, mas os
enfermos encarnados
primavam pela ausência
íntima, permanecendo a
longa distância
espiritual dos
ensinamentos que o
doutrinador terrestre
ministrava, ao influxo
dos mentores da reunião.
A atitude dos enfermos
era de insatisfação e
ansiedade: parecia não
suportarem a separação
de seus algozes
invisíveis. Alexandre
explicou então que, em
geral, noventa por cento
dos casos de obsessão
que se verificam na
Crosta constituem
problemas dolorosos e
intrincados e quase
sempre o obsidiado
padece de lastimável
cegueira, com relação à
própria enfermidade,
tornando-se presa fácil
e inconsciente, embora
responsável, de
perigosos inimigos.
Comumente, os casos
dessa natureza dão-se em
virtude de ligações
vigorosas e profundas
pela afetividade mal
dirigida, ou pelos
detestáveis laços do
ódio que, em todas as
circunstâncias, é a
confiança desequilibrada
convertida em monstro. É
por isso que cada
problema desses exige
solução diferente. (Cap.
18, pp. 310 a 312)
132. Algemas
seculares - No
trato da obsessão, os
encarnados observam
somente uma face da
questão: o afastamento
do obsessor. Mas, como
rebentar, de um instante
para outro, algemas
seculares, forjadas nos
compromissos recíprocos
da vida em comum? como
separar seres que se
agarram um ao outro,
ansiosamente?
Efetivamente, não
faltam, embora raros, os
casos de libertação
quase instantânea. É
que, nesses casos, pode
ter chegado ao fim o
laborioso processo
redentor. De qualquer
modo, o trabalho de
assistência será sempre
frutífero, e não podemos
fugir ao nosso dever de
assistência fraterna ao
ignorante e sofredor,
compreendendo, porém,
que a construção do amor
é também obra do tempo:
nenhuma palavra, nenhum
gesto ou pensamento, nos
serviços do bem,
permanece perdido. A
tarefa é de sementeira,
de cuidado, persistência
e vigilância. Não se
quebram grilhões de
muitos séculos num
instante, nem se edifica
uma cidade num dia. É
indispensável desgastar
as algemas do mal, com
perseverança, e praticar
o bem, com ânimo
evangélico. Ouvindo
isto, André indagou se o
desequilíbrio da mente
poderia acarretar a
enfermidade do físico.
Alexandre disse que sim.
As intoxicações da alma
determinam as moléstias
do corpo; o
desequilíbrio da mente
pode determinar a
perturbação geral das
células orgânicas. (Cap.
18, pp. 312 a 315)
133. Benefícios do
tratamento - Tão
logo se quebrou a
corrente de vibrações
benéficas, com o término
da reunião, três dos
cinco obsidiados
voltaram a atrair
intensamente os verdugos
invisíveis, a cuja
influenciação se haviam
habituado, demonstrando
escasso aproveitamento.
Alexandre asseverou,
contudo, que em todas as
atividades de socorro
espiritual há sempre
imenso proveito, ainda
mesmo quando a sua
extensão não seja
perceptível ao olhar
comum. Quando o doente
se dispõe a cooperar com
os benfeitores
espirituais, em
benefício próprio,
colaborando
decididamente na
restauração de suas
atividades mentais,
regenerando-se à luz da
vida renovada no Cristo,
pode esperar o
restabelecimento da
saúde relativa do corpo
terrestre. Quando o
indivíduo, porém, roga a
assistência de Jesus com
os lábios, sem abrir o
coração à influência
divina, não deve
aguardar milagres da
colaboração espiritual.
Os benfeitores
espirituais podem
ajudar, socorrer,
contribuir, esclarecer,
mas não é possível
improvisar recursos,
cuja organização é
trabalho exclusivo dos
interessados. O problema
da responsabilidade não
se circunscreve a
palavras; é questão
vital no caminho da
vida. Raros homens,
entretanto, se dispõem a
respeitar os desígnios
da Religião, olvidando
voluntariamente que as
menores quedas e mínimas
viciações ficam
impressas na alma,
exigindo retificação. No
trabalho em favor deles,
não podemos exonerá-los
das obrigações
contraídas. O bom
trabalhador é o que
ajuda, sem fugir ao
equilíbrio necessário,
construindo todo o
trabalho benéfico que
esteja ao seu alcance,
consciente de que o seu
esforço traduz a Vontade
Divina. (Cap. 18, pp.
315 e 316)
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Eternidade
domingo, 3 de agosto de 2014
DOUTRINAÇÃO DE ESPÍRITOS
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