O espírita que entende a doutrina que aceita
Ergue-se de manhã quando o dia flameja,
Ora e agradece a Deus o privilégio santo
De poder trabalhar no corpo a que se acolhe.
Se ouve o mal, fala o bem. Ajusta-se ao dever,
Cumprindo a obrigação que a vida lhe assinala.
Na rua, estende as mãos em amparo fraterno.
Em casa, forma a paz que auxilia e constrói.
Prejudicado, esquece. Ofendido, perdoa.
Não discute, realiza. E nem pergunta, serve.
Não censura, abençoa; nem condena, restaura.
Desce para ajudar, sem tisnar-se na sombra.
Alteia-se na luz, mas apaga-se humilde,
Por saber-se instrumento a serviço do Pai.
Reparte do que tem, sem reclamar louvores,
Corrige levantando e educa amando sempre.
Tolera sem revolta as provações que o ferem,
Transformando em bondade o fel das próprias dores.
O espírita onde está faz com que tudo brilhe,
Aperfeiçoa, melhora, engrandece e progride;
De alma no entendimento harmônico e profundo,
Faz-se fonte de amor para os males da vida,
Faz-se raio de sol para as trevas do mundo.
(Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier,
em reunião pública do Lar Espírita de Lázaro, na noite de
30/10/1966, em Uberaba, Minas.)
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