Eternidade

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sábado, 14 de dezembro de 2019

Pilares de sustentação do trabalho voluntário na Casa Espírita


Considerações iniciais

O trabalho voluntário na Casa Espírita, além de contribuir para o fortalecimento das forças do bem na humanidade, é uma oportunidade ímpar, disponibilizada à criatura humana para que, de forma consciente e mais constante, se encontre com nosso Pai celestial. Daí a importância de o voluntário, ao abraçar sua tarefa, estar plenamente cônscio da relevância de sua participação, certo de que, em sua atuação, contará com a companhia e assistência do Pai celestial através de sua corte de anjos.

Dessa forma o trabalhador voluntário da seara divina deve envidar todo seu esforço no sentido de honrar esses momentos, assentando sua força de trabalho em pilares que resistam às dificuldades naturais, existentes no terreno onde as sementes do Amor serão plantadas e regadas.

1º Pilar: Amor ao próximo, respeito humano

O trabalho voluntário na Casa Espírita exige contato permanente com criaturas humanas encarnadas e desencarnadas, situadas nas mais variadas faixas vibratórias de pensamento e comportamento, daí a necessidade de o voluntário ser portador de um aceitável grau de sensibilidade para que possa bem se relacionar com essas pessoas, a fim de não prejudicar os intentos divinos em favor delas. Ao lidar com criaturas humanas nunca esqueçamos que nem sempre estamos tratando com pessoas lógicas, mas sim, na maioria das vezes, com pessoas emocionais. 

É imprescindível que, no desempenho de sua tarefa, o voluntário guarde estrita vigilância ante as investidas provenientes do plano espiritual inferior, pois as mesmas encontram terreno fértil, para sua semeadura, no lodaçal do orgulho, da vaidade, do melindre, da sede de poder, da ignorância e da fragilidade emocional e moral das pessoas, bem como em outras imperfeições próprias da natureza humana.

Assim, tratar bem aqueles com quem nos relacionamos, estimulando-os para o trabalho que desempenham e/ou incentivando- os a superar as dificuldades da jornada, são exemplos que, sempre que possível, devem ser vivenciados pelo trabalhador espírita. Ademais, não custa nada lembrar que, sempre que a oportunidade apareça devemos habitualmente cumprimentar as pessoas, com naturalidade, ser compreensivos, ser solícitos, atenciosos, enfim, educados com o semelhante. Esses “pequenos” gestos muito contribuem para o ajuste da nossa sintonia com o plano espiritual superior que nos assiste.

2º Pilar: Fidelidade aos princípios espíritas

Em função da natureza do trabalho realizado na Casa Espírita, é fundamental que seu trabalhador voluntário não só tenha conhecimento doutrinário, mas também o abrace e nele tenha fé. Afirmamos que o trabalho espírita é diferente dos demais, porque não leva em consideração somente as necessidades de ordem material da criatura humana, mas, principalmente as mais imediatas. O trabalho sob a égide do Espiritismo também leva em consideração a vida espiritual das pessoas e seu retorno à carne em vidas futuras. Para que essa consciência se firme, de forma mais efetiva na conduta do voluntário, é necessário que saiba o que é reencarnação, quais os princípios que a regem e que a compreenda à luz do Espiritismo; que tenha conhecimento e acredite na comunicabilidade dos Espíritos, em como essa comunicação se processa e que efeitos provoca na vida da criatura humana; que tenha fé em Deus, em sua bondade, misericórdia e justiça, para melhor entender as desventuras com que se deparará ao longo do seu trabalho e que acredite na imortalidade da alma, para citar alguns requisitos básicos necessários a que se guarde fidelidade aos princípios doutrinários espíritas.

A falta de conhecimento do que seja o Espiritismo, dos recursos de que dispõe e dos princípios em que se assenta, indubitavelmente levará o voluntário espírita a desenvolver seu esforço de trabalho em direção contrária à que se recomenda a Doutrina Espírita, gerando assim sérios conflitos de identidade na Instituição. Um exemplo funesto dessa ausência de fé e fidelidade às recomendações do autêntico Espiritismo é a realização de práticas estranhas ou exóticas na Casa Espírita.

3º Pilar: Convivência fraterna e companheirismo

Jesus com seu exemplo nos ensinou que o trabalho na seara divina não dispensa a participação de ninguém que esteja imbuído de boa vontade e sintonizado com os propósitos divinos. Para cumprir sua missão entre nós, Ele se fez acompanhar de discípulos das mais variadas condições sociais e culturais, com destaque para os doze apóstolos que lhe eram mais próximos. Poderia, certamente, cumpri-la sozinho, mas em sua sabedoria optou por partilhá-la com seus irmãos de caminhada e de ideal. Assim deve ser na Casa Espírita, pois todos os que nela se encontram são irmãos que abraçam a mesma fé, dispostos a seguir as recomendações de vida eterna, trazidas pelo Cristo, uns espiritualmente mais amadurecidos que outros, mas todos desejosos de crescimento espiritual.

Diante dessa heterogeneidade evolutiva, é natural que em alguns momentos ocorram desencontros de opinião e comportamento, todavia, nesses momentos devemos nos lembrar de que viemos para unir pessoas e não para separá-las. Que o companheiro de espírito mais amadurecido na prática do bem se apresente junto ao mais fragilizado, não para confrontá-lo, mas para, juntos, trabalharem em favor da causa do Cristo, uma vez que os discípulos de Jesus são conhecidos por muito se amarem. Que nosso proceder no desempenho de nossa tarefa seja o de partilha, de companheirismo e de compreensão para com as limitações humanas. Dar asas ao destempero emocional, ao “disse me disse”, à soberba, à arrogância, à exaltação da personalidade, por exemplo, só serve para obstaculizar a efetivação dos propósitos do Espiritismo na humanidade. Os tempos são chegados e esse tempo é o da solidariedade e da fraternidade. Nós, os trabalhadores da última hora, já perdemos muito tempo com os braços cruzados, portanto, temos muito trabalho pela frente.

4º Pilar: Amor ao trabalho

No exercício de sua tarefa, o trabalhador voluntário da Casa Espírita deve estar imbuído do sentimento de amor ao que faz e não do da obrigação ou da prestação de um favor a alguém, seja encarnado, seja desencarnado. Não esqueçamos que Jesus espera de cada um de nós misericórdia (compaixão) para com a dor e o sofrimento alheio e gestos conscientes de amor ao próximo e não sacrifícios ou mesmo obrigações forçadas de qualquer ordem.

A alegria de poder contribuir para a felicidade daqueles que a Providência divina coloca em nosso caminho deve ser a motivação que nos leve a realizar o trabalho voluntário, principalmente na Casa Espírita. Isso exige que eduquemos nossos sentimentos e reavaliemos nossa postura ética (como estamos nos relacionando com nossos semelhantes, principalmente os mais próximos?), moral (que valores tomamos como referência para nossa conduta cotidiana?) e comportamental (nosso comportamento na vida está coerente com o que acreditamos e professamos, como espíritas que somos?). Meditar sobre esses três pontos e esforçar-se, o mais que possível, para vivenciar atitudes coerentes com a proposta divina, referente a cada um deles, é tarefa urgente e inadiável, haja vista a necessidade de adquirirmos o equilíbrio exigido para o trabalho na lida espírita. Sem esse equilíbrio, como enfrentaremos as dificuldades e incompreensões que fatalmente surgirão no decorrer da tarefa? É fundamental que saibamos, adequadamente, nos desviar das pedras que surgirem no caminho, contornando-as ou removendo-as, uma vez que, se elas ali permanecerem, poderão ser motivo de tropeço e até mesmo de queda daqueles que com elas se depararem.

5º Pilar: Presença

O trabalho espírita, devido às bases em que se assenta e coerente com os fins a que se propõe, em hipótese alguma deve promover a infelicidade de seus agentes. Por isso, quem se dispuser a trabalhar na seara espírita deve planejar bem seu tempo de modo a não se prejudicar na condução de suas outras atividades, fora do Centro, e também para que a tarefa da qual participa no Movimento Espírita não venha a sofrer nenhum tipo de prejuízo. É imperativo que haja tranquilidade e satisfação por parte do trabalhador voluntário, principalmente no desempenho de sua tarefa, e isso só será possível se, dentre outros fatores, houver, no mínimo, um equilíbrio razoável do binômio: trabalho assumido versus tempo disponível à sua realização. Para que esse equilíbrio se estabeleça e o encargo seja satisfatoriamente realizado, se faz necessário administrar bem a ocupação do tempo disponibilizado, uma vez que esse tempo, competentemente distribuído, mesmo sendo pouco, pode gerar frutos mais proveitosos do que os produzidos por alguém muito ocupado com realizações desnecessárias e assumindo atitudes incompatíveis com os propósitos da tarefa e com as finalidades do Espiritismo. Nesse quesito, a assiduidade e a responsabilidade são duas condições que não podem faltar. 

Conclusão

Aos que desejam participar do trabalho voluntário na Casa Espírita e aos que já estão nele integrados deixamos a seguinte mensagem de Francesco, il poverello de Assis:

Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível.

Fonte: Revista Reformador - FEB - 2014

domingo, 17 de novembro de 2019

O Primado do Espírito



  A humanidade atual, tanto quanto a que anteriormente perlustrou os caminhos terrenos, ainda está infelizmente imbuída da falsa ideia de que é preciso enriquecer materialmente para poder desfrutar situações de abastança, e prosperidade, como única razão de sua existência.  
  Nada mais errado do que semelhante conceito, nada mais falso do que tal convicção, filha do desconhecimento das leis do amor e do progresso moral que regem a vida em todos os mundos do Universo.  
  Tivessem os seres humanos um pouco mais de conhecimento daquelas leis, dispusessem os homens e mulheres de um pouco do seu tempo para meditar nos verdadeiros motivos de sua vinda à Terra, uma, duas, dez, vinte e mais vezes no decorrer de sua existência como seres humanos, tivessem todos um pouquinho mais de tempo para isso, e muitas desgraças, muitos crimes, muitas infelicidades deixariam de existir ao longo da existência humana. 
  Exatamente porque uns e outros insistem em cuidar apenas dos interesses da matéria, visando exclusivamente à sua elevação entre os semelhantes à custa da posse da fortuna perecível, é que surgem os desentendimentos na sociedade humana, mercê de ambições que crescem de todos os lados, superpondo-se lamentavelmente ao primado do Espírito. 
  O primado do Espírito, que todos sabeis ser o predomínio dos interesses espirituais sobre os da matéria, significa para o ser humano a construção segura de sua verdadeira felicidade. É preciso esclarecer devidamente que o primado do Espírito é a única força a impulsionar a vida terrena dos encarnados, e é também a única que sobrevive, uma vez terminada a vida do corpo de cada um.
  Ora, bem. Explicado assim que o encarnado nada mais é que um Espírito revestido de carne e ossos em sua estrutura física, e que tudo isso voltará a se desagregar ao cabo de uma existência demasiado curta, pois que em média ainda não atinge sequer a meio século — por que esse empenho denodado da grande maioria dos homens e mulheres de hoje, como o foram inúmeros do passado, em querer a todo custo reunir fortuna para que esta por sua vez se desagregue após sua partida, de regresso ao mundo espiritual?  
   Irmãos meus, já compreendestes bem que eu me empenho em esclarecer vossa mente física acerca do vosso próprio objetivo neste mundo, que é exatamente a aquisição de luz para o vosso Espírito. Infelizmente porém, nem todos manifestam desejo de aprofundar o assunto, sob a alegação de lhes faltar tempo e disposição para isso. Como eu lamento, irmãos meus, que tal pensamento manifesteis! Gostaria de poder eu próprio penetrar em vosso coração e nele gravar esta grande verdade bíblica: Ninguém consegue servir a Deus e Mamon. Ninguém consegue viver para o dinheiro, para a fortuna, para a abastança, vivendo ao mesmo tempo para o seu verdadeiro interesse. Deus, no caso da parábola, é o próprio indivíduo espiritual, é o Espírito que na Terra construiu um organismo físico desde o ventre materno e o alimenta através do tempo, até ao fim de sua peregrinação por este mundo terreno. Ao passo que Mamon é o interesse pura e simplesmente material, ligado exclusivamente à matéria perecível até ao seu desagregamento. Ninguém, por conseguinte, poderá viver ao mesmo tempo para os dois senhores, porque seus desígnios se distanciam cada dia que passa. 
  Enquanto, porém, os que vivem para o Espírito, pensando, agindo, operando em termos do Espírito, se sentem cada dia mais integrados nas leis divinas, ou no próprio Deus, sentindo a paz no coração, a tranquilidade de consciência, a felicidade enfim, aqueles que cultivam as leis de Mamon que são as leis da matéria, perecível como essas mesmas leis, sentem no íntimo do ser a intranquilidade, o temor, o receio de que a roda de sua fortuna possa vir a desandar, reduzindo a nada os seus castelos de cartas ou de areia que não resistem ao mais leve vendaval.  
  Uma vez esclarecida a diferença, será o caso de se perguntar a cada um dos leitores destes conselhos: Qual dos dois caminhos prefere você: o de Deus ou o de Mamon?
   Bem certo estou de que nenhum dos meus leitores vacilará um só instante em sua resposta em favor do caminho de Deus. Em verdade, irmãos queridos, não pode haver dúvida na escolha. E bem felizes se encontrarão a partir de agora os que, desconhecendo certos princípios espirituais, levaram vida cem por cento terrena, por assim dizer, até ao momento presente.  
  Todo interesse puramente material entrou em declínio na face da Terra, uma vez que a Terra mesma converter-se-á, muito breve, num dos mundos espiritualizados. Notai que eu não digo Mundo Espiritual, por ser isto impossível; porém mundo espiritualizado, onde deverá começar a predominância do primado do Espírito.  
  E o que vem a ser o primado do Espírito? — perguntareis vós. Eu vos responderei pleno de satisfação que o primado do Espírito é a característica de todos os mundos evoluídos. Um mundo em que predomine o primado do Espírito, é um mundo onde a paz e o entendimento fraternal entre seus habitantes constitui a sua constante, onde as lutas fratrícidas, os apetrechos bélicos, as condições de domínio de uns sobre os outros, a discriminação racial, foram completamente banidos.O primado do Espírito é, numa palavra, o ideal na vida de todos os povos espiritualmente evoluídos.  
  Os mundos onde o primado do Espírito exerce completa predominância, permutam-se continuamente mensagens de amor e fraternidade, possuindo comunicações tão rápidas e perfeitas entre si, muito semelhantes ao vosso sistema radiotelegráfico.  
   Do Alto têm sido observados com muito carinho os esforços dos cientistas terrenos em suas tentativas de comunicação com outros planetas do sistema solar em que viveis. Embora isto já represente um certo adiantamento científico em vosso tempo, tais objetivos não serão concretizados antes das transformações por que está próxima de passar a humanidade de hoje, assim como as condições peculiares da própria Terra. Quando a massa de pensamentos bons, sadios, puros, elevados, sobrepujar a de pensamentos grosseiros, ambiciosos e maus, aí sim, poderemos esperar para breve a ligação interplanetária, independente de foguetes nem de satélites artificiais. Essa ligação se fará através de meios outros que surgirão na Terra aproximadamente dentro de meio século, e muito há de contribuir para o adiantamento da humanidade da época. 
   Isto tudo, irmãos queridos, só pode acontecer com o apoio e orientação das Forças do Bem que superintendem a vida desta humanidade de hoje. Vós todos que me ledes podeis começar a contribuir desde hoje para essa desejada era, reformando vossa própria maneira de viver, abandonando velhos hábitos incorretos ou malsãos que têm dificultado até agora a vossa iluminação espiritual, pelo desconhecimento dos princípios de que ora venho falar-vos.
  Se Nosso Senhor Jesus Cristo puder receber de cada um de vós, ao fim do vosso dia de trabalho, a prece de agradecimento com o pedido daquilo que vos falte, podeis ter então a certeza certa de estardes contribuindo seguramente para o advento da era de paz e de felicidade em que muito justamente desejareis viver
 Fazei isso meus queridos, e, sempre que alguma dúvida vos ocorrer neste caminho, chamai sinceramente por este vosso dedicado amigo que logo estará convosco, o vosso — Irmão Tomé.

Obra: As Forças do Bem,  ditada pelo Irmão Tomé, o Apóstolo do Senhor, psicografada por Diamantino Coelho Fernandes, que foi a reencarnação do Espírito Thiago, também Apóstolo do Senhor. 

 

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Sublime investimento



O MUNDO conturbado suplica paz.
A sociedade em desalinho pede equilíbrio moral.
O lar clama por defensivas da harmonia.
O homem necessita das diretrizes da educação.
Comunidades religiosas definham à falta de fé.
Berçários da instrução se estiolam baldos de idealismo.
Oficinas do progresso transformam-se a uma Babel de dimensões agigantadas.
Generalizam-se quadros de sombra e dor, tormento e fel, sofrimento e angústia.
Busca-se a paz e fomenta-se a guerra.
Exalta-se o amor e estimula-se o ódio.
Louva-se o trabalho e serve-se à preguiça.
Fala-se em ordem e abraça-se a desordem.
Busca-se a luz e multiplica-se a treva.
Enaltece-se a Fé e caminha-se em descrença.
Investe-se no progresso material e olvida-se o plantio moral.
Prosseguimos, de fato, entre paradoxos de aflitivas consequências.

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NUNCA o mundo necessitou tanto de Jesus e o homem do Evangelho!
O momento atual aguarda ação decisiva do Bem, deplorando as expectativas da inércia.
Não basta analisar; é inadiável construir.
O futuro está na forja do presente.
Arrolar sombras sem iniciativas de luz significa somar trevas.
Evitemos a contabilização das angústias que desesperam o presente; esforcemo-nos pela disseminação da moral cristã que clareará o porvir.
Jesus, o Operário de Deus, está a postos construindo seu Reino de esperanças na Terra. Aprestemo-nos,  como colaboradores do Cristo, na obra de redenção do mundo.
O Mestre convoca seus discípulos à divulgação do Evangelho. Os tempos são chegados!
Eis que surge o momento de investirmos no Amor, para que o Amor se multiplique em benefício do amanhã.
Sementeira de agora, promessa para depois.
Plantio efetivado, esperança crescente.
Acreditemos no Homem! Mas, semeemos, pois jamais ceifaremos onde não se plantou.
A Humanidade melhorada refletirá na melhoria do mundo.
Evangelizemos, com Jesus, para alcançarmos os valores indeformáveis da educação integral sob os auspícios do Mestre por excelência.
A velhice ergue as mãos suplicando o carinho que lhe aqueça o rigor do inverno na colheita de experiências dolorosas.
A madureza pede amparo que lhe contorne frustrações inevitáveis.
A profilaxia do amor, contudo, atende bem antes, agindo ao alvorecer.
Escancare as janelas de seu mundo interior para que o sol do Evangelho lhe amplie as potencialidades do ideal da confiança em Deus. 
Repare nas gerações de agora. São desafios à sua participação na melhoria do amanhã.
A Criança e o Jovem reclamam direção no Bem.
Evangelize!
Coopere com Jesus!

Estevão

(Página psicografada em reunião pública da Casa Espírita Cristã, Vila Velha-ES, na noite de 13-6-1977, pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro.)
Extraída de Reformador, fevereiro de 1988
 

domingo, 20 de outubro de 2019

ESPERANÇA


Se a noite o surpreendeu de coração ferido ou de cérebro azorragado por amargos arrependimentos, não se renda à dor que lhe parece irremediável... Enquanto a sombra se estende ao longo do caminho, e a ventania sopra, qual lamentoso grito de angústia, fite as estrelas que cintilam nas alturas e siga adiante, ao encontro do novo dia. 

Não pode? Tremem-se-lhe os pés sob o fardo da aflição? Enrijeceram-se-lhe as fibras da alma e não consegue nutrir um novo sonho? Erga uma prece à Esperança, o gênio da luz que nos permite antever o porvir imenso. Recolha-se à oração e ela virá, doce e infatigável enfermeira, balsamizar-lhe as chagas interiores e sustentar-lhe as energias semimortas. Atenda-lhe o apelo carinhoso e prossiga sem desfalecimento. Não embote o entorpecente elixir da inércia ou o fel corrosivo do sofrimento. 

Aceite as sugestões do gênio amigo e reflita... Sentirá no próprio coração dores maiores que a sua, os pavores dos grandes infelizes, as úlceras cancerosas de milhões que, até agora, você não conseguirá ver. Então, inefável consolo baixará do Céu sobre a sua dor, aquietando-lhe a ânsia. Inexpremíveis sentimentos desabrocharão em seu Espírito, e seus braços se abrirão para acolher as ignoradas mágoas dos seres mais humildes da Terra. 

Nem todos sabem avaliar essa virtude celeste. Muitos a transformam em vinagre de impaciência ou em tortura mortal, convertendo-lhe a bênção em estilete da enfermidade. Felizes, porém, daqueles que lhe guardam a sublime claridade no imo do Espírito, porque verão a sabedoria do tempo, adquirindo com a vida a ciência da paz. 

Espera! - diz a noite - o dia voltará.  
Espera! - clama a semente - o fruto não tarda. 
Espera! - anuncia a justiça - e tudo recomporei. 

Bem-aventurados, pois, quantos no mundo sabem aprender, servir e esperar! 

Ditado  por Vianna de Carvalho / Chico Xavier (livro: Falando à Terra, cap. 40).

Liberdade de Escolha


És livre para imprimir na tua existência o padrão de felicidade ou de aflição com o qual desejes conviver.
A liberdade é lei da vida, que faz parte do concerto da harmonia universal.
Os imperativos inamovíveis e deterministas são vida e morte, no que diz respeito aos equipamentos orgânicos, mesmo assim, sob o fatalismo de incessantes transformações.
Submetido à ordem da ação, que desencadeia reações correspondentes, és o que de ti próprio faças, movimentando-te no rumo que eleges.
Há pessoas que preferem a queixa e a lamentação, armazenando o pessimismo em que se realizam. Negociam o carinho que pretendem receber com as altas quotas de padecimentos que criam psiquicamente.
Ao lado de outras, que chantageiam os afetos, mediante a adoção de sofrimentos irreais, estabelecem como metas a conquista de atenções e carícias que lhes são sempre insuficientes, não se dando conta que, dessa forma, farão secar a fonte generosa que as oferece.
Ninguém se sente bem ao lado de criaturas que elegem o infortúnio como falsa solução para os seus conflitos existenciais.
Essa coação emocional termina por produzir amizades falsas, situações constrangedoras, mais insegurança.
Podes e deves ser feliz. Esta é a tua liberdade de escolha.
Se te encontras atrelado ao carro das aflições, porfia construindo o bem e te libertarás.
A dificuldade de agora é o efeito da insensatez do passado.
A vida renova-se a cada momento.
Situações funestas alteram-se para melhor, à semelhança de paisagens ensombradas que rapidamente vestem-se de Sol.
Não dês trégua à desdita, à ociosidade, aos queixumes.
És senhor do teu destino, e ele tem para ti, como ponto de encontro, o infinito.
Quem se desvaloriza e se desmerece e se invalida, fica na retaguarda.
É necessário que te envolvas com o programa divino. Todo aquele que se não envolve positivamente, nunca se desenvolve.
Se preferires sofrer, terás liberdade para a experiência até o momento em que te transfiras para a opção do bem-estar.
Desse modo, não transformes incidentes de pequena monta, coisas e ocorrências corriqueiras, em tragédias.
Ninguém tem o destino do sofrimento. Ele é resultado da ação negativa, jamais a causa.
Faze uma avaliação honesta da tua existência, sem consciência de culpa, sem pieguismo desculpista, sem coerção de qualquer natureza, e logo depois desperta para o que deves produzir de bom, de útil, de construtivo empenhando-te na realização da tua liberdade de ser feliz.
A presença divina apoia-me nos processos de crescimento e renovação.
Cada momento constitui-me oportunidade nova para avançar ou corrigir erros.
As transformações que a vida opera são fases de desenvolvimento.
A poda renova; a dor desperta; a provação educa; a alteração de comportamento propõe esforço.
Estou fadado à felicidade, que lograrei mediante renovação e luta, pois que sou filho de Deus.



Do livro "Momentos de Saúde", obra psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco.

sábado, 21 de setembro de 2019

O Espiritismo Responde


Roberta Carvalho, de Lambari-MG, pergunta-nos se as pessoas que amputam alguma parte do corpo sofrem também alguma alteração no corpo espiritual ou perispírito.
 
Existem relatos de que pessoas que tiveram o membro amputado ainda sentem dores no local onde ocorreu a amputação, ou seja, no chamado membro "fantasma". Graças às fotografias Kirlian comprovou-se que nas plantas das quais se cortou uma parte, por exemplo um pedaço da folha, a contraparte imaterial do que foi cortado ainda aparece na foto, o que sugere que uma lesão física não acarreta necessariamente lesão no corpo perispiritual, salvo se ela se der de maneira intencional e sem motivo justificável perante as leis que regem a vida.
Lembramo-nos da informação dada por Emmanuel a respeito das pessoas que desferem um tiro na cabeça, produzindo lesão no corpo físico e também no corpo perispiritual. Segundo Emmanuel, tal lesão exigirá duas ou mais experiências corpóreas, por meio da reencarnação, para que seja sanada. Sabemos que nesses casos a lesão perispiritual terá consequência direta na veste física que o Espírito envergará nas existências corpóreas que se seguirem, até que esteja dita lesão inteiramente reparada.
Outro exemplo de lesão física com repercussão no perispírito é o caso Wladimir, o jovem suicida citado no livro “Quem tem medo da morte?”, de Richard Simonetti. Segundo mensagem por ele transmitida por intermédio de Chico Xavier, Wladimir sentia no mundo espiritual os efeitos da bala que lhe atravessou o peito, a qual produziu no corpo espiritual uma ferida da qual jorrava sangue até que pôde ser devidamente socorrido. Wladimir foi o autor do disparo que lhe tirou a vida.
No livro Evolução em Dois Mundos André Luiz informa-nos que o perispírito não é reflexo do corpo físico; é o contrário disso que se dá. As lesões do corpo físico só terão, pois, repercussão no corpo espiritual se houver fixação mental do indivíduo diante do acontecido, ou se o ato praticado estiver em desacordo com as leis que regem a vida. 

É assim que alguns pacientes psiquiátricos mutilam partes de seus corpos levados por transtornos mentais profundos. Não é, porém, o ato mecânico em si que altera o perispírito, mas a grave energia psíquica que altera as sutilezas do corpo espiritual, a qual, por sinal, foi o agente principal do ato conturbado. 

As tatuagens e as pequenas mutilações que alguns indivíduos elaboram como forma de demonstrar amor (uma mãe, por exemplo, que grava o nome do filho no corpo de modo não tão conturbado) não trariam, segundo nosso entendimento, as mesmas consequências que ocorreriam com aqueles que se mutilam de modo deliberado, movidos por sentimentos menos nobres.

Fonte: O Consolador | O Espiritismo Responde

sábado, 14 de setembro de 2019

Finados




Os Espíritos acodem nesse dia [finados] ao chamado dos que da Terra lhes dirigem seus pensamentos, como o fazem noutro dia qualquer (LE, 321).

De acordo com alguns historiadores, o dia consagrado aos mortos originou-se dos antigos povos da Gália (atual França), os quais, então conhecedores da indestrutibilidade do ser, honravam os Espíritos e não os cadáveres, como, infelizmente, se faz na atualidade.

Esse dia, popularmente chamado de “finados”, é uma tradição mundial, cuja origem se perde na noite dos tempos, e que revela a intuição do homem sobre a imortalidade da alma. Finado é o particípio passado do verbo “finar”, que significa o indivíduo que morreu, findou, faleceu.

Trata-se de uma cultura adotada por todos os povos e quase todas as religiões. Esteve inicialmente muito ligada, na Antiguidade, aos cultos agrários ou da fertilidade. Acreditava-se que os mortos, como as sementes, eram enterrados com vistas à ressurreição. Em vista disso, o primitivo dia de finados era festejado com banquetes e orgias perto dos túmulos, costume disseminado em várias civilizações do passado.

Após a morte do tirano Mausolo, rei de Cária, antiga região da Ásia Menor (377 a 353 a.C.), sua esposa Artemísia determinou a construção de um enorme edifício, ricamente enfeitado, para abrigar o corpo do soberano. Esta construção ou monumento funerário é considerado uma das maravilhas do mundo antigo, dentre as quais despontam as Pirâmides do Egito, que até hoje constituem morada dos restos mortais dos antigos faraós.

Daí surgiu a palavra mausoléu para identificar os sepulcros de grandes proporções.

Entretanto, somente no final do século X é que foi oficializado pela Igreja de Roma o “culto aos mortos”, com o nome de “finados”, destinado precisamente aos Espíritos que estariam no “purgatório”.

Para o Espiritismo, este é um dia como qualquer outro, uma vez que a ida ao cemitério é a representação exterior de um fato íntimo. As pessoas que visitam um túmulo manifestam, por esse costume, que pensam no Espírito ausente, embora muitas o façam apenas para se desincumbir de mais uma “obrigação social” no calendário humano.

Para homenagear o ente querido que partiu antes de nós, não é preciso, necessariamente, ir a cemitérios, via de regra repleto de túmulos caiados, tétricos e poídos, porque lá repousa apenas o envoltório do Espírito (corpo físico).

O que sensibiliza o Espírito não é propriamente a visita à sepultura, mas a lembrança fraterna e a prece sincera daquele que ficou na Terra, o que pode ser feito a qualquer momento e em qualquer lugar. Por isso, o dia de finados não é mais importante, para os desencarnados, do que outros dias. A diferença entre o dia de finados e os demais dias é que, naquele, mais pessoas chamam os Espíritos pelos pensamentos.

O costume de as famílias sepultarem os restos mortais de seus membros em um mesmo lugar é útil do ponto de vista material, entretanto, para as Leis Divinas, essa cultura nenhum valor tem, do ponto de vista moral, a não ser tornar mais concentradas as recordações dos parentes.

O Espírito que atingiu um determinado grau de perfeição, despojado que se encontra das vaidades terrenas, compreende a inutilidade dos funerais pomposos, que servem mais aos que ficam do que aos que partiram.

Muitas vezes, o Espírito assiste ao seu próprio velório, não sendo raro as decepções que experimenta, ao se defrontar com alguns visitantes falando mal do “extinto”, contando piadas ou em conversas sobre negócios regadas a bebida alcoólica, sem qualquer respeito pela memória do recém-desencarnado. Mais decepcionado este fica, ainda, quando assiste às reuniões dos herdeiros, disputando, em brigas acirradas, a divisão dos bens do espólio.

As imagens e evocações das palestras dos presentes incidem sobre a mente do recém-desencarnado, o qual, na maioria das vezes, por ausência de preparo espiritual e desconhecimento das Leis Naturais, embora morto biologicamente, ainda não se desligou, mentalmente, dos despojos, o que lhe traz muito sofrimento, inclusive sensações desagradáveis, perturbações e pesadelos, dificultando ainda mais o seu desenlace (ver, no it. 7.4.7, a diferença entre desencarnação e morte biológica). O fato é que a menção do nome do próprio falecido e de outros mortos transforma-se em verdadeira invocação, atraindo-os ao ambiente em que nos encontramos (consultar cap. 14, da obra Obreiros da vida eterna, do autor espiritual

André Luiz, psicografado por Francisco Cândido Xavier, um caso prático de evocação inconsciente ocorrido num velório).

Qual, então, deve ser a nossa conduta, nessas ocasiões? A mesma postura de respeito que devemos ter para com qualquer pessoa encarnada. Uma prece sincera, um pensamento simples, mas bondoso, endereçado aos entes que partiram, valem mais do que mil coroas de flores e solenidades fúnebres.

Todavia, não nos esqueçamos de que mais importante não é o comportamento nosso na hora da desencarnação de um ente querido, ou no momento de nossa própria morte física, mas sobretudo a conduta que devemos ter durante toda a nossa existência física, pois que, sendo Espíritos imortais, nossa vida é uma constante preparação para a morte, razão pela qual é preciso viver bem para morrer bem.

Autor: Christiano Torchi
Fonte: Federação Espírita Brasileira - FEB

sábado, 24 de agosto de 2019

Depressão, um outro olhar...



É,... esse tema não é fácil de falar e muito menos de escrever.
Mas tenho uma ânsia por conversar sobre isso. E vou ousar fazê-lo.

O que seria mesma a depressão?
Por que há momentos em que nós “caímos” numa tristeza profunda e (que parece) sem fim...?
Primeiramente, prefiro ver as doenças pelo prisma da medicina oriental: quando ela aparece no corpo, algo na alma que não está bem.
Tenho uma ligeira intuição de que a depressão é uma necessidade Yin (princípio feminino) do corpo em dizer não ao ativismo exacerbado do sistema Yang (princípio masculino) em que vivemos.
O que poderia ser a depressão senão abnegação ao retorno à nossa “caverna”, ao nosso “poço profundo”, às nossas “águas escuras e lamacentas”.  
Num sistema que obriga a você ser sempre ativa, feliz, sorridente, sexy, empreendedora, consumista e ao mesmo tempo econômica e equilibrada nas suas finanças, que exige um corpo Yang: magra, mas com seios enormes e quadril largo, não me surpreende  que a depressão é a doença vilã do nosso século. 
 
E drogas lícitas são produzidas em massa para negar exatamente o que é necessário a todo ser humano: o mergulho até sua alma.
E se eu disser que esse mergulho não dói, estarei mentindo.
Ele só não dói, como rasga, dilacera, sangra, cria feridas; mas quando retornamos, voltamos conscientes de nós mesmas, fortes, indissolúveis, completas.
E é disso que temos medo, da nossa sombra, pois estamos habituadas a negar o escuro. Porque isso resulta em solidão, e o mundo Yang renega qualquer tentativa de você ficar sozinha; renega a introspecção, a retirada, a calmaria, a contemplação.
A boa notícia e que quanto mais você desce, mais imerge, mais forte fica e menos tem que mergulhar tão fundo.
O ser humano é fixado em luz e iluminação. Sim, devemos sempre nos direcionar para a luz, mas não podemos negar a nossa sombra. Ao fazermos isso, estamos negando a nós mesmos.
Recentemente tive que entrar na “caverna” (e há tempo que não fazia isso...). Mergulhei no lago escuro da minha alma e realmente não gostei nada do que vi. E o pior, você precisa gostar e aceitar para então poder saber lidar.
Fiquei dias chorando, perdida, odiando (algo que nem sabia que podia sentir), com pena de mim mesma e não querendo aceitar a minha escuridão.
Tive ajuda?
Sim. Não faça isso sozinha a não ser que já esteja por demais habituada.
Mas não foi nenhum psiquiatra ou psicólogo que me orientou (deixo claro que tenho o maior respeito por esses profissionais), mas sim uma Mulher mais velha, uma Anciã.
Uma mistura de portuguesa, espanhola e descendente de índios, conhecedora e guardiã de antigas tradições. Não, não, ela não é uma xamã, curandeira ou qualquer termos utilizados para descrever uma mulher sábia. Até muito pelo contrário.
Ela simplesmente é uma mulher que consegue trafegar entre os dois mundos.. Uma Mentora que resolveu me ajudar.
Um encontro nas Montanhas do Sul do Brasil (SC) que mais tarde iria mudar a visão de como eu via minha vida.
E quando nos permitirmos sermos ajudadas, mais possibilidades, pessoas e novos caminhos emergem nos guiando para nossa cura, nosso autoconhecimento.
Simples assim?
Sim, simples assim.
Isso não tem nada a ver com religião, fé ou filosofia. Tem a ver com você acreditar e amar você mesma. Acreditar que você é um ser que possui toda a sabedoria do universo dentro de você.  Saber que você faz parte de Tudo e que este Tudo está interconectado. E que há sombra e luz, e que você deve amá-las e aceitá-las por igual.
Feito isso, você começa a compreender melhor o outro, e quando isso acontece sua capacidade de amar cresce. E se começa a perceber que não existe nada e nem ninguém perfeito.
Quer um exemplo bem louco?
 
Numa primavera atrás, eu estava no meu jardim e uma mosca pousou em mim. Nossa que nojo!!! Matei sem dó nem piedade. Argh...
No mesmo dia, uma linda e pequena borboleta azulada quase pousou em mim. Ai que emoção, que linda. Mas ela preferiu seguir para outro lugar. E eu a segui como uma fada no bosque,.... e fiquei estupefata quando eu vi a “preciosa” borboleta pousar em cima do “cocô” do meu cachorro e se deleitar com tal feito.
Sim, as borboletas tem sua sombra.... (risos). 
Hoje em dia eu continuo a gostar de borboletas, mas passei a não odiar tanto as moscas.
Então quando vir aquela tristeza infinda, aquele momento de se recolher e novamente entrar na caverna, encare isso de outra forma, com respeito, aceitação e amor. Pois é um momento todo seu, de mais ninguém. E diga: “e lá vou eu, visitar minhas profundezas, minhas tristezas, minha dor, minha sombra”.
Não estou dizendo para ninguém largar seu remédio de tarja preta neste momento. Mas que se comece a refletir sobre isso que escrevi. E que comece a procurar um caminho que você consiga chegar até sua alma, e em tudo que ela representa e traz.
E a “depressão” vai sumir?
Não, ela não vai nunca sumir. Você só vai aprender a lidar com ela.
Existem terapias e vivências nas quais você tem um despertar da alma; Reiki, Constelação Familiar, Mandala de Tara, Círculos de Mulheres, Danças femininas.
Experimente-as!
Aos poucos, em dose lenta, em ritmo Yin, ela irá se afastar, adormecer, dando lugar a consciência da sua alma.
Aí você pode me dizer neste momento: “Isso não é fácil!!!”
Parafraseando uma grande Guia Espiritual, Prema Dasara, eu respondo: “E quem disse que seria fácil?”
Apenas tente!
Dê essa chance a você!
 
 
Fonte: Postado por Bianca Furtado, blog oficial da Autora dos livros "Brumas da Ilha" e "Filhas da Lua"