Síntese
Há pouco menos de quatro mil
anos, grandes povos viviam às margens do Mediterrâneo na Ásia e na
África. Formavam as duas grandes potências: a Caldéia e o Egito. Entre
esses dois grandes reinos achavam-se pequenos países: a Síria e Canaã,
(esta também chamada Palestina). Diversas tribos viviam alí da cultura e
dos produtos dos seus rebanhos, entre as quais se achavam os hebreus
que provinham do patriarca Abraão. Este homem e a sua família eram
oriundos de Ur da Caldéia, de onde tinham emigrado para a Palestina no
décimo nono século antes da nossa era.
Com a vida de Abraão e de seus descendentes começa a História Santa que a Bíblia nos conservou. As seguintes notas servem apenas para situar estes acontecimentos no curso da história geral do mundo antigo.
ABRAÃO emigrou para a Palestina na época em que reinava na Caldéia o grande rei Hamurabi. Antes de Abraão é-nos impossível fixar uma data para os acontecimentos mencionados nas Escrituras.
A vida nômade e agrícola das tribos provenientes desta emigração durou cerca de quatrocentos anos. Em seguida, os hebreus, chamados "o povo de Israel", de acordo com o sobrenome dado por Deus ao patriarca Jacó, retiraram-se para o Egito, ocupando a região do delta do Nilo a qual era sem dúvida a mais rica e produtiva de todo aquele país.
Tornaram-se objeto de exploração da parte dos egípcios que deles se assenhoraram. Pelo ano 1250 A.C, Deus suscitou-lhes um libertador, na pessoa de MOISÉS. Sob a sua guia os hebreus passaram o mar Vermelho para se dirigirem à terra de Canaã. Depois de se deterem por quarenta anos no deserto, os israelitas empreenderam a conquista da PALESTINA pela tomada de Jericó (pelo ano 1200).
A terra ocupada foi distribuída em doze territórios de acordo com as doze tribos, as quais progressivamente se foram estabelecendo nas montanhas e vales de Canaã. Seguiu-se um período difícil de caracterizar. Os israelitas viviam em lutas contínuas com os antigos moradores destas regiões. Este período, chamado dos JUÍZES, durou cerca de 200 anos.
O pequeno povo dos hebreus foi-se desenvolvendo aos poucos, até que conseguiu organizar-se como um reino no meio dos seus vizinhos. O último juiz, SAMUEL, que era também um profeta, terminou, depois de muita hesitação, por conceder ao povo a constituição de um REINO.
SAUL foi sagrado rei pelo ano 1.000. Ele nunca passou de um pequeno rei local, sendo seu reino apenas um prelúdio do que estava reservado a DAVI, seu sucessor: Firmar o poder real primeiro sobre a tribo de Judá, e em seguida sobre o conjunto de todas as tribos israelitas.
A Davi sucede, em 970, SALOMÃO, que organiza o reino de Israel, faz aliança com o Egito e com Tiro e constrói o TEMPLO DE JERUSALÉM.
Pouco depois de sua morte, sob o reinado de ROBOÃO, em 930, rompe entre as tribos uma dissensão que termina com o CISMA: As dez tribos do Norte separam-se das tribos de Judá e de Benjamim para constituírem um reino independente, o reino de Israel. Esse reino do Norte durará cerca de dois séculos, tendo por capital a cidade de SAMARIA, conquistada em 722 por Sargon II, rei da Assíria.
O reino de Judá escapou a esta catástrofe e continuou a existir sob a forma de um estado-tampão entre duas potências rivais: O Egito e a Assíria (Que viria ser subjugada pela Babilônia).
O rei Josias, em 622, empreende uma vasta reforma religiosa e social, cujos efeitos foram de breve duração. O reino de Judá foi declinando aos poucos até a expedição de NABUCODONOSOR que em 598 se apodera de Jerusalém.
O conquistador transforma a Judéia em estado vassalo, deporta para Babilônia uma parte da população e estabelece um vice-rei: Sedecias. Mas, como este se revoltou, Nabucodonosor toma uma segunda vez a cidade de Jerusalém e a incendeia em 589. A quase totalidade da população foi então deportada para a Mesopotâmia, ficando o país conquistado sob a administração de um governo Caldaico (Caldeu).
O EXÍLIO dos israelitas durou até que CIRO II, rei da Média (Pérsia) conquistou a Babilônia e autorizou a VOLTA DOS DEPORTADOS sob a direção de ZOROBABEL em 538.
Os israelitas, privados de seus reis, procuram organizar-se em uma comunidade religiosa. Em 331, a Palestina inteira é conquistada por ALEXANDRE MAGNO.
A partir de 323, a Judéia passa sucessivamente sob o domínio da dinastia dos generais de Alexandre, que dividiram entre si o grande império grego. Pouco depois, entre 175 e 163 antes da nossa era, os judeus atravessaram um período de grandes tribulações e perseguições por partes do rei da Assíria, ANTÍOCO EPÍFANES. Foi a época da revolta e da guerra santa de libertação, empreendida por JUDAS MACABEU.
A Judéia conhece então uma independência que se estendeu por cerca de um século; a sua administração estava nas mãos de um príncipe da família dos ASMONEUS, descendentes dos Macabeus.
No ano 63, Pompeu o Grande, à frente dos exércitos romanos, invade a Palestina, reduzindo-a a uma PROVÍNCIA ROMANA. Pouco mais tarde, CÉSAR divide-a em quatro partes, governadas cada uma por um tetrarca. A testa da Galiléia foi colocado um príncipe judeu por nome HERODES.
No ano 7 da nossa era, o governo da Judéia é confiado a um procurador romano. Mas foi-se delineando novo movimento de independência, que provocou afinal a represália romana, uma guerra civil e o último sítio de Jerusalém, onde o imperador romano TITO entrou, no ano 70 da nossa era. Com a DESTRUIÇÃO DA CIDADE SANTA terminou a história dos antigos israelitas.
Foi sem dúvida antes do ano 5 da nossa era que YESHUA (Jesus) nasceu em Belém, sendo Tibério imperador romano. Yeshua morreu na cruz provavelmente no ano 30. O apóstolo São Paulo converteu-se aproximadamente em 36. São Pedro sofreu martírio em Roma conjuntamente com São Paulo entre 60 e 70 da nossa era. São João, o apóstolo, morreu na Ásia pelo ano 100.
Com a vida de Abraão e de seus descendentes começa a História Santa que a Bíblia nos conservou. As seguintes notas servem apenas para situar estes acontecimentos no curso da história geral do mundo antigo.
ABRAÃO emigrou para a Palestina na época em que reinava na Caldéia o grande rei Hamurabi. Antes de Abraão é-nos impossível fixar uma data para os acontecimentos mencionados nas Escrituras.
A vida nômade e agrícola das tribos provenientes desta emigração durou cerca de quatrocentos anos. Em seguida, os hebreus, chamados "o povo de Israel", de acordo com o sobrenome dado por Deus ao patriarca Jacó, retiraram-se para o Egito, ocupando a região do delta do Nilo a qual era sem dúvida a mais rica e produtiva de todo aquele país.
Tornaram-se objeto de exploração da parte dos egípcios que deles se assenhoraram. Pelo ano 1250 A.C, Deus suscitou-lhes um libertador, na pessoa de MOISÉS. Sob a sua guia os hebreus passaram o mar Vermelho para se dirigirem à terra de Canaã. Depois de se deterem por quarenta anos no deserto, os israelitas empreenderam a conquista da PALESTINA pela tomada de Jericó (pelo ano 1200).
A terra ocupada foi distribuída em doze territórios de acordo com as doze tribos, as quais progressivamente se foram estabelecendo nas montanhas e vales de Canaã. Seguiu-se um período difícil de caracterizar. Os israelitas viviam em lutas contínuas com os antigos moradores destas regiões. Este período, chamado dos JUÍZES, durou cerca de 200 anos.
O pequeno povo dos hebreus foi-se desenvolvendo aos poucos, até que conseguiu organizar-se como um reino no meio dos seus vizinhos. O último juiz, SAMUEL, que era também um profeta, terminou, depois de muita hesitação, por conceder ao povo a constituição de um REINO.
SAUL foi sagrado rei pelo ano 1.000. Ele nunca passou de um pequeno rei local, sendo seu reino apenas um prelúdio do que estava reservado a DAVI, seu sucessor: Firmar o poder real primeiro sobre a tribo de Judá, e em seguida sobre o conjunto de todas as tribos israelitas.
A Davi sucede, em 970, SALOMÃO, que organiza o reino de Israel, faz aliança com o Egito e com Tiro e constrói o TEMPLO DE JERUSALÉM.
Pouco depois de sua morte, sob o reinado de ROBOÃO, em 930, rompe entre as tribos uma dissensão que termina com o CISMA: As dez tribos do Norte separam-se das tribos de Judá e de Benjamim para constituírem um reino independente, o reino de Israel. Esse reino do Norte durará cerca de dois séculos, tendo por capital a cidade de SAMARIA, conquistada em 722 por Sargon II, rei da Assíria.
O reino de Judá escapou a esta catástrofe e continuou a existir sob a forma de um estado-tampão entre duas potências rivais: O Egito e a Assíria (Que viria ser subjugada pela Babilônia).
O rei Josias, em 622, empreende uma vasta reforma religiosa e social, cujos efeitos foram de breve duração. O reino de Judá foi declinando aos poucos até a expedição de NABUCODONOSOR que em 598 se apodera de Jerusalém.
O conquistador transforma a Judéia em estado vassalo, deporta para Babilônia uma parte da população e estabelece um vice-rei: Sedecias. Mas, como este se revoltou, Nabucodonosor toma uma segunda vez a cidade de Jerusalém e a incendeia em 589. A quase totalidade da população foi então deportada para a Mesopotâmia, ficando o país conquistado sob a administração de um governo Caldaico (Caldeu).
O EXÍLIO dos israelitas durou até que CIRO II, rei da Média (Pérsia) conquistou a Babilônia e autorizou a VOLTA DOS DEPORTADOS sob a direção de ZOROBABEL em 538.
Os israelitas, privados de seus reis, procuram organizar-se em uma comunidade religiosa. Em 331, a Palestina inteira é conquistada por ALEXANDRE MAGNO.
A partir de 323, a Judéia passa sucessivamente sob o domínio da dinastia dos generais de Alexandre, que dividiram entre si o grande império grego. Pouco depois, entre 175 e 163 antes da nossa era, os judeus atravessaram um período de grandes tribulações e perseguições por partes do rei da Assíria, ANTÍOCO EPÍFANES. Foi a época da revolta e da guerra santa de libertação, empreendida por JUDAS MACABEU.
A Judéia conhece então uma independência que se estendeu por cerca de um século; a sua administração estava nas mãos de um príncipe da família dos ASMONEUS, descendentes dos Macabeus.
No ano 63, Pompeu o Grande, à frente dos exércitos romanos, invade a Palestina, reduzindo-a a uma PROVÍNCIA ROMANA. Pouco mais tarde, CÉSAR divide-a em quatro partes, governadas cada uma por um tetrarca. A testa da Galiléia foi colocado um príncipe judeu por nome HERODES.
No ano 7 da nossa era, o governo da Judéia é confiado a um procurador romano. Mas foi-se delineando novo movimento de independência, que provocou afinal a represália romana, uma guerra civil e o último sítio de Jerusalém, onde o imperador romano TITO entrou, no ano 70 da nossa era. Com a DESTRUIÇÃO DA CIDADE SANTA terminou a história dos antigos israelitas.
Foi sem dúvida antes do ano 5 da nossa era que YESHUA (Jesus) nasceu em Belém, sendo Tibério imperador romano. Yeshua morreu na cruz provavelmente no ano 30. O apóstolo São Paulo converteu-se aproximadamente em 36. São Pedro sofreu martírio em Roma conjuntamente com São Paulo entre 60 e 70 da nossa era. São João, o apóstolo, morreu na Ásia pelo ano 100.
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Os hebreus eram um povo de origem semita (os semitas compreendem dois importantes povos: os hebreus e os árabes), que se distinguiram de outros povos da antigüidade por sua crença religiosa. O termo hebreu significa "gente do outro lado do rio”, isto é, do rio Eufrates.
Os hebreus foram um dos povos que
mais influenciaram a civilização atual. Sua religião o judaísmo
influenciou tanto o cristianismo quanto o islamismo.
O conhecimento acerca desse povo, vem principalmente
das informações e relatos bíblicos (o Antigo Testamento), das pesquisas
arqueológicas e obras de historiadores judeus.
Em 1947, com a descoberta de
pergaminhos em cavernas às margens do Mar Morto (os Manuscritos do Mar
Morto), foi possível obter mais informações sobre os hebreus. Esses
pergaminhos foram deixados por uma comunidade que viveu ali por volta do
século I a.C.
Os Patriarcas
Os hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades, organizados em clãs ou tribos, chefiadas por um patriarca. Conduzidos por Abraão, deixaram a cidade de Ur , na Mesopotâmia, e se fixaram na Palestina (Canaã a Terra Prometida), por volta de 2000 a.C.
A Palestina era uma pequena faixa de
terra, que se estendia pelo vale do rio Jordão. Limitava-se ao norte,
com a Fenícia, ao sul com as terras de Judá, a leste com o deserto da
Arábia e, a oeste com o mar Mediterrâneo.
Governados por patriarcas, os hebreus viveram na palestina durante três séculos. Os principais patriarcas hebreus, foram Abraão (o primeiro patriarca), Isaac, Jacó (também chamado Israel, daí o nome israelita), Moisés e Josué.
Por volta de 1750 a.C.
uma terrível seca atingiu a Palestina. Os hebreus foram obrigados a
deixar a região e buscar melhores condições de sobrevivência no Egito.
Permaneceram no Egito, cerca de 400 anos, até serem perseguidos e
escravizados pelos faraós. Liderados então, pelo patriarca Moisés, os
hebreus abandonaram o Egito em 1250 a.C., retornando à Palestina. Essa saída em massa dos hebreus do Egito é conhecida como Êxodo.
Os Juízes
De volta à Palestina, sob a liderança de Josué, os hebreus tiveram de lutar contra o povo cananeu e , posteriormente, contra os filisteus. Josué (sucessor de Moisés), distribuiu as
terras conquistadas entre as doze tribos de Israel. Nesse período
os hebreus, passaram a se dedicar à agricultura, a criação de animais e
ao comércio, tornavam-se portanto sedentários.
No período de lutas pela conquista
da Palestina, que durou quase dois séculos, os hebreus foram governados
pelos juízes. Os juízes eram chefes políticos, militares e religiosos.
Embora comandassem os hebreus de forma enérgica, não tinham uma
estrutura administrativa permanente. Entre os mais famosos juízes
destaca-se Sansão, que ficou conhecido por sua grande força, conforme
relata a Bíblia. Outros juízes importantes foram Gedeão e Samuel.
Os Reis
A seqüência de lutas e problemas
sociais criou a necessidade de um comando militar único. Os hebreus
adotaram então, a monarquia. O objetivo era centralizar o poder nas mãos
de um rei e, assim, ter mais força para enfrentar os povos inimigos,
como os filisteus.
O primeiro rei dos hebreus foi Saul (1010 a.C.). Depois veio o rei Davi (1006-966 a.C.),
conhecido por ter vencido os filisteus (segundo a Bíblia, ele derrotou o
gigante filisteu Golias). Com a conquista de toda a Palestina, a cidade
de Jerusalém tornou-se a capital política e religiosa dos hebreus.
O sucessor de Davi foi seu filho
Salomão, que terminou a organização da monarquia hebraica e seu reinado
marcou o apogeu do reino hebraico. Durante o reinado de Salomão (966-926 a.C.),
houve um grande desenvolvimento comercial, foram construídos palácios,
fortificações, a construção do Templo de Jerusalém, criou um poderoso
exército, organizou a administração e o sistema de impostos. Montou uma
luxuosa corte, com muitos funcionários e grandes despesas.
Para poder sustentar uma corte tão
luxuosa, Salomão obrigava o povo hebreu a pagar pesados impostos. O
preço dessa exploração foi o surgimento de revoltas sociais.
Com a morte de Salomão, essas revoltas provocaram a divisão religiosa e política das tribos e o fim da monarquia unificada.
Formaram-se dois reinos: ao norte, dez tribos formaram o reino de Israel, com capital em Samaria e, ao sul, as duas tribos restantes formaram o reino de Judá, com capital em Jerusalém.
Em 722 a.C., os reinos de Israel foram conquistados pelos assírios, comandados por Sargão II. Grande parte dos hebreus foi escravizada e espalhada pelo Império Assírio.
Em 587 a.C., o reino de Judá foi conquistado pelos babilônios, comandados por Nabucodonosor.
Os babilônios destruíram Jerusalém e aprisionaram os hebreus,
levando-os para a Babilônia. Esse episódio ficou conhecido como o
Cativeiro da Babilônia.
Os hebreus permaneceram presos até 538 a.C.,
quando o rei persa Ciro II conquistou a Babilônia, quando puderam então
regressar à Palestina, que se tornara província do Império Persa e
reconstruíram o templo de Jerusalém.
A partir dessa época, os hebreus
não mais conseguiram conquistar a autonomia política da Palestina, que
se tornou sucessivamente província dos impérios persa, macedônio e
romano.
Durante o domínio romano na
Palestina, o nacionalismo dos hebreus fortaleceu-se, levando-os a se
revoltar contra Roma. No ano 70 da nossa era, o imperador romano Tito,
sufocou uma rebelião hebraica e destruiu o segundo templo de Jerusalém.
Os hebreus, então, dispersaram-se por várias regiões do mundo. Esse
episódio ficou conhecido como Diáspora (Dispersão).
No ano de 136, sofreram a Segunda
Diáspora, no reinado de Adriano (imperador romano), os judeus foram
definitivamente expulsos da Palestina.
Dispersos pelo mundo, o povo
israelita, organizou-se em pequenas comunidades. Unidos, preservaram os
elementos básicos de sua cultura, como a linguagem, a religião e alguns
objetivos comuns, entre eles voltar um dia à Palestina. Assim, os
hebreus se mantiveram como nação, embora não constituíssem um Estado.
Somente em 1948, os judeus puderam
se reunir num Estado independente, com a determinação da ONU
(Organização das Nações Unidas), que criou o Estado de Israel. Decisão
que criou sérios problemas na região do Oriente Médio, pois com a saída
dos judeus da Palestina, no século I, outros povos, principalmente de
origem árabe ocuparam e fixaram-se na região. A oposição dos árabes à
existência do Estado de Israel, tem resultado em continuados conflitos
na região.
Economia e Sociedade
A vida socioeconômica dos hebreus pode ser dividida em duas fases: a nômade e a sedentária.
A princípio, os hebreus eram
pastores nômades (não tinham habitação fixa), que se dedicavam à criação
de ovelhas e cabras. Os bens pertenciam a todos do clã.
Mais tarde, já fixados na
Palestina, foram deixando os antigos costumes das comunidades nômades.
Desenvolveram a agricultura e o comércio, tornaram-se sedentários.
Nos primeiros tempos a propriedade da terra era coletiva, depois foi surgindo a propriedade
privada da terra e dos demais bens. Surgiram as diferentes classes
sociais e a exploração de uma classe pela outra. A consequência dessas
mudanças foi que grandes proprietários e comerciantes exibiam luxo e
riqueza, enquanto os camponeses pobres e os escravos viviam na miséria.
Cultura
A religião é uma das principais
bases da cultura hebraica e representa a principal contribuição cultural
dos hebreus ao mundo ocidental.
A religião hebraica possui dois traços característicos: o monoteísmo e a idéia messiânica. A maioria dos povos da antigüidade era
politeísta (acreditavam na existência de vários deuses), enquanto os
hebreus adotaram o monoteísmo, acreditavam em um único Deus, criador do
universo.
A idéia messiânica foi divulgada pelos profetas. Acreditavam na
vinda de um messias, um enviado de Deus para conduzir os homens à
salvação eterna. Para os cristãos esse messias é Jesus Cristo, o que os
judeus não aceitam. Assim, continuam aguardando a vinda do messias.
A doutrina fundamental da religião
hebraica (o Judaísmo) encontra-se no Pentateuco, contido no Velho
Testamento da Bíblia. O Pentateuco é composto pelo: Gênesis, Êxodo,
Deuteronômio, Números e Levítico. Os hebreus chamam esse livro de Torá.
A religião hebraica prescreve uma
conduta moral orientada pela justiça, a caridade e o amor ao próximo.
Entre as principais festas judaicas, destacam-se: a Páscoa, que comemora
a saída dos hebreus do Egito em busca da Terra Prometida; o
Pentecostes, que recorda a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés; o Tabernáculo, que relembra a longa permanência dos hebreus no deserto, durante o Êxodo.
Na literatura, o melhor exemplo são os livros bíblicos do Velho Testamento, dentre os quais destacam-se os Salmos, o Cântico dos Cânticos, o Livro de Jó e os Provérbios.
Professor: Walfrido Gomes.
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