Duas siglas nos chamam a atenção:
VQVSCJ e SOS. Ficamos curiosos em saber os seus significados.1 De
fato, são bem significativas, pois representam orientações seguras para
todos os que nos esforçamos em trilhar o caminho do bem, buscando fazer o
melhor ao nosso alcance, em consonância com os ensinos do Evangelho.
Vamos que vamos sempre com Jesus (VQVSCJ) pode ser definido como o lema do otimista.
Silêncio, oração e serviço (SOS) é um roteiro seguro para a felicidade plena.
Ante qualquer problema ou dificuldade,
obstáculo ou desafio, se nos predispusermos à ação firme e serena no
rumo certo, contaremos com o apoio da Espiritualidade superior.
Alinhadas às duas
assertivas, registramos as breves e impactantes palavras do
presidente da FEB ao Movimento Espírita, quando de sua posse, em 21
de março pp.:
[…]
Neste momento em que somos convocados a
novos desafios, convido a todos os espíritas brasileiros para, unidos e
unificados, colocarmos o Evangelho como roteiro; mantermos a consciência
tranquila como consolo; esquecermos o mal como estratégia; e
utilizarmos a prece como fortaleza.2
[…]
Após ouvir, ler e refletir sobre as
quatro expressões mencionadas no rápido discurso presidencial, podemos
adotá-las como bases para o mundo de regeneração, que manifesta o limiar
de sua presença na atualidade da Terra em transição.
Evangelho como roteiro
Todos somos aprendizes do Evangelho de
Jesus, que nos serve de bússola orientadora de decisões em consonância
com os desígnios de Deus. As bases do Evangelho são o substantivo amor e
o verbo amar. “Amar a Deus sobre todas as coisas, com todo o nosso
entendimento, coração e alma, e amar ao próximo como a nós mesmos”
(Mateus, 22:37 a 39). Nesses mandamentos, extraímos a compreensão
do conceito de Deus como Pai e, do próximo, como irmão. Sob a bandeira
dos ensinos morais do Cristo, falaremos a mesma linguagem da união e da
unificação, da fraternidade e da solidariedade universais,
estabelecendo o amor como condição inabalável nas relações entre pessoas
e equipes, povos e nações, na conquista do entendimento e na construção
da paz em todos os rincões planetários.
O Evangelho de Jesus é roteiro de caminhada rumo à plenitude espiritual.
Consciência tranquila como consolo
A sabedoria do Espírito de Verdade
registrou como resposta à inteligente pergunta de Kardec que a Lei de
Deus está escrita na consciência.3 Essa valiosa informação
permite-nos entender que, quando estivermos em dúvida sobre uma
decisão, devemos buscar a resposta dentro de nós, pois em nossa
intimidade sempre encontraremos a melhor solução. Isso exige um natural e
gradativo esforço de autoconhecimento. Ter escrita a Lei de Deus na
consciência é garantir condições para distinguir o bem do mal, o certo
do errado. A consciência tranquila é fruto do dever bem cumprido.
Assim, o consolo virá como consequência do cumprimento rigoroso
de nossos deveres e assunção das responsabilidades que nos cabem perante
nós mesmos e ante o próximo, que se nos converte em caminho para Deus à
medida que pautamos as relações interpessoais no código divino
da justiça, do amor e da verdade.
Esquecimento do mal como estratégia
Quanto peso desnecessário carregamos em
nossos ombros, apegando-nos ao passado infeliz, guardando mágoa,
alimentando ressentimentos?! Tornamo-nos carrancudos,
mal-humorados, infelizes… Vemos o lado ruim das situações e das
pessoas, não conseguindo nos desvencilhar das amarras do pretérito
faltoso e aflitivo. Esquecer o mal é a melhor estratégia de libertação,
educação, crescimento espiritual. É a superação de
comportamentos viciosos, a renovação do homem velho, a disposição para a
mudança efetiva fundamentada nos paradigmas revolucionários do
Evangelho, que recomenda vejamos a trave em nossos olhos e não nos
incomodemos com o cisco no olho do próximo.4 O perdão verdadeiro implica
no esquecimento do mal, em não produzirmos e acumularmos lixos
emocionais e psíquicos, portas à influência perniciosa geradora de
intrincadas obsessões, que só a firmeza no bem erradicará.
Prece como fortaleza
Ensina André Luiz que “orar constitui a
fórmula básica da renovação íntima pela qual divino entendimento desce
do coração da Vida para a vida do coração”.5 Como é importante o hábito
de orar! Assim como nos alimentamos materialmente várias vezes ao dia,
também devemos cuidar de nossa saúde espiritual pelo alimento da oração.
A prece é um meio de comunicação com a Espiritualidade superior,
um jeito de conversar com Deus, de nos aproximarmos dele. Por isso, a
prece torna melhor o homem, por fazê-lo sensível à necessidade de se
reformar intimamente, adquirindo virtudes e superando vícios. A oração
nos coloca seguros ante as provas e expiações da caminhada, fortalecendo
a félúcida e ativa que não permite esmorecimento. A
recomendação evangélica é no sentido do “olhai, vigiai e orai”,6 a
fim de não cairmos em tentação. A prece é escudo ante as investidas do
mal.
Referências:
1 Ambas as siglas foram mencionadas no
artigo Tons de liderança, publicado em Reformador, ano 133, n. 2.234, p.
18(272)-19(273), mai. 2015.
2 ELEIÇÕES na FEB. Reformador, ano 133,
n. 2.234, p. 58(312), mai. 2015. 3 KARDEC, Allan. O livro dos
espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Brasília: FEB, 2014. q. 621.
4 Mateus, 7:1 a 5.
5 XAVIER, Francisco C.; VIEIRA,
Waldo. Mecanismos da mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. 28. ed. 2.
imp. Brasília: FEB, 2015. cap. 25.
6 Marcos, 13:33.
Geraldo Campetti Sobrinho
geraldocampetti@gmail.com
geraldocampetti@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário