Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluidos vital (fluido da vida). 
Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.
Chegamos
 ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra 
alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.
 
Mas
 a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso
 dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.
 
Quando chegamos á Terra cada um tem uma estimativa de vida. Vai depender do que viemos fazer aqui. 
 
André
 Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são 
completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os 
abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo 
estimado, isso chama-se suicídio indireto.
 
Se viemos acertar as 
pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou 
indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele 
buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e
 nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. 
Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos. 
 
Mas há 
outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 
70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está 
resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as 
suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. 
Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já 
não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, 
auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras 
exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes 
para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode 
ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que 
nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na 
sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem 
visitas. 
 
Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os 
filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com
 a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, 
impulsionar, a ajudar.
 
Por isso, precisamos conversar com os jovens. 
Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na 
velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que 
tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha 
alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de
 achar ídolos da droga, do crime, das sombras. 
 
E aqueles que não tem
 jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar
 o que fizeram da vida até agora. Se a morte chegasse hoje, o que teríam
 para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem
 que: HÁ TEMPO.
 
Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, 
para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: 
estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto 
respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos 
bem o fluido que nos foi disponibilizado. A vida bem vivida pela causa 
do Bem pode nos dar “moratória”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação 
do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne.
 
Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória. 
(( José Raul Teixeira ))
 

 
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