Todas as leis que regem o
conjunto dos fenômenos da Natureza têm conseqüências necessariamente
fatais, quer dizer, inevitáveis, e esta fatalidade é indispensável à
manutenção da harmonia universal. O homem, que sofre essas
conseqüências, está, pois, em certos aspectos, submetido à
fatalidade em tudo o que não depende de sua iniciativa; assim, por
exemplo, ele deve fatalmente morrer: é a lei comum à qual não pode
se subtrair, e, em virtude desta lei, pode morrer em toda idade,
quando sua hora é chegada; mas se ele apressa voluntariamente a sua
morte pelo suicídio ou por seus excessos, ele age em virtude de seu
livre-arbítrio, porque ninguém o pode constranger a fazê-lo. Ele
deve comer para viver: é da fatalidade; mas se come além do
necessário, pratica ato de liberdade.
REVISTA ESPÍRITA
Jornal de Estudos Psicológicos
Publicada sob a Direção de Allan Kardec
Ano XI – julho 1868 – nº.7
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