FLUIDO VITAL
O fluido vital, também
chamado de princípio vital, é uma forma modificada do fluido cósmico universal.
Ele é o elemento básico da vida. Vida aqui considerada no sentido atribuído pela
ciência, que se caracteriza pelos fenômenos do nascimento, crescimento,
reprodução e morte. Observe que nessa categoria, evidentemente, não se incluem
os Espíritos, já que não satisfazem, pelo menos, às duas últimas condições -
reprodução e morte. Em Gabriel Delanne (A Evolução Anímica) vamos encontrar
literalmente: “a alma não é vivente”, porque seja mais e
melhor: - tem “existência integral”.
Em “A Gênese”, Kardec
assegura que “pela morte, o princípio vital se extingue”. De fato
é a existência, ou não, de fluido vital que distingue um corpo vivo de outro sem
vida. A diferença entre uma árvore viva e um pedaço de madeira é justamente a
presença do fluido vital na primeira e sua ausência na segunda.
Apesar de já contarmos, ao
nascer, com certa quantidade de fluido vital, o nosso corpo precisa ser
constantemente suprido deste fluido, em razão da sua constante utilização,
principalmente nos processos ligados ao metabolismo. É, contudo, característica
dos seres vivos a capacidade de produzir fluido vital, continuamente, a partir
do fluido cósmico universal, como também a capacidade de absorvê-lo diretamente,
a partir dos próprios alimentos. Uma outra possibilidade de absorção do fluido
vital é através da transfusão fluídica. Kardec refere claramente essa
possibilidade quando afirma que: “O fluido vital se transmite de um indivíduo
a outro”. É justamente essa propriedade, característica do fluido
vital, um dos fundamentos em que se baseia o passe.
No mesmo capítulo da obra
de Kardec citada acima encontramos ainda a informação: “A quantidade de fluido
vital não é a mesma em todos os seres orgânicos: varia segundo as espécies, e
não é constante no mesmo indivíduo, nem nos vários indivíduos de uma mesma
espécie.” Realmente, na infância, a capacidade de processar o fluido cósmico
para a produção do fluido vital é muito acentuada. Essa capacidade se mantém
mais ou menos inalterada durante a juventude, mas a partir de certa idade ela
torna-se bastante reduzida, fato este que leva a uma diminuição progressiva da
vitalidade do indivíduo, levando ao envelhecimento geral do organismo. A
morte ocorre quanto o organismo perde a capacidade de produzir e reter uma certa
quantidade mínima de fluido vital - morte natural - ou quando uma lesão mais
séria no corpo físico provoca uma taxa de escoamento desse fluido em quantidades
superiores à sua capacidade de produção - morte acidental.
FLUIDO UNIVERSAL
O fluido universal liga
entre si todos os mundos; e, conforme os impulsos que lhe são dados pela vontade
do Criador, forma todos os fenômenos da Criação. Ele é a própria vida e liga as
diferentes matérias do nosso globo; é ele que, por suas propriedades
subordinadas a leis, regula as diferentes coisas tão misteriosas para vós, as
afinidades físicas e morais; é ele que vos faz ver o passado, o presente e o
futuro, sobretudo quando a matéria que obstrui a vossa alma é anulada ou
enfraquecida por uma causa qualquer; então essa dupla vista (embora menos
desenvolvida do que após a morte), vê, sente e toca tudo, nesse meio fluídico
que é o seu elemento e o espelho exato do que foi, é e será; porque não são
senão as partes mais grosseiras desse fluido que sofrem sensíveis modificações
de composição.
(Espírito
Henry, antigo magnetizador - R. E. 1861)Fonte: Página Espírita - http://www.paginaespirita.com.br/fluido.htm
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