Eternidade

Eternidade

sábado, 23 de novembro de 2024


Espiritismo é uma luz

Gloriosa, divina e forte,

Que clareia toda a vida

E ilumina além da morte.

 

É uma fonte generosa

De compreensão compassiva,

Derramando em toda parte

O conforto d'Água Viva.

 

É o templo da Caridade

Em que a Virtude oficia,

E onde a bênção da Bondade

É flor de eterna alegria.

 

É árvore verde e farta

Nos caminhos da esperança,

Toda aberta em flor e fruto

De verdade e de bonança.

 

É a claridade bendita

Do bem que aniquila o mal,

O chamamento sublime

Da Vida Espiritual.

 

Se buscas o Espiritismo,

Norteia-te em sua luz:

Espiritismo é uma escola,

E o Mestre Amado é Jesus.



Autor: Casimiro Cunha

Psicografia: Francisco C. Xavier



 

sábado, 3 de agosto de 2024

ADVERTÊNCIA DA PAZ

 


Joanna de Ângelis (Espírito)

Agora, quando te resolveste por antecipar o desafio da evolução, sentes dificuldades estranhas a embaraçar-te as ações do bem.

Pequenos acontecimentos surgem sem lógica afligindo-te e adicionando irritabilidade no teu comportamento.

Sentes influências espirituais perniciosas que insistem em perturbar-te a casa mental, transmitindo-te mau humor.

Percebes que o teu rendimento de trabalho não é suficiente para harmonizar-te e ficas aturdido ante o volume de pequenos deveres que te exigem a atenção, roubando-te o tempo que utilizarias em mais graves cometimentos.

Observas outras pessoas, que são menos esclarecidas moral e espiritualmente e as vês alegres, joviais, aliviadas de cansaço e de tensões.

Enganas-te, no entanto, na tua observação, porquanto, a maioria é constituída por almas crucificadas nas traves de tormentos inimagináveis, e que buscam disfarçar com certa habilidade.

Os teus são compromissos especiais.

A tua história é única e estás escrevendo e reescrevendo em condições próprias conforme estabelecida.

Embora os desafios, estás desempenhando bem a tarefa na qual te encontras.

Foste preparado para este ministério de reabilitação e de construção do verdadeiro bem.

Assim, não esperes compreensão sempre, nem te acredites sempre com a razão.

Os desafios constituem fases, períodos que te cabe superar, sendo fiel à meta que deverás alcançar.

Estes são dias de redenção da Humanidade e estás inscrito a contribuir com os teus melhores recursos sem desânimo, nem amargura.

****

Nas páginas da tua história estão impressas páginas de descalabro e de aflição que impõem confronto com as suas consequências, a fim de que triunfes com mais refinamento e bênçãos.

A ignorância em torno da imortalidade responde pelo atraso espiritual do planeta neste severo período de desolação e sofrimento.

Amigos espirituais que auxiliam o progresso da sociedade utilizam-te nas realizações coletivas objetivando a paz e suas bênçãos.

Dulcifica o teu coração e mantém a tua conduta dentro das linhas austeras do pensamento cristão.

Sempre ativo, não deixes que a mente se perca em devaneios perniciosos e perturbadores!

Neste fogaréu de loucuras que tomou a Terra, há uma verdadeira multidão de servidores abnegados, que laboram em favor do futuro: são os obreiros do Senhor!

Ele prometeu estar sempre conosco e jamais nos deixa a sós.

Nenhum mal te aflija e o sabor da caridade adoce o teu espírito nos momentos mais difíceis e graves.

****

Há blasfêmia em quase toda parte, revolta e desespero.

Mas também além das nuvens carregadas brilha o Sol e o Infinito encanta.

Dá-me tua mão e avancemos com Jesus.


(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 4 de março de 2024, na reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador - BA)


Fonte: Revista Reformador - agosto/2024

NADA ACONTECE POR ACASO -- com a médium Isabel Salomão de Campos

sexta-feira, 29 de março de 2024

Jesus e Paz


 “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; 
não vo-la dou como o mundo a dá...”
 – Jesus. (JOAO, 14:27.)

A paz do mundo costuma ser preguiça rançosa. 
A paz do espírito é serviço renovador. 
A primeira é inutilidade. 
A segunda é proveito constante. 
Vejamos o exemplo disso em nosso Divino Mestre. 
Lares humanos negaram-lhe o berço. 
Mas o Senhor revelou-se em paz na estrebaria. 
Herodes perseguiu-lhe, desapiedado, a infância tenra. 
Jesus, porém, transferindo-se de residência, em favor do apostolado que trazia, sofreu, tranqüilo, a imposição das circunstâncias. 
Negado pela fortuna de Jerusalém, refugiou-se, feliz, em barcas pobres da Galiléia, 
Amando e servindo os necessitados e doentes recebia, a cada passo, os golpes da astúcia de letrados e casuístas de teu tempo;, contudo, jamais deixou, por isso, de exercer, imperturbável, o ministério do amor. 
Abandonado pelos próprios amigos, entregou-se serenamente à prisão injusta. 
Sob o cuspo injurioso da multidão foi açoitado em praça pública e conduzido à crucificação, mas voltou da morte, aureolado de paz sublime, para fortalecer os companheiros acovardados e ajudar os próprios verdugos. 
Recorda, assim, o exemplo do Benfeitor Excelso e não procures segurança íntima fora do dever corretamente cumprido, ainda mesmo que isso te custe o sacrifício supremo. 
A paz do mundo, quase sempre, é aquela que culmina com o descanso dos cadáveres a se dissociarem na inércia, mas a paz do Cristo é o serviço do bem eterno, em permanente ascensão.  

Obra: Palavras de Vida Eterna - 57
          Francisco C. Xavier, pelo Espírito de Emmanuel.

sábado, 9 de março de 2024

A DOR COMO CAMINHO DE REGENERAÇÃO


 

A dor como caminho de regeneração e progresso

Não olvidemos que as grandes tribulações trazem em seu bojo função transformadora e regeneradora. O homem, enquanto no corpo físico, não consegue perceber a função edificante da dor. Tudo o que vive neste mundo sofre e, no entanto, o amor é a lei do Universo.

Dra. Márcia Regina Colasante Salgado – AME-Brasil

A dor como caminho de regeneração e progresso

Não olvidemos que as grandes tribulações trazem em seu bojo função transformadora e regeneradora. O homem, enquanto no corpo físico, não consegue perceber a função edificante da dor. Tudo o que vive neste mundo sofre e, no entanto, o amor é a lei do Universo. “A dor segue todos os nossos passos; espreita-nos em todas as voltas do caminho”. 1
Discorrendo sobre a dor Leon Denis ressalta que ela é uma lei de equilíbrio e educação, e que o sofrimento, em parte, é devido às violações das Leis Divinas pelo homem, contudo, como todos os seres passam por ele, deve ser considerado como necessidade de ordem geral e instrumento de progresso.
Kardec2 também afirma que muitas vezes os sofrimentos independem de nós, mas grande parte deles são consequência da nossa vontade. Nossas escolhas, felizes ou infelizes, na experiência terrena, repercutem não só no momento em que as executamos, mas nas encarnações subsequentes, onde forçosamente recolheremos os seus resultados.
Não resta dúvida que é muito difícil compreender toda a significação do sofrimento e da dor e há que se fazer aqui a distinção entre a dor física, de natureza material, considerada um sinal de alarme, e a dor moral, permanente e profunda, que está presente na essência do ser. “A dor física produz sensações; a dor moral produz sentimentos”, mas ambas confundem-se no sensório íntimo, e acabam por ampliara percepção do homem em relação à própria existência, extraindo-lhe as virtudes latentes.
No livro Ação e reação, o instrutor Druso, destaca que “a dor é ingrediente dos mais importantes na economia da vida em expansão”, apontando a dor-evolução, decorrente dos fatos naturais da vida; a dor-auxílio, empregada pelas autoridades superiores da Espiritualidade, com o objetivo de impedir a queda da criatura em desastres morais iminentes, e a dor-expiação, que vem de dentro para fora e marca a criatura na sua caminhada evolutiva, tendo como objetivo sua regeneração perante a Justiça Divina.
A dor exerce, portanto, ação misteriosa na consciência dos indivíduos, educando e aperfeiçoando o ser, fazendo-se presente tantas vezes quantas forem necessárias para a sua transformação moral. Através de diferentes processos agirá com eficácia desenvolvendo a sensibilidade, a delicadeza, a bondade, a ternura, a compaixão, a humildade e a indulgência, qualidades entre tantas, que o ser precisa adquirir.
A dor e o sofrimento cumprem, dessa forma, o papel de transformar e reconduzir a alma humana aos caminhos do bem, em harmonia com as Leis eternas. Estarão presentes em nossas vidas, ainda por muito tempo, até que aprendamos a viver de acordo com as Leis Divinas, até que transformemos nossos instintos grosseiros em sentimentos puros e elevados. E como nos ensina Leon Denis,
“[…] por trás da dor, há alguém invisível que lhe dirige a ação e a regula segundo as necessidades de cada um, com uma arte, uma sabedoria infinitas, trabalhando por aumentar nossa beleza interior nunca acabada, sempre continuada, de luz em luz, de virtude em virtude, até que nos tenhamos convertidos em Espíritos celestes”. 1

Referências
1. Denis L. O problema do ser, do destino e da dor. Capítulo XXVI.
2. Kardec A. O livro dos espíritos. Livro II. Capítulo VI. Questão 257
3. Xavier FC, Emmanuel (Espírito). O Consolador. Questão 239.
4. Xavier FC, Luiz A (Espírito). Ação e reação. Capítulo 19.

Dra. Márcia Regina Colasante Salgado – AME-Brasil

quinta-feira, 7 de março de 2024

Poema "SOU FELIZ"

 "O Psiquismo Divino flui através de mim. Deus sustenta-me e me conduz em todos os dias da minha vida.

Há um fluxo e refluxo de força que me percorre o ser e impulsiona-me ao prosseguimento.
De mim depende coordenar os movimentos, eleger a meta e avançar.
Submetendo-me a essa força vital, tudo se me torna acessível, e poderei chegar ao bom termo das minhas aspirações em paz."

(Texto: DECISÃO DE SER FELIZ, do Livro "Momentos
de Saúde", Divaldo Pereira Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)



SOU FELIZ


Descobri meu Cristo interno, pleno de propósito de Vida!

Ele me impulsiona a ser útil e nele encontro a Guarida

Que me acolhe, estimula e inspira a ver nas Dores

Como lidar com meu Ego pra superar os Dissabores…

E assim avançar, comprometido com a meta que estabeleci,

Aproveitando o HOJE e a oportunidade de estar AQUI,

AGIR sem perder o foco, pois estou determinado a SEGUIR

Na conquista dos valores imortais e me DESCOBRIR.

Essa determinação gera em mim a força pra eu SER FELIZ

Independente daquilo que me aconteça, ou dos óbices que apareça,

Pois, me vincula ao meu EU SUPERIOR, que faz de mim SENHOR…

O SENHOR do meu destino, que compreende e não se apavora,

Pois não quer controlar e dominar o que está fora, mas SIM.

Iluminar e desenvolver tudo aquilo que está dentro de mim!

Autora: Conceição Cavalcante
Fonte: AmesDF | Amigos do Espiritismo


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

O Livro dos Médiuns

 


Anunciada há muito tempo, mas com a publicação retardada em virtude de sua própria importância, esta obra aparecerá entre os dias 5 e 10 de janeiro, na livraria do Sr. Didier, nosso editor, localizada no Quai des Augustins, 351. Representa o complemento de O Livro dos Espíritos e encerra a parte experimental do Espiritismo, assim como este último contém a parte filosófica.

Fruto de longa experiência e de laboriosos estudos, nesse trabalho procuramos esclarecer todas as questões que se ligam à prática das manifestações. De acordo com os Espíritos, contém a explicação teórica dos diversos fenômenos, bem como das condições em que os mesmos se podem reproduzir. Não obstante, sobretudo a matéria relativa ao desenvolvimento e ao exercício da mediunidade mereceu de nossa parte uma atenção toda especial.

O Espiritismo experimental é cercado de muito mais dificuldades do que geralmente se pensa, e os escolhos aí encontrados são numerosos. É isso que ocasiona tantas decepções aos que dele se ocupam, sem a experiência e os conhecimentos necessários. Nosso objetivo foi o de prevenir contra esses escolhos, que nem sempre deixam de apresentar inconvenientes para quem se aventure sem prudência por esse terreno novo. Não podíamos negligenciar um ponto tão capital, e o tratamos com o cuidado que a sua importância reclama.

Os inconvenientes quase sempre se originam da leviandade com que é tratado problema tão sério. Sejam quais forem, os Espíritos são as almas dos que viveram, no meio das quais estaremos infalivelmente, de um momento para outro. Todas as manifestações espíritas, inteligentes ou não, têm, pois, por objeto, pôr-nos em contato com essas mesmas almas; se respeitamos os seus restos mortais, com mais forte razão devemos respeitar o ser inteligente que sobrevive e que constitui a sua verdadeira individualidade. Fazer das manifestações uma brincadeira é faltar com o respeito que talvez amanhã reclamaremos para nós mesmos, e que jamais é violado impunemente.

O primeiro momento de curiosidade causado por esses estranhos fenômenos já passou. Hoje, que se lhes conhece a fonte, guardemo-nos de profaná-la com brincadeiras descabidas e nos esforcemos por nela haurir o ensinamento apropriado que nos assegurará a felicidade futura. O campo é muito vasto e o objetivo por demais importante para cativar toda a nossa atenção. Até hoje, todos os nossos esforços tenderam para fazer o Espiritismo entrar neste caminho sério. Se esta nova obra, tornando-o ainda mais bem conhecido, puder contribuir para impedir que o desviem de sua destinação providencial, estaremos amplamente recompensados de nossos cuidados e de nossas vigílias.

Não negamos que esse trabalho suscitará mais de uma crítica da parte daqueles a quem incomoda a severidade dos princípios, bem como dos que, vendo as coisas de um outro ponto de vista, já nos acusam de querer fazer escola no Espiritismo. Se fazer escola é procurar nesta ciência um fim útil e proveitoso para a Humanidade, teríamos o direito de nos sentir envaidecidos com essa acusação. Mas uma tal escola não necessita de outro chefe que não seja o bom-senso das massas e a sabedoria dos Espíritos bons, que a teriam criado sem a nossa participação. Eis por que declinamos da honra de a ter fundado, felizes de nos colocarmos sob a sua bandeira, não aspirando senão o modesto título de propagador. Se for necessário um nome, inscreveremos em seu frontispício: Escola de Espiritismo Moral e Filosófico, e para ela convidaremos todos quantos têm necessidade de esperanças e de consolações.

Allan Kardec

Fonte: Revista Espírita, janeiro, 1861.