PURGATÓRIO
O
Purgatório
1.
- O Evangelho não faz menção alguma do purgatório,
que só foi admitido pela Igreja no ano de 593. É incontestavelmente
um dogma mais racional e mais conforme com a justiça de Deus que o inferno,
porque estabelece penas menos rigorosas e resgatáveis para as faltas
de gravidade mediana.
O
princípio do purgatório é, pois, fundado na eqüidade,
porque, comparado à justiça humana, é a detenção
temporária a par da condenação perpétua. Que julgar
de um país que só tivesse a pena de morte para os crimes e os
simples delitos?
Sem
o purgatório, só há para as almas duas alternativas extremas:
a suprema felicidade ou o eterno suplício. E nessa hipótese, que
seria das almas somente culpadas de ligeiras faltas? Ou compartilhariam da felicidade
dos eleitos, ainda quando imperfeitas, ou sofreriam o castigo dos maiores criminosos,
ainda quando não houvessem feito muito mal, o que não seria nem
justo, nem racional.
2.
- Mas, necessariamente, a noção do purgatório deveria ser
incompleta, porque apenas conhecendo a penalidade do fogo fizeram dele um inferno
menos tenebroso, visto que as almas aí também ardem, embora em
fogo mais brando. Sendo o dogma das penas eternas incompatível com o
progresso, as almas do purgatório não se livram dele por efeito
do seu adiantamento, mas em virtude das preces que se dizem ou que se mandam
dizer em sua intenção. E se foi bom o primeiro pensamento, outro
tanto não acontece quanto às consequências dele decorrentes,
pelos abusos que originaram. As preces pagas transformaram o purgatório
em mina mais rendosa que o inferno. (1)
(1)
O purgatório originou o comércio escandaloso das indulgências,
por intermédio das quais se vende a entrada no céu. Este abuso
foi a causa primaria da Reforma, levando Lutero a rejeitar o purgatório.
3.
Jamais foram determinados e definidos claramente o lugar do purgatório
e a natureza das penas aí sofridas. A Nova Revelação estava
reservado o preenchimento dessa lacuna, explicando-nos a causa das terrenas
misérias da vida, das quais só a pluralidade das existências
poderia mostrar-nos a justiça.
Essas
misérias decorrem necessariamente das imperfeições da alma,
pois se esta fosse perfeita não cometeria faltas nem teria de sofrer-lhe
as consequências. O homem que na Terra fosse em absoluto sóbrio
e moderado, por exemplo, não padeceria enfermidades oriundas de excessos.
O
mais das vezes ele é desgraçado por sua própria culpa,
porém, se é imperfeito, é porque já o era antes
de vir à Terra, expiando não somente faltas atuais, mas faltas
anteriores não resgatadas. Repara em uma vida de provações
o que a outrem fez sofrer em anterior existência. As vicissitudes que
experimenta são, por sua vez, uma correção temporária
e uma advertência quanto às imperfeições que lhe
cumpre eliminar de si, a fim de evitar males e progredir para o bem. São
para a alma lições da experiência, rudes às vezes,
mas tanto mais proveitosas para o futuro, quanto profundas as impressões
que deixam. Essas vicissitudes ocasionam incessantes lutas que lhe desenvolvem
as forças e as faculdades intelectivas e morais. Por essas lutas a alma
se retempera no bem, triunfando sempre que tiver denodo para mantê-las
até ao fim.
O
prêmio da vitória está na vida espiritual, onde a alma entra
radiante e triunfadora como soldado que se destaca da refrega para receber a
palma gloriosa.
4.
- Em cada existência, uma ocasião se depara à alma para
dar um passo avante; de sua vontade depende a maior ou menor extensão
desse passo: franquear muitos degraus ou ficar no mesmo ponto. Neste último
caso, e porque cedo ou tarde se impõe sempre o pagamento de suas dívidas,
terá de recomeçar nova existência em condições
ainda mais penosas, porque a uma nódoa não apagada ajunta outra
nódoa.
É,
pois, nas sucessivas encarnações que a alma se despoja das suas
imperfeições, que se purga, em uma palavra, até que esteja
bastante pura para deixar os mundos de expiação como a Terra,
onde os homens expiam o passado e o presente, em proveito do futuro. Contrariamente,
porém, à idéia que deles se faz, depende de cada um prolongar
ou abreviar a sua permanência, segundo o grau de adiantamento e pureza
atingido pelo próprio esforço sobre si mesmo. O livramento se
dá, não por conclusão de tempo nem por alheios méritos,
mas pelo próprio mérito de cada um, consoante estas palavras do
Cristo: - A cada um, segundo as suas obras, palavras que resumem integralmente
a justiça de Deus.
5.
- Aquele, pois, que sofre nesta vida pode dizer-se que é porque não
se purificou suficientemente em sua existência anterior, devendo, se o
não fizer nesta, sofrer ainda na seguinte. Isto é ao mesmo tempo
eqüitativo e lógico. Sendo o sofrimento inerente à imperfeição,
tanto mais tempo se sofre quanto mais imperfeito se for, da mesma forma por
que tanto mais tempo persistirá uma enfermidade quanto maior a demora
em tratá-la. Assim é que, enquanto o homem for orgulhoso, sofrerá
as conseqüências do orgulho; enquanto egoísta, as do egoísmo.
6.
- Devido às suas imperfeições, o Espírito culpado
sofre primeiro na vida espiritual, sendo-lhe depois facultada a vida corporal
como meio de reparação. É por isso que ele se acha nessa
nova existência, quer com as pessoas a quem ofendeu, quer em meios análogos
àqueles em que praticou o mal, quer ainda em situações
opostas à sua vida precedente, como, por exemplo, na miséria,
se foi mau rico, ou humilhado, se orgulhoso.
A
expiação no mundo dos Espíritos e na Terra não constitui
duplo castigo para eles, porém um complemento, um desdobramento do trabalho
efetivo a facilitar o progresso. Do Espírito depende aproveitá-lo.
E não lhe será preferível voltar à Terra, com probabilidades
de alcançar o céu, a ser condenado sem remissão, deixando-a
definitivamente? A concessão dessa liberdade é uma prova da sabedoria,
da bondade e da justiça de Deus, que quer que o homem tudo deva aos seus
esforços e seja o obreiro do seu futuro; que, infeliz por mais ou menos
tempo, não se queixe senão de si mesmo, pois que a rota do progresso
lhe está sempre franca.
7.
- Considerando-se quão grande é o sofrimento de certos Espíritos
culpados no mundo invisível, quanto é terrível a situação
de outros, tanto mais penosa pela impotência de preverem o termo desses
sofrimentos, poder-se-ia dizer que se acham no inferno, se tal vocábulo
não implicasse a idéia de um castigo eterno e material.
Mercê,
porém, da revelação dos Espíritos e dos exemplos
que nos oferecem, sabemos que o prazo da expiação esta subordinado
ao melhoramento do culpado.
8.
- O Espiritismo não nega, pois, antes confirma, a penalidade futura.
O que ele destrói é o inferno localizado com suas fornalhas e
penas irremissíveis. Não nega, outrossim, o purgatório,
pois prova que nele nos achamos, e definindo-o precisamente, e explicando a
causa das misérias terrestres, conduz à crença aqueles
mesmos que o negam. Repele as preces pelos mortos? Ao contrário, visto
que os Espíritos sofredores as solicitam; eleva-as a um dever de caridade
e demonstra a sua eficácia para os conduzir ao bem e, por esse meio,
abreviar-lhes os tormentos (1). Falando à inteligência, tem levado
a fé a muito incrédulo, incutindo a prece no ânimo dos que
a escarneciam. O que o Espiritismo afirma é que o valor da prece está
no pensamento e não nas palavras, que as melhores preces são as
do coração e não dos lábios, e, finalmente, as que
cada qual murmura de si mesmo e não as que se mandam dizer por dinheiro.
Quem, pois, ousaria censurá-lo?
(1)
Vede O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII - "Ação
da prece"
9.
- Seja qual for a duração do castigo, na vida espiritual ou na
Terra, onde quer que se verifique, tem sempre um termo, próximo ou remoto.
Na realidade não há para o Espírito mais que duas alternativas,
a saber: - punição temporária e proporcional à culpa,
e recompensa graduada segundo o mérito. Repele o Espiritismo a terceira
alternativa, da eterna condenação. O inferno reduz-se a figura
simbólica dos maiores sofrimentos cujo termo é desconhecido. O
purgatório, sim, é a realidade.
A
palavra purgatório sugere a idéia de um lugar circunscrito: eis
por que mais naturalmente se aplica à Terra do que ao Espaço infinito
onde erram os Espíritos sofredores, e tanto mais quanto a natureza da
expiação terrena tem os caracteres da verdadeira expiação.
Melhorados
os homens, não fornecerão ao mundo invisível senão
bons Espíritos; e estes, encarnando-se, por sua vez só fornecerão
à Humanidade corporal elementos aperfeiçoados. A Terra deixará,
então, de ser um mundo expiatório e os homens não sofrerão
mais as misérias decorrentes das suas imperfeições.
Aliás,
por esta transformação, que neste momento se opera, a Terra se
elevará na hierarquia dos mundos. (2)
(2)
Idem, cap. III - "Progressão dos mundos".
10.
- Mas, por que não teria o Cristo falado do purgatório? É
que, não existindo a idéia, não havia palavra que a representasse.
O
Cristo serviu-se da palavra inferno, a única usada, como termo genérico,
para designar as penas futuras, sem distinção. Colocasse ele,
ao lado da palavra inferno, uma equivalente a purgatório e não
poderia precisar-lhe o verdadeiro sentido sem ferir uma questão reservada
ao futuro; teria, enfim, de consagrar a existência de dois lugares especiais
de castigo. O inferno em sua concepção genérica, revelando
a idéia de punição, encerrava, implicitamente, a do purgatório,
que não é senão um modo de penalidade.
Reservado
ao futuro o esclarecimento sobre a natureza das penas, competia-lhe igualmente
reduzir o inferno ao seu justo valor. Uma vez que a Igreja, após seis
séculos, houve por bem suprir o silêncio de Jesus quanto ao purgatório,
decretando-lhe a existência, é porque ela julgou que ele não
havia dito tudo. E por que não havia de dar-se sobre outros pontos o
que com este se deu?
02
- PURGATÓRIO
Como
o Espiritismo explica o céu, o inferno e o purgatório?
Segundo
o Espiritismo, as virtudes são eternas e os defeitos temporários.
O objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição
das imperfeições e aquisição dos valores morais
que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou à conquista do
chamado "céu". Por acreditar que o mundo espiritual é
a verdadeira morada, só aqueles que se elevam ao bem habitam as regiões
celestiais ditas paraíso onde, diferente de outras religiões,
o Espiritismo acredita habitarem Espíritos que trabalham na edificação
do mundo novo. Na verdade, o céu não se trata de um lugar demarcado,
mas de um estado de perfeição espiritual conquistado individualmente
pelo Espírito, através de seu constante esforço. O que
vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio progresso.
"Porque
o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos;
e então dará a cada um segundo as suas obras" - (Mateus 16.27).
"A
felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos
ou puros. Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência
e moralidade" - (Allan Kardec).
Deus
em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade
e da caridade, só pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem
da sua glória, e não para condená-los a sofrimentos eternos.
É lógico concluir que as penas eternas são incompatíveis
com a justiça do Pai.
A
criação do inferno cristão se origina das concepções
pagãs das penas e gozos eternos, com uma grande dose de exagêro.
Deus condenaria sem piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em regiões
de dores e sofrimentos terríveis. Entretanto, em sua doutrina, Jesus
nos trouxe um ensinamento contrário a esse pensamento :
"...Ou
qual de vós, porventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir
pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe,
lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis
dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está
nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem"
(Mateus - 7.11).
Portanto Deus, em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus
filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades
quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.
O
inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de
consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins
predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mau e nele se comprazem.
São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno
dentro de suas próprias consciências e que, através de novas
oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências
encarnatórias também alcançarão a perfeição.
"E
Ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós,
tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa
e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
E,
achando-a, a põe sobre seus ombros, gostoso;
E,
chegando a casa convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo,
porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos
que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende,
mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento"
- (Lucas 15.3-7).
"Assim também não é vontade de vosso Pai, que está
nos céus, que um destes pequeninos se perca" - (Mateus 18.14).
O
chamado purgatório, por sua vez, é uma condição
de sofrimento temporário para as almas que necessitam da conscientização
de seus erros e ali permanecem até o arrependimento destes. Esta idéia
é defendida por várias religiões, inclusive o Espiritismo,
com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual
é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada
Espírito sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita,
o purgatório é também um estado de espírito e não
um local definido ou circunscrito onde habitam eternamente os Espíritos
sofredores.
Analisando
a questão por outro aspecto e levando-se em consideração
que somos seres imortais trabalhando constantemente pela depuração
do Espírito, pode-se compreender que cada reencarnação
em mundos de provas e expiações, como a Terra por exemplo, funciona
como uma "purgação" para o Espírito que almeja
sempre sua felicidade em condições melhores.
"O
purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta:
é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra
nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens
expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro"
- (Allan Kardec).
"Mas,
amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como
mil anos, e mil anos como um dia.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia;
mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se
percam, se não que todos venham a arrepender-se" - (II Pedro 3.8-9).
03
- PURGATÓRIO
5 – qual a visão espírita sobre céu, o inferno e
purgatório?
Segundo
o Espiritismo, as virtudes são eternas e os defeitos temporários.
O objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição
das imperfeições e aquisição dos valores morais
que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou a conquista do chamado
“céu”. Por acreditar que o mundo espiritual é a verdadeira
morada, só aqueles que se elevam ao bem habitam as religiões celestiais
ditas paraíso onde, diferente de outras religiões, o Espiritismo
acredita habitarem Espíritos q eu trabalha na edificação
do mundo movo. Na verdade, o céu não se trata de um lugar demarcado,
mas de um estado de perfeição espiritual conquistado individualmente
pelo Espírito, através de seu constante esforço. O q eu
vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio progresso.
Porque o filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus anjos;
e então dará a cada um segundo as suas obras. (Mateus-16.27).
A felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos
ou puros. Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência
e moralidade (Allan Kardec).
Deus em sua perfeição suprema, sendo a concepção
da bondade e da caridade, só pode ter criado os Espíritos para
um dia usufruírem da sua glória, e não para condená-los
a sofrimentos eternos. É lógico concluir que as penas eternas
são incompatíveis com a justiça do Pai. A criação
do inferno cristão se origina das concepções pagãs
das penas e gozos eternos ,com uma grande dose de exagero. Deus condenaria sem
piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em regiões de dores e
sofrimentos terríveis. Entretanto, em sua doutrina, Jesus nos trouxe
um ensinamento contrário a esse pensamento.
Ou qual de vós, porventura, é o home que, se seu filho lhe pedir
pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe,
lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis
dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está
nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem (Mateus.
7.11).
Portanto Deus em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus
filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades
quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.
O
inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de
consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins
predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mau e nele se comprazem.
São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno
dentro de suas próprias consciências e que, através de novas
oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências
encarnatórias também alcançarão a perfeição.
E ele lhes propôs está parábola, dizendo: Que o homem dentro
vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto
as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha
a achá-la?
E,
achando-a apõe seus ombros, gostoso; E chegando a casa convoca os amigos
e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha
ovelha perdida.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se
arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento (Lucas-15.3.7).
Assim, também não é vontade de vosso Pai, que está
nos céus, que um destes pequeninos se perca (Mateus-18.14).
O chamado purgatório, por sua vez é uma condição
de sofrimento temporário para as almas que necessitam da conscientização
de seus erros e ali permanecem até o arrependimento destes. Esta idéia
é defendida por várias religiões, inclusive o Espiritismo,
com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual
é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada
Espírito sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita,
o purgatório é também um estado de espírito e não
um local definido ou circunscrito onde habitam eternamente os Espíritos
sofredores.
Analisando a questão por outro aspecto e levando-se em consideração
que somos seres imortais trabalhando constantemente pela depuração
do Espírito, pode-se compreender que cada reencarnação
em mundos de provas e expiações, como a Terra, pro exemplo, funciona
como uma purgação para o Espírito que almeja sempre sua
felicidade em condições melhores.
O purgatório não é, portanto vaga incerta: é uma
realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos
de expiação e a terra é um deles.
“Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício
do seu futuro”(Allan Kardec).
Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é
como mil anos, e mil anos com um dia.
O
Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia:
mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se
percam se não que todos venham a arrepender-se (II Pedro 3.8.9).
04 - PURGATÓRIO
a)
O céu não é um lugar onde os bons espíritos se reúnem,
sem outra preocupação que a de gozar uma felicidade passiva, por
toda a eternidade. São os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores,
onde os espíritos gozam plenamente suas faculdades, sem as tribulações
da vida material nem as angústias peculiares à inferioridade.
b)
Quando alguns espíritos falam em quarto, quinto ou sétimo céus
exprimem seus diferentes graus de purificação e de felicidade.
Comentário
de Allan Kardec:
"
O mesmo ocorre com outras expressões análogas, tais como: cidade
das flores, cidade dos eleitos, primeira, segunda ou terceira esfera, etc.,
que apenas são alegorias usadas por alguns Espíritos, quer como
figuras, quer, algumas vezes, por ignorância da realidade das coisas,
e até das mais simples noções científicas. De acordo
com a idéia restrita que se fazia outrora dos lugares das penas e das
recompensas e, sobretudo, de acordo com a opinião de que a Terra era
o centro do Universo, de que o firmamento formava uma abóbada e que havia
uma região das estrelas, o céu era situado no alto e o inferno
em baixo.
Daí as expressões: subir ao céu, estar no mais alto dos
céus, ser precipitado nos infernos. Hoje, que a Ciência demonstrou
ser a Terra apenas, entre tantos milhões de outros, uns dos menores mundos,
sem importância especial; que traçou a história da sua formação
e lhe descreveu a constituição; que provou ser infinito o espaço,
não haver alto nem baixo no Universo, teve-se que renunciar a situar
o céu acima das nuvens e o inferno nos lugares inferiores. Quanto ao
purgatório, nenhum lugar lhe fora designado. Estava reservado ao Espiritismo
dar de tudo isso a explicação mais racional, mais grandiosa e,
ao mesmo tempo, mais consoladora para a humanidade. Pode-se assim dizer que
trazemos em nós mesmos o nosso inferno e o nosso paraíso. O purgatório,
achamo-lo na encarnação, nas vidas corporais ou físicas."
c)
Quando o Cristo disse "meu reino não é deste mundo",
quis dizer, em sentido figurado, que o seu reinado se exerce unicamente sobre
os corações puros e desinteressados, onde quer que domine o amor
do bem.
d)
O bem reinará na Terra quando ela for habitada por espíritos predominantemente
bons, que farão reine o amor e a justiça. O homem atrairá
para a Terra os bons espíritos por meio do progresso moral e praticando
as leis de Deus. Os maus espíritos se afastarão da Terra, quando
estiverem banidos o orgulho e o egoísmo.
Dissertação
de São Luís:
“Predita
foi a transformação da Humanidade e vos avizinhais do momento
em que se dará, momento cuja chegada apressam todos os homens que auxiliam
o progresso. Essa transformação se verificará por meio
da encarnação de Espíritos melhores, que constituirão
na Terra uma geração nova. Então, os Espíritos dos
maus, que a morte vai ceifando dia a dia, e todos os que tentem deter a marcha
das coisas serão daí excluídos, pois que viriam a estar
deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam. Irão
para mundos novos, menos adiantados, desempenhar missões penosas, trabalhando
pelo seu próprio adiantamento, ao mesmo tempo que trabalharão
pelo de seus irmãos mais atrasados. Neste banimento de Espíritos
da Terra transformada, não percebeis a sublime alegoria do Paraíso
perdido e, na vinda do homem para a Terra em semelhantes condições,
trazendo em si o gérmen de suas paixões e os vestígios
da sua inferioridade primitiva, não descobris a não menos sublime
alegoria do pecado original? Considerado deste ponto de vista, o pecado original
se prende à natureza ainda imperfeita do homem que, assim, só
é responsável por si mesmo, pelas suas próprias faltas
e não pelas de seus pais.
Todos
vós, homens de fé e de boa-vontade, trabalhai, portanto, com ânimo
e zelo na grande obra da regeneração, que colhereis pelo cêntuplo
o grão que houverdes semeado. Ai dos que fecham os olhos à luz!
Preparam para si mesmos longos séculos de trevas e decepções.
Ai dos que fazem dos bens deste mundo a fonte de todas as suas alegrias! Terão
que sofrer privações muito mais numerosas do que os gozos de que
desfrutaram! Ai, sobretudo, dos egoístas! Não acharão quem
os ajude a carregar o fardo de suas misérias.”
QUESTÕES PARA ESTUDO:
1
- O que é o céu, segundo o Espiritismo?
2
- Como surgiu a concepção de céu adotada por alguns segmentos
religiosos?
3
- Podemos entender ser possível a existência do céu aqui
mesmo, na Terra?
4
- E o paraíso? Como conceituá-lo, segundo o ensinamento dos Espíritos?
Paraíso, inferno e purgatório (2a. parte) - Conclusão Voltar
ao estudo
1 - O que é o céu, segundo o Espiritismo?
O
Espiritismo nos ensina que, assim como o inferno e o purgatório, o céu
não é um região previamente demarcada, criada por Deus
para abrigar os bons espíritos. O céu é o estado consciencial
a que o espírito chega após percorrer a senda evolutiva. Ao atingir
a perfeição possível, o espírito goza, em toda a
sua plenitude, das faculdades com que foi dotado pelo Criador. Pode estar situado
em um planeta ou uma estrela que constituem os mundos superiores. É,
enfim, o espaço universal, onde quer que se reunam, por afinidade, os
espíritos superiores.
2 - Como surgiu a concepção de céu adotada por alguns segmentos
religiosos?
Os
antigos concebiam a Terra como sendo o centro do Universo. O céu era
uma cobertura côncava, levantada no espaço, povoada de estrelas
e que cobria a Terra. Juntamente com o inferno, que se situava na parte inferior
do planeta, o céu era uma das regiões destinadas ao cumprimento
das penas e das recompensas. Hoje, tendo a ciência demonstrado ser a Terra
não mais que um dos incontáveis planetas que compõem o
Universo, sem nenhuma importância especial, sabemos que o espaço
é infinito e o que pensavam ser o céu nada mais é do que
o espaço cósmico. A concepção antiga do termo continua
sendo utilizada por alguns espíritos apenas no sentido alegórico,
figurativo, para melhor se fazerem entender.
3 - Podemos entender ser possível a existência do céu aqui
mesmo, na Terra?
Conforme
disserta São Luís na resposta à questão 1.019, a
humanidade terrena passa por um processo de transformação, que
se opera através da encarnação de espíritos melhores
em lugar de espíritos persistentes no mal. Estes serão excluídos
do planeta, passando a reencarnar em mundos menos adiantados, onde lhes poderão
ser atribuídas penosas missões que impulsionarão o progresso
desses mundos. A Terra poderá ser transformada num céu quando
a sua humanidade houver atingido a perfeição, quando o mal gerado
pelo egoísmo dos espíritos que a habitam não mais existir.
4 - E o paraíso? Como conceituá-lo, segundo o ensinamento dos
Espíritos?
O
paraíso é uma alegoria criada para se referir à região
de onde provieram os espíritos que formaram a raça adâmica,
aqueles que vieram para a Terra impulsionar o seu progresso. Eram espíritos
intelectualmente desenvolvidos, porém com o lado moral ainda pouco evoluído.
Vieram para a Terra com suas paixões e os vestígios da inferioridade
primitiva, que não mais comportavam no planeta de onde se originaram,
que, por essa imagem figurativa, ficou conhecido como o paraíso perdido.
Daí o surgimento de uma outra alegoria ainda hoje recepcionada por alguns
segmentos religiosos: a do pecado original.
05
- PURGATÓRIO
Céu,
Inferno, Purgatório e Paraíso Perdido
1. C É U
·
DEFINIÇÃO: espaço ilimitado e indefinido onde se movem
os astros; espaço acima de nossas cabeças. Vem do latim coelum,
formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa
concavidade.
·
SEGUNDO A RELIGIÃO: região para onde, de acordo com as crenças
religiosas, vão as almas dos justos. (lugar circunscrito).
·
SEGUNDO O ESPIRITISMO: a palavra céu indica o espaço universal;
são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores em que os Espíritos
gozam de todas as suas faculdades, sem as tribulações da vida
material nem as angústias inerentes à inferioridade.
·
SEGUNDO A CIÊNCIA: a idéia que fazemos do Céu é fruto
da concepção grega e babilônica (imutável, calmo,
vida eterna). Copérnico, no Século XVI, quebra a tradição
milenar e coloca o Sol no centro do Universo. Com isto a Terra entrou no Céu.
Mais tarde, Galileu, com a descoberta do telescópio, corrobora tal afirmação.
A Ciência parecia ir contra a Bíblia; mas a Bíblia ensina
como ir ao Céu, não como ele foi feito.
2.
I N F E R N O
·
CONCEITO PAGÃO: o conhecimento do Inferno pagão nos é fornecido
quase exclusivamente pela narrativa dos poetas. Citam-se Homero, Virgílio
e Dante Alighiere. Dante Alighiere, por exemplo, na sua "Divina Comédia"
descreve os aspectos lúgubres dos lugares, preocupando-se em realçar
o gênero de sofrimento dos culpados.(1) cap. IV
·
NA MITOLOGIA: lugar subterrâneo, onde estão as almas dos mortos.
·
SEGUNDO O CRISTIANISMO: lugar ou situação pessoal em que se encontram
os que morreram em estado de pecado. O Inferno perpetuado pela religião
cristã dogmática foi elevado a um lugar de maiores suplícios
do que aquele dos pagãos (caldeiras ferventes, tonéis de óleo,
rochedo em brasa etc.).(1) cap. IV
·
PARA O ESPIRITISMO: Céu e Inferno são figuras de linguagem e não
lugares circunscritos. O Inferno não é lugar materializado (fogo,
tridentes etc.), mas “uma vida de provas extremamente penosas” (revezes,
doenças, dificuldades etc.), com a incerteza de melhoria.(2) perg. 1014a
3.
P U R G A T Ó R I O
·
PROVENIENTE DE PURGAR: tornar puro, purificar, limpar.
·
PARA O CRISTIANISMO: lugar de purificação das almas dos justos,
antes de admitidos na bem-aventurança. P. ext. qualquer lugar onde se
sofre por algum tempo. O Evangelho não faz menção alguma
do purgatório, que só foi admitido pela Igreja no ano de 593,
como dogma: era o lugar menos doloroso para as almas, bastando preces ditas
ou encomendadas (orações pagas), para que o interessado não
fosse ao fogo, mas ao Céu. Isto deu origem à venda de indulgência,
ou seja, a remissão do pecado pelo pagamento de uma determinada quantia
em dinheiro. (1) cap. V
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SEGUNDO O ESPIRITISMO: entende-se como sofrimento físico e moral. É
o tempo de expiação. Na Terra, como encarnado, o homem expia suas
faltas, submetendo-se às provas e fazendo suas reparações.
Não é, portanto, um lugar definido, fora da vida encarnada, mas
o estado dos Espíritos imperfeitos que estão em busca do aperfeiçoamento
moral e intelectual. (2) perg. 1013
4.
D O U T R I N A D A S P E N A S E T E R N A S
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SEGUNDO O CRISTIANISMO: conseqüência da concepção do
Inferno material. Principal argumento invocado a seu favor: "é doutrina
sancionada entre os homens que a gravidade da ofensa é proporcionada
à qualidade do ofendido. O crime de lesa-majestade, por exemplo, o atentado
à pessoa de um soberano, sendo considerado mais grave do que o fora em
relação a qualquer súdito, é, por isso mesmo, mais
severamente punido. E sendo Deus muito mais que um soberano, pois é Infinito,
deve ser infinita a ofensa a Ele, como infinito o respectivo castigo, isto é,
eterno". (1) cap. VI item 10
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SEGUNDO O ESPIRITISMO: o prazo da expiação está subordinado
ao melhoramento do culpado. Dos trinta e três itens do código da
vida futura segundo o Espiritismo, resumem-se em: arrependimento, expiação
e reparação, ou seja, apagar os traços de uma falta e suas
conseqüências. (1) cap. VII, pág. 93
5.
P E C A D O O R I G I N A L
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SEGUNDO O CRISTIANISMO: Deus criou Adão e Eva que teriam ofendido a Deus
por quererem assemelhar-se-lhe. É o pecado original, uma ofensa proporcional
à grandeza do ofendido. Infinita, portanto. Por isso merecem castigo
que se estendeu a toda sua descendência. Mas, infinitamente misericordioso
que Ele é, Deus, na pessoa do Filho, Jesus, fez-se homem a fim de sofrer
ele próprio a dor do resgate e, com isto, redimir a humanidade e proporcionar-lhe
a salvação. Confunde-se Jesus com Deus. Cria-se, também,
o ritual do batismo. (3) pág. 33
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SEGUNDO O ESPIRITISMO: para o Espiritismo o pecado original não existe.
Contudo, a respeito do batismo, o Espírito Emmanuel, na pergunta 298
do livro O Consolador, comenta que o espiritista deve entender o batismo como
o apelo do seu coração ao Pai de misericórdia para a cristianização
dos filhos , no apostolado do trabalho e da dedicação.
6.
P E R D A D O P A R A í S O
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RELATO BÍBLICO: Adão e Eva comem o fruto proibido, em virtude
da tentação de Eva, pela serpente. São expulsos do paraíso.
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SEGUNDO O ESPIRITISMO: o paraíso terrestre, cujos vestígios tem
sido inutilmente procurados na Terra, era, por conseguinte, a figura dum mundo
ditoso, onde vivera Adão, ou, antes, a raça dos Espíritos
que ele personifica. Para o Espiritismo os anjos decaídos e a perda do
paraíso estão presos à progressão dos mundos. Os
mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria
e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que os habitam.
Logo que um mundo tem chegado a um de seus períodos de transformação,
a fim de ascender na hierarquia dos mundos, operam-se mutações
na sua população encarnada e desencarnada. É quando se
dão as grandes emigrações e imigrações. (4)
item 43
7.
S I S T E M A D E C A P E L A
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CAPELA: uma grande estrela da Constelação de Cocheiro, que recebeu,
na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar
à face da Terra. Quase todos os mundos que lhe são dependentes
já se purificaram física e moralmente. Há muitos milênios,
um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre,
atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos.
Alguns Espíritos que não acompanharam essa evolução,
foram, sob a anuência de Jesus, recambiados para o nosso Planeta, dando
origem às RAÇAS ADÂMICAS.
8.
A S R A Ç A S A D Â M I C A S
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GRUPO DOS ARIAS: dele descende a maioria dos povos brancos da família
indo-européia.
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CIVILIZAÇÃO DO EGITO: foram os que mais se destacaram na prática
do Bem e no culto da Verdade.
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POVO DE ISRAEL: a raça mais forte e mais homogênea, mostrando inalterados
os seus caracteres através de todas as mutações.
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CASTAS DA ÍNDIA: foram os primeiros a formar os pródomos de uma
sociedade organizada, cujos núcleos representariam a grande percentagem
de ascendentes das coletividades do porvir. (5) cap. III
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA
(1)
KARDEC, A. O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo.
22.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
(2) KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP, 1972.
(3) CURTI, R. Cristianismo (de Jesus a Kardec). São Paulo, FEESP.
(4) KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo
o Espiritismo. 17.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
(5) XAVIER, F. C. A Caminho da Luz (História da Civilização
à Luz do Espiritismo). Rio de Janeiro, FEB, 1972.
(Org.
por Sérgio Biagi Gregório)
Fonte: Casa do Espiritismo - http://www.acasadoespiritismo.com.br/temas/purgatorio.htm