1 – O ato terrorista que pôs abaixo as duas torres do World Trade Center pode ser considerado uma fatalidade, algo programado?
O mal nunca obedece a planejamento divino. É sempre fruto da maldade humana, que faculta ao Homem o exercício do livre-arbítrio, mas lhe impõe as conseqüências de seus atos, para que aprenda o que deve e o que não deve fazer.
O mal nunca obedece a planejamento divino. É sempre fruto da maldade humana, que faculta ao Homem o exercício do livre-arbítrio, mas lhe impõe as conseqüências de seus atos, para que aprenda o que deve e o que não deve fazer.
2 – Osama Bin Ladem é considerado por seus seguidores como um
instrumento divino. Ele próprio afirmou, em recente entrevista, que Deus
impôs uma lição ao imperialismo americano…
Ele é, decididamente, um instrumento das trevas, que se aproveitam de sua maluquice. Só uma mente conturbada, sob inspiração de gênios do mal, poderia maquinar tal atrocidade, atribuindo-a a uma orientação divina.
Ele é, decididamente, um instrumento das trevas, que se aproveitam de sua maluquice. Só uma mente conturbada, sob inspiração de gênios do mal, poderia maquinar tal atrocidade, atribuindo-a a uma orientação divina.
3 – A morte de tanta gente situa-se como um resgate coletivo?
É preciso cuidado com essa definição, porquanto pode nos levar à idéia de que Deus reuniu todas aquelas pessoas para morrerem juntas, o que justificaria a ação criminosa dos terroristas. Seriam instrumentos de Deus, o que é um absurdo.
É preciso cuidado com essa definição, porquanto pode nos levar à idéia de que Deus reuniu todas aquelas pessoas para morrerem juntas, o que justificaria a ação criminosa dos terroristas. Seriam instrumentos de Deus, o que é um absurdo.
4 – Como explicar, então, aquelas mortes?
Não há inocentes na Terra. Moramos num planeta de provas e expiações. Todos temos dívidas do pretérito, fruto de passados desatinos, que justificam qualquer tipo de morte que nos transporte para o Além. É uma contingência do mundo em que vivemos.
Não há inocentes na Terra. Moramos num planeta de provas e expiações. Todos temos dívidas do pretérito, fruto de passados desatinos, que justificam qualquer tipo de morte que nos transporte para o Além. É uma contingência do mundo em que vivemos.
5 – Há alguma observação de Jesus sobre o assunto?
Há várias, uma bem pertinente, envolvendo, também, a queda de uma Torre, em Jerusalém, conforme relata Lucas, capítulo 13. Chamado a comentar o assunto, diz Jesus: …esses dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, pensais que foram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, eu vos digo; se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo. Ninguém, portanto, está isento de tal experiência. Só nos livraremos quando, reconhecendo nossas próprias fragilidades, buscarmos a reforma íntima, que nos habilite a viver em mundos mais aprazíveis, onde essas tragédias não ocorrem.
Há várias, uma bem pertinente, envolvendo, também, a queda de uma Torre, em Jerusalém, conforme relata Lucas, capítulo 13. Chamado a comentar o assunto, diz Jesus: …esses dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, pensais que foram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém? Não, eu vos digo; se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo. Ninguém, portanto, está isento de tal experiência. Só nos livraremos quando, reconhecendo nossas próprias fragilidades, buscarmos a reforma íntima, que nos habilite a viver em mundos mais aprazíveis, onde essas tragédias não ocorrem.
6 – Como ficam os Espíritos que tiveram o corpo desintegrado?
Em situações dessa natureza, mobilizam-se os benfeitores espirituais para socorrer as vítimas. São todas amparadas. Consideremos, entretanto, que nossa condição espiritual não depende de como morremos, mas de como estamos vivendo. Quanto mais desprendidos dos interesses materiais e mais vinculados aos valores espirituais e à prática do bem, melhor será a nossa condição espiritual, ainda que venhamos a desencarnar de forma violenta.
Em situações dessa natureza, mobilizam-se os benfeitores espirituais para socorrer as vítimas. São todas amparadas. Consideremos, entretanto, que nossa condição espiritual não depende de como morremos, mas de como estamos vivendo. Quanto mais desprendidos dos interesses materiais e mais vinculados aos valores espirituais e à prática do bem, melhor será a nossa condição espiritual, ainda que venhamos a desencarnar de forma violenta.
7 – Como ficaram as pessoas que pularam das torres, cometendo suicídio?
A temperatura, num incêndio daquelas proporções, pode atingir os três mil graus centígrados. Imaginemos o que seja isso, lembrando que a água ferve a cem graus. É tão elevada, que a pele se desprega do corpo. Em tal situação, saltar a janela é um ato instintivo de defesa. Eu não enquadraria, portanto, aqueles que pularam, como suicidas.
A temperatura, num incêndio daquelas proporções, pode atingir os três mil graus centígrados. Imaginemos o que seja isso, lembrando que a água ferve a cem graus. É tão elevada, que a pele se desprega do corpo. Em tal situação, saltar a janela é um ato instintivo de defesa. Eu não enquadraria, portanto, aqueles que pularam, como suicidas.
8 – E os terroristas?
Estes são dignos de pena, iludidos pela ideia de que estavam morrendo como mártires, habilitados ao paraíso, onde os esperariam setenta e duas virgens para distraí-los. Se tivessem a mínima idéia dos sofrimentos que os esperavam, em virtude da violência contra si mesmos, agravada pelo crime inominável, jamais cometeriam tal loucura.
Estes são dignos de pena, iludidos pela ideia de que estavam morrendo como mártires, habilitados ao paraíso, onde os esperariam setenta e duas virgens para distraí-los. Se tivessem a mínima idéia dos sofrimentos que os esperavam, em virtude da violência contra si mesmos, agravada pelo crime inominável, jamais cometeriam tal loucura.
por Richard Simonetti
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