Aquinhoado pela faculdade mediúnica, rejubila-te e aplica-a a serviço da finalidade a que se destina.
Rogaste a
Deus a oportunidade de reabilitar-te de incontáveis desaires que te
permitiste em jornadas pretéritas ao lado de crimes, alguns hediondos.
Por
considerares a gravidade do comportamento, percebeste que a recuperação
moral poderia dar-se pela colheita de sofrimentos defluentes dos
gravames cometidos, como normalmente acontece.
Podias,
no entanto, eleger os fenômenos tormentosos das enfermidades
dilaceradoras, dos padecimentos morais que produzem consumpção interna,
dos delicados mecanismos da solidão e das perseguições implacáveis das
tuas vítimas, em rudes obsessões, afastando-te da trilha do equilíbrio e
dos deveres a que te vinculas.
Também
descobriste que o amor anula o ódio, a multidão de pecados, e as
bênçãos da caridade diluem as construções do mal, pelo proporcionar da
paz onde quer que se apresente.
Sob
a inspiração do teu anjo tutelar, elegeste a mediunidade, a fim de
manteres intercâmbio seguro com a Esfera imortal, de modo que não
olvidasses a tua procedência. Concomitantemente, compreendeste que
poderias reparar o mal através do bem, recuperando-te dos graves
deslizes.
Antes
do renascimento, passaste pelas regiões de sombra e de dor, onde foste
resgatado e conduzido para educandários de regeneração, a fim de
treinares bondade e reorganizares as paisagens mentais e morais.
Conquistaste,
desse modo, a misericórdia da faculdade mediúnica, a princípio
atormentada pelos conflitos que te ressumavam, como é natural, de modo a
trabalharem os valores éticos que te facultassem a sintonia com a
Erraticidade superior, de onde procedem as inspiração e a diretriz do
trabalho.
Naturalmente,
como efeito dos danos que a ti próprio causaste, foste programado com
alguns problemas que te demonstrariam a própria fragilidade, a
expressar-se em dores de vário porte.
Mediante
a conjuntura aflitiva, sentiste necessidade de buscar a harmonia, e a
mediunidade distendeu-te os valiosos recursos para a ação do inefável
bem.
No
universo nada permanece fora das leis de equilíbrio, especialmente os
acontecimentos morais que são de primacial importância no
desenvolvimento do ser espiritual.
Esforça-te
por aprimorar a aptidão orgânica ao teu alcance, por intermédio da tua
automoralização, a fim de te equipares com os valiosos recursos do amor,
para a enfermagem da iluminação dos Espíritos infelizes. Não somente
daqueles aos quais prejudicaste, mas também aos outros irmãos
desafortunados, que pululam em volta da Terra.
Cada contribuição iluminativa que lhes ofertes, acenderá uma estrela na noite imemorial do teu processo evolutivo.
Desse modo, serve sem enfado, alegre e jovial, pela honra da autoedificação.
* * *
Os sofrimentos que te excruciam, lapidam as imperfeições espirituais que carregas nos refolhos do ser.
Não reclames. Eles são necessários para a tua quitação de débitos perante as leis cósmicas.
Evita pensar que jamais se acabarão.
Contempla
o algoz deste momento, quando defrontado por ele em atitude que te
dilacera a alma, irradiando a compaixão em seu favor.
Aprende, ante a sua indignação, a paciência e a misericórdia.
Esses
impulsos agressivos são a catarse de dramas íntimos que ele não sabe
identificar e os expele como lava de vulcão que explode para renovar a
paisagem.
Tu sabes que ele é vítima das circunstâncias que o aturdem com os seus conflitos camuflados e de alta gravidade.
Usa, nesses momentos, a mediunidade, olha o agressor e, compadecido, envolve-o em preces.
Não
discutas, porque ele se encontra fora de si, sem raciocínio lúcido nem
discernimento, não raro sob ação de perversos adversários que lhe
conspiram contra a harmonia e a felicidade.
Trata-se de alguém perdido no matagal e que necessita gritar por socorro sem sequer saber como fazê-lo.
A
mediunidade de que é portador diminui a carga dos agressores, porque ao
se utilizarem das tuas energias, diminuem o impacto da alucinação.
Continua na tua condição de ponte de luz.
No
diário, já elegeste recuperar vidas, e esse fenômeno de amor é também
mediúnico, porque as tuas forças são utilizadas pelos benfeitores
espirituais, a fim de auxiliarem essas aves implumes que agasalhas no
ninho do coração.
Todo
fenômeno mediúnico é de natureza específica na área das afinidades.
Portanto, de acordo com a sintonia com Jesus, tornas-te cireneu,
auxiliando os irmãos do Calvário a conduzir a sua cruz libertadora.
Mergulha,
pois, nas Fontes inexauríveis do amor de Deus em teu mundo íntimo,
dulcifica-te, ajuda e frui a felicidade da reabilitação.
Prossegue sem desânimo, nem qualquer tipo de temor.
A
mediunidade é concessão divina destinada a propiciar o crescimento do
Espírito, para que este exerça a beneficência, autoiluminando-se.
Ao conduzi-la com harmonia íntima, estarás sempre médium e não apenas o serás nos momentos especiais dedicados ao seu exercício.
Derruba quaisquer impedimentos ambientais, físicos, emocionais e psíquicos, e prossegue como ponte de luz a serviço do Amor.
* * *
A
sociedade, que tantas glórias alcançou na área da Ciência e da
Tecnologia ao conquistar o amor, prepara-se para ampliar os recursos das
faculdades mediúnicas, a fim de que as cortinas densas, que se
interpõem entre as esferas, física e espiritual, sejam diluídas,
permitindo o trânsito com ampla facilidade para ambas.
Não fujas às lutas redentoras, porque elas sempre estarão à tua frente à espera de atendimento.
Toma
como modelo Jesus, o Médium de Deus, e deixa que transitem pela tua
ponte os filhos da agonia sob a proteção dos excelsos guias da
humanidade.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica
da noite de 18 de março de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 25.5.2015.
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica
da noite de 18 de março de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 25.5.2015.
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