Eternidade

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

GÊMEOS SIAMESES: "punição, redenção ou libertação"


Existem alguns casos levados à medicina tradicional que nos impressionam. Qual o motivo da criação de dois seres num mesmo corpo como os gêmeos siameses? Quais são os conflitos e as expiações que estes Espíritos semearam?

O que leva estes indivíduos ficarem encarcerados em um único corpo e por quê?

Estes conflitos só podem ser compreendidos e analisados por uma doutrina reencarnacionista aliada com a ciência terrena para explicar algumas anomalias e monstruosidades que nos surpreendem no espetáculo da vida, em que os atores principais são os Espíritos imortais com capacidade e vontade de progredir perante as leis divinas, ou desorganizar e desarticular essas mesmas leis, ocasionando dor e sofrimento.

Gêmeos siameses ou xifópagos são indivíduos gêmeos que nascem com os corpos grudados ou, até mesmo, com certos órgãos em comum. Tendo duas cabeças pensantes, é que ali estão dois Espíritos habitando uma mesma estrutura física.

Sendo o xifóide o apêndice terminal do osso esterno, encontrado na frente do tórax, onde se ligam as costelas, muitos dos xifópagos pesquisados eram ligados por esta parte do corpo. As uniões físicas podem se concretizar por diversos órgãos ou segmentos corporais, até mesmo, inviabilizando a gestação ou a sobrevivência de ambos os recém-nascidos.

Aos olhos da medicina terrena, os casos de gêmeos siameses traduzem o espetacular capítulo da embriologia, chamado "teratologia", em que se estudam as deformidades e anomalias anatômicas causadas em um único indivíduo ou em dois, existindo várias classificações e subclassificações. Na classificação principal, os "deformes" de eixos corporais paralelos (teratópagos), os em forma de "Y", "Y" invertido e os parasitários.

Os toracópagos são ligados pelo tórax, os esternópagos são ligados pelo osso esterno, os cefalotoracópagos são ligados pela cabeça e tórax, os metópagos são ligados pela face e os pigópagos, que são ligados pelo dorso.

Naqueles que formam um "Y", há uma bifurcação a partir de um ponto do eixo do corpo, isto é, duas cabeças e dois troncos para um par de pernas. Nos "Y" invertidos, há uma cabeça e tronco e pares de membros duplos.

Na categoria dos parasitas, na visão da Doutrina Espírita, é o grupo que merece mais atenção. Um dos indivíduos é atrofiado e parasita o outro, que, em geral, é bem desenvolvido e proporcionado.

É o caso da menina indiana Lakshmi Tatma, que tem dois anos e, segundo os especialistas que a atendem em um hospital de Bangalore, era ligada pela pelve a uma gêmea siamesa que não se desenvolveu completamente.

Mais de trinta cirurgiões trabalharam em turnos para separar a coluna vertebral e os rins de Lakshmi daqueles de sua irmã. Em seguida, fecharam a cavidade pélvica da menina, reposicionando a bexiga e os órgãos genitais, e colocando enxertos de pele sobre os locais onde ficavam os membros retirados.

Analisando à luz da Doutrina Espírita, são dois Espíritos ligados pelo ódio extremo ou por afinidade, comparsas que comungaram das mesmas idéias, pensamentos e sentimentos, gerando uma simbiose negativa entre os dois. Ambos foram alimentando-se da mesma energia produzida, e às vezes foram séculos vivendo neste circuito repetitivo, a idéia fixa e a transformação dos seus corpos perispirituais numa única massa, perdendo a individualidade dos seus corpos temporariamente.

Foram várias reencarnações compartilhando e atraindo como imã as formas de pensamento, nutrindo-se da mesma sintonia vibratória, o que fundiu seus corpos espirituais como o aço derretido, tornando-se, muitas vezes, algo indefinido e sem forma, e que acabam renascendo nestas condições deploráveis, não pelo próprio livre-arbítrio ou por castigo do Criador, mas por uma espécie de determinismo originado na própria lei de causa e efeito.

Estes Espíritos, agora, unidos por algo em comum e ligados pelo perispírito, projetam no novo corpo físico, muitas vezes pela reencarnação compulsória, através do corpo espiritual, as lesões que danificaram, destruíram e desorganizaram os átomos, as moléculas, as células e até seus órgãos que fazem parte da constituição dos seus perispíritos, moldando o novo corpo físico de acordo com as impressões gravadas em suas consciências, gerando a ligação material pela pele ou por algum órgão vital, denominando-se gêmeos siameses.

Os Espíritos se unem ao corpo espiritual da futura mãe e depois se ligam ao fluido vital do óvulo, ocorrendo a fecundação; o óvulo fecundado (zigoto), sob a influência de duas energias espirituais diferentes, tende a se bipartir. No início da fecundação, quando o zigoto inicia seu desenvolvimento, há pela presença de dois Espíritos a divisão em duas células que desenvolverão dois organismos filhos.

Nos casos normais, quando existem dois Espíritos unidos ao zigoto (óvulo fecundado), o processo da separação determina o surgimento de gêmeos univitelinos (idênticos). Nos gêmeos xifópagos, eles ficam unidos na fase da gestação, formando a união física entre os dois corpos e podendo a ligação ser por órgãos vitais, dificultando a cirurgia médica para separar os corpos.

O Dr. Ricardo Di Bernardi diz que, se a troca de energias desequilibradas for profunda e principalmente na parte intelectual, ocorre um intenso desequilíbrio dos centros de força perispiritual coronário de ambos. Esta fusão energética pode formar como modelador de uma única cabeça para dois troncos (Y invertido). Quando a desarmonização acontece nos sentimentos, haveria o envolvimento dos centros de força cardíaco e gástrico, e formaria gêmeos xifópagos "Y", ligados ao tórax.

Invertendo as posições, através da reencarnação, obsedado e obsessor revezam os papéis, ora um se torna o algoz, ora se torna a vítima. Tanto no plano físico como no plano espiritual, atraídos sempre pelo ódio e o desejo de vingança, como pela afinidade nas mesmas atitudes, sonhos e ideais, acabam encontrando-se em circunstâncias difíceis e dramáticas, obrigando-os a compartilhar do mesmo sangue vital, do mesmo alimento e do ar que respiram. Em muitos casos não existe a possibilidade de reabilitação, a curto ou mesmo em médio prazo, de resolver estas uniões para a recuperação psíquica e emocional dos envolvidos. Quanto mais se prendem nesta obsessão, a energia gerada entre ambos se alastra, chegando a uma situação gravíssima de comprometimento do corpo espiritual (perispírito) das duas criaturas. Somente a reencarnação ajuda anestesiar temporariamente estas consciências transtornadas, o que poderá servir de incentivo regenerador na construção da real trajetória.

Esta expiação, também, serve para os pais que participaram de um modo ou de outro da queda destas almas; os vínculos do passado levam a vivenciar esta difícil experiência, sendo que ninguém é vítima do acaso ou de uma lei injusta e arbitrária.

A formação de uma nova família, atraídos pelas mesmas afinidades e sintonia energética, é o despertar das leis divinas operando em nossas vidas a lei natural de causa e efeito.

Estes Espíritos retornam juntos e unidos pelo mesmo corpo físico. Não conseguem se separar, ligados por laços extrafísicos que se manifestarão pela união biológica.

O sofrimento e as dificuldades por causa das limitações físicas e as dores morais do convívio compulsório, da exposição à curiosidade pública e as energias deletérias encharcadas em seus corpos espirituais serão expurgadas vagarosamente no corpo físico. A trajetória destes dois Espíritos num mesmo corpo criará, ao longo do caminho, laços de amizade e carinho, despertando sentimentos de amor, de compreensão, e será o início da regeneração pelo amor e pelo perdão.

Terão que lapidar suas almas e as tendências inferiores que cada um possui, revivendo em seus íntimos o evangelho simbolizado na prática da caridade, começando entre eles no exercício do amor restaurador. Dependerão somente de seus esforços, sendo orientados pelos bons Espíritos e amparados pela família no carinho e zelo dos pais, formando um novo caráter edificado na transformação de suas personalidades, reeditando as suas memórias perispirituais na projeção de novos corpos sadios e na liberdade construída nas dores e no sofrimento físico.

Eduardo Augusto Lourenço


Luz do Espiritismo


domingo, 15 de junho de 2014

OS GUARDIÕES



Compilado do livro Os Guardiões
Ângelo Inácio (espírito) e Robson Pinheiro

Pretender lidar apenas com espíritos superiores e viver com o pensamento em regiões sublimes pode redundar em enorme decepção para aqueles que vivem de maneira mística. Os espíritos mais elevados deixaram o céu há muito tempo. Em outras palavras, os céus estão vazios, pois aqueles que se colocaram a serviço da política do Reino, da filosofia de vida do divino Cordeiro, desceram para as regiões sombrias, no intuito de trabalhar duramente pela renovação, reurbanização e reacomodação da humanidade desencarnada, visando realizar ampla limpeza energética, fluídica e quase material no ambiente próximo à Crosta.



É hora do trabalho, e trabalho árduo. Trabalho prazeroso, que provoca imensa satisfação naqueles que querem ver o mundo diferente e melhor. Vamos, meu filho, pois teremos de vencer uma tempestade de energias que poderá atrasar nossa excursão, comentou Pai João, a respeito da sua preocupação quanto aos fluidos densos daquela dimensão. Após reunir os líderes dos guardiões e Pai João fazer as devidas recomendações quanto às atitudes de segurança e como se comportar no ambiente aonde iriam, todos saíram pelo pátio principal do colégio.


Uma luminosidade pálida parecia ser a principal fonte de luz naquelas regiões inóspitas, embora, na cidade propriamente dita, os guardiões houvessem criado uma espécie de sol artificial, que produzia luz e calor para toda a comunidade astral. O aparato tecnológico erguia-se acima da cidade dos guardiões, de maneira a chamar a atenção de quem passasse por aquelas paragens.

Suspenso por forças gravitacionais produzidas a partir de alta tecnologia, o equipamento irradiava uma luz muito parecida com a do Sol, embora em intensidade bem menor. Era tal a suavidade da luz e o aconchego por ela proporcionado que era possível ter a impressão de que se estava numa cidade em planos menos densos.

Porém, os guardiões não ignoravam que ali, onde a cidade estava incrustada, a natureza era sobremaneira inquieta, insólita e assustadora. Era uma região muito próxima da dimensão dos homens, por isso mesmo as formas-pensamento aderiam com facilidade às construções astrais, o que obrigava a equipe a ficar de prontidão, revezando-se em turnos, a fim de evitar que a toxicidade das formas mentais produzidas tanto por “encarnados como por desencarnados” viesse a corroer a estrutura delicadíssima da matéria astral na qual eram erguidas as construções da cidade.

Viam-se escadarias montanha acima. Em cima das montanhas, destacamentos de guardiões montavam guarda, vigiando atentamente os arredores, afinal, ali estava longe de ser um céu. Pairava sobre eles a ameaça constante de ataque repentino de forças contrárias e de opositores do Cordeiro. Os guardiões jamais menosprezavam o quesito segurança, pois a própria razão de ser dessa imensa equipe de servidores da luz estava eminentemente associada a esse fator.

Se dormiam, o faziam com um olho só, enquanto o outro permanecia aberto, como brincavam as sentinelas entre si. Os sentidos estavam constantemente em alerta, com a atenção voltada a cada detalhe, a cada sombra e a cada vulto, fossem animais, homens ou formas mentais invasivas. Aliás, esta era das falas preferidas de Watab: estar alerta sempre, estar sempre acordado, jamais descuidar da segurança, em hipótese alguma confiar que tudo está tranquilo. A Terra ainda não era um paraíso e, enquanto isso fosse verdade, estariam de prontidão, cônscios de seu papel como um destacamento dos poderosos guardiões a serviço da suprema lei.

No que concerne ao trabalho dos servidores da luz no plano físico, enquanto encarnados, os guardiões também não dormem jamais. O simples fato de estar imerso na carne oferece grande risco para os agentes da justiça e da misericórdia divina, já que, muitas vezes, acabam por se distrair do foco central de suas vidas e das metas traçadas antes do mergulho no mundo físico.


São humanos e, por isso mesmo, passíveis de muitos erros, próprios da caminhada. Em razão disso, os guardiões ficam atentos para preservar seus aliados de certos tropeços no caminho, tais como ataques energéticos, emocionais ou espirituais que possam causar impacto devastador sobre suas vidas. Entretanto, não podem tudo, não evitam tudo, pois, entre eles, os guardiões, sabe-se que sem a parceria e a participação de seus protegidos não há como preservá-los indefinidamente dos riscos se a eles se expõem repetidas vezes. O Trabalho é de parceria. Sem imposições, mas sem tirar das pessoas que merecem assistência a oportunidade de vivenciar situações que lhes possam trazer algum aprendizado ou conhecimento, mesmo que tais experiências sejam amargas, algumas vezes.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

#002 - Pérolas do Evangelho {Monoteísmo Bíblico}

Razão espiritual das deficiências físicas




Razão espiritual das deficiências físicas


"Os desregramentos de qualquer expressão impõem necessidades reparadoras, que gravam nos recessos do Espírito as matrizes que organizarão as futuras engrenagens de que se utilizará a vida para realizar as suas altas finalidades."

(Joanna de Ângelis / Divaldo Pereira Franco)


Muito mais penosa pode ser a existência para aquele que traz uma deficiência física sem compreender-lhe as verdadeiras razões. Timidez e revolta, sem dúvida, pesam-lhe no coração. E é também para estes que as vozes dos espíritos superiores se dirigem, trazendo o verdadeiro sentido das palavras do Cristo:

"bem-aventurados os que sofrem, porque serão consolados".


Os espíritos superiores trazem no livro "Céu e Inferno", compilado por Allan Kardec, uma revelação esclarecedora sobre a causa de nossos sofrimentos: "O Espírito sofre a pena sobre a causa de nossos sofrimentos: "O Espírito sofre a pena das suas imperfeições, seja no mundo espiritual, seja no mundo corporal. Todas as misérias, todas as vicissitudes que suportamos na vida corporal, são consequências de nossas imperfeições, de expiações de faltas cometidas, seja na existência presente, seja nas precedentes".


Com tais esclarecimentos, começamos a entender que a pessoa nascida com uma deficiência física não é uma vítima da natureza ou do cego acaso. Pelo contrário, está recebendo a bendita oportunidade da misericórdia divina para ressarcir erros cometidos e corrigir deficiências morais arraigadas em sua alma.


Pela natureza dos sofrimentos pode-se deduzir a gravidade das faltas cometidas.


Os espíritos ainda esclarecem: 
"Pela natureza dos sofrimentos e das vicissitudes que se experimentam na vida corporal, pode-se julgar da natureza das faltas cometidas, em uma precedente existência, e das imperfeições que lhe são causa". O que significa dizer que não estamos sofrendo à toa, nem muito menos além do que, pelas irrevogáveis leis de compensação, merecemos.


Arrependimento, expiação e reparação.


Importante conceito sobre os mecanismos das leis divinas é o que os espíritos superiores nos transmitem, referindo-se às consequências de uma grave falta cometida:
 "O arrependimento é o primeiro passo para a melhoria; mas só ele não basta, é preciso, ainda, a expiação, a reparação. Arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas consequências. O arrependimento abranda as dores da expiação, no que traz a esperança e prepara os caminhos da reabilitação. Mas unicamente a reparação pode anular o efeito, em destruindo a causa. O perdão seria uma graça e não uma anulação. O arrependimento pode ocorrer em qualquer parte e em qualquer tempo. Se é tardio, o culpado sofre por mais tempo. A expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais, que são a consequência da falta cometida, seja desde a vida presente, seja, depois da morte, na vida espiritual, seja em nova existência corporal, até que os traços da falta tenham se apagado".


A necessidade de reparação do erro cometido.


Sobre essa questão de necessidade de reparação do erro cometido, por parte do espírito culpado, explica-nos Allan Kardec:

"A necessidade de reparação é um princípio de rigorosa justiça, que se pode considerar como sendo a verdadeira lei de reabilitação moral dos espíritos. É uma doutrina que nenhuma religião ainda proclamou. Entretanto, algumas pessoas a repelem, porque achariam mais cômodo poder apagar as suas faltas pelo simples arrependimento, que não custa senão palavras, e com a ajuda de algumas fórmulas. Permita-lhes se crerem quites: verão mais tarde, se isso lhes basta. Poder-se-ia perguntar se esse princípio não é consagrado pela lei humana, e se a justiça de Deus pode ser inferior à dos homens".

Quanto a este conceito de reparação das faltas, conclui o codificador:
"Quando essa perspectiva da reparação estiver inculcada na crença das massas, será um freio bem mais poderoso do que o do inferno e das penas eternas, porque diz respeito à atualidade da vida, e o homem compreenderá a razão de ser das circunstâncias penosas em que está colocado.


Por que algumas pessoas já nascem com deficiências físicas?


Frequentemente há quem pergunte:
Por que vemos tantas pessoas nascerem cegas, surdas, mudas ou afetadas de moléstias incuráveis, enquanto outras possuem todas as vantagens físicas? Será um efeito do acaso, ou um ato da Providência?

E o codificador do Espiritismo responde, embasado nas respostas dadas pelos espíritos superiores:
"Se fosse do acaso, a Providência não existiria. Admitida, porém, a Providência, perguntamos como se conciliam esses fatos com a sua bondade e justiça? É por falta de compreensão da causa de tais males que muitos se arrojam a acusar Deus. Compreende-se que quem se torna miserável ou enfermo, por suas imprudências ou por excessos, seja punido por onde pecou: porém, se a alma é criada ao mesmo tempo do corpo, que fez ela para merecer tais aflições, desde o seu nascimento, ou para ficar isenta delas? Se admitimos a justiça de Deus, não podemos deixar de admitir que esse efeito tem uma causa; e se esta causa não se encontra na vida presente, deve achar-se antes desta, porque em todas as coisas a causa deve preceder ao efeito. Há, pois, necessidade de a alma já ter vivido, para que possa merecer uma expiação".


O Espiritismo nos dá força para suportarmos nossas vicissitudes e expiações.


Explica-nos ainda o codificador que "nem sempre uma vida penosa é expiação. Muitas vezes é prova escolhida pelo Espírito, que vê um meio de avançar mais rapidamente, conforme a coragem com que saiba suportá-la".

Os estudos espíritas nos mostram, portanto, que ao adquirirmos a convicção dessas verdades, teremos força para suportarmos as vicissitudes da vida e aceitaremos a nossa sorte, sem invejar a dos outros.


"Os contornos anatômicos da forma física, disformes ou perfeitos, longilíneos ou brevilíneos, belos ou feios, fazem parte dos estatutos educativos. Em geral, a reencarnação sistemática é sempre um curso laborioso de trabalho contra os defeitos morais preexistentes nas lições e conflitos presentes. Pormenores anatômicos imperfeitos, circunstâncias adversas, ambientes hostis, constituem, na maioria das vezes, os melhores lugares de aprendizado e redenção para aqueles que renascem."

(André Luiz / Francisco Cândido Xavier)


O raiar da compaixão
Embora ainda haja muita incompreensão e dores, afirma Liszt, estarmos próximos do que ele chama o "raiar da compaixão", em que aqueles que não se preocupam com os outros perceberão que é apenas mais prático cuidar dos menos afortunados. Qualquer parte de uma comunidade que sofre, ocasiona uma série de reações sobre a restante.

(Franz Liszt / Rosemary Brown)
Consciência Espírita


Fonte: Universo Espírita

domingo, 8 de junho de 2014

A ALMA...



A alma, dissemos, vem de Deus; 
é, em nós, o princípio da inteligência e da vida. 

Essência misteriosa, escapa à análise, como tudo 
quanto dimana do Absoluto. 

Criada por amor, criada para amar, 
tão mesquinha que pode ser encerrada numa forma 
acanhada e frágil, tão grande que, 
com um impulso do seu pensamento, abrange o infinito, 
a alma é uma partícula da essência divina 
projetada no mundo material.



Léon Denis

Wagner Gomes da Paixão - "O NASCIMENTO DE JESUS"

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Ação das Trevas nos Grupos Espíritas



Ação das Trevas nos Grupos Espíritas...

Antes de tudo precisamos saber de quais Espíritos estamos falando, porque a grande maioria de Espíritos obsessores que vêm às Casas Espíritas são mais ignorantes do que propriamente maldosos.

No livro “Não há mais tempo”, organizado pelo Espírito Klaus, foi publicado uma comunicação de um verdadeiro representante das organizações do mal e percebemos que há uma grande diferença entre o que nós classificamos como Espíritos obsessores e os verdadeiros representantes das trevas.


Quando o Espírito incorporou a doutrinadora disse:

“Seja bem vindo meu irmão!”.

Ele respondeu: “em primeiro lugar não sou seu irmão, em segundo lugar eu conheço o seu sentimento. Sei que você não gosta nem das pessoas que trabalham com você na casa, que dirá de mim que você não conhece. Por isso duvido que eu seja bem vindo aqui”.

Ela ficou um tanto desconsertada, porém, disse: “mas meu irmão, veja bem, isto aqui é um hospital”.


Ele respondeu: “muito bem, agora você vai dizer que eu sou o doente e que você vai cuidar de mim, não é isto?”.

Ela disse: “Sim”.

“Pois bem, e quem garante para você que eu sou um doente? Só porque eu penso diferente de você. Aliás, o que a faz acreditar que possa cuidar de mim?

Quem é que cuida de você? Porque suponho que quando alguém vai cuidar do outro, este alguém esteja melhor que o outro e, francamente, eu não vejo que você esteja melhor que eu. Porque eu faço o mal? Porque sou combatente das idéias de Jesus? Sim, é verdade, mas admito isto, enquanto que você faz o
mal tanto quanto eu e se disfarça de espírita boazinha”.


Outro doutrinador disse: “meu irmão, é preciso amar”.

O Espírito respondeu: “acabou o argumento. Quando vocês vêm com esta ladainha que é preciso amar é que vocês não têm mais argumentos”.

“Mas o amor não é ladainha meu irmão”.


“Se o amor não é ladainha por que o senhor não vai amar o seu filho na sua casa? Aliás, um filho que o senhor não tem relacionamento há mais de 10 anos. Se o senhor não consegue perdoar o seu filho que é sangue do seu sangue, como é que o senhor quer falar de amor comigo? O senhor nem me conhece".

Vieram outros doutrinadores e a história se repetiu até que, por último, veio o dirigente da casa e com muita calma disse:
“Não é necessário que o senhor fique atirando estas verdades em nossas faces. Nós temos plena consciência daquilo que somos. Sabemos que ainda somos crianças espirituais e que precisamos aprender muito”.


O Espírito respondeu: “até que enfim alguém com coerência neste grupo, até que enfim alguém disse uma verdade.
Concordo com você, realmente vocês são crianças espirituais e como crianças não deveriam se meter a fazer trabalho de gente grande porque vocês não dão conta”.


COMO AGEM OS ESPÍRITOS REPRESENTANTES DAS TREVAS EM NOSSOS NÚCLEOS ESPÍRITAS?

Esses Espíritos estarão sim atacando núcleos espíritas desde que o núcleo realmente represente algum perigo para as intenções das trevas.

Portanto, quando nós falamos das inteligências do mal, estamos falando de Espíritos que têm uma capacidade mental e intelectual muito acima da média em geral. Normalmente não são esses Espíritos que se comunicam nas nossas sessões mediúnicas.


Normalmente eles não estão preocupados com os nossos trabalhos, anão ser que esses trabalhos estejam bem direcionados, o que é muito difícil, e represente algum perigo para eles. Nós que vivemos e trabalhamos numa Casa Espírita sabemos bem dos problemas encontrados nas atividades desses grupos.

Para ilustrar vamos a um fato verídico ocorrido numa Casa Espírita.

Um Espírito obsessor incorporou na sessão mediúnica e disse para o grupo:

“Nós viemos informar que não vamos mais obsediar vocês. Vamos para o outro grupo”.

Houve silêncio até que alguém perguntou:
“Vocês não vão mais nos obsediar, por quê?”.

O Espírito respondeu: “existe nesta casa, tanta maledicência,tanta preguiça tanto atrito, tantas brigas pelo poder, tantas pessoas pregando aquilo que não praticam, que não precisamos nos preocupar com vocês, vocês mesmos são obsessores uns dos outros”.

POR QUE REALIZAR UM SEMINÁRIO RESSALTANDO A AÇÃO DAS TREVAS? FALAR DO MAL NÃO É AJUDAR O MAL A CRESCER?

No livro a “Arte da Guerra” está escrito: “se você vai para uma guerra e conhece mais o seu inimigo que a você mesmo, não se preocupe, você vai vencer todas as batalhas.


Se você conhece a si mesmo, mas não conhece o inimigo, para cada vitória você terá uma derrota.

Porém, se você não conhece nem a si mesmo e nem ao inimigo, você vai perder todas as batalhas”.

Infelizmente, a grande maioria das pessoas não conhece a si mesma. Têm medo da reforma intima, têm medo do que vão encontrar dentro de si.Negam a transformação interior.

Precisamos falar das trevas para conhecermos as trevas. Se não conhecermos como eles manipulam os tarefeiros espíritas como é que vamos saber nos defender deles.

Para isso é preciso refletirmos nesta condição de nos conhecermos, até porque toda ação das trevas exteriores é um reflexo das trevas que nós carregamos dentro de nós.

É preciso realmente realizarmos a nossa reforma interior para sairmos da sintonia dessas entidades.

E OS GUARDIÕES QUE CUIDAM DO CENTRO, COMO É QUE FICA?

Não podemos esquecer que os benfeitores espirituais trabalham respeitando o nosso livre arbítrio.


Uma Casa Espírita possui o seu campo de proteção, uma cerca elétrica construída pelos benfeitores, porém, quem a mantém ligada são os trabalhadores encarnados.

Toda vez que há brigas dentro do centro, toda vez que há grupos inimigos conflitando-se, toda vez que há maledicências, é como se houvesse um curto circuito nesta rede, é como se houvesse uma queda de energia, e as entidades do mal entram.

Os benfeitores espirituais estão presentes, a rede é religada,mas, as entidades dos mal já entraram. O grande problema é que quase sempre nósnão estamos sintonizados com o bem. A ação do bem em nossa vida é fundamental.

Por exemplo: o Umbral não é causa, o Umbral é efeito.
Só existe o Umbral, a zona espiritual inferior que cerca o planeta, porque os homens têm sentimentos medíocres e inferiores.

No dia que a humanidade evoluir o Umbral desaparece, porque ele é conseqüência.

Por isso que não podemos nos esquecer que as trevas exteriores são apenas uma extensão das nossas trevas interiores.
Existe, sim, a proteção espiritual nas Casas Espíritas, porém, os Espíritos amigos respeitam o nosso livre arbítrio.


COMO OS GRUPOS ESPÍRITAS PODEM SE DEFENDER DAS TREVAS?

• Havendo muita sinceridade, amizade verdadeira e, principalmente, muito amor entre todos os colaboradores do grupo.

• Existindo a prática da solidariedade, carinho e respeito para com todas as pessoas que buscam o grupo ou para estudar ou para serem orientadas ou para receberem assistência espiritual..
• Havendo muito comprometimento com a causa espírita.
• Realizando, periodicamente, uma avaliação dos resultados obtidos.

•  Estudando!!!

Que Jesus nos abençoe e nos fortaleça no seu amor!


Fonte: Harmonia Espiritual