Eternidade
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
MEDIUNIDADE - Diretrizes de Segurança
05. De que dispõe o médium psicofônico consciente para distinguir seu pensamento do pensamento da entidade comunicante?
Divaldo - O médium consciente dispõe do bom senso. Eis porque, antes de exercitar a mediunidade deve estudá-la; antes de entregar-se ao ministério da vivência mediúnica é-lhe lícito entender o próprio mecanismo do fenômeno mediúnico. Allan Kardec, aliás, sábio por excelência, teve a inspiração ditosa de primeiro oferecer à Humanidade O Livro dos Espíritos, que é um tratado de filosofia moral. Logo depois, O Livro dos Médiuns, que é um compêndio de metodologia do exercício da faculdade mediúnica. Há de ver-se, no capítulo III, que é dedicado ao método, sobre a necessidade de o indivíduo conhecer a função que vai disciplinar. Então o médium tem conhecimento de suas próprias aptidões e de sua capacidade de exercitá-las.
Na mediunidade consciente ou lúcida o fenômeno é, a princípio, "inspirativo".
Naturalmente os espíritos se utilizam do nível cultural do médium, o mesmo ocorrendo nas demais expressões mediúnicas: na semiconsciente e na inconsciente ou sonambúlica. O médium, no começo, terá que vencer o constrangimento da dúvida, em cujo período ele não tem maior certeza se a ocorrência parte do seu inconsciente, dos arquivos da memória anterior, ou se provém da indução de natureza extrínseca. Através do exercício, ele adquirirá um conhecimento de tal maneira equilibrada que poderá identificar quando se trata de si próprio - animismo - ou de interferência espiritual - mediunismo. Através da lei dos fluidos, pelas sensações que o médium registra, durante a influência que o envolve, passa a identificar qual a entidade que dele se acerca. A partir daí, se oferece numa entrega tranquila, e o espírito que o conduz inspira-o além da sua própria capacidade, dando leveza às suas ideias às quais não está acostumado e que ocorrem somente naquele instante da concentração mediúnica. Só o tempo, porém, pelo exercício continuado, oferecerá a lucidez, a segurança para discernir quando se trata de informação dos seus próprios arquivos ou da interferência dos Bons Espíritos.
06. Pode o médium, em algumas comunicações, não conseguir evitar, totalmente as atitudes desequilibradas dos espíritos comunicantes?
Divaldo - À medida que o médium educa a força nervosa, logra o impacto do desequilíbrio do comunicante. É compreensível que, em se comunicando um suicida, não venhamos a esperar harmonia por parte da entidade em sofrimento; alguém que foi vítima de uma tragédia sendo arrebatado do corpo sem o preparo para a vida espiritual apresentará no médium o estertor do momento final, na própria comunicação, algumas convulsões em virtude do quadro emocional em que o espírito se encontra.
Há, porém, certos cacoetes e viciações que nos cumpre disciplinar. Há médiuns que só incorporam (termo incorreto), isto é, somente dão comunicação psicofônica, se bocejarem bastante. Para dar um toque de humor, quando eu comecei a frequentar a Casa Espírita, na minha terra natal, a primeira parte era um Deus-nos-acuda! Porque as pessoas bocejavam e choravam, demasiadamente. Eu, como era médium, principiante, cria que também deveria bocejar de quebrar o queixo. A "médium principal", que era uma senhora muito católica, iniciava as comunicações sempre depois de intermináveis bocejos e tosses que levavam às lágrimas. Hoje não bocejo, nem no meu estado normal. Quando eles vêm eu cerro os dentes e os evito.
É lógico que uma entidade sofredora nos impregna de energia perniciosa, advindo o desejo de exteriorizar pelo bocejo. É uma forma de eliminar toxinas. Mas nós podemos eliminá-las pela sudorese, por outros processos orgânicos, não necessariamente o bocejo. Há outros médiuns que têm a dependência de todas as vezes em que vão comunicar-se os espíritos, bater na mesa, ou bater os pés, porque se não baterem não se comunicam. Lembro de uma vez em que tivemos uma mesa redonda. O presidente da mesa era um homem muito bom, muito evangelizado, mas não havia entendido bem a Doutrina, tendo ideias doutrinárias muito pessoais. Ele me perguntou quando é que o espírito incorpora no médium. Mas logo respondeu: "A gente chupa... chupa... até engolir! Não é verdade?" São cacoetes, destituídos de sentido e lógica.
Os médiuns têm o dever de coibir o excesso de distúrbios da entidade comunicante.
Na minha terra, vi senhoras que se jogavam no chão, e vinham os cavalheiros prestimosos ajudá-las... Graças a Deus eram todas magrinhas...
O médium deve controlar o espírito que se comunica, para que este lhe respeite a instrumentalidade, mesmo porque o espírito não entra no médium.
A comunicação é sempre através do perispírito, que vai oferecer campo ao desencarnado. Todavia, a diretriz é do encarnado.
Fonte: Divaldo P. Franco / Raul Teixeira, Diretrizes de Segurança
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Qual a percepção dos fluidos para os Espíritos?
[...] “esses fluidos têm para os Espíritos, que também são fluídicos, uma aparência tão material, quanto a dos objetos tangíveis para os encarnados e são, para eles, o que são para nós as substâncias do mundo terrestre. Eles os elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos, como fazem os homens com os seus materiais, ainda que por processos diferentes.”
.........................................................................................................
Os Espíritos atuam sobre os fluidos espirituais, não manipulando-os como os homens manipulam os gases, mas empregando o pensamento e a vontade. Para os Espíritos, o pensamento e a vontade são o que é a mão para o homem.
- Pelo pensamento, eles imprimem àqueles fluidos tal ou qual direção, os aglomeram, combinam ou dispersam, organizam com eles conjuntos que apresentam uma aparência, uma forma, uma coloração determinadas;
- mudam-lhes as propriedades, como um químico muda a dos gases ou de outros corpos, combinando-os segundo certas leis. É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
- Algumas vezes, essas transformações resultam de uma intenção;
- outras vezes, são produto de um pensamento inconsciente.
- Basta que o Espírito pense uma coisa, para que esta se produza, como basta que modele uma ária, para que esta repercuta na atmosfera.
É assim, por exemplo, que um Espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista_psíquica,
sob as aparências que tinha quando vivo na época em que o segundo o
conheceu, embora haja ele tido, depois dessa época, muitas encarnações.
Apresenta-se com o vestuário, os sinais exteriores - enfermidades,
cicatrizes, membros amputados, etc. - que tinha então. Um decapitado se
apresentará sem a cabeça. Não quer isso dizer que haja conservado
essas aparências, certo que não, porquanto, como Espírito, ele não é
coxo, nem maneta, nem zarolho, nem decapitado; o que se dá é que,
retrocedendo o seu pensamento à época em que tinha tais defeitos, seu perispírito
lhes toma instantaneamente as aparências, que deixam de existir logo
que o mesmo pensamento cessa de agir naquele sentido. Se, pois, de uma
vez ele foi negro e branco de outra, apresentar-se-á como branco ou
negro, conforme a encarnação a que se refira a sua evocação e à que se transporte o seu pensamento.
Por análogo efeito, o pensamento do Espírito cria fluidicamente os objetos que ele esteja habituado a usar.
- Um avarento manuseará ouro,
- um militar trará suas armas e seu uniforme,
- um fumante o seu cachimbo,
- um lavrador a sua charrua e seus bois,
- uma mulher velha a sua roca.
Para o Espírito, que é, também ele, fluídico,
esses objetos fluídicos são tão reais, como o eram, no estado material,
para o homem vivo; mas, pela razão de serem criações do pensamento, a
existência deles é tão fugitiva quanto a deste.
Fonte: Allan Kardec. A Gênese, cap. XIV, itens 3 e 14.
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
MAGOS NEGROS
Os magos negros, são espíritos especializados em manipulação de fluidos
da natureza e exímios conhecedores das leis que os regulam. Receberam iniciação
espiritual nos diversos templos da Antiguidade e de civilizações ainda mais
remota e, como iniciados, forjaram seu conhecimento e sua disciplina mental em
anos e anos de adestramento das faculdades da alma, sob tutela de seus
superiores hierárquicos.
Toda iniciação foi realizada para o bem, para o uso dos elementos da
vida oculta com intuito de auxiliar a humanidade. A escola de Iniciação era apenas
direcionada às leis benéficas e positivas do Universo, nada voltado para o lado
negativo. Em geral, a pessoa era admitida nos colégios iniciáticos muito jovens,
quando crianças. Num processo lento e gradual, à medida que oferecia condições e a
maturidade despertava, o aprendiz recebia ensinamentos compatíveis com seu
momento evolutivo e sua capacidade.
Até que, ao completar mais ou menos 42 ou 49 anos, faixa etária
observada na maioria das ordens iniciáticos, era recebido como mago maior ou
alçado à categoria de grão-mestre daquele templo de sábios. A partir de então, o
mago branco estava apto a conduzir outros aprendizes, formando novos colégios
iniciáticos. O período longo de aprendizado era favorável ao desenvolvimento da
disciplina mental e do poder de manipular certos fluidos segundo as leis do
mundo oculto. Mas nem todos se sujeitavam ao processo sem interesses
particulares e, por vezes, escusos.
Algumas pessoas, desenvolvendo a sede pelo poder e domínio mental sobre os demais membros de suas ordens, acabaram desvirtuando-se e desviando-se dos sagrados objetivos para os quais lhes foram concedidos os poderes iniciáticos conforme se dizia na época. Num determinado momento, esses seres que se formaram que não tinham afinidade e prazer nenhum em se relacionar com o lado positivo do Universo, saíram dessa ordem iniciativa, formando um grupo de magos, os Magos Negros ou Magos das Trevas.
Esses espíritos vivem até hoje no plano espiritual muito denso e planejam planos terríveis contra a humanidade, tendo como objetivo impedir a evolução da humanidade. Possuem diversas bases no plano espiritual onde possuem cientistas, sentinelas, espíritos escravos e cobaias. Nessas bases eles fazem experimentos e experiências com pessoas, sendo que muitas delas são encarnados que, quando vão dormir são levadas em espírito para essas bases. Lá eles fazem experiências com elas, com modificações energéticas, com o ectoplasma delas, chakras entre outros, implantam chips para modificar energeticamente, desequilibrando-a. Os Magos são espíritos muito inteligentes, com forte poder mental, possuem um grupo chamado Legião dos Dragões.
Muitos dos políticos... Quero dizer aqui que não são todos, mas especialmente os
de importância mundial, que são influentes mundialmente; quando dormem são
levados para reuniões junto desses magos, manipulando suas mentes, por implantes, etc.,
conseguindo com isso guerras, doenças, pandemias entre outras séries de fatores
sombrios pelo mundo.
Muitos afirmam que esses espíritos são provenientes do Sistema Capela, que atravessava uma fase de mudanças profundas, de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração, e esses espíritos sempre dificultando o progresso do Planeta e retardando seu próprio progresso.
Isto foi há centenas de milhares de anos. Nosso planeta está
chegando num momento assim atualmente. Os espíritos que eram recalcitrantes e não aceitaram a
evolução, foram impedidos de reencarnar ali, sendo projetados para planetas menos
evoluídos,
alguns vieram parar no nosso planeta, que na época era um mundo primitivo. Dotados
de grande poder intelectual e mental, recusaram-se a tomar o corpo físico
rudimentar dos habitantes da Terra daquelas longínquas eras, e se mantiveram na
espiritualidade.
Fonte: Harmonia Espiritual - http://www.harmoniaespiritual.com.br/2014/02/magos-negros.html#more
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
As Almas Enfraquecidas
Minhas palavras de hoje são dirigidas aos que ingressam nos estudos espiritistas, tangidos pelos azorragues impiedosos do sofrimento; no auge das suas dores, recorreram ao amparo moral que lhes oferecia a doutrina e sentiram que as tempestades amainavam... Seus corações reconhecidos voltaram-se então para as coisas espirituais; todavia, os tormentos não desapareceram. Passada uma trégua ligeira, houve recrudescência de prantos amargos.
Experimentando as mesmas torturas, sentem-se vacilantes na fé e baldos do entusiasmo das primeiras horas e é comum ouvirem-se as suas exclamações: "Já não tenho mais fé, já não tenho mais esperanças..."
Invencível abatimento invade-lhes os corações tíbios e enfraquecidos na luta, desamparados na sua vontade titubeante e na sua inércia espiritual.
Essas almas não puderam penetrar o espírito da doutrina, vagando apenas entre as águas das superficialidades.
pelo Espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco C. Xavier
livro: Palavras de Emmanuel
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
NA JORNADA EVOLUTIVA
Na Jornada Evolutiva
Prefácio de Emmanuel no livro
"Mundo Maior",
de André Luiz e explicação de Haroldo Dutra Dias
em vídeo
Pedro Leopoldo, 25 de março de 1947.
Dos
quatro cantos da Terra diariamente partem viajores humanos, aos
milhares, demandando o país da Morte. Vão-se de ilustres centros da
cultura européia, de tumultuárias cidades americanas, de velhos
círculos asiáticos, de ásperos climas africanos. Procedem das
metrópoles, das vilas, dos campos...
Raros
viveram nos montes da sublimação, vinculados aos deveres nobilitantes.
A maioria constitui-se de menores de espírito, em luta pela outorga de
títulos que lhes exaltem a personalidade.
Não chegaram a ser homens completos. Atravessaram o “mare magnum”
da humanidade em contínua experimentação. Muita vez, acomodaram-se com
os vícios de toda a sorte, demorando voluntariamente nos trilhos da insensatez.
Apesar disso, porém, quase sempre se atribuíam a indébita condição de "eleitos da Providência"; e, cristalizados em tal suposição, aplicavam a justiça ao próximo, sem se compenetrarem das próprias faltas, esperando um paraíso de graças para si e um inferno de intérmino tormento para os outros.
Quando perdidos nos intrincados meandros do materialismo cego, fiavam, sem justificativa, que no túmulo se lhes encerraria a memória; e, se filiados a escolas religiosas, raros excetuados, contavam, levianos e inconsequentes, com privilégios que jamais nada fizeram por merecer.
Onde albergar a estranha e infinita caravana? Como designar a mesma estação de destino a viajantes de cultura, posição e bagagem tão diversas?
Perante a Suprema Justiça, o malgache e o inglês fruem dos mesmos direitos. Provavelmente, porém, estarão distanciados entre si, pela conduta individual, diante da Lei Divina, que distingue, invariavelmente, a virtude e o crime, o trabalho e a ociosidade, a verdade e a simulação, a boa vontade e a indiferença. Da contínua peregrinação do sepulcro, participam, todavia, santos e malfeitores, homens diligentes e homens preguiçosos.
Como avaliar por bitola única recipientes heterogêneos? Considerando, porém, nossa origem comum, não somos todos filhos do mesmo Pai? E por que motivo fulminar com inapelável condenação os delinquentes, se o dicionário divino inscreve a letras de logo as palavras "regeneração", "amor" e "misericórdia"? Determinaria o Senhor o cultivo compulsório da esperança entre as criaturas, ao passo que Ele mesmo, de Sua parte, desesperaria? Glorificaria a boa vontade, entre os homens, e conservar-se-ia no cárcere escuro da negação? O selvagem que haja eliminado os semelhantes, a flechadas, teria recebido no mundo as mesmas oportunidades de aprender que felicitam o europeu supercivilizado, que extermina o próximo à metralhadora? Estariam ambos preparados ao ingresso definitivo no paraíso de bem-aventurança infindável tão somente pelo batismo simbólico ou graças a tardio arrependimento no leito de morte?
A lógica e o bom-senso nem sempre se compadecem com argumentos teológicos imutáveis. A vida nunca interrompe atividades naturais, por imposição de dogmas estatuídos de artifício. E, se mera obra de arte humana, cujo termo é a bolorenta placidez dos museus, exige a paciência de anos para ser empreendida e realizada, que dizer da obra sublime do aperfeiçoamento da alma, destinada a glórias imarcescíveis?
Vários companheiros de ideal estranham a cooperação de André Luiz, que nos tece informações sobre alguns setores das esferas mais próximas ao comum dos mortais.
Iludidos na teoria do menor esforço, inexistente nos círculos elevados, contavam com preeminência pessoal, sem nenhum testemunho de serviço e distantes do trabalho digno, em um céu de gozos contemplativos, exuberante de conforto melífico. Prefeririam a despreocupação das galerias, em beatitude permanente, onde a grandeza divina se limitaria a prodigiosos espetáculos, cujos números mais surpreendentes estariam a cargo dos Espíritos Superiores, convertidos em jograis de vestidura brilhante.
A missão de André Luiz é, porém, a de revelar os tesouros de que somos herdeiros felizes na Eternidade, riquezas imperecíveis; em cuja posse jamais entraremos sem a indispensável aquisição de Sabedoria e de Amor.
Para isto, não lidamos em milagrosos laboratórios de felicidade improvisada, onde se adquiram dotes de vil preço e ordinárias asas de cera. Somos filhos de Deus, em crescimento. Seja nos campos de forças condensadas, quais os da luta física, seja nas esferas de energias sutis, quais as do plano superior, os ascendentes que nos presidem os destinos são de ordem evolutiva, pura e simples, com indefectível justiça a seguirmos de perto, à claridade gloriosa e compassiva do Divino Amor.
A morte a ninguém propiciará passaporte gratuito para a ventura celeste. Nunca promoverá compulsoriamente homens a anjos. Cada criatura transporá essa aduana da eternidade com a exclusiva bagagem do que houver semeado e aprenderá que a ordem e a hierarquia, a paz do trabalho edificante, são característicos imutáveis da Lei, em toda parte.
Ninguém, depois do sepulcro, gozará de um descanso a que não tenha feito jus, porque "o Reino do Senhor não vem com aparências externas".
Os companheiros que compreendem, na experiência humana, a escada sublime, cujos degraus há que vencer a preço de suor, com o proveito das bênçãos celestiais, dentro da prática incessante do bem, não se surpreenderão com as narrativas do mensageiro interessado no servir por amor. Sabem eles que não teriam recebido o dom da vida para matar o tempo, nem a dádiva da fé para confundir os semelhantes, absorvidos, que se acham, na execução dos Divinos Desígnios. Todavia, aos crentes do favoritismo, presos à teia de velhas ilusões, ainda quando se apresentem com os mais respeitáveis títulos, as afirmativas do emissário fraternal provocarão descontentamento e perplexidade.
É natural; porém, cada lavrador respira o ar do campo que escolheu.
Para todos, contudo, exoramos a bênção do Eterno: tanto para eles, quanto para nós.
pelo Espírito André Luiz,
psicografia Francisco C. Xavier
obra: No Mundo Maior
domingo, 16 de fevereiro de 2014
O Perispírito ou Corpo Espiritual
Os materialistas, em sua negação da existência da alma, muitas vezes têm apelado para a dificuldade de conceberem um ser privado de forma. Os próprios espiritualistas não sabem explicar como a alma imaterial, imponderável, poderia presidir e unir-se estreitamente ao corpo material, de natureza essencialmente diferente.
Essas dificuldades encontram solução nas experiências do Espiritismo. Como precedentemente já o dissemos, a alma está, durante a vidamaterial, assim como depois da morte, revestida constantemente de um envoltório fluídico, mais ou menos sutil e etéreo, que Allan Kardec denominou perispírito ou corpo espiritual.
Como participa simultaneamente da alma e do corpo material, o perispírito serve de intermediário a ambos: transmite à alma as impressões dos sentidos e comunica ao corpo as vontades do Espírito. No momento da morte, destaca-se da matéria tangivel, abandona o corpo às decomposições do túmulo; porém, inseparável da alma, conserva a forma exterior da personalidade desta.
O perispírito é, pois, um organismo fluídico; é a forma preexistente e sobrevivente do ser humano, sobre a qual se modela o envoltório carnal, como uma veste dupla e invisível, constituída de matéria quintessenciada, que atravessa todos os corpos por mais impenetráveis que estes nos pareçam. A matéria grosseira, incessantemente renovada pela circulação vital, não é a parte estável e permanente do homem. É o perispírito que garante a manutenção da estrutura humana e dos traços fisionômicos, e isto em todas as épocas da vida, desde o nascimento até à morte.
Exerce, assim, a ação de uma forma, de um molde contrátil e expansível sobre o qual as moléculas vão incorporar-se. Esse corpo fluídico não é, entretanto, imutável; depura-se e enobrece-se com a alma; segue-a através das suas inumeráveis encarnações; com ela sobe os degraus da escada hierárquica, torna-se cada vez mais diáfano e brilhante para, em algum dia, resplandecer com essa luz radiante de que falam as Bíblias (antigas) e os testemunhos da História a respeito de certas aparições.
É no cérebro desse corpo espiritual que os conhecimentos se armazenam e se imprimem em linhas fosforescentes, e é sobre essas linhas que, na reencarnação, se modela e forma o cérebro da criança. Assim, o intelecto e o moral do Espírito, longe de se perderem, capitalizam-se e se acrescem com as existências deste. Daí as aptidões extraordinárias que trazem, ao nascer, certos seres precoces, particularmente favorecidos.
A elevação dos sentimentos, a pureza da vida, os nobres impulsos para o bem e para o ideal, as provações e os sofrimentos pacientemente suportados, depuram pouco a pouco as moléculas perispiríticas, desenvolvem e multiplicam as suas vibrações. Como uma ação química, eles consomem as partículas grosseiras e só deixam subsistir as mais sutis, as mais delicadas.
Por efeito inverso, os apetites materiais, as paixões baixas e vulgares reagem sobre o perispírito e o tornam mais pesado, denso e escuro. A atração dos globos Inferiores, como a Terra, exerce-se de modo irresistível sobre esses organismos espirituais, que, em parte, conservam as necessidades do corpo e não podem satisfazê-las. As encarnações dos Espíritos que sentem tais necessidades sucedem-se rapidamente, até que o progresso pelo sofrimento venha atenuar suas paixões, subtrai-los às influências terrestres e abrir-lhes o acesso de mundos melhores.
Estreita correlação liga os três elementos constitutivos do ser. Quanto mais elevado é o Espírito, tanto mais sutil, leve e brilhante é o perispírito, tanto mais isento de paixões e moderado em seus apetites ou desejos é o corpo. A nobreza e a dignidade da alma refletem-se sobre o perispírito, tornando-o mais harmonioso nas formas e mais etéreo; revelam-se até sobre o próprio corpo: a face então se ilumina com o reflexo de uma chama interior.
É pelas correntes magnéticas que o perispírito se comunica com a alma. É pelos fluídos nervosos que ele está ligado ao corpo. Esses fluídos, posto que invisíveis, são vínculos poderosos que o prendem à matéria, do nascimento à morte, e mesmo, nos sensuais, assim o conservam, até à dissolução do organismo. A agonia representa a soma de esforços realizados pelo perispírito a fim de se desprender dos laços carnais.
O fluído nervoso ou vital, de que o perispírito é a origem, exerce um papel considerável na economia orgânica. Sua existência e seu modo de ação podem explicar bastantes problemas patológicos. Ao mesmo tempo agente de transmissão das sensações externas e das impressões íntimas, ele é comparável ao fio telegráfico, transmissor do pensamento, e que é percorrido por uma dupla corrente.
A existência do perispírito era conhecida dos antigos. Pelas palavras — Och.ema e Férouer, os filósofos gregos e orientais designavam o invólucro da alma “lúcido, etéreo, aromático”. Segundo os persas, assim que chega a hora da reencarnação, o Férouer atrai e condensa em torno de si as moléculas materiais que são necessárias à constituição do corpo, e, pela morte deste, as restitui aos elementos que, em outros meios, devem formar novos invólucros carnais. O Cristianismo também conserva vestígios dessa crença. S. Paulo, em sua primeira Epístola aos Coríntios, exprime-se nos seguintes termos:
“O homem está na Terra com um corpo animal e ressuscitará com um corpo espiritual. Assim como tem um corpo animal, também possui um corpo espiritual.”
Embora em diversas épocas tenha sido afirmada a existência do perispírito, foi ao Espiritismo que coube determinar o seu papel exato e a sua natureza. Graças às experiências de Crookes e de outros sábios ingleses, sabemos que o perispírito é o instrumento com cujo auxílio se executam todos os fenômenos do Magnetismo e do Espiritismo. Esse organismo espiritual, semelhante ao corpo material, é um verdadeiro reservatório de fluídos, que a alma põe em ação pela sua vontade. É ele que, no sono natural como no sono provocado, se desprende da matéria, transporta-se a distâncias consideráveis e, na escuridãoda noite como na claridade do dia, vê, percebe e observacoisas que o corpo não poderia conhecer por si.
O perispírito tem, portanto, sentidos análogos aos do corpo, porém muito mais poderosos e elevados. Ele tudo vê pela luz espiritual, diferente da luz dos astros, e que os sentidos materiais não podem perceber, embora esteja espalhada em todo o Universo.
A permanência do corpo fluídico, antes como depois da morte, explica também o fenômeno das aparições ou materializações de Espíritos. O perispírito, na vida livre do espaço, possui virtualmente todas as forças que constituem o organismo humano, mas nem sempre as põe em ação. Desde que o Espírito se acha nas condições requeridas, isto é, desde que pode retirar do médium a matéria fluídica e a força vital necessárias, ele as assimila e reveste, pouco a pouco, as aparências do corpo terrestre. A corrente vital circula, então, e, sob a ação do fluído que recebe, as moléculas físicas coordenam-se segundo o plano do organismo, plano de que o perispírito reproduz os traços principais. Logo que o corpo humano fica reconstituido, o seu organismo entra em funções.
As fotografias e os moldes obtidos em parafina mostram-nos que esse novo corpo é idêntico ao que o Espírito animava na Terra; mas essa vida só pode ser temporária e passageira, porque é anormal, e os elementos que a produzem, após uma curta condensação, voltam às fontes donde foram emanados.
Autor: Léon Denis
Livro: Depois da Morte
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Rumo à Angelitude
Rumo à Angelitude
(Irmão Saulo)
Nos
termos da Doutrina Espírita, do demônio nasce o homem e do homem nasce o
anjo. Estamos todos no rumo da angelitude. Nossa humanidade (nossa
natureza humana) caracteriza-se pela imperfeição, pelo predomínio dos
instintos, pelos resíduos da animalidade ainda atuantes em nossa
constituição psicossomática. Mas esses resíduos vão sendo eliminados na
lapidação das vidas sucessivas. E como somos conscientes do processo de
lapidação a que estamos sujeitos, podemos e devemos ajudar esse
processo.
Basta
um olhar atento ao nosso redor para verificarmos a realidade dessa
concepção. As criaturas humanas estão dispostas num escala progressiva
que vai do bandido ao santo. O malfeitor de hoje será o cidadão honesto
no futuro. E este, por sua vez, será o santo de amanhã, dependendo esse
amanhã, em grande parte, do esforço evolutivo do interessado. Porque o
ser consciente apressa ou retarda a sua própria evolução.
O
chamado para o serviço do bem é a oportunidade que Deus oferece à
criatura imperfeita para acelerar a sua caminhada rumo à perfeição. Quem
não aproveita a oportunidade divina, apegando-se por comodismo ou
displicência aos seus defeitos, desculpando-se com as imperfeições
naturais que ainda carrega, furta-se ao cumprimento do dever espiritual.
Mas as leis da evolução não o deixarão prado por muito tempo. Por isso
ensinou Jesus: "Quem se apegar à sua vida perde-la-á, mas quem a perder
por amor a mim, salva-la-á".
O
comodista será sacudido e alijado do seu comodismo, mais hoje, mais
amanhã, pela vergasta da dor. o sofrimento é tão grande na Terra porque
maior é o comodismo dos homens. A seara continua imensa e os
trabalhadores ainda são tão poucos! Não somos anjos para ser perfeitos e
puros, mas trazemos em nós as potencialidades da angelitude. Se não
acelerarmos a nossa lapidação pelo serviço, o lapidário oculto - e que
está oculto em nós mesmos - agirá como convém para completar a sua obra.
por Irmão Saulo
do livro "Na Era do Espírito"
psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires,
Espíritos Diversos
por Irmão Saulo
do livro "Na Era do Espírito"
psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires,
Espíritos Diversos
Transplante de Órgãos - Visão Espírita
Alguns espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seusAdicionar imagem próprios órgãos após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes. Isso não é verdade! É preciso esclarecer que Chico Xavier quando afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos, ao povo. A minha morte é minha. Eu tenho este direito. Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra", fez porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas (inoportunas) para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação. Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido; depois pela sua idade, Chico não poderia doar seus órgãos; e se pudesse, o receptor dos órgãos, talvez fosse idolatrado.
Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante. Os Espíritos, segundo Chico Xavier - não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito.
A doação de órgãos para transplantes é perfeitamente legítima. Divaldo Franco certifica: “se a misericórdia divina nos confere uma organização física sadia, é justo e válido, depois de nos havermos utilizado desse patrimônio, oferecê-lo, graças as conquistas valiosas da ciência e da tecnologia, aos que vieram em carência a fim de continuarem a jornada. Não há, também, reflexos traumatizantes ou inibidores no corpo espiritual, em contrapartida à mutilação do corpo físico. O doador de olhos não retornará cego ao Além. Se assim fosse, que seria daqueles que têm o corpo consumido pelo fogo ou desintegrado numa explosão?”
COMO SABER SE UMA PESSOA ESTÁ REALMENTE MORTA PARA PODER RETIRAR O CORAÇÃO?
Marlene Nobre, médica espírita explica: “há diferença entre morte cerebral e morte encefálica. Na morte cerebral, ainda há uma estrutura cerebral funcionando, como o tronco cerebral ou tronco encefálico. Neste caso, o eletroencefalograma confirma este funcionamento. Então, este é o estado em que ficam as pessoas que estão em coma vegetativo, quer dizer, ainda não estão mortas. Na morte encefálica, porém, nenhuma estrutura do cérebro está em funcionamento. A morte encefálica é a morte dos hemisférios cerebrais e do tronco encefálico onde se localizam os centros vitais do ser humano. O médico precisa esperar a morte encefálica para fazer o transplante. Nela o coração ainda bate, mas há completo silêncio do encéfalo. Nenhuma estrutura do sistema nervoso dá sinal de vida. O eletroencefalograma está plano, isoelétrico. Uma observação: Para que ocorra o transplante de coração, este precisa estar batendo. Se ele parar não volta o funcionamento, e não servirá para transplante. Já no transplante de rim, fígado e outros isso não é necessário.”
E OS PROFISSIONAIS QUE ANTECIPAM A MORTE DO DOADOR?
Se existem, estes estão plantando, e os que doam estão aproveitando a ocasião para diminuir débitos, caso não se revolte e queira vingar-se do assassino.
POR QUE EM ALGUNS CASOS HÁ REJEIÇÃO?
Talvez ainda não fosse o momento azado e sua prova ainda não tivesse acabado. Mas André Luiz considera a rejeição como um problema claramente compreensível, pois o órgão do corpo espiritual (perispírito) do doador está presente no receptor. O órgão perispiritual provoca os elementos da defensiva do corpo, que os recursos imunológicos em futuro próximo, naturalmente, vão suster ou coibir. André Luiz explica que quando a célula é retirada da sua estrutura formadora, no corpo humano, indo laboratorialmente para outro ambiente energético, ela perde o comando mental que a orientava e passa, dessa forma, a individualizar-se; ao ser implantada em outro organismo (por transplante, por exemplo), tenderá a adaptar-se ao novo comando (espiritual) que a revitalizará e a seguir coordenará sua trajetória.
O TRANSPLANTE NÃO AFETA O ESPÍRITO DO DOADOR?
Os Espíritos afirmaram a Kardec que o desligamento do corpo físico é um processo altamente especializado e que pode demorar minutos, horas, dias, meses. Embora com a morte física não haja mais qualquer vitalidade no corpo, ainda assim há casos em que o Espírito, cuja vida foi toda material, sensual, fica jungido aos despojos, pela afinidade dada por ele à matéria. Todavia, recordemos de situação que ocorre todos os dias nas grandes cidades: a prática da necrópsia, exigida por força da Lei, nos casos de morte violenta ou sem causa determinada: abre-se o cadáver, da região external até o baixo ventre, expondo-se-lhe as vísceras tóracoabdominais. Não se pode perder de vista a questão do mérito individual. Estaria o destino dos Espíritos desencarnados à mercê da decisão dos homens em retirar-lhes os órgãos para transplante, em cremar-lhes o corpo ou em retalhar-lhes as vísceras por ocasião da necrópsia?! O bom senso e a razão gritam que isso não é possível, porquanto seria admitir a justiça do acaso e o acaso não existe! Resumindo: a doação de órgãos para transplantes não afetará o espírito do doador, exceto se acreditarmos ser injusta a Lei de Deus e estarmos no Orbe à deriva da Sua Vontade. Lembremos que nos Estatutos do Pai não há espaço para a injustiça e o transplante de órgãos (façanha da ciência humana) é valiosa oportunidade dentre tantas outras colocadas à nossa disposição para o exercício da amor. Mas, só devemos doar se sentirmos preparados para isso. Não podemos esquecer que se hoje somos potenciais doadores, amanhã, poderemos ser ou nossos familiares e amigos potenciais receptores.
Fonte: Instituto Espírita Maria de Nazaré
Assinar:
Postagens (Atom)