Eternidade
sábado, 30 de novembro de 2013
Hospedagem
Hospedagem ( 48 )
Mt. 10:11
"E, em qualquer cidade ou aldeia em que
entrardes, procurai saber quem nela seja
digno, e hospedai-vos aí até que vos
retireis."
"E, em qualquer cidade ou aldeia em que
entrardes, procurai saber quem nela seja
digno, e hospedai-vos aí até que vos
retireis."
"E, em qualquer cidade ou aldeia" - Sem preferência, sem levar em conta a preocupação da localização, o discípulo foi instruído a ir a todos os locais: pobres, prósperos, grandes ou não. Assim também, somos convocados quando identificados com a mensagem de Jesus, a agir sem discriminações, seguindo a determinação do Alto nas vias das circunstâncias.
Cidade lembra lugar organizado, com população e infra estrutura asseguradora da sobrevivência, dispondo de, pelo menos, o essencial para as facilidades dos habitantes. Aldeia recorda lugar primitivo, com pessoal geralmente simples, ligado à natureza. Espiritualmente focalizada a questão, encontramos homens-cidades e homens-aldeias. Tudo depende da condição íntima e evolutiva de cada um. Assim, convivemos com as mais diversificadas pessoas, ou grupo de pessoas, quanto aos valores que carreiam, ao longo do caminho...
"Em que entrardes," - Quanto aos locais, durante a peregrinação do ser pela Terra, vai ele registrando os mais simples e os mais significativos no encaminhamento de sua aprendizagem e de suas possibilidades de cooperação. Ainda que ficasse, como raramente acontece, em um só lugar, toda uma existência, ver-se-ia obrigado a entrar em contato, em sintonia com todo o tipo de criaturas. Relacionamo-nos, desse modo, com as mais diversas modalidades de vibrações, de interesses, de influências, penetrando, pelas vias da simpatia, que naturalmente nos aproxima uns dos outros, no coração de muitos seres. Sejam eles esposos, filhos, pais, amigos, irmãos... Se, na distribuição e dinamização dos recursos espirituais, somos convocados a sair de nós mesmos, na solução e superação dos problemas que nos são inerentes, necessitamos "entrar" território a dentro da aldeia íntima, selecionando conceitos, pensamentos e tendências para o que não podemos prescindir da vigilância.
"Procurai saber quem nela seja digno," - Compete a cada um a iniciativa de saber, pois, os padrões morais variam de criatura para criatura. O que é justo para uma deixa de ser para outra. Agora, para saber, devemos olhar, observar, nos aproximar, atentos às reações que são elementos grandemente reveladores. A orientação não implica na seleção de privilegiados, mas na identificação daquele que se dispõe em reeducar-se. Não se deve esquecer que o próprio discípulo, apesar de seguidor do Mestre, ele o faz como portador de numerosas fraquezas e imperfeições. Seja no trato com os semelhantes ou no exame de seus valores, é imperioso distinguir o que seja digno. Digno é aquele que se afirma no Bem, ou aquilo que, eticamente, revela Bondade.
No entanto, ante a filosofia do Cristo, faz-se digno até mesmo o celerado ou o delinquente que quer se libertar, bem como o vício, ou a paixão que em nós identificamos e cujas energias, sentimos, podem ser revertidas ou canalizadas para ângulos positivos.
"E hospedai-vos aí" - Hospedar um viajante era um dever, um hábito de todos os judeus. Muito louvável, porque representava um ato de caridade, numa época em que eram raras as pensões.
Hospedar implica em acomodar, estabelecer. Espiritualmente, expressa a permanência na pauta da cooperação. É abrigar-se sob o teto dos pensamentos e atitudes dignas, com discernimento, perseverança e bom ânimo, a fim de que os objetivos sejam alcançados.
"Até que vos retireis." - Uma vez atingidos os objetivos de auxílio no campo de relação ou vencida a luta de superação dos problemas que nos são afetos, é lícito e mesmo imperioso que se parta para novas experiências. O apego, a ausência de capacidade de desvincular-se têm sido fatores de escravização milênios afora. Se somos convocados ao ajuste, a nos hospedar, a conviver, somos também convidados aos processos da separação ou da retirada no momento justo. Quando não o fazemos somos levados, às vezes, a verdadeiras cirurgias, portadoras de apreensões e sofrimentos. São as mudanças, ou afastamentos bruscos, as desencarnações.
Obra: Luz Imperecível, Coordenação: Honório Onofre de Abreu
Estudo Interpretativo do Evangelho
à Luz da Doutrina Espírita
Estudo Interpretativo do Evangelho
à Luz da Doutrina Espírita
sábado, 23 de novembro de 2013
VERDADE E LUZ
Perguntas e Respostas
Que são fluidos?
Os fluidos são o veículo do pensamento dos Espíritos, tanto encarnados quanto desencarnados. Todos estamos mergulhados no fluido cósmico universal, substância básica da Criação, que varia da imponderabilidade até a ponderabilidade. Os fluidos espirituais estão impregnados dos pensamentos dos Espíritos, portanto varia de qualidade ao infinito. A atmosfera fluídica é formada pela qualidade dos pensamentos nela predominantes.
O que é o Passe?
É a transferência de fluidos de uma pessoa a outra, através da prece e imposição de mãos, procedimento largamente usado nos centros espíritas. As energias são oriundas dos fluidos humanos (do passista) e fluidos espirituais (dos Espíritos que trabalham com a equipe de médiuns). Existem três tipos de magnetismo: o humano, o espiritual e o misto. O tipo de magnetismo utilizado nas casas espíritas é o misto, pois à ação dos encarnados soma-se a ajuda benéfica dos Espíritos que trabalham na área, qualificando, direcionando e potencializando os fluidos.
Existem milagres?
O milagre é fenômeno que não se consegue explicação racional e nos parece sobrenatural. Na verdade é apenas a manifestação intencional (provocada por agentes conscientes) ou espontâneas (causadas por agentes inconscientes) de determinadas leis da natureza, ainda desconhecidas pelo homem. Deus criou leis perfeitas e imutáveis. Se o milagre existisse seria uma transgressão a estas leis. O que existe é a ignorância dos princípios que regem as leis de Deus. O que pode parecer milagre para uns, é perfeitamente explicável para outros. Por exemplo um índio selvagem que visse um eclipse do sol, acharia aquilo um milagre, mas estudando astronomia, percebe que um astro se sobrepõe a outro com um fenômeno natural. A ciência ajuda na desmistificação dos milagres. Chegará o dia em que em todos conhecerão as leis que regem os fluidos, a mediunidade, a influência do mundo espiritual sobre o mundo físico, a ação dos Espíritos sobre a matéria, etc...
Fonte: www.portaldoespirito.com.br
A Vida Superior
A alma virtuosa,
depois de haver vencido suas paixões, depois de abandonar o corpo,
miserável instrumento de dor e de glória, vai, através da imensidade,
juntar-se às suas irmãs do espaço. Atraída por uma força irresistível,
ela percorre regiões onde tudo é harmonia e esplendor; mas a linguagem
humana é muito pobre para descrever o que aí se passa.
Entretanto, que
alívio, que deliciosa alegria então experimenta, sentindo quebrada a
pesada cadeia que a retinha à Terra, podendo abraçar a imensidão,
mergulhar no espaço sem limites, librar-se além dos mundos!
Não mais tem um
corpo enfermo, sofredor e pesado como uma barra de chumbo; não mais terá
fardo material para arrastar penosamente.
Desembaraçada de suas cadeias, entra a irradiar e embriaga-se de espaço e de liberdade. A fealdade terrena e a decrepitude deram lugar a um corpo fluídico de aparência graciosa e de formas ideais, diáfano e brilhante.
Aí encontra
aqueles a quem amou na Terra, que a precederam na nova vida e agora
parecem esperá-la. Então, comunica-se livremente com todos, suas
expansões são repletas de felicidade, embora ainda um pouco anuviadas
por tristes reminiscências da Terra e pela comparação da hora presente
com um passado cheio de lágrimas. Outros Espíritos que perdera de vista
em sua última encarnação, mas que se tinham tornado seus afeiçoados por
provas suportadas em comum no decurso das idades, vêm também juntar-se
aos primeiros. Todos os que compartilharam seus bons ou maus dias, todos
os que com ela se engrandeceram, lutaram, choraram e sofreram correrão
ao seu encontro, e sua memória, despertando-se desde então, ocasionará
explosões de felicidade e venturas que a pena não sabe descrever.
Como resumir as
impressões da vida radiante que se abre ao Espírito? A veste grosseira, o
manto pesado que lhe constrangia os sentidos íntimos, despedaçando-se
subitamente, tornam centuplicadas as suas percepções. O horizonte se lhe
alarga e não tem mais limites. O infinito incomensurável, luminoso,
desdobra-se às suas vistas com suas ofuscantes maravilhas, com seus
milhões de sóis, focos multicores, safiras e esmeraldas, joias enormes,
derramadas no azul e seguidas de seus suntuosos cortejos de esferas.
Esses sóis, que aparecem aos homens como simples lampadários, o Espírito
os contempla em sua real e colossal grandeza; vê-os mais poderosos que o
luminar do nosso planeta; reconhece a força de atração que os prende, e
distingue ainda, em longínquas profundezas, os astros maravilhosos que
presidem às evoluções.
Todos esses
fachos gigantescos, ele os vê em movimento, gravitando, prosseguindo seu
curso vagabundo, entrecruzando-se, como globos de fogo lançados no
vácuo pela mão de um invisível jogador.
Nós, perturbados
sem cessar por vãos rumores, pelo confuso sussurro da colmeia humana,
não podemos conceber a calma solene, o majestoso silêncio dos espaços,
que enche a alma de um sentimento augusto, de um assombro que toca as
raias do pavor.
Mas o Espírito
puro e bom é inacessível ao temor. Esse infinito, frio e silencioso para
os Espíritos inferiores, anima-se logo para ele e o faz ouvir sua voz
poderosa. Livre da matéria, a alma percebe, aos poucos, as vibrações
melodiosas do éter, as delicadas harmonias que descem das regiões
celestes e compreende o ritmo imponente das esferas.
Esse cântico dos
mundos, essas vozes do infinito que soam no silêncio ela os saboreia até
se sentir arrebatar. Recolhida, inebriada, cheia de um sentimento grave
e religioso, banha-se nas ondas do éter, contempla as profundezas
siderais, as legiões de Espíritos, sombras ligeiras que flutuam e se
agitam em esteiras de luz.
Assiste à gênese
dos mundos, vê a vida despertar-se e crescer na sua superfície, segue o
desenvolvimento das humanidades que os povoam e, nesse grande
espetáculo, verifica que em toda parte do Universo a atividade, o
movimento e a vida ligam-se à ordem.
Qualquer que seja
seu adiantamento, o Espírito que acaba de deixar a Terra não pode
aspirar a viver indefinidamente dessa vida superior. Adstrito à
reencarnação, essa vida não lhe é senão um tempo de repouso: uma
compensação aos seus males, uma recompensa aos seus méritos. Apenas aí
vai retemperar-se e fortificar-se para as lutas futuras.
Porém, nas vidas
que o esperam não terá mais as angústias e os cuidados da existência
terrestre. O Espírito elevado é destinado a renascer em planetas mais
bem dotados que o nosso. A escala grandiosa dos mundos tem inúmeros
graus, dispostos para a ascensão progressiva das almas, que os devem
transpor cada um por sua vez.
Nas esferas
superiores à Terra o império da matéria é menor. Os males por esta
originados atenuam-se, à medida que o ser se eleva e acabam por
desaparecer. Lá, o ser humano não mais se arrasta penosamente sob a ação
de pesada atmosfera; desloca-se de um lugar para outro com muita
facilidade. As necessidades corpóreas são quase nulas e os trabalhos
rudes, desconhecidos. Mais longa que a nossa, a existência aí se passa
no estudo, na participação das obras de uma civilização aperfeiçoada,
tendo por base a mais pura moral, o respeito aos direitos de todos, a
amizade e a fraternidade. As guerras, as epidemias e os flagelos não têm
acesso e os grosseiros interesses, causa das nossas ambições, não mais
dividem os povos.
Chegará afinal um
dia em que o Espírito, depois de haver percorrido o ciclo de suas
existências terrestres, depois de se haver purificado através dos
mundos, por seus renascimentos e migrações, vê terminar a série de suas
encarnações e abrir-se a vida espiritual, definitivamente, a verdadeira
vida da alma, donde o mal, as trevas e o erro estão banidos para sempre.
A calma, a serenidade e a segurança profunda substituem os desgostos e
as inquietações de outrora. A alma chegou ao término de suas provações,
não mais terá sofrimento. Com que emoção rememora os fatos de sua vida,
esparsos na sucessão dos tempos, sua longa ascensão, a conquista de seus
méritos e de sua elevação! Que ensinamento nessa marcha grandiosa, no
percurso da qual se constitui e se afirma a unidade de sua natureza, de
sua personalidade imortal!
Compara os
desassossegos de outras épocas, os cuidados e as dores do passado, com
as aventuras do presente, e saboreia-as a longos tragos. Que
inebriamento o de sentir-se viver no meio de Espíritos esclarecidos,
pacientes e atenciosos; unir-se-lhes pelos laços de inalterável afeto;
participar das suas aspirações, ocupações e gozos; ser-se compreendido,
sustentado, amado por todos, livre das necessidades e da morte, na
fruição de uma mocidade sobre a qual os séculos não fazem mossa!
Depois, vai
estudar, admirar, glorificar a obra infinita, aprofundar ainda os
mistérios divinos; vai reconhecer por toda parte a beleza e a bondade
celeste; identificar-se e saciar-se com elas; acompanhar os Gênios
superiores em seus trabalhos, em suas missões; compreender que chegará
um dia a igualá-los; que subirá ainda mais e que a esperam, sempre e
sempre, novas alegrias, novos trabalhos, novos progressos: tal é a vida
eterna, magnífica, a vida do espírito purificado pelo sofrimento.
Os céus elevados
são a pátria da beleza ideal e perfeita em que todas as artes bebem a
inspiração. Os Espíritos eminentes possuem em grau superior o sentimento
do belo. Este é a fonte dos mais puros gozos, e todos sabem realizá-lo
em seus trabalhos, diante dos quais empalidecem as obras-primas da
Terra.
Cada vez que uma
nova manifestação do gênio se produz sobre o mundo, cada vez que a arte
se nos revela sob uma forma aperfeiçoada, pode dizer-se que um Espírito
descido das altas esferas tomou corpo na Terra para iniciar os homens
nos esplendores da beleza eterna. Para a alma superior, a arte, sob seus
múltiplos aspectos, é uma prece, uma homenagem prestada ao Princípio de
todas as coisas.
O Espírito, pelo
poder de sua vontade, opera sobre os fluidos do espaço, os combina,
dispondo-os a seu gosto, dá-lhes as cores e as formas que convêm ao seu
fim. É por meio desses fluidos que se executam obras que desafiam toda
comparação e toda análise.
Construções
aéreas, de cores brilhantes, de zimbórios resplendentes: sítios imensos
onde se reúnem em conselho os delegados do Universo; templos de vastas
proporções de onde se elevam acordes de uma harmonia divina; quadros
variados, luminosos: reproduções de vidas humanas, vidas de fé e de
sacrifício, apostolados dolorosos, dramas do infinito. Como descrever
magnificências que os próprios Espíritos se declaram impotentes para
exprimir no vocabulário humano?
É nessas moradas
fluídicas que se ostentam as pompas das festas espirituais. Os Espíritos
puros, ofuscantes de luz, agrupam-se em famílias. Seu brilho e as cores
variadas de seus invólucros permitem medir a sua elevação,
determinar-lhes os atributos. Suaves e encantadores concertos,
comparados aos quais os da Terra não são mais que ruídos discordantes;
por cenários têm eles o espaço infinito, o espetáculo maravilhoso dos
mundos que rolam na imensidão, unindo suas notas às vozes celestes, ao
hino universal que sobe a Deus.
Todos esses
Espíritos, associados em falanges inumeráveis, conhecem-se e amam-se. Os
laços de família, os afetos que os uniam na vida material, quebrados
pela morte, aí se reconstituem para sempre.
Destacam-se dos
diversos pontos do espaço e dos mundos superiores para comunicarem
mutuamente os resultados de suas missões, de seus trabalhos, para se
felicitarem pelos êxitos obtidos e coadjuvarem-se uns aos outros nas
empresas difíceis.
Nenhum pensamento
oculto, nenhum sentimento de inveja tem ingresso nessas almas
delicadas. O amor, a confiança e a sinceridade presidem a essas reuniões
onde todos recolhem as instruções dos mensageiros divinos, onde se
aceitam as tarefas que contribuem para elevá-los ainda mais.
Uns seguem a
observar o progresso e o desenvolvimento dos globos; outros encarnam nos
diversos mundos para cumprir missões de devotamento, para instruir os
homens na moral e na Ciência; outros ainda, os Espíritos-guias ou
protetores, ligam-se a alguma alma encarnada, a sustentam no rude
caminho da existência, conduzem-na do nascimento à morte, durante muitas
vidas sucessivas, vindo acolhê-la no termo de cada uma delas, quando
entra no mundo invisível. Em todos os graus da hierarquia espiritual, as
almas têm um papel a executar na obra imensa do progresso e concorrem
para a realização das leis superiores.
Quanto mais o
Espírito se purifica, mais intensa, mais ardente nele se torna a
necessidade de amar, de atrair para a sua luz e para a sua felicidade,
para a morada em que não se conhece a dor, tudo o que sofre, tudo o que
luta e se agita nas baixas camadas da existência.
Quando um desses
Espíritos adota um de seus irmãos atrasados e torna-se seu protetor, seu
guia, com que solicitude afetuosa lhe sustenta os passos, com que
alegria contempla os seus progressos e com quanta dor vê as quedas que
não pôde evitar!
Assim como a
criança descida do berço ensaia seus primeiros passos sob os olhares
enternecidos da sua carinhosa mãe, assim também, sob a égide invisível
de seu pai espiritual, o Espírito é assistido nos combates da vida
terrestre.
Todos temos um
desses Gênios tutelares que nos inspira nas horas difíceis e dirige-nos
pelo bom caminho. Daí a poética tradição cristã do anjo da guarda. Não
há concepção mais grata e consoladora. Saber que temos um amigo fiel e
sempre disposto a socorrer-nos, de perto como de longe,
influenciando-nos a grandes distâncias ou conservando-se junto de nós
nas provações; saber que ele nos aconselha por intuição e nos aquece com
o seu amor, eis uma fonte inapreciável de força moral. O pensamento de
que testemunhas benévolas e invisíveis vêem todos os nossos atos,
regozijando-se ou entristecendo-se, deve inspirar-nos mais sabedoria e
circunspecção. É por essa proteção oculta que se fortificam os laços de
solidariedade que ligam o mundo celeste à Terra, o Espírito livre ao
homem, Espírito prisioneiro da carne. É por essa assistência contínua
que se criam, de um a outro lado, as simpatias profundas, as amizades
duradouras e desinteressadas. O amor que anima o Espírito elevado vai
pouco a pouco se estendendo a todos os seres sem cessar, revertendo tudo
para Deus, pai das almas, foco de todas as potências efetivas.
(Léon Denis - Depois da Morte)
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
sábado, 16 de novembro de 2013
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Limitações Humanas
Limitações Humanas ( 34 )
Mt. 6:27
"E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados,
acrescentar um côvado à sua estatura?"
"E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados,
acrescentar um côvado à sua estatura?"
"E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados," - A pergunta formulada pelo Cristo nos leva, sem dúvida, a reflexões capazes de nos favorecerem no levantamento de nossas limitações. Se de um lado os recursos de que somos dotados podem e nos têm projetado para faixas a se ampliarem cada vez mais, de outro lado é imperioso estarmos conscientes da existência de componentes, cuja presença está inteiramente à mercê dos desígnios celestes. Ajudando-nos a compreender este fato, o texto evangélico registra com sabedoria, "com todos os seus cuidados".
Esclarece, também, quanto ao imperativo de discernirmos, quanto ao que nos cabe fazer, e quanto ao que é de atribuição exclusiva da vontade e da Misericórdia do Criador.
"Acrescentar um côvado à sua estatura?" - A imagem didática de Jesus é incisiva, capaz de separar com nitidez a diligência ou cuidados de nossa competência, com a medida sábia das fontes que nos dirigem. Se de nossa parte emerge a necessidade de cultivar, cuidar e provisionar para que os fatos se encadeiem, de outro lado não podemos esquecer que o mecanismo do crescimento extrapola totalmente nossas acanhadas possibilidades de realização.
No cerne de todos os fatos e acontecimentos está presente a providência d'Aquele que nos conduz, enquanto em nossas mãos, como elaboradores, segundo os sistemas da Evolução, estão entregues instrumentos, tempo, condições, ambiente e materiais suficientes a que a evolução possa ter seu curso, garantindo a cada qual a cota de participação nas engrenagens da vida.
Auxiliando-nos no entendimento deste tema, Paulo já afirmava: Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento." (I Cor. 3:6).
Obra: Luz Imperecível, Coordenação: Honório Onofre de Abreu
Estudo Interpretativo do Evangelho
à Luz da Doutrina Espírita
Estudo Interpretativo do Evangelho
à Luz da Doutrina Espírita
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Perante a Arte
Perante a Arte
“Colaborar na Cristianização da Arte, sempre que se lhe
apresentar ocasião.
A Arte deve ser o Belo criando o Bem.
A Arte deve ser o Belo criando o Bem.
Repelir, sem crítica azeda, as expressões artísticas, torturadas que exaltem
a
animalidade ou a extravagância.
O trabalho artístico que trai a Natureza nega a si próprio.
Burilar incansavelmente as obras artísticas de qualquer gênero.
Melhoria buscada, perfeição entrevista.
Preferir as composições artísticas de feitura espírita integral, preservando-se
a pureza doutrinária.
A arte enobrecida estende o poder do amor.
Examinar com antecedência as apresentações artísticas para as reuniões festivas
nos arraias espíritas, dosando-as e localizando-as segundo as condições
das
assembléias a que se destinem.
A apresentação artística é como o ensinamento: deve observar condições e lugar.
“E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os
vossos corações
e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.” – Paulo.
(Filipenses,
4:7)
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Dependência química, desajustes da alma
Nos últimos tempos, a
sociedade brasileira de
um modo geral vem sendo
atormentada pelo
fantasma da dependência
química. Infelizmente, o
assunto é destaque nos
veículos de comunicação
em todo o país.
Em todas as cidades, em
maior ou menor grau, é
possível encontrar
dependentes químicos
padecendo pelo vício nas
ruas, praças e becos.
São pessoas de variadas
classes sociais, níveis
de formação e faixa
etária. A dependência
química não é seletiva,
ao contrário, é
epidêmica.
O número de usuários de
substâncias tóxicas é
crescente e chega a
índices preocupantes.
Estima-se que no Brasil
cerca de 9 milhões de
pessoas fazem uso de
substâncias ilícitas e,
se mencionarmos os
etilistas e tabagistas,
devemos acrescentar às
estatísticas mais 9
milhões de pessoas. A
impressão que temos é
que a situação fugiu do
controle.
O problema do uso de
substâncias tóxicas é
semelhante a um câncer
de alta malignidade.
Espalha-se rapidamente e
gera outras temidas
consequências, como
homicídios, furtos,
roubos e outras
modalidades do crime, no
qual dezenas de pessoas
todos os dias perdem a
guerra para o tráfico de
drogas e são vitimadas
covardemente. Enquanto
famílias inteiras são
destruídas, traficantes
se enriquecem à custa do
sofrimento alheio.
O que é
dependência química?
A dependência química ou
síndrome da dependência
é definida pela ciência
como a perda do controle
do organismo sobre o uso
de substâncias químicas
(drogas ilícitas,
etilismo, tabagismo,
medicações), ou seja, o
corpo passa a depender
dessas substâncias para
realizar suas funções.
Na ausência delas,
manifesta sintomas
conhecidos como síndrome
de abstinência.
É uma doença crônica de
ação rápida e difícil
controle, que pode levar
o indivíduo à morte.
Hoje é considerado um
problema de saúde
pública.
O
conceito de "Droga"
As drogas são
substâncias tóxicas de
origem natural ou
sintética, de efeitos
nocivos para o
organismo.
Podem ser ingeridas,
inaladas, injetadas ou
absorvidas pela pele e
têm ação específica no
cérebro, estimulando as
áreas responsáveis pelo
prazer, o que provoca
uma ligeira sensação de
bem-estar. Para
sustentar esse falso
prazer, o usuário
necessita de doses cada
vez maiores, com isso
viciando o corpo físico
e o Espírito.
Essas substâncias podem causar atrofia no tecido cerebral, resultando em déficit de aprendizagem, distúrbios cognitivos, demência e esquizofrenia.
Causas da
dependência química
Diversos fatores são
apontados pela ciência
como causas da
dependência química. Os
principais estudos
apontam para as questões
psicológicas, sociais,
congênitas (mães
usuárias transmitem o
vício para os filhos
ainda na gestação) e
genéticas.
Cientificamente, não há
uma resposta definitiva
para a causa da
dependência química nas
pessoas.
A
explicação do
Espiritismo
Segundo Joanna de
Ângelis, o indivíduo
deve ser analisado de
forma holística. A
organização do ser
compreende Espírito,
corpo e mente,
considerando a
imortalidade da alma e a
pluralidade das
existências. Através
dessas considerações,
pode-se compreender que
as origens de várias
patologias físicas e
psicológicas estão
relacionadas à
enfermidade do Espírito,
adquirida outrora ou
fruto da imaturidade e
de seu grau de
adiantamento ainda
limitado.
De maneira geral, deve-se observar a busca incessante pela compreensão do "eu"; as consequências dos próprios atos, as quais resultam em problemas aparentemente infindáveis para o ser humano; as inquietudes do Espírito atormentado pela consciência culpada; a preocupação excessiva com o corpo físico e a negação do Espírito; o imediatismo existencial e a falta de confiança no Criador. Quando não há entendimento para essas questões, o ser humano pode mergulhar em uma crise existencial, caracterizada pelo vazio, a solidão e graves conflitos psicológicos que levam à depressão e a outros transtornos comportamentais, que acabam por induzir esses Espíritos menos preparados a buscar um refúgio nas substâncias entorpecentes.
Diz Joanna de Ângelis,
em “Psicologia da
Gratidão”: "Nessa busca
de realização pessoal,
base de sustentação
para uma existência
feliz, surge o desafio
do significado
existencial, no momento
em que a sociedade
experimenta a pandemia
psicopatológica das
vidas vazias”.
Por outro lado, durante
a jornada evolutiva, o
Espírito imperfeito é
convidado a se despir
das tendências viciosas
adquiridas ao longo de
existências pregressas.
Essas intenções
negativas podem
permanecer gravadas no
perispírito por um longo
tempo, o que acaba sendo
exteriorizado para a
matéria, explicando
dessa forma a
predisposição genética
para o desenvolvimento
da dependência química
em alguns indivíduos. Um
Espírito que teve
contato com substâncias
químicas em existências
anteriores pode, por
exemplo, apresentar uma
probabilidade maior de
desenvolver a doença na
reencarnação
subsequente.
O Espírito de Manoel
Philomeno de Miranda
também esclarece a
questão no livro "Nas
Fronteiras da Loucura":
"Espiritualmente
atrasado, sem as
fixações dos valores
morais que dão
resistência para a luta,
o homem moderno, que
conquistou a lua e
avança no estudo das
origens do Sistema Solar
que lhe serve de berço,
incursionando pelos
outros planetas, não
conseguiu conquistar-se
a si mesmo. Logrou
expressivas vitórias,
sem alcançar a paz
íntima, padecendo os
efeitos dos tentames
tecnológicos sem os
correspondentes valores
de suporte moral.
Cresceu na horizontal da
inteligência sem
desenvolver a vertical
do sentimento elevado.
Como efeito, não resiste
às pressões,
desequilibra-se com
facilidade e foge, na
busca de alcoólicos, de
tabacos, de drogas
alucinógenas de natureza
tóxica...”
Dependência química e
obsessão
É sabido que o plano
espiritual exerce
influência direta sobre
o plano material e
vice-versa. Nossos
pensamentos funcionam
como transmissores e
receptores de vibrações,
com o que somos capazes
de influenciar e sermos
influenciados. Basta um
pensamento fixo para
atrair para junto de nós
Espíritos que comungam
as mesmas ideias. Se
pensarmos positivamente,
as vibrações recebidas
do plano espiritual
também serão
proveitosas; se acontece
o contrário, teremos
aproximação de Espíritos
menos desenvolvidos,
intencionados a ações
perturbadoras.
Através desse mecanismo,
alguns Espíritos
reencarnados são
influenciados à prática
de ações nocivas para
eles mesmos e para
outros. Não raro são os
casos de dependência
química originados pela
obsessão. Se há um grau
mais acentuado de
mediunidade não
doutrinada por parte do
obsidiado, a influência
pode ser maior.
É necessário esclarecer
que a obsessão só
acontece quando
permitimos; portanto, na
maioria das vezes, não
há atenuantes. O
Espírito de André Luiz
relata alguns casos de
dependência química por
obsessão no livro "Nos
Domínios da
Mediunidade".
O
dependente químico no
além-túmulo
O uso contínuo de drogas
das mais variadas
formas, quando não leva
o indivíduo ao suicídio
consciente, acaba por
aniquilar a vida física
por sobrecarga de
tóxicos na matéria (overdose).
A compulsão viciosa não
termina com o fechar dos
olhos físicos. O
Espírito permanece sob
ação das substâncias
nocivas impregnadas ao
seu perispírito. O
desespero e o sofrimento
se fazem presentes. O
Espírito delinquente é
acometido pelos efeitos
da abstinência e então
inicia uma busca
incessante pelas
substâncias
entorpecentes, o que o
torna, em alguns casos,
um obsessor ou escravo
de legiões de Espíritos
tendenciados ao mal, em
condições semelhantes, e
assim permanece até
obter o merecimento de
um resgate.
Por vezes, é necessário
o internamento
compulsório em
instituições manicomiais
do plano espiritual para
desintoxicar o Espírito
envolto por substâncias
nocivas e reparar os
desajustes da
consciência. Quando
retorna ao plano físico,
traz consigo as lesões
no perispírito que podem
imprimir na matéria as
consequências do abuso
pretérito, além de ter
que se submeter às
mesmas provações de
antes.
Que fazer
para combater a
dependência química?
A resposta é dada por
Joanna de Ângelis por
meio de Divaldo Franco,
no livro "Após a
tempestade". Analisemos:
"A educação moral à luz
do Evangelho sem
disfarces nem
distorções; a
conscientização
espiritual sem alardes;
a liberdade e a
orientação com bases na
responsabilidade; as
disciplinas morais desde
cedo; a vigilância
carinhosa dos pais e
mestres cautelosos; a
assistência social e
médica em contribuição
fraternal constituem
antídotos eficazes para
o aberrante problema dos
tóxicos –autoflagelo que
a Humanidade está
sofrendo, por haver
trocado os valores reais
do amor e da verdade
pelos comportamentos
irrelevantes quão
insensatos na
frivolidade. O problema,
portanto, é de educação
na família
cristianizada, na escola
enobrecida,
na comunidade honrada e
não de repressão
policial..."
A situação exige
comprometimento de
diversas instituições, a
começar pela família,
que tem um papel
preponderante na tutela
de um Espírito. O seio
familiar constitui o
alicerce para uma
reencarnação
bem-sucedida de um
Espírito.
As instituições
religiosas também
exercem grande
influência no combate à
dependência química,
porque toda e qualquer
religião que é capaz de
transformar o homem em
um ser melhor é digna de
respeito e valorização.
A formação religiosa
contribui para o
desenvolvimento do
caráter, esculpindo na
personalidade humana os
princípios éticos e
morais.
A sociedade também deve
assumir a sua
responsabilidade e não
fechar os olhos diante
da situação. Cada
indivíduo deve cumprir
com seu dever e ter
consciência de que todos
nós estamos sujeitos a
vivenciar o problema
dentro de nossos lares.
É certo que a
espiritualidade também
trabalha em benefício
daqueles que atravessam
essa dolorosa situação,
mas sem a nossa
colaboração todos os
esforços dos Espíritos
superiores serão nulos.
Deus nos convida a
auxiliar nesta tarefa.
"Toda forma de servir
é uma bênção."
Fonte: O Consolador, por André Luiz Alves Jr.
|
Encontre tempo e quebre as amarras
(Annie Stegg)
Quem desconhece a educação e o saber, vive às margens do caminho, ou
dorme o sono da ignorância. (…)
Quem não deseja estudar, quem reclama
tempo para o seu próprio aprimoramento, deve sair da porta de entrada da
escola e deixar os outros passarem.
Há aqueles que encontram tempo para
tudo isso. A esses, louvamos seus esforços e pedimos a Cristo que os
abençoe pela quebra das amarras que possibilitaram o alcance das
primeiras letras da compreensão das verdades espirituais eternas.
pelo Espírito Miramez, médium João Nunes Maia
livro: Segurança Mediúnica
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Luz do Dia
O conhecimento da verdade sobre Deus, sobre o mundo e a vida
é o que há de mais essencial, de mais necessário,
porque é Ele que nos sustenta, nos inspira e nos dirige,
mesmo à nossa revelia.
(Léon Denis)
domingo, 3 de novembro de 2013
sábado, 2 de novembro de 2013
A biblioteca de Nova York
Allan Kardec
Um jornal de Nova York publica um fato bastante curioso, do qual certo número de pessoas já tinha conhecimento, e sobre o qual, desde alguns dias, eram feitos comentários assaz divertidos. Os espiritualistas vêem nele um exemplo a mais das manifestações do outro mundo. As pessoas sensatas não vão procurar tão longe a explicação, reconhecendo claramente os sintomas característicos de uma alucinação. É também a opinião do próprio Dr. Cogswell, o herói da aventura.
O Dr. Cogswell é o bibliotecário chefe da Astor Library. O devotamento que se permite ao acabamento de um catálogo completo da biblioteca, muitas vezes o leva a consagrar a esse trabalho as horas que deveria destinar ao sono. É assim que tem oportunidade de visitar sozinho, à noite, as salas onde tantos volumes se acham arrumados nas estantes.
Há cerca de quinze dias, pelas onze horas da noite, ele passava, com o castiçal na mão, diante de um dos recantos cheios de livros, quando, para sua grande surpresa, percebeu um homem bem-posto, que parecia examinar com cuidado os títulos dos volumes. A princípio, imaginando que se tratasse de um ladrão, recuou e observou atentamente o desconhecido. Sua surpresa tornou-se ainda mais viva quando reconheceu, no visitante noturno, o doutor ***, que tinha vivido na vizinhança de Lafayette-Place, mas que estava morto e enterrado havia seis meses.
O Dr. Cogswell não acredita muito em aparições e as teme menos ainda. Não obstante, resolveu tratar o fantasma com atenção e, levantando a voz, disse-lhe: Doutor, como se explica que em vida provavelmente jamais tenhais vindo a esta biblioteca, e agora a visitais depois de morto? Perturbado em sua contemplação, o fantasma olhou o bibliotecário ternamente e desapareceu sem responder.
– Singular alucinação, disse o Sr. Cogswell de si para si. Sem dúvida terei comido algo indigesto ao jantar.
Retornou ao trabalho; depois foi deitar-se e dormiu tranqüilamente. No dia seguinte, à mesma hora, teve vontade de visitar a biblioteca. No mesmo local da véspera encontrou o mesmo fantasma, dirigiu-lhe as mesmas palavras e obteve o mesmo resultado.
Eis uma coisa curiosa, pensou ele; é preciso que eu volte amanhã.
Antes de voltar, porém, o Dr. Cogswell examinou as estantes que pareciam interessar vivamente ao fantasma e, por uma singular coincidência, reconheceu que estavam repletas de obras antigas e modernas de necromancia. No dia seguinte, ao encontrar pela terceira vez o doutor morto, variou a pergunta e lhe disse:
“É a terceira vez que vos encontro, doutor. Dizei-me se algum desses livros perturba vosso repouso, a fim de que eu o mande retirar da coleção.” O fantasma não respondeu desta, como das outras vezes, mas desapareceu definitivamente, e o perseverante bibliotecário pôde voltar à mesma hora e ao mesmo lugar, noites seguidas, sem o encontrar.
Entretanto, aconselhado por amigos, aos quais havia contado a história, e pelos médicos a quem consultou, decidiu repousar um pouco e fazer uma viagem de algumas semanas até Charlestown, antes de retomar a tarefa longa e paciente que se havia imposto, e cuja fadiga, sem dúvida, havia causado a alucinação que acabamos de narrar.
Observação – Sobre o artigo, faremos uma primeira observação: é a falta de cerimônia com que os negadores dos Espíritos se atribuem o monopólio do bom-senso. “Os espiritualistas – diz o autor – vêem no fato um exemplo a mais das manifestações do outro mundo; as pessoas sensatas não vão procurar tão longe a explicação, reconhecendo claramente os sintomas de uma alucinação.” Assim, de acordo com esse autor, somente são sensatas as pessoas que pensam como ele; as demais não têm senso comum, mesmo que fossem doutores, e o Espiritismo os conta aos milhares. Estranha modéstia, na verdade, a que tem por máxima: Ninguém tem razão, exceto nós e nossos amigos!
Ainda estamos para ter uma definição clara e precisa, uma explicação fisiológica da alucinação. Mas, em falta de explicação, há um sentido ligado a esta palavra; no pensamento dos que a empregam, significa ilusão. Ora, quem diz ilusão diz ausência de realidade; segundo eles, é uma imagem puramente fantástica, produzida pela imaginação, sob o império de uma superexcitação cerebral. Não negamos que assim possa ser em certos casos; a questão é saber se todos os fatos do mesmo gênero estão em condições idênticas. Examinando o que foi relatado acima, parece que o Dr. Cogswell estava perfeitamente calmo, como ele próprio declara, e que nenhuma causa fisiológica ou moral teria vindo perturbar-lhe o cérebro. Por outro lado, mesmo admitindo nele uma ilusão momentânea, restaria ainda explicar como essa ilusão se produziu vários dias seguidos, à mesma hora, e com as mesmas circunstâncias; isso não é o caráter da alucinação propriamente dita. Se uma causa material desconhecida impressionou seu cérebro no primeiro dia, é evidente que essa causa cessou ao cabo de alguns instantes, quando o fantasma desapareceu. Como, então, ela se reproduziu identicamente três dias seguidos, com vinte e quatro horas de intervalo? É lamentável que o autor do artigo tenha negligenciado de o fazer, porquanto deve, sem dúvida, ter excelentes razões, visto pertencer ao grupo das pessoas sensatas.
Contudo, reconhecemos que, no fato acima mencionado, não há nenhuma prova positiva da realidade e que, a rigor, poder-se-ia admitir que a mesma aberração dos sentidos tenha podido repetir-se. Mas dar-se-á o mesmo quando as aparições são acompanhadas de circunstâncias, de certo modo, materiais? Por exemplo, quando pessoas, não em sonho, mas perfeitamente despertas, vêem parentes ou amigos ausentes, nos quais absolutamente não pensavam, aparecer-lhes no momento da morte, que vêm anunciar, pode-se dizer que seja um efeito da imaginação? Se o fato da morte não fosse real, haveria incontestavelmente ilusão; mas quando o acontecimento vem confirmar a previsão – e o caso é muito freqüente – como não admitir outra coisa, senão simples fantasmagoria? Ainda que o fato fosse único, ou mesmo raro, poder-se-ia crer num jogo do acaso; mas, como dissemos, os exemplos são inumeráveis e perfeitamente provados. Que os alucinacionistas se disponham a nos dar uma explicação categórica e, então, veremos se suas razões são mais probantes que as nossas. Gostaríamos, sobretudo, que nos provassem a impossibilidade material que a alma – principalmente eles, que se julgam sensatos por excelência, e admitem que temos uma alma que sobrevive ao corpo – que nos provassem, dizíamos, que essa alma, que deve estar em toda parte, não possa estar à nossa volta, ver-nos, ouvir-nos e, desde então, comunicar-se conosco.
> (Texto de Allan Kardec, transcrito de Revue Spirite, maio de 1860).
Um jornal de Nova York publica um fato bastante curioso, do qual certo número de pessoas já tinha conhecimento, e sobre o qual, desde alguns dias, eram feitos comentários assaz divertidos. Os espiritualistas vêem nele um exemplo a mais das manifestações do outro mundo. As pessoas sensatas não vão procurar tão longe a explicação, reconhecendo claramente os sintomas característicos de uma alucinação. É também a opinião do próprio Dr. Cogswell, o herói da aventura.
O Dr. Cogswell é o bibliotecário chefe da Astor Library. O devotamento que se permite ao acabamento de um catálogo completo da biblioteca, muitas vezes o leva a consagrar a esse trabalho as horas que deveria destinar ao sono. É assim que tem oportunidade de visitar sozinho, à noite, as salas onde tantos volumes se acham arrumados nas estantes.
Há cerca de quinze dias, pelas onze horas da noite, ele passava, com o castiçal na mão, diante de um dos recantos cheios de livros, quando, para sua grande surpresa, percebeu um homem bem-posto, que parecia examinar com cuidado os títulos dos volumes. A princípio, imaginando que se tratasse de um ladrão, recuou e observou atentamente o desconhecido. Sua surpresa tornou-se ainda mais viva quando reconheceu, no visitante noturno, o doutor ***, que tinha vivido na vizinhança de Lafayette-Place, mas que estava morto e enterrado havia seis meses.
O Dr. Cogswell não acredita muito em aparições e as teme menos ainda. Não obstante, resolveu tratar o fantasma com atenção e, levantando a voz, disse-lhe: Doutor, como se explica que em vida provavelmente jamais tenhais vindo a esta biblioteca, e agora a visitais depois de morto? Perturbado em sua contemplação, o fantasma olhou o bibliotecário ternamente e desapareceu sem responder.
– Singular alucinação, disse o Sr. Cogswell de si para si. Sem dúvida terei comido algo indigesto ao jantar.
Retornou ao trabalho; depois foi deitar-se e dormiu tranqüilamente. No dia seguinte, à mesma hora, teve vontade de visitar a biblioteca. No mesmo local da véspera encontrou o mesmo fantasma, dirigiu-lhe as mesmas palavras e obteve o mesmo resultado.
Eis uma coisa curiosa, pensou ele; é preciso que eu volte amanhã.
Antes de voltar, porém, o Dr. Cogswell examinou as estantes que pareciam interessar vivamente ao fantasma e, por uma singular coincidência, reconheceu que estavam repletas de obras antigas e modernas de necromancia. No dia seguinte, ao encontrar pela terceira vez o doutor morto, variou a pergunta e lhe disse:
“É a terceira vez que vos encontro, doutor. Dizei-me se algum desses livros perturba vosso repouso, a fim de que eu o mande retirar da coleção.” O fantasma não respondeu desta, como das outras vezes, mas desapareceu definitivamente, e o perseverante bibliotecário pôde voltar à mesma hora e ao mesmo lugar, noites seguidas, sem o encontrar.
Entretanto, aconselhado por amigos, aos quais havia contado a história, e pelos médicos a quem consultou, decidiu repousar um pouco e fazer uma viagem de algumas semanas até Charlestown, antes de retomar a tarefa longa e paciente que se havia imposto, e cuja fadiga, sem dúvida, havia causado a alucinação que acabamos de narrar.
Observação – Sobre o artigo, faremos uma primeira observação: é a falta de cerimônia com que os negadores dos Espíritos se atribuem o monopólio do bom-senso. “Os espiritualistas – diz o autor – vêem no fato um exemplo a mais das manifestações do outro mundo; as pessoas sensatas não vão procurar tão longe a explicação, reconhecendo claramente os sintomas de uma alucinação.” Assim, de acordo com esse autor, somente são sensatas as pessoas que pensam como ele; as demais não têm senso comum, mesmo que fossem doutores, e o Espiritismo os conta aos milhares. Estranha modéstia, na verdade, a que tem por máxima: Ninguém tem razão, exceto nós e nossos amigos!
Ainda estamos para ter uma definição clara e precisa, uma explicação fisiológica da alucinação. Mas, em falta de explicação, há um sentido ligado a esta palavra; no pensamento dos que a empregam, significa ilusão. Ora, quem diz ilusão diz ausência de realidade; segundo eles, é uma imagem puramente fantástica, produzida pela imaginação, sob o império de uma superexcitação cerebral. Não negamos que assim possa ser em certos casos; a questão é saber se todos os fatos do mesmo gênero estão em condições idênticas. Examinando o que foi relatado acima, parece que o Dr. Cogswell estava perfeitamente calmo, como ele próprio declara, e que nenhuma causa fisiológica ou moral teria vindo perturbar-lhe o cérebro. Por outro lado, mesmo admitindo nele uma ilusão momentânea, restaria ainda explicar como essa ilusão se produziu vários dias seguidos, à mesma hora, e com as mesmas circunstâncias; isso não é o caráter da alucinação propriamente dita. Se uma causa material desconhecida impressionou seu cérebro no primeiro dia, é evidente que essa causa cessou ao cabo de alguns instantes, quando o fantasma desapareceu. Como, então, ela se reproduziu identicamente três dias seguidos, com vinte e quatro horas de intervalo? É lamentável que o autor do artigo tenha negligenciado de o fazer, porquanto deve, sem dúvida, ter excelentes razões, visto pertencer ao grupo das pessoas sensatas.
Contudo, reconhecemos que, no fato acima mencionado, não há nenhuma prova positiva da realidade e que, a rigor, poder-se-ia admitir que a mesma aberração dos sentidos tenha podido repetir-se. Mas dar-se-á o mesmo quando as aparições são acompanhadas de circunstâncias, de certo modo, materiais? Por exemplo, quando pessoas, não em sonho, mas perfeitamente despertas, vêem parentes ou amigos ausentes, nos quais absolutamente não pensavam, aparecer-lhes no momento da morte, que vêm anunciar, pode-se dizer que seja um efeito da imaginação? Se o fato da morte não fosse real, haveria incontestavelmente ilusão; mas quando o acontecimento vem confirmar a previsão – e o caso é muito freqüente – como não admitir outra coisa, senão simples fantasmagoria? Ainda que o fato fosse único, ou mesmo raro, poder-se-ia crer num jogo do acaso; mas, como dissemos, os exemplos são inumeráveis e perfeitamente provados. Que os alucinacionistas se disponham a nos dar uma explicação categórica e, então, veremos se suas razões são mais probantes que as nossas. Gostaríamos, sobretudo, que nos provassem a impossibilidade material que a alma – principalmente eles, que se julgam sensatos por excelência, e admitem que temos uma alma que sobrevive ao corpo – que nos provassem, dizíamos, que essa alma, que deve estar em toda parte, não possa estar à nossa volta, ver-nos, ouvir-nos e, desde então, comunicar-se conosco.
> (Texto de Allan Kardec, transcrito de Revue Spirite, maio de 1860).
Espiritismo - Tríplice Aspecto
TRÍPLICE ASPECTO
DEFINIÇÕES (Segundo o Aurélio)
Ciência: "Conjunto
organizado de conhecimentos relativos a um determinado objeto,
especialmente os obtidos mediante a observação, a experiência dos fatos e
um método próprio. Soma de conhecimentos práticos que servem a um
determinado fim".
Filosofia: "[do grego philosophía, "amor à sabedoria".] Estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua totalidade, quer pela busca da realidade capaz de abranger todas as outras, (...), quer pela definição do instrumento capaz de apreender a realidade, o pensamento, tornando-se o homem tema inevitável de consideração."
Religião: "Crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, considerada(s) como criadora(s) do universo, e que como tal deve(m) ser adorada(s) e obedecida(s). Qualquer filiação a um sistema específico de pensamento ou crença que envolve uma posição filosófica, ética, metafísica, etc. Modo de pensar ou agir, princípios."
Filosofia: "[do grego philosophía, "amor à sabedoria".] Estudo que se caracteriza pela intenção de ampliar incessantemente a compreensão da realidade, no sentido de apreendê-la na sua totalidade, quer pela busca da realidade capaz de abranger todas as outras, (...), quer pela definição do instrumento capaz de apreender a realidade, o pensamento, tornando-se o homem tema inevitável de consideração."
Religião: "Crença na existência de uma força ou forças sobrenaturais, considerada(s) como criadora(s) do universo, e que como tal deve(m) ser adorada(s) e obedecida(s). Qualquer filiação a um sistema específico de pensamento ou crença que envolve uma posição filosófica, ética, metafísica, etc. Modo de pensar ou agir, princípios."
ESPIRITISMO: CIÊNCIA, FILOSOFIA E RELIGIÃO
O
Espiritismo, na sua feição de Consolador prometido pelo Cristo,
apresenta três aspectos diferentes: Ciência, Filosofia e Religião.
O Espiritismo é Ciência
O Espiritismo é ciência porque estuda, à luz da razão e de pesquisas específicas os fenômenos mediúnicos, isto é, os fenômenos provocados pelos Espíritos e que são fatos naturais. Não existe o sobrenatural; todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos, têm explicação científica. Sintetizando, Kardec afirma: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos, e de suas relações com o mundo corpóreo.
O Espiritismo é Ciência
O Espiritismo é ciência porque estuda, à luz da razão e de pesquisas específicas os fenômenos mediúnicos, isto é, os fenômenos provocados pelos Espíritos e que são fatos naturais. Não existe o sobrenatural; todos os fenômenos, mesmo os mais estranhos, têm explicação científica. Sintetizando, Kardec afirma: O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos, e de suas relações com o mundo corpóreo.
O Espiritismo é FilosofiaO
Espiritismo é uma filosofia porque dá uma coerente e exata
interpretação da vida. Toda filosofia gera uma ética. Sua força está
na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom senso.
Como filosofia, o Espiritismo compreende todas as consequências morais que dimanam das relações que se estabelecem entre nós e os espíritos.
Como filosofia, o Espiritismo compreende todas as consequências morais que dimanam das relações que se estabelecem entre nós e os espíritos.
O Espiritismo é ReligiãoO
Espiritismo é religião porque ele tem por fim a transformação moral do
homem, retomando os ensinamentos de Jesus Cristo, para que sejam
aplicados na vida diária de cada pessoa. Revive o Cristianismo na sua
verdadeira expressão de amor e caridade.
Segundo Emmanuel, "a ciência, a filosofia e a religião constituem o triângulo sublime sobre o qual a doutrina do espiritismo assenta as próprias bases, preparando a humanidade do presente para a vitória do AMOR."
O Espiritismo pode então ser simbolizado como um triângulo de forças espirituais, em que a Ciência e a Filosofia vinculam à Terra o triângulo, constituindo-se um campo nobre de investigações humanas, visando o aperfeiçoamento da humanidade. A Religião é o ângulo divino que liga ao céu, edificando e iluminando os sentimentos.
Segundo Emmanuel, "a ciência, a filosofia e a religião constituem o triângulo sublime sobre o qual a doutrina do espiritismo assenta as próprias bases, preparando a humanidade do presente para a vitória do AMOR."
O Espiritismo pode então ser simbolizado como um triângulo de forças espirituais, em que a Ciência e a Filosofia vinculam à Terra o triângulo, constituindo-se um campo nobre de investigações humanas, visando o aperfeiçoamento da humanidade. A Religião é o ângulo divino que liga ao céu, edificando e iluminando os sentimentos.
O ESPIRITISMO É FILOSOFIA
Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia. Neste aspecto, enquadra-se o estudo dos problemas da origem e destinação dos homens, bem como a existência de uma suprema inteligência, causa primeira de todas as coisas.
O Espiritismo é uma filosofia porque a partir dos fenômenos espirituais e dos fatos, dá uma interpretação da vida, explicando o porquê das dores, dos sofrimentos e das desigualdades entre as criaturas, e elucida as questões fundamentais da existência. Para todo efeito existe uma causa e esta causa pode estar nesta ou em vidas anteriores.
Toda doutrina que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia. Neste aspecto, enquadra-se o estudo dos problemas da origem e destinação dos homens, bem como a existência de uma suprema inteligência, causa primeira de todas as coisas.
O Espiritismo é uma filosofia porque a partir dos fenômenos espirituais e dos fatos, dá uma interpretação da vida, explicando o porquê das dores, dos sofrimentos e das desigualdades entre as criaturas, e elucida as questões fundamentais da existência. Para todo efeito existe uma causa e esta causa pode estar nesta ou em vidas anteriores.
A Doutrina dos Espíritos nos fala que:
- Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
- Deus é o criador da matéria que constitui os mundos e dos espíritos que são os seres que povoam o Universo e que são perfectíveis por sua natureza.
- O espírito propriamente dito é o princípio inteligente; sua natureza íntima nos é desconhecida; para nós ele é imaterial porque não tem nenhuma analogia com o que chamamos matéria.
- Os espíritos são seres individuais, têm um envoltório etéreo, imponderável, chamado perispírito, espécie de corpo fluídico, semelhante a forma humana e povoam o espaço constituindo o mundo invisível.
- Os espíritos revestem-se temporariamente de um corpo material.
- A encarnação é necessária ao desenvolvimento moral e intelectual do espírito e para a realização das Obras de Deus.
- O aperfeiçoamento do espírito é o fruto de seu próprio trabalho; não podendo em uma única existência corpórea adquirir todas as qualidades morais e intelectuais que devem conduzi-lo ao objetivo que é o Progresso.
- A vida espiritual é a vida normal do espírito; ela é eterna; a vida corpórea é transitória e passageira; é apenas um instante na eternidade.
- Em consequência de seu livre-arbítrio, uns tomam o caminho mais curto, que é o do bem, outros os mais longos que é o do mal.
- Deus não criou o mal; estabeleceu leis, e essas leis são sempre boas, porque ele é soberanamente bom; aquele que as observasse fielmente seria perfeitamente feliz, mas os Espíritos, tendo seu livre-arbítrio, nem sempre as observam, e o mal veio de sua desobediência.
- Deus sendo soberanamente bom e justo não condena suas criaturas a castigos perpétuos pelas faltas temporárias; oferece-lhes em qualquer ocasião meios de progredir e reparar o mal que elas praticaram.
- Os espíritos, encarnando-se, trazem com eles o que adquiriram em suas existências precedentes; é a razão por que os homens mostram instintivamente aptidões especiais, inclinações boas ou más que lhe parecem inatas.
- O esquecimento das existências anteriores é uma graça de Deus que, em sua bondade, quis poupar ao homem lembranças frequentemente penosas.
- Em suas encarnações sucessivas, o Espírito, sendo pouco a pouco despojado de suas impurezas e aperfeiçoado pelo trabalho, chega ao termo de suas existências corpóreas. Pertence então à ordem dos espíritos puros.
O ESPIRITISMO É CIÊNCIA
O espiritismo pode ser definido como uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
O Espiritismo é uma ciência de observação, e não o produto da imaginação.Os espíritos não vieram dizer que haviam pessoas que morriam e continuavam se sentindo vivas, mas provocaram a manifestação desses espíritos para que fossem observados e analisados. Desta forma surgia a teoria.
As ciências não fizeram progressos sérios senão depois que os seus estudos se basearam no método experimental. Acreditava-se que esse método só poderia ser aplicado a matéria, mas o é também às coisas metafísicas.
O Espiritismo procede da mesma maneira que as ciências positivas, isto é, aplica o método experimental. Fatos novos que se apresentam, que não podem ser explicados pelas leias conhecidas, são observados, comparados, analisados e partindo dos efeitos às causas, chega-se a lei que os rege; depois as conseqüências são deduzidas e busca-se as aplicações úteis. Todos os princípios da Doutrina dos Espíritos foram deduzidos por este método. Nenhuma teoria foi preconcebida.
O Espiritismo demonstra experimentalmente a existência da alma e da imortalidade, principalmente através do intercâmbio mediúnico entre os encarnados e os desencarnados; i.é.; entre o plano físico e o plano espiritual. O conhecimento de um não pode ser completo sem o conhecimento do outro, eles se completam.
Se o Espiritismo tivesse aparecido antes das descobertas científicas teria abortado, como tudo que vem antes do tempo. A ciência do mundo, se não deseja continuar no papel de comparsa da tirania e da destruição, tem absoluta necessidade do Espiritismo, cuja finalidade Divina é a iluminação dos sentimentos, na sagrada melhoria das características morais do homem. (Gênese).
O espiritismo pode ser definido como uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.
O Espiritismo é uma ciência de observação, e não o produto da imaginação.Os espíritos não vieram dizer que haviam pessoas que morriam e continuavam se sentindo vivas, mas provocaram a manifestação desses espíritos para que fossem observados e analisados. Desta forma surgia a teoria.
As ciências não fizeram progressos sérios senão depois que os seus estudos se basearam no método experimental. Acreditava-se que esse método só poderia ser aplicado a matéria, mas o é também às coisas metafísicas.
O Espiritismo procede da mesma maneira que as ciências positivas, isto é, aplica o método experimental. Fatos novos que se apresentam, que não podem ser explicados pelas leias conhecidas, são observados, comparados, analisados e partindo dos efeitos às causas, chega-se a lei que os rege; depois as conseqüências são deduzidas e busca-se as aplicações úteis. Todos os princípios da Doutrina dos Espíritos foram deduzidos por este método. Nenhuma teoria foi preconcebida.
O Espiritismo demonstra experimentalmente a existência da alma e da imortalidade, principalmente através do intercâmbio mediúnico entre os encarnados e os desencarnados; i.é.; entre o plano físico e o plano espiritual. O conhecimento de um não pode ser completo sem o conhecimento do outro, eles se completam.
Se o Espiritismo tivesse aparecido antes das descobertas científicas teria abortado, como tudo que vem antes do tempo. A ciência do mundo, se não deseja continuar no papel de comparsa da tirania e da destruição, tem absoluta necessidade do Espiritismo, cuja finalidade Divina é a iluminação dos sentimentos, na sagrada melhoria das características morais do homem. (Gênese).
ESPIRITISMO É RELIGIÃO
O
Espiritismo é a religião porque tem por finalidade a transformação
moral do homem, retomando os ensinamento de Cristo, para que sejam
aplicados na vida diária de cada pessoa. Revive o Cristianismo na sua
verdadeira expressão de AMOR e CARIDADE, religando a criatura à sua
origem divina.
Não possui culto material, não tem rituais nem cerimônias, não possui símbolos, velas, roupas e aparatos especiais, não admite o culto de imagens, não possui sacerdotes nem ministros.
Não admite rotulação, assim não existem "Espiritismo de Umbanda", "Espiritismo de Mesa Branca" ou "Espiritismo Kardecista". É apenas "Espiritismo", que é baseado na Codificação.
Explica ao homem que ele é um Espírito livre em evolução, responsável direto pelos seus atos, e portanto pelos seus fracasso ou vitórias.
A fé espírita é a fé racionada e coloca a CARIDADE, o AMOR como a condição básica de evolução do Espírito, independente do credo.
Por isso não diz "Fora do Espiritismo não há Salvação" e sim "Fora da Caridade não há Salvação".
A caridade é a maior das virtudes porque proporciona aos homens colocar em prática o mandamento essencial que é "Amar ao próximo com a si mesmo".
Não possui culto material, não tem rituais nem cerimônias, não possui símbolos, velas, roupas e aparatos especiais, não admite o culto de imagens, não possui sacerdotes nem ministros.
Não admite rotulação, assim não existem "Espiritismo de Umbanda", "Espiritismo de Mesa Branca" ou "Espiritismo Kardecista". É apenas "Espiritismo", que é baseado na Codificação.
Explica ao homem que ele é um Espírito livre em evolução, responsável direto pelos seus atos, e portanto pelos seus fracasso ou vitórias.
A fé espírita é a fé racionada e coloca a CARIDADE, o AMOR como a condição básica de evolução do Espírito, independente do credo.
Por isso não diz "Fora do Espiritismo não há Salvação" e sim "Fora da Caridade não há Salvação".
A caridade é a maior das virtudes porque proporciona aos homens colocar em prática o mandamento essencial que é "Amar ao próximo com a si mesmo".
A caridade abrange três requisitos essenciais:
- . Benevolência para com todos
- . Indulgência para com as faltas do próximo
- . Perdão às faltas alheias
Fonte:
. O que é o Espiritismo
. A Gênese
. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
. O que é o Espiritismo
. A Gênese
. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
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