É pelo amor, sol das almas, que Deus mais eficazmente atua no mundo.
Já
notamos como um belo dia de sol consegue nos fazer bem? A temperatura
pode estar baixa, mostrando os prenúncios do inverno, mas mesmo assim, o
brilho intenso da estrela solar consegue nos trazer ânimo e esperança.
Algum
poeta apaixonado poderia dizer que os raios solares são como um abraço
do Criador, fazendo-nos acreditar que estamos seguros, que estamos
protegidos.
Mas é através de um outro sol, um sol interior, que o Pai se mostra mais presente em nossas vidas: o amor.
O amor encontrado no coração do homem, manifestado em seus pensamentos e ações; o amor, condição indispensável, para que tudo na vida faça sentido e tenha valor.
Paulo
de Tarso, em sua carta ao povo da cidade de Corinto, afirmava que se
não houvesse amor em suas ações, elas não teriam validade, e que se não
existisse amor em sua alma, ele nada seria.
O Apóstolo ainda trazia a aplicação prática desse ensino, dizendo que o amor é paciente,
mostrando-nos a virtude da paciência, essa disposição íntima que nos
faz esperar com calma, que nos auxilia a evitar a precipitação, que não é
passiva, mas é atuante e dinâmica.
O amor é benigno,
isto é, ele deve irradiar de nossa casa interior, para iluminar outros
lares através da caridade, da intenção de fazer felizes aqueles que
estão ao nosso redor.
O amor não arde em ciúmes,
não guarda o sentimento de posse sobre ninguém, pois sabe que não
possuímos as pessoas, e que se as amamos, devemos libertá-las.
O amor não se orgulha, nem se ensoberbece,
é humilde, e faz com que saibamos o nosso devido lugar, conhecendo
nossas imperfeições e reconhecendo as dificuldades do próximo, jamais
nos proclamando melhores que alguém.
O amor não se conduz inconvenientemente,
é delicado, sensível, e se expressa nas pequenas coisas, nas pequenas
ações, que são invisíveis aos olhos do mundo, mas que para Deus
demonstram nosso interesse e preocupação com as outras pessoas.
O amor não procura seus interesses, é espontâneo, não age visando a vantagem, a recompensa. Ele simplesmente ama, se doa, sem exigir retorno.
O amor não se exaspera,
é tolerante, compreensivo, e sabe que necessitamos compreender as
dificuldades alheias, pois todos, sem exceção, ainda as temos.
O amor não se ressente do mal, perdoa. Não permite que o veneno do ressentimento prejudique nossa saúde física e espiritual.
E, finalmente, Paulo de Tarso nos ensina que o amor não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade,
mostrando-nos que devemos ser defensores da verdade, da sinceridade,
mas não dessa sinceridade dura que atira as verdades no rosto dos outros
- deixando assim de ser virtude.
A verdade deve ser revelada com psicologia, com cautela, visando construir, e não destruir o semelhante.
* * *
O amor decompõe-se em muitas cores, em muitas virtudes.
É
este sol das almas que buscamos, cada um de uma forma, cada um a seu
tempo. Sempre amparados pelo astro de primeira grandeza que é Jesus, que
veio à Terra e permaneceu nestes ares para nos guiar aos caminhos que
nos conduzirão ao Criador.
Redação do Momento Espírita, com base no texto O dom supremo, de
Henri Drummond, e no cap. XXV, pt. 3, do livro O problema do ser, do
destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB. Em 5.7.2013.
Henri Drummond, e no cap. XXV, pt. 3, do livro O problema do ser, do
destino e da dor, de Léon Denis, ed. FEB. Em 5.7.2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário