Antes da Desencarnação
Livro: Dimensões da Verdade
Joanna de Ângelis & Divaldo Pereira Franco |
Não esperes os "sinais da morte" em aproximação para que penses nos programas nobilitantes da vida, que não foram executados. Nem constranjas os outros, à hora final, com as confissões de "alívio da consciência" para que consigas uma entrada tranqüila no país do além-túmulo... É muito generalizada a crença de que no instante da despedida se dissipam mágoas e azedumes sob o encantamento mágico da desencarnação, mediante acordos improcedentes... Muitos moribundos que dispõem de voz, antes do grande coma, arrolam despedidas e acenam adeuses, apresentando as "últimas vontades" com as quais se vinculam, após a partida, aos que se acumpliciaram em atendê-los, alongando a enfermidade nos tecidos sutis do perispírito e gerando delicados processos de obsessão pertinaz nos que ficaram.
Outros mais, ante a mensagem-aviso desencarnatório preparam-se apressadamente, para desanuviarem a mente sombreada de remorsos, expondo os erros em que incidiram e rogando perdão... Todavia, em recuperando a saúde por impositivo de continuação das lutas na forma física, retornam aos velhos sítios onde se compraziam, recomeçando, ávidos, o comércio com a loucura a que se reentregam... A máquina funciona com eficiência enquanto a engrenagem se demora em harmonia. Desengonçada, emperra, com prejuízo para a produção. Vigorosos cabos sustentam pesos colossais ao império da estrutura bem elaborada. Enfraquecidos pelo uso, perdem a finalidade, ameaçando a segurança. Instrumentos sensíveis colaboram eficazmente para elaborações nobres. Desajustados levemente, tornam-se danosos a qualquer cálculo e realização. Todas as peças do engenho humano gozam de um período hábil de utilidade, depois do que não merecem confiança. Algumas alongam o prazo da previsão. Outras, reparadas, servem mais demoradamente.
Movimenta a máquina físico-mental sob o beneplácito da saúde fazendo o melhor ao teu alcance. Retornando da enfermidade serão menores as probabilidades de êxito.
Mesmo que te tranqüilizes aparentemente por transferência de responsabilidade para outrem, despertarás, após a viagem, como és, com o que tens, como agiste durante o período previsto para a tua finalidade pelo Excelso Concessionário. O Evangelista Lucas, no versículo 2 do Capítulo 16, narrando a Parábola do Mordomo infiel, refere-se ao impositivo de "dar conta da administração". A vida física é posse transitória da Fazenda Divina, de que terás de dar conta.
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Eternidade
domingo, 3 de março de 2013
Antes da Desencarnação
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