O cristão é um combatente ativo.
Despertando no campo do Senhor, aturde-se-lhe a visão com a amplitude e complexidade do trabalho.
Dificuldades, tropeços, cipoais, ervas daninhas…
E o Evangelho, com propriedades de conceituação, elucida que não se pode vindimar nos espinheiros.
Entretanto, teria Jesus assumido a paternidade de semelhante afirmativa para que cruzemos os braços em falsa beatitude?
Se o terreno permanece absorvido pelos abrolhos, o discípulo recebeu inúmeras ferramentas do Mestre dos mestres.
Indispensável, pois, enfrentar o serviço.
O Cristo encarou, face a face, o sacrifício pela Humanidade inteira.
Será a existência de alguns espinheiros a causa de nossos obstáculos insuperáveis?
Não. Se hoje é impossível a vindima, ataquemos o chão duro. Lavremos o solo árido. Adubemos com suor e lágrimas.
Haverá sempre chuvas fecundantes do Céu ou generosos mananciais da Terra, abençoando-nos o esforço.
A Divina Providência reside em toda parte.
Não olvidemos o imperativo do trabalho e, depois, em lugar dos abrolhos, colheremos o fruto suave e doce da videira.
Fonte: XAVIER, Francisco C. Caminho, verdade e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 1. ed. 11. imp. Brasília: FEB, 2016. cap. 121.