"A reforma que Allan Kardec realizou no mundo não teve nem poderia ter um sentido de aglutinamento de multidões. Foi uma reforma pacífica e persuasiva a fim de formar homens convictos e não crentes devotos. Foi um reformador prudente, perseverante e profundo. Realizou uma reforma de costumes sem se julgar um ser carismático. Allan Kardec tinha características espirituais para compreender e avaliar as fraquezas humanas, como tinha bom senso para ensinar sem ferir, pois sabia, como bom observador, como psicólogo da vida, que o ser humano não se corrige por ameaças nem por lições de moral condenatória. É necessário que a luz do conhecimento penetre na alma e que a vontade de não errar mais se desenvolva e fortifique a convicção, pela experiência vivida. É problema individual. Cada qual tem o seu momento psicológico para despertar, cada qual tem a sua pedra de toque para caminhar. (...)
Mostrou, sem subterfúgios, sem artifícios, que nos basta a observância dos ensinos do Cristo, e eis a moral mais pura e duradoura. (...)
A glória de Allan Kardec permanece inabalável, por que é uma glória sem crepúsculo, uma glória que se nutre da riqueza do espírito e não se confinou nas limitações históricas. E, por isso mesmo, ele é hoje um sol que ilumina a humanidade pelos clarões do espírito."
(por Deolindo Amorim)
(Excerto da exposição apresentada no Instituto de Cultura Espírita do Brasil. Allan Kardec: o homem; a época; o meio; as influências; a missão. 2 ed. Publicação do Instituto de Cultura Espírita de Juiz de Fora, 1976. p. 32 a 37)
Nenhum comentário:
Postar um comentário