Eternidade

Eternidade

sábado, 27 de junho de 2015

Perdoados, mas não limpos.



Em nossas faltas, na maioria das vezes somos imediatamente perdoados, mas não limpos. Somos perdoados pelo fel da maledicência. Mas a sombra que lançamos na estrada alheia permanece dentro de nós por agoniado constrangimento.

Somos perdoados pela brasa da calúnia. Contudo, o fogo que arremessamos na cabeça do próximo passa a nos incendiar o coração. Conseguimos o perdão pela grave ofensa que fizemos. Entretanto, a pedra atirada ao irmão de caminhada volta, com certeza, a golpear-nos o próprio ser.

Somos perdoados pela falha de vigilância. Mas o prejuízo em nossos vizinhos cobre-nos de vergonha. Obtivemos perdão pela manifestação de fraqueza. Mas o desastre que provocamos é dor moral que nos segue os dias.

Somos perdoados por todos aqueles a quem ferimos, no delírio da violência. No entanto, onde estivermos, é preciso extinguir os monstros do remorso que os nossos pensamentos articulam, desarvorados.

A chaga que abrimos na alma de alguém pode ser luz e renovação nesse mesmo alguém. Ele compreende, perdoa e se eleva. Contudo, essa mesma chaga de aflição segue a pesar em nossa vida.

Injúria aos semelhantes é flagelo mental que nos chicoteia. A serpente carrega consigo o veneno que veicula. O escorpião guarda em si próprio a carga venenosa que segrega.

Podemos ser ridicularizados, atacados, perseguidos ou dilacerados. Mas evitemos o mal, ainda quando ele assuma a feição de defesa. Porque todo o mal que fizermos aos outros é mal a nós mesmos.

No contexto da vida maior, ninguém fere sem se ferir. Quase sempre, aqueles que passaram pelos golpes de nossa irreflexão já nos perdoaram.

Com esse proceder, repletaram-se de paz e seguiram em frente. Abençoados pelo perdão que concederam, brilham nos planos superiores da existência. No entanto, pela lei da correspondência, ruminamos, por tempo indeterminado, os quadros sinistros que nós mesmos criamos.

Cada consciência vive e progride entre os seus próprios reflexos. Pureza, bondade e perdão são recompensas em si mesmas. Traição, crueldade e calúnia são sempre um problema de quem as elege para si porque cada consciência traz em si o seu paraíso ou o seu inferno.

Em decorrência, no plano espiritual, até que se redima, é muito triste a situação de quem se fez culpado. Com a consciência desperta e vibrante, sente-se na presença constante de suas vítimas e isso lhe constitui um suplício cruel.




Para evitar viver algo semelhante, basta eleger o bem como padrão de conduta.
Pense nisso!

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Emmanuel (Espírito) & Chico Xavier (Médium)
Obra: Justiça Divina

quinta-feira, 25 de junho de 2015

ADVERTÊNCIA DE AMOR



Fala-nos, o Evangelho do Senhor, que nos futuros dias, por Ele previstos, a dor ganharia dimensões inimagináveis, arrastando multidões ao abismo, ao desespero, fazendo que o delírio e o desequilíbrio aturdissem a Humanidade.
Na simbologia profética, Ele caracterizou as horas terríveis, vestindo-as de alegorias.
Vivemos hoje esses dias prometidos, sem nenhum retoque nem disfarce.
Anunciam-se as horas graves da transformação dos homens, da mudança vibratória do Planeta.
Ninguém se engane ou engane a outrem.
Clareados pela razão da fé espírita, tenhamos a lucidez do discernimento, a perseverança da convicção e a coragem de porfiar fiéis até o fim.
O martirológio prossegue atual; o circo aumentou as suas dimensões; o suplício variou de forma, porém os testemunhos à verdade, ao progresso, são os mesmos.
 
Cultiva a paciência, mantendo, alto e nobre o ideal da fé espírita.
Não reajas pelo hábito de reagires. Age pela consciência do equilíbrio.
Não podes ser confundido com aqueles que perderam a fé, que desconhecem o Reino de Deus e se utilizam dos mesmos mecanismos vis para a sobrevivência inglória no
corpo e os triunfos mentirosos da ilusão.
A consciência de fé proporciona a harmonia da paz, e nela a felicidade real.
Convidado ao debate injusto, ao duelo nas disputas inglórias do corpo, renuncia à presunção e sê simples como as aves dos céus, os lírios do campo, confiante em Deus.

Nenhum tesouro que se equipare ao bem-estar da consciência reta e pacificada, em harmonia com os Decretos Divinos.
Amando o bem no lar, nos grupos sociais, de trabalho e religioso, e na comunidade, o cristão é uma carta viva de Jesus. Nela deve estar presente o Código que foi apresentado na montanha, como diretriz de equilíbrio para os outros, a exteriorizar-se de si próprio.
Não te permitas contaminar pelo bafio pestilento da loucura que a todos atinge.
Vitimado, banha-te na água lustral do Evangelho; retempera o ânimo; recompõe a atividade; volta à paz.
Vale o esforço a fim de que não fiques na retaguarda, com os elos escravizantes retendo-te na imposição, para um retorno amargurado.

Avançar é a meta; seguir sempre é a diretriz.
Não faltarão provocações e tentações, porque estes são dias de loucura. Não te deixes enlouquecer.
São horas de agressividade. Não te permitas enfurecer.
São momentos de tragédia. Não queiras sucumbir nas mãos dos maus, por motivos que não se justificam.
Sucumbir, somente pela glória do serviço a Deus, do irrestrito dever da caridade na vivência suprema do amor.
Ora mais, mais um pouco. Vigia mais, advertido quanto ao rolo compressor que avança inexorável, esmagando os distraídos.
Os tempos, por fim, chegaram, mas recorda-te, Jesus está conosco.


A ação do Bem é sempre discreta e contínua, com metas bem-definidas.
Não se deixa entorpecer, quando não compreendida, nem estaciona diante dos obstáculos.
Porque não almeja promoções pessoais nem apoia individualismos, sempre se renova sem fugir às bases, perseverando tempo afora.
Quando os ressentimentos aparecem, de imediato são diluídos no próprio trabalho, não havendo lugar para que se atirem espículos venenosos, umas contra as outras pessoas.
Jesus é o exemplo máximo que deve servir de Modelo, porquanto, mesmo ultrajado, perseguido sistematicamente, perseverou até o fim.
Se te vinculas a Ele, perceberás o Seu ânimo invadir-te o organismo, e nada poderá impedir-te de seguir adiante.
Não te preocupes em criar novidades que promovem o ego, mas sustentarás o belo, o bom e o nobre onde estejam.
Vitalizado por essa Energia, terás resistência para vencer as tentações da inferioridade moral, tornando-te um pouso de esperança para os desalentados e um estímulo para que se ergam os caídos, experimentando grande felicidade em tudo quanto faças, onde quer que te encontres.
 
 
Do livro "Desperte e seja feliz" - Divaldo / Joanna de Ângelis

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Mensageiros da Boa Nova




Se chora quase a humanidade inteira
e escutas o lamento, o grito e o pranto,
prossegue em teu caminho manso e santo.
  seja a tua voz do Cristo a mensageira.

Não recues ante a crítica ou o espanto
sê luz dentro da treva passageira 
leva alívio à dor que de ti se abeira
e entrega qual Jesus teu próprio manto.

Que estrelas da Boa Nova, passo a passo,
cintilarão no céu de cada espaço,
de oficinas, escolas, templos, lares.

Mas a estrela do amor, teu lema e guia,
será o espelho das almas quando um dia
setenta vezes sete perdoais.


Poema do Espírito Auta de Souza, 
ditado e psicografado em 25.04.2013, em Curitiba,
por uma companheira do Grupo Eurípedes Barsanulfo.


Coragem para mudar



Muitos dos conflitos que afligem o ser humano decorrem dos padrões de comportamento que ele próprio adota em sua jornada terrestre.

É comum que se copiem modelos do mundo, que entusiasmam por pouco tempo, sem que se analisem as consequências que esses modos comportamentais podem acarretar.

Não se tem dado a devida importância ao crescimento e ao progresso individual dos seres.

Alguns crêem que os próprios equívocos são menores do que os erros dos outros.

Outros supõem que, embora o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para eles.

Iludem-se no sentido de que a severidade das leis da consciência atingirá somente os outros.

Embriagados pelo orgulho e pelo egoísmo deixam-se levar pelos desvarios da multidão sem refletir a respeito do que é necessário realmente buscar-se.

* * *

É chegado o momento em que nós, espíritos em estágio de progresso na Terra, devemos procurar superar, de forma verdadeira, o disfarçado egoísmo, em busca da inadiável renovação.

Provocados pela perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos resguarda a tranquilidade.

Gastemos nossas energias excedentes na atividade fraternal e voltada à verdadeira caridade.

Cultivemos a paciência e aguardemos a benção do tempo que tudo vence.

Prossigamos no compromisso abraçado, sem desânimo, sem vãs ilusões, confiando sempre no valor do bem.

É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores.

Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, passados os primeiros momentos.

Aprendamos a controlar nossas más inclinações e lograremos vencer se perseverarmos no bom combate.

Convertamos sombras em luz.

Modifiquemos hábitos danosos, em qualquer área da existência, começando por aqueles que pareçam mais fáceis de serem derrotados.

Sempre que surgir a oportunidade, façamos o bem, por mais insignificante que nosso ato possa parecer.

Geremos o momento útil e aproveitemo-lo.

Não nos cabe aguardar pelas realizações grandiosas, e tampouco podemos esperar glorificação pelos nossos acertos.

O maior reconhecimento que se pode ter por fazer o que é certo é a consciência tranquila.

Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço

Trabalhemos nossa própria intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nó mesmos.

Valorizemos nossas conquistas, sem nos deixarmos embevecer e iludir por essas vitórias.

Há muitas paisagens, ainda, a percorrer e muitos caminhos a trilhar.

Somente a reforma íntima nos concederá a paz e a felicidade que almejamos.

A mudança para melhor é urgente, mas compete a cada um de nós, corajosa e individualmente, decidir a partir de quando e como ela se dará.



Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

quarta-feira, 17 de junho de 2015

APARÊNCIAS


"A árvore que produz maus frutos não é boa, e a árvore que produz bons frutos não é má; 
porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. 
Não se colhem figos dos espinheiros e não se cortam cachos de uva de sobre as sarças..."
(Cap. XXI, item 1.)


Fugimos constantemente de nossos sentimentos interiores por não confiarmos em nosso poder pessoal de transformação e, dessa forma, forjamos um "disfarce" para sermos apresentados perante os outros.

Anulamos qualquer emoção que julgamos ser inconveniente dizendo para nós mesmos: "Eu nunca sinto raiva", "Nunca guardo mágoa de ninguém", vestindo assim uma aparência de falsa humildade e compreensão.

Máscaras fazem parte de nossa existência, porque todos nós não somos totalmente bons ou totalmente maus e não podemos fugir de nossas lutas internas. Temos que confrontá-las, porque somente assim é que desbloquearemos nossos conflitos, que são as causas que nos mantêm prisioneiros diante da vida.

Devemos nos analisar como realmente somos.

Nossos problemas íntimos, se resolvidos com maturidade, responsabilidade e aceitação, são ferramentas facilitadoras para construirmos alicerces mais vigorosos e adquirirmos um maior nível de lucidez e crescimento.

Não devemos nunca mantê-los escondidos de nós próprios, como se fossem coisas hediondas, e sim aceitar essas emoções que emergem do nosso lado escuro, para que possamos nos ver como somos realmente.

Por não admitirmos que evoluir é experimentar choques existenciais e promover um constante estado de transformação interior é que, às vezes, deixamos que os outros decidam quem realmente somos, colocando-nos, então, num estado de enorme impotência perante nossas vidas.

A maneira como os outros nos percebem tem grande influência sobre nós. Amigos opressores, religiosos fanáticos, pais dominadores e cônjuges inflexíveis podem ter exercido muita influência sobre nossas aptidões e até sobre nossa personalidade.

Portanto, não nos façamos de superiores, aparentando comportamentos de "perfeição apressada"; isso não nos fará bem psiquicamente nem ao menos nos dará a oportunidade de fazer autoburilamento.

Deixemos de falsas aparências e analisemos nossas emoções e sentimentos, aprimorando-os. Canalizadas nossas energias, faremos delas uma catarse dos fluxos negativos, transmutando-as a fim de integrá-las adequadamente.

Aceitar nossa porção amarga é o primeiro passo para a transformação, sem fugirmos para novo local, emprego ou novos afetos, porque isso não nos curará do sabor indesejável, mas somente nos transportará a um novo quadro exterior. Os nossos conflitos não conhecem as divisas da geografia e, se não forem encarados de frente e resolvidos, eles permanecerão conosco onde quer que estejamos na Terra.

Para que possamos fazer alquimia das correntes energéticas que circulam em nossa alma, procedamos à auto-observação e à auto-análise de nossa vida interior, sem jamais negar a nós mesmos o produto delas.

Lembremo-nos de que, por mais que se esforcem as más árvores para parecer boas, mesmo assim elas não produzirão bons frutos. Também os homens serão reconhecidos, não pelos aparentes "frutos", não por manifestarem atos e atitudes mascarados de virtudes, mas por serem criaturas resolvidas interiormente e conscientes de como funciona seu mundo emocional.

Somente pessoas com esse comportamento estarão aptas a ser árvores produtoras de frutos realmente bons.

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Ditado por Hammed,
Médium Francisco do Espírito Santo Neto
Obra: Renovando Atitudes.

domingo, 14 de junho de 2015

Ponte de Luz




Aquinhoado pela faculdade mediúnica, rejubila-te e aplica-a a serviço da finalidade a que se destina.
 
Rogaste a Deus a oportunidade de reabilitar-te de incontáveis desaires que te permitiste em jornadas pretéritas ao lado de crimes, alguns hediondos.
 
Por considerares a gravidade do comportamento, percebeste que a recuperação moral poderia dar-se pela colheita de sofrimentos defluentes dos gravames cometidos, como normalmente acontece.
 
Podias, no entanto, eleger os fenômenos tormentosos das enfermidades dilaceradoras, dos padecimentos morais que produzem consumpção interna, dos delicados mecanismos da solidão e das perseguições implacáveis das tuas vítimas, em rudes obsessões, afastando-te da trilha do equilíbrio e dos deveres a que te vinculas.
 
Também descobriste que o amor anula o ódio, a multidão de pecados, e as bênçãos da caridade diluem as construções do mal, pelo proporcionar da paz onde quer que se apresente.
 
Sob a inspiração do teu anjo tutelar, elegeste a mediunidade, a fim de manteres intercâmbio seguro com a Esfera imortal, de modo que não olvidasses a tua procedência. Concomitantemente, compreendeste que poderias reparar o mal através do bem, recuperando-te dos graves deslizes.
 
Antes do renascimento, passaste pelas regiões de sombra e de dor, onde foste resgatado e conduzido para educandários de regeneração, a fim de treinares bondade e reorganizares as paisagens mentais e morais.
 
Conquistaste, desse modo, a misericórdia da faculdade mediúnica, a princípio atormentada pelos conflitos que te ressumavam, como é natural, de modo a trabalharem os valores éticos que te facultassem a sintonia com a Erraticidade superior, de onde procedem as inspiração e a diretriz do trabalho.
 
Naturalmente, como efeito dos danos que a ti próprio causaste, foste programado com alguns problemas que te demonstrariam a própria fragilidade, a expressar-se em dores de vário porte.
 
Mediante a conjuntura aflitiva, sentiste necessidade de buscar a harmonia, e a mediunidade distendeu-te os valiosos recursos para a ação do inefável bem.
 
No universo nada permanece fora das leis de equilíbrio, especialmente os acontecimentos morais que são de primacial importância no desenvolvimento do ser espiritual.
 
Esforça-te por aprimorar a aptidão orgânica ao teu alcance, por intermédio da tua automoralização, a fim de te equipares com os valiosos recursos do amor, para a enfermagem da iluminação dos Espíritos infelizes. Não somente daqueles aos quais prejudicaste, mas também aos outros irmãos desafortunados, que pululam em volta da Terra.
 
Cada contribuição iluminativa que lhes ofertes, acenderá uma estrela na noite imemorial do teu processo evolutivo.
 
Desse modo, serve sem enfado, alegre e jovial, pela honra da autoedificação.

*   *   *

Os sofrimentos que te excruciam, lapidam as imperfeições espirituais que carregas nos refolhos do ser.
 
Não reclames. Eles são necessários para a tua quitação de débitos perante as leis cósmicas.
 
Evita pensar que jamais se acabarão.
 
Contempla o algoz deste momento, quando defrontado por ele em atitude que te dilacera a alma, irradiando a compaixão em seu favor.
 
Aprende, ante a sua indignação, a paciência e a misericórdia.
 
Esses impulsos agressivos são a catarse de dramas íntimos que ele não sabe identificar e os expele como lava de vulcão que explode para renovar a paisagem.
 
Tu sabes que ele é vítima das circunstâncias que o aturdem com os seus conflitos camuflados e de alta gravidade.
 
Usa, nesses momentos, a mediunidade, olha o agressor e, compadecido, envolve-o em preces.
 
Não discutas, porque ele se encontra fora de si, sem raciocínio lúcido nem discernimento, não raro sob ação de perversos adversários que lhe conspiram contra a harmonia e a felicidade.
 
Trata-se de alguém perdido no matagal e que necessita gritar por socorro sem sequer saber como fazê-lo.
 
A mediunidade de que é portador diminui a carga dos agressores, porque ao se utilizarem das tuas energias, diminuem o impacto da alucinação.
 
Continua na tua condição de ponte de luz.
 
No diário, já elegeste recuperar vidas, e esse fenômeno de amor é também mediúnico, porque as tuas forças são utilizadas pelos benfeitores espirituais, a fim de auxiliarem essas aves implumes que agasalhas no ninho do coração.
 
Todo fenômeno mediúnico é de natureza específica na área das afinidades. Portanto, de acordo com a sintonia com Jesus, tornas-te cireneu, auxiliando os irmãos do Calvário a conduzir a sua cruz libertadora.
 
Mergulha, pois, nas Fontes inexauríveis do amor de Deus em teu mundo íntimo, dulcifica-te, ajuda e frui a felicidade da reabilitação.
 
Prossegue sem desânimo, nem qualquer tipo de temor.
 
A mediunidade é concessão divina destinada a propiciar o crescimento do Espírito, para que este exerça a beneficência, autoiluminando-se.
 
Ao conduzi-la com harmonia íntima, estarás sempre médium e não apenas o serás nos momentos especiais dedicados ao seu exercício.
 
Derruba quaisquer impedimentos ambientais, físicos, emocionais e psíquicos, e prossegue como ponte de luz a serviço do Amor.

*   *   *

A sociedade, que tantas glórias alcançou na área da Ciência e da Tecnologia ao conquistar o amor, prepara-se para ampliar os recursos das faculdades mediúnicas, a fim de que as cortinas densas, que se interpõem entre as esferas, física e espiritual, sejam diluídas, permitindo o trânsito com ampla facilidade para ambas.
 
Não fujas às lutas redentoras, porque elas sempre estarão à tua frente à espera de atendimento.
 
Toma como modelo Jesus, o Médium de Deus, e deixa que transitem pela tua ponte os filhos da agonia sob a proteção dos excelsos guias da humanidade.

Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica
da noite de 18 de março de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção,
 em Salvador, Bahia.
Em 25.5.2015.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Aplicador de Passe - Servidor de Jesus


Pousa a tua mão sobre 
o doente e acalma a dor, 
afirmando que a dor 
desaparece.

A frase, encontrada em velho papiro egípcio, demonstra que, desde muito, o homem conhecia o poder da imposição das mãos, ou seja, a transmissão de fluidos, a fim de beneficiar a outrem, conferindo-lhe saúde física.

Os seguidores do Cristo, conforme Seu exemplo, impunham suas mãos sobre os doentes para os curar. O Apóstolo Pedro, conforme descrição de Atos 3:1-11 cura o coxo que mendigava à porta do templo, pelo olhar e a vontade: Não tenho ouro, nem prata, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus Nazareno, levanta-te e anda.

Barnabé e Paulo de Tarso realizavam curas através da imposição de mãos.

A Doutrina Espírita, ao estabelecer o estudo a respeito dos fluidos, neutros em sua origem, e a possibilidade de se transmitir o fluido vital a outrem (O Livro dos Espíritos, comentário à resposta da questão 70), oferta a grande oportunidade de todos nos tornarmos servidores do Bem, no processo de amenizar dores e proporcionar curas.

A atividade do passe, portanto, talvez seja, dentre tantas outras, nas Casas Espíritas, a mais exercida, desde que é ofertada nas reuniões públicas de palestras, nas reuniões da Juventude Espírita, na Evangelização Espírita Infantil, nos grupos de estudo, nas reuniões mediúnicas etc.

Os que a exercem, por vezes, na continuidade dos meses e dos anos, passam a executá-la de forma quase mecânica, olvidando alguns cuidados preciosos para o pleno êxito dos objetivos da tarefa.

Em verdade, a faculdade de curar pela imposição das mãos deriva de uma força excepcional de expansão fluídica, mas diversas causas concorrem para alimentá-la, entre as quais são de colocar-se, na primeira linha: a pureza dos sentimentos, a saúde física, consequência da conduta moral equilibrada, o desinteresse, a benevolência, o desejo ardente de proporcionar alívio e disciplinas espartanas em relação a alcoólicos, fumo e outras drogas, automedicação, comportamento sexual, entre outros.

Jesus asseverou: Bem-aventurados os que têm puro o coração, porque serão chamados filhos de Deus. Naturalmente que todos, por termos emanado da mesma fonte criadora, somos filhos de Deus. Contudo, a advertência crística se refere a uma especial filiação: a dos que, laborando as deficiências de caráter, se alcandoram a degraus superiores, destoando do comum das criaturas.

São os que não utilizam a sua boca para disseminar a calúnia, a malquerença, a maledicência, o desamor. Ao contrário, encontram palavras precisas para lembrar do que é positivo, altruísta e engrandecedor.

Pessoas assim transmitem uma aura de paz, cuja simples presença tem o condão de beneficiar a quem se lhes aproxime.
Todo trabalhador cuida muito bem de suas ferramentas. Dessa forma, o aplicador do passe terá redobrados cuidados com a própria saúde física, atendendo aos preceitos da boa alimentação, sem exageros de qualquer ordem, com atenção ao repouso devido à máquina orgânica, com visitas periódicas a médico e atenção às suas prescrições de exames e medicamentos.

O fluido vital, aprendemos, mantém-se, durante a vida física, graças ao trabalho dos órgãos e encontra seu abastecimento pela respiração, alimentação, exercícios físicos e espirituais.

No passe, associa-se aos fluidos espirituais, a fim de beneficiar o interessado, eis porque a sua qualidade deve ser a melhor.

Ao trabalhador do passe, cabe, pois, preservar-se do uso de alcoólicos, por exemplo. Defendem alguns, a sua utilização, e se servem de textos bíblicos, tentando justificar a sua própria vontade de não abandonar algo que lhe apraz. Com certeza, encontramos referências ao vinho, em textos do Antigo e do Novo Testamento. Entretanto, algumas observações detalhadas se fazem necessárias.

Em hebraico, Tirosch ou Mosto, traduzido, quer dizer vinho, mas não bebida fermentada. Isaías, 65:8 faz referência ao mosto ainda dentro do cacho da vida. Provérbios, 3:10 reporta-se ao mosto, como o suco doce recém colhido – transbordarão de mosto os teus lagares.

A palavra hebraica para descrever bebida forte, ou seja, o vinho fermentado, é Shekar. E lemos em I, Samuel 1:15, as palavras de Ana, grávida: Nem vinho e nem bebida forte tenho bebido. Segundo o Levítico, 10:9, a bebida forte era incompatível com o serviço a Deus, pois os encarregados de atividades no Santuário não podiam beber.

Dessa mesma forma, deve se entender que, no episódio das Bodas de Caná, Jesus transformou a água em Tirosch, o puro suco da uva, o vinho de melhor qualidade. Nem se poderia esperar do Ser puro algo diverso.

Lucas, 1:15 escreve que o anjo do Senhor disse ao sacerdote Zacarias que João [o Batista] seria  grande diante do Senhor,e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe. A total abstinência é a posição a ser assumida por aqueles que estão trabalhando pela implantação do Reino de Deus na Terra.

Se, diariamente, o aplicador de passe se prepara física e espiritualmente para a atividade, não pode esquecer que o passe é um ato de amor e deve ser transmitido no clima que este sentimento propicia a quem o cultiva.

Isto envolve a alegria de servir, o entusiasmo de ser útil,  de sentir-se solidário com o próximo; é todo um exercício de amar.

Ser aplicador de passe é ser trabalhador de Jesus, é ter recebido a alta condecoração de servidor, com a possibilidade de captar das esferas superiores as benesses maiores a fim de as direcionar aos que se colocam sob seus cuidados.
Por isso, distende as mãos com inusitada alegria, ora e espalha bênçãos generosas de saúde, de paz, de tranquilidade ao enfermo, ao desassossegado, ao necessitado de qualquer jaez, sem esperar encômio algum.

O seu é o prazer de servir. E comparece ao serviço, com o coração em festa, honrado com a chance de servir, em nome do Cristo. Ora e se entrega, tornando-se dínamo de luz, dilatando as próprias condições, secundado pelos Espíritos encarregados da atividade.

Aplicadores de passe, sirvamos! 

Fonte; http://www.mundoespirita.com.br/

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Jesus para o Homem (62)



Jesus para o Homem  (62)




“E achado em forma como homem, humilhou-se a si mesmo,
sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” – Paulo.
(Filipenses, 2:8)
O Mestre desceu para servir,
Do esplendor à escuridão...
Da alvorada eterna à noite plena...
Das estrelas à manjedoura...
Do infinito à limitação...
Da glória à carpintaria...
Da grandeza à abnegação...
Da divindade dos anjos à miséria dos homens...
Da companhia de gênios sublimes à convivência dos pecadores...
De governador do mundo a servo de todos...
De credor magnânimo a escravo...
De benfeitor a perseguido...
De salvador a desamparado...
De emissário do amor a vítima do ódio...
De redentor dos séculos a prisioneiro das sombras...
De celeste pastor à ovelha oprimida...
De poderoso trono à cruz do martírio...
Do verbo santificante ao angustiado silêncio...
De advogado das criaturas a réu sem defesa...
Dos braços dos amigos ao contato de ladrões...
De doador da vida eterna a sentenciado no vale da morte...
Humilhou-se e apagou-se para que o homem se eleve e brilhe para sempre!
Oh! Senhor, que não fizeste por nós, a fim de aprendermos o caminho da Gloriosa Ressurreição no Reino?

Por Emmanuel e Chico Xavier, livro Pão nosso.