O AUXÍLIO DO ALTO
O Ser Humano evoca o auxílio da Espiritualidade Superior em seus 
momentos de dificuldade. Cada qual a seu modo e segundo a crença ora, 
buscando merecer a misericórdia divina para se livrar do mal e de suas 
próprias e assumidas tentações. Mas nem sempre, ou melhor dizendo, quase
 nunca, se apercebe auxiliado. Aquele que pretendia um resultado 
iminente não associa seu pedido ao atendimento que tardou. Outro nada 
faz por merecer ou insiste num pedido cuja satisfação lhe será 
prejudicial ao desenvolvimento espiritual, e quando recebe dádiva 
diferente não consegue associá-la às súplicas.
De qualquer sorte, todos os que o fazem estão convictos a respeito da
 intervenção dos Espíritos porque, do contrário, seria assumir uma 
estultice. Essa convicção resulta do conhecimento, ainda que incipiente 
dos informes transmitidos pelos profetas, contidos na Bíblia, 
especialmente em o Novo Testamento. Alguns exemplos: 1 – a volta de 
Elias foi anunciada por um “anjo” que disse a Zacarias: “não temas, 
porque tua oração foi ouvida e Izabel, tua mulher, dará à luz um filho, e
 lhe porás o nome de João. […] e irá adiante dele no espírito e virtude 
de Elias” (Lucas, 1:11 a 13); 2 – outro “anjo” aconselhou o centurião 
Cornélio a mandar chamar a Pedro para um auxílio de urgência: “Agora, 
pois, envia homens a Jope, e manda chamar a Simão, que tem por sobrenome
 Pedro. Este está com um certo Simão, o curtidor, que tem a sua casa 
junto do mar. Ele te dirá o que deves fazer” (Atos, 10:20 e 21). 
Recordemos que neste caso, o beneficiado deixou claro que o mensageiro 
espiritual era “um varão com vestes resplandecentes”, de sorte que não 
poderia ser confundido com um encarnado; 3 – o apóstolo Pedro livrou-se 
das correntes e da prisão também graças a um “anjo”. O episódio é 
narrado em Atos, 12:7 e 8), com detalhes. “E eis que sobreveio o anjo do
 Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o
 despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as 
cadeias. E disse-lhe o anjo: cinge-te e ata as tuas sandálias. E ele o 
fez assim. Disse-lhe mais: Lança às costas a tua capa, e segue-me”.
Inumeráveis foram as incursões de pesquisadores ao longo dos séculos 
para descortinar a verdade que se ocultava – e ainda se pretende manter 
obscurecida – acerca desses “anjos” e sobre suas atribuições junto aos 
que jazem prisioneiros do corpo físico. O Consolador prometido por Jesus
 abriu o leque do conhecimento, já no primeiro livro editado por Allan 
Kardec, em 18 de abril de 1857. Em O Livro dos Espíritos, de acesso 
fácil a todos os níveis de intelectualidade, encontram-se explicações 
irrefutáveis fornecidas pelas entidades espirituais que amorosa e 
pacientemente responderam às indagações do Codificador, qual se vê no 
Capítulo 9, primeira e segunda partes (perguntas 456 a 472).
Outras tantas fontes de conhecimento sobre o Mundo Espiritual 
espocaram em várias partes do Planeta, ratificando as experiências e as 
teorias. Mas foi com a colaboração do Espírito André Luiz, através da 
mediunidade do incansável Chico Xavier, que essa realidade despertou as 
mentes mais resistentes. Do conjunto de sua magnifica obra doutrinária 
complementar, prenhe de explicações científicas para cada caso 
examinado, extraímos exemplos marcantes que bem elucidam o presente 
estudo.
Em Os Mensageiros há referência expressa a serviços específicos para 
atendimento e encaminhamento de Espíritos necessitados, os quais contam 
com garantias institucionais e sistema hierárquico para cumprimento dos 
projetos divinos em face das criaturas. Também aponta uma ocorrência 
tipicamente humana, da qual os prestimosos socorristas extraíram essa 
preciosa lição: “…um homem jazia por terra, numa poça de sangue, ao lado
 de pequeno veículo sustentado por um muar impaciente, dando mostras de 
grande inquietação. Dois companheiros encarnados prestavam socorro ao 
ferido, apressadamente [..]. O número de desencarnados que auxiliava o 
pequeno grupo, todavia, era muito grande. Um amigo espiritual que me 
pareceu o chefe, naquela aglomeração, recebeu Aniceto e a nós com 
deferência e simpatia, explicou rapidamente a ocorrência. O carroceiro 
havia recebido a patada de um burro e era necessário socorrer o ferido. 
Serenada a situação, vi o referido superior hierárquico chamar um guarda
 do caminho, interpelando: – Glicério, como permitiu semelhante 
acontecimento? Este trecho da estrada está sob sua responsabilidade 
direta. O subordinado, respeitoso, considerou sensatamente: – Fiz o 
possível por salvar este homem, que, aliás, é um pobre pai de família. 
Meus esforços foram improfícuos, pela imprudência dele. Há muito procuro
 cercá-lo de cuidados, sempre que passa por aqui; entretanto, o infeliz 
não tem o mínimo de respeito pelos dons naturais de Deus. É de uma 
grosseria inominável para com os animais que o auxiliam a ganhar o pão. 
Não sabe senão gritar, encolerizar-se, surrar e ferir. Tem a mente 
fechada às sugestões do agradecimento. Não estima senão a praga e o 
chicote. Hoje, tanto perturbou o pobre muar que o ajuda, tanto o 
castigou, que pareceu mais animalizado… Quando se tornou quase 
irracional, pelo excesso de fúria e ingratidão, meu auxílio espiritual 
se tornou ineficiente. Atormentado pelas descargas de cólera do 
condutor, o burro humilde o atacou com a pata. Que fazer? Minha 
obrigação foi cumprida…”
A par da lição sobre o desequilíbrio humano diante dos fatos da vida,
 em prejuízo do auxílio espiritual, avulta a convicção de que todas as 
criaturas são assistidas em suas necessidades, por obreiros espirituais 
que cumprem os deveres que lhe estão afetos, não importa onde. Se numa 
estrada erma de um lugar distante, em condições precárias de atendimento
 médico há Espíritos encarregados de assistir aos poucos encarnados que 
por ali passavam, é intuitivo que em logradouros de maior movimento haja
 grupos socorristas mais amplos fazendo o que esteja ao seu alcance para
 atender a todas as ocorrências e mesmo para evitá-las, quando possível.
Sim, evitar é possível, tanto que as condições sejam favoráveis. Há 
incontáveis situações concretas em que alguém se viu impedido, em 
virtude de incidentes muitas vezes inexplicáveis, de embarcar num avião 
que findou por se acidentar, matando todos os ocupantes, ou num navio 
que foi a pique, levando para o fundo do mar centenas de corpos de 
passageiros e tripulantes. Em No Mundo Maior, o mesmo autor espiritual 
revela a intervenção do Espírito Calderaro para impedir o suicídio de 
uma jovem chamada Antonina (Cap. 13), ocorrência essa semelhante àquela 
que se dá na ambiência física quando alguém interfere com ascendência 
moral diante da tortura íntima de outrem. Certo é que ninguém é órfão do
 amparo divino, o qual se efetiva em benefício da criatura através das 
entidades espirituais, hoje e sempre, em toda parte.
As questões acima têm a ver com a sintonia que se estabelece entre as
 entidades espirituais – sempre atentas – e o assistido encarnado; com o
 grau de necessidade da experiência para o desenvolvimento espiritual do
 encarnado, segundo seja o seu plano de vida adrede traçado; e também 
com os méritos adquiridos nessa romagem. O carroceiro do exemplo acima 
não foi capaz de sintonizar mentalmente o auxiliar espiritual e merecia a
 corrigenda para passar a valorizar o colaborador irracional, enquanto 
Antonina, que muito fez em benefício da genitora e de sua irmã, 
registrou plenamente os conselhos do instrutor Calderaro e de outros que
 acompanharam esse atendimento durante seu sono noturno.
A prece e a disciplina em busca do equilíbrio individual constituem 
os melhores meios para se obter essa sintonia. Mas haveremos de nos 
vigiar para que nossos pensamentos e obras sejam dignos dessa sintonia.
Marcus Vinicius
FONTES:
O Reformador – janeiro 2014.
Kardec, Allan – O Livro dos espíritos – Trad. Herculano Pires – Lake, 66ª edição, págs. 182/185.
André Luiz – psicografia de Chico Xavier – OS Mensageiros – FEB – 35ª edição, págs. 214/218.
Idem, No mundo maior – FEB – 23ª edição, págs. 219/232.
Fonte: Centro Espírita Caminho da Paz
 

 
na Bíblia, especialmente em o Novo Testamento. Alguns exemplos: 1 – a volta de Elias foi anunciada por um “anjo” que disse a Zacarias: “não temas, porque tua oração foi ouvida e Izabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João. […] e irá adiante dele no espírito e virtude de Elias” (Lucas, 1:11 a 13); 2 COMO QUE JOÃO PODERIA SER ELAS SE ELIAS NÃO MORREU. \ BÍBLIA DIZ: 2 Reis 2:11 E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.ELIAS NÃO MORREU, PORTANTO JOÃO NÃO É A REENCARNAÇÃO DE ELIAS. REENCARNAÇÃO? TODA VIDA AS ESTATÍSTICAS AFIRMARAM QUE NASCE MUITO MAIS GENTE DO QUE MORRE . ENTÃO, A DEUS REENCARNAÇÃO. QUANDO A BÍBLIA FALA DOS ANJOS NÃO SE REFERE A PESSOAS QUE MORRERAM. SE FAZER CARIDADE PUDESSE SALVAR JESUS NÃO TERIA MORRIDO NA CRUZ. EFÉSIOS 2:8 Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
ResponderExcluirNão vem das obras, para que ninguém se glorie.