Eternidade
 
domingo, 28 de outubro de 2018
segunda-feira, 8 de outubro de 2018
Os dois caminhos
Podemos edificar os sentimentos da Divindade por dois meios: 
o primeiro pelo bom aproveitamento e observação das experiências da vida;
o segundo pelo estudo.
Fé: no sentido comum, a crença em algo constitui a fé. 
Normalmente inata, manifesta-se pelo seu caráter natural em aceitar as 
coisas e realidades conforme se apresentam, sem mais indagações.[1]
Quem
 dera eu tivesse nascido com a fé de Chico Xavier! Por qual razão não 
possuo a fé de Divaldo Franco, Madre Teresa, entre outros exemplos de fé
 inquebrantável? Como fizeram para agradar o Magnânimo que, em 
retribuição, os aquinhoou com esta preciosa dádiva?! Qual o poder desta 
virtude, capaz de modificar o presente e moldar o futuro? Nasci assim, 
sem fé; e agora?
Estas, entre outras, são indagações lançadas ao 
Alto, às vezes com um sentimento surdo de revolta por todos aqueles 
ainda não detentores desta primordial virtude, a qual, mesmo que seja do
 tamanho de um grão de uma mostarda, pode mover montanhas, conforme 
asseverou o Cristo.
Ó meu Senhor Misericordioso, o que eu não 
daria para deter uma parcela que fosse, pequenina, ínfima, uma bagatela 
de fé! Já me bastaria para realizar verdadeiros milagres, em favor meu e
 dos mais próximos.
A nossa imaturidade espiritual crê que a 
Divindade, ao nos encaminhar de volta à Terra pela reencarnação, por um 
passe de mágica, um desejo particular, uma predileção qualquer, comunica
 a este e não àquele as muitas virtudes que nos cabem conquistar com o 
nosso esforço e não simplesmente obtê-las por um capricho de Deus.
É
 da lei divina: seremos relativamente perfeitos, detendo as numerosas 
virtudes, inclusive a fé, mãe de todas, mas para alcançar esta meta é 
preciso empenho, dedicação, constância; agindo assim ao longo de várias 
existências, pouco a pouco, podemos construir em nós mesmos as seguras 
fundações para, sobre elas, erigir o majestoso edifício das virtudes que
 nos conduzirão à felicidade plena tão buscada e desejada.
A 
consoladora Doutrina dos Espíritos elucida sobre a existência de duas 
possíveis condutas, permitindo-nos lentamente edificar os sentimentos 
nobres que a Divindade deseja que adquiramos: a primeira se dá pelo bom 
aproveitamento e observação das experiências da vida em si mesma; a 
segunda, através do estudo.
O desenrolar da existência sempre nos 
traz oportunidades de reflexão sobre a perfeição das leis do Incriado. 
Da observação dos fatos corriqueiros podemos retirar variadas lições, 
descortinando a sempre presente solicitude da providência 
invariavelmente a nosso favor. Recolhendo aqui e ali percepções 
acuradas, podemos consolidar um entendimento de estar Deus no comando, 
com tudo acontecendo para nos beneficiar, visando ao nosso progresso; 
mesmo as chamadas desgraças nos trazem alertas sobre o modo como 
procedemos na atual existência.
Há bom tempo temos o costume de, 
quando em situação de dúvida ou incerteza, ou uma fase mais delicada da 
vida, orar; e após esta oração, abrir ao “acaso” uma mensagem destes 
preciosos livros espíritas, que nos trazem instrutivas abordagens sobre 
os mais variados assuntos. É surpreendente a quantidade de vezes em que o
 texto oferecido à nossa reflexão, naquele peculiar momento, aborda 
exatamente a questão a nos preocupar, seja ela qual for. É uma 
experiência única e bem pessoal à nossa disposição, quando nos 
convencemos da presença de nosso particular guia espiritual 
permanentemente ao nosso lado, atento e prestimoso, cuidadoso e 
solícito, paciente e cordato, sempre nos oferecendo algumas palavras de 
esclarecimento ou de conforto, oriundas de sua avançada sabedoria. Esta 
prática é uma das mais simples ao alcance de todos, contudo, de imensa 
importância para Espíritos vacilantes como todos nós ainda o somos.
O
 caminho paralelo de aprendizado das virtudes ocorre pelo estudo 
continuado das leis eternas. Quando Allan Kardec registrou a inolvidável
 frase[2]: “Fé inabalável é somente a que pode encarar a razão face a 
face, em todas as épocas da Humanidade”, deu a conhecer o lado racional e
 intelectivo desta nobre faculdade até então totalmente desconhecido, 
pois as religiões nada ensinavam neste sentido e algumas, com pesar, 
ainda o fazem. Basicamente, fé se possuía ou não, se nascia com ou sem 
ela.
O insigne lionês — através dos Espíritos superiores a 
acompanhá-lo em sua importantíssima missão — nos mostrou a possibilidade
 desta virtude ser desenvolvida, cultivada, trabalhada, estudada; isto 
através do correto conhecimento e justa percepção das leis divinas.
Para
 facilitar a aquisição deste entendimento, não há melhor indicação do 
que o estudo da literatura espírita, iniciando de preferência com os 
primeiros cinco livros de Allan Kardec, as conhecidas obras fundamentais
 ou básicas, dando prosseguimento à análise das obras subsidiárias.
Conjugando
 estas duas vertentes, é possível elaborar de maneira coerente a nossa 
fé, não mais desejando possuir a fé dos outros, pois cada qual vivencia 
as virtudes que fez por merecer, porquanto trabalhou no passado com 
afinco, dedicação, perseverança, sendo a fé exemplo inquestionável de um
 dos tesouros, que uma vez obtido a traça não rói, tampouco a ferrugem 
destrói, muito menos pode ser roubada pelos ladrões, permanecendo 
conosco pela eternidade.
1. FRANCO, Divaldo P. Estudos Espíritas. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 2.ed. cap. 14. Rio de Janeiro: FEB, 1982. 
2.
 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Trad. Evandro Noleto 
Bezerra. 2.ed. 1.imp. cap. 19, it. 7. Brasília: FEB, 2013. 
Fonte: Jornal O Clarim, outubro/2018, por Rogério Miguez. 
quarta-feira, 3 de outubro de 2018
Desencarna o escritor espírita Richard Simonetti
Na manhã desta quarta-feira (3/10) desencarnou o escritor espírita 
Richard Simonetti. Nascido no dia 10 de outubro de 1935, em Bauru (SP), 
foi  funcionário do Banco do Brasil de 1956 a 1986, quando se aposentou.
 Passou, então, a dedicar-se inteiramente às atividades espíritas, 
particularmente no Centro Espírita Amor e Caridade, ao qual esteve 
ligado desde a infância. Expositor espírita, percorreu todos os Estados 
brasileiros, em centenas de cidades, e também outros países, como 
Estados Unidos, França, Suíça, Itália e Portugal. Articulou, em 1973, o 
movimento inicial de instalação dos Clubes do Livro Espírita, que 
prestam relevantes serviços de divulgação em centenas de cidades.
De 1964 a 1994, participou da União das Sociedades Espíritas de 
Bauru, em seus Departamentos de Doutrina e de Divulgação. Foi 
responsável pela instalação do Clube do Livro Espírita de Bauru e pela 
manutenção da Livraria Espírita. Sustentou expressivo movimento de venda
 de livros que proporcionou recursos para a construção da sede da USE. 
Empenhou-se em passar sua experiência a outras cidades, ao demonstrar 
como se pode dinamizar a divulgação espírita a partir dessas iniciativas
 e, ao mesmo tempo, arrecadar recursos para outros serviços. Colaborou 
assiduamente em jornais e revistas espíritas. Escreveu regularmente para
 periódicos espíritas de projeção nacional – Reformador, Revista 
Internacional de Espiritismo, Folha Espírita. Membro da Academia 
Bauruense de Letras. É autor de quarenta e oito obras publicadas, com 
uma tiragem aproximadamente de dois milhões e duzentos mil exemplares, 
entre os quais estão: Conheça o Espiritismo, Para Viver uma Grande Mensagem, A Bênção da Gratidão e A Voz do Monte editados pela Federação Espírita Brasileira.
Fonte: FEB - Federação Espírita Brasileira 
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