Todos
trazemos, de outras vidas, tendências boas e más; as primeiras impulsionam-nos para a senda do bem e são estimuladas pelos bons
Espíritos e pelos homens de bem; as más arrastam-nos para o caminho do
mal, e são incentivadas pelos Espíritos imperfeitos e pelas pessoas de
caráter inferior.
Os
bons Espíritos aproveitam as nossas boas inclinações para nos estimular
a viver de maneira equilibrada e a praticar o bem; por outro lado, os
Espíritos pouco adiantados, viciosos, exploram as nossas propensões
inferiores induzindo-nos a agir em desacordo com as Leis de Deus e a
seguir uma vida cheia de vícios e ilusões.
Os
Espíritos inferiores, de má índole, envidam todos os esforços para nos
fazerem cair em tentações; utilizam os nossos maus pendores para nos
influenciarem os pensamentos e os atos. Sempre que nos descuidamos da
vigilância, interferem nas nossas conversações, induzindo-nos a falar
compulsivamente, a usar palavras inadequadas, fortes, agressivas;
fortificam-nos as compulsões, inclusive alimentares; arrastam-nos para
os vícios, para o sexo menos responsável ou mesmo desregrado; interferem
em nossas atividades, inclusive no campo da mediunidade,
predispondo-nos às mistificações; alimentam-nos o orgulho e a vaidade e a
conseqüência destes, que é o melindre...
Muitas
vezes, não querendo admitir as próprias fraquezas, procuramos encontrar
em outras pessoas, ou na falta de proteção espiritual, as razões dos
nossos desacertos; mas, se agimos honestamente, descobrimos que somos os
verdadeiros responsáveis por eles.
Estamos
ainda distantes da perfeição, com muitos defeitos a vencer; por isso,
constantemente sofremos as influências das forças espirituais do mal, e,
em razão disto, nossos desacertos são numerosos.
O que fazer para reverter a situação?
Ensinam-nos
os Espíritos que somente ficaremos livres das más influências dos
Espíritos imperfeitos (e naturalmente dos homens de má tendências),
quando eliminarmos as imperfeições. Enquanto não conseguirmos atingir
esta meta, os Espíritos recomendam-nos alguns recursos, de indiscutível
eficácia: vigilância constante, com a sublimação dos pensamentos,
sentimentos, linguagem e atos; oração diária e em todos os momentos em
que percebermos as más influências; leitura edificante (O Evangelho Segundo o Espiritismo,
por exemplo) todas as vezes em que detectarmos sugestões negativas;
recolhimento e meditação; cultivo da paz e serenidade; combate às
imperfeições.
Podemos
pedir a assistência dos bons Espíritos, que atendem prontamente aos
nossos pedidos, nos amparam e inspiram bons pensamentos. Além disso, nos
auxiliam nos esforços que fizermos para combater as imperfeições e as
más tendências. Com certeza, obteremos bons resultados se soubermos
aproveitar essa ajuda espiritual para controlar os impulsos inferiores e
evitar as sugestões negativas dos que querem nos converter em
instrumentos vivos do mal. Com esforço próprio e perseverança, pouco a
pouco, poderemos nos aperfeiçoar moralmente, libertando-nos das
influências das forças espirituais do mal.
Com
humildade e sintonia constante com os bons Espíritos, seguramente,
conseguiremos alçar vôos mais altos na conquista da Espiritualidade.
por Humberto Ferreira
Fonte: O Reformador nº 2.145, dezembro/2007.
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