Eternidade

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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Carta ao Leitor




Aprendemos com a Doutrina Espírita que o progresso dos seres é inevitável, pois que é estabelecido pela Lei Divina. Podemos postergar nossa evolução ou permanecer estagnados por longos períodos, mas jamais regredimos na escalada de aprimoramento espiritual.

Desta forma, Deus não exige de nós o despertamento para as questões éticas, morais e espirituais, tampouco nos pressiona para que arregacemos as mangas e comecemos a trabalhar.

Isso não representa, contudo, uma postura de omissão do Criador. Somos constantemente convidados a ingressar nas boas obras, nos mais diversos segmentos, mas nem sempre prestamos atenção às oportunidades ou, se as percebemos, fingimos ignorância e continuamos na inércia.

Por que isso ocorre? “Estipulamos algo, um pagamento, mesmo de forma inconsciente, proporcional àquilo que estamos fazendo. Vivenciar, pois, o altruísmo é algo difícil de ser verificado.”[1]

E não satisfeitos em esperar uma retribuição pelos serviços prestados, ainda exigimos que esta seja proporcional ao tempo dedicado no serviço do bem.

“Aportamos numa instituição e nos candidatamos a realizar trabalhos, abraçando um após outro, e às vezes verificamos que outro companheiro espírita realiza somente um e é ovacionado. Tal fato pode causar descontentamento.”[1]

Ao apresentar os trabalhadores da última hora no seu rol de ensinamentos, Jesus teve por objetivo destacar que o importante não é quando começamos, mas se começamos – e com sinceridade e devoção. 

“Às vezes estamos há décadas na Doutrina Espírita, mas ela não completou um ano em nossas vidas, enquanto outros adentraram há pouco e já a incorporaram plenamente.”[1]

Portanto, não podemos pensar que somos especiais. Neste mundo de provas e expiações estamos todos no mesmo estágio e somos todos trabalhadores da última hora, sendo insistentemente chamados ao trabalho no bem. Basta saber se realmente aceitamos o trabalho e se a mensagem que aprendemos ficará internalizada no coração.


1. Trecho extraído da matéria de capa desta edição: Os trabalhadores da última hora.

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