Eternidade
 
segunda-feira, 28 de agosto de 2017
domingo, 27 de agosto de 2017
Salvação segundo a Doutrina Espírita
                
                Estudando a 
                Doutrina 
                Espírita, 
                compreendemos 
                que Jesus não 
                morreu por 
                ninguém 
                ou para salvar 
                alguém do 
                Inferno. Sua 
                morte não 
                significa a 
                nossa salvação, 
                e nem o perdão 
                “adiantado” dos 
                erros que 
                cometemos.  
                Jesus, o 
                Espírito mais 
                evoluído que já 
                esteve na Terra,
                encarnou e 
                viveu neste 
                Mundo por amor a 
                nós, para 
                exemplificar o 
                amor, o perdão, 
                a caridade, a 
                fé, sendo “o 
                modelo e guia, o 
                tipo de 
                perfeição moral 
                a que se pode 
                aspirar na 
                Terra”, 
                definição essa 
                contida na 
                questão 625 de
                O Livro dos 
                Espíritos. 
                
                “Pelas obras é 
                que se reconhece 
                o cristão”,
                
                
                pois se apenas a 
                fé salvasse o 
                indivíduo, de 
                que valeria a 
                caridade, a 
                reforma íntima, 
                o trabalho no 
                bem? Qualquer um 
                que se 
                arrependesse de 
                seus erros antes 
                de morrer seria 
                salvo e iria 
                para o Céu, 
                mesmo se tivesse 
                sido um ladrão 
                ou assassino? E 
                onde estaria, 
                nesse caso, a 
                justiça de Deus, 
                que oferece 
                tempo para 
                alguns se 
                arrependerem, 
                enquanto que a 
                outros arrebata 
                do corpo físico 
                sem a 
                oportunidade de 
                repensarem suas 
                atitudes? 
                 
                Quando tomamos 
                consciência do 
                cometimento de 
                uma falta, o 
                arrependimento é 
                importante, 
                porém, ele não 
                necessita de um 
                rótulo 
                religioso, mas 
                sim ser 
                complementado 
                pela expiação e 
                pela reparação 
                do erro 
                cometido. 
                Expiação são os 
                sofrimentos 
                físicos e morais 
                consequentes do 
                erro; e a 
                reparação 
                consiste em 
                fazer o bem 
                àqueles a quem 
                se havia feito o 
                mal, apagando 
                assim os traços 
                da falta e suas 
                consequências. 
                A Doutrina 
                Espírita elucida 
                que a salvação 
                de cada um – 
                entendida como 
                evolução 
                espiritual, que 
                é destino de 
                todos os 
                Espíritos 
                criados por Deus 
                - depende 
                exclusivamente 
                de si mesmo, e 
                ocorre a partir 
                da transformação 
                moral, pois “fora 
                da caridade não 
                há salvação”. 
                Assim, somente 
                através da 
                reforma íntima é 
                possível 
                salvar-se do 
                comodismo, da 
                indiferença, da 
                omissão, da 
                descrença, 
                transformando a 
                fé e a confiança 
                em Deus em obras 
                de amor e paz. 
                
                Sendo o Céu um 
                estado íntimo, 
                construído pela 
                consciência 
                tranquila, e não 
                um lugar de 
                ociosidade e 
                contemplação, o 
                Céu de cada um 
                só pode ser 
                construído por 
                ele mesmo, 
                através de 
                pensamentos, 
                palavras e 
                atitudes que 
                revelem seu 
                estado íntimo de 
                constante 
                aprimoramento 
                espiritual, 
                esforçando-se 
                por tornar-se 
                cada vez mais 
                solidário, mais 
                caridoso, mais 
                parecido com 
                Jesus.
Fonte: O Consolador, por Cláudia Schmidt. 
sábado, 26 de agosto de 2017
Purgatório
PURGATÓRIO
O 
  Purgatório
1. 
  - O Evangelho não faz menção alguma do purgatório, 
  que só foi admitido pela Igreja no ano de 593. É incontestavelmente 
  um dogma mais racional e mais conforme com a justiça de Deus que o inferno, 
  porque estabelece penas menos rigorosas e resgatáveis para as faltas 
  de gravidade mediana.
O 
  princípio do purgatório é, pois, fundado na eqüidade, 
  porque, comparado à justiça humana, é a detenção 
  temporária a par da condenação perpétua. Que julgar 
  de um país que só tivesse a pena de morte para os crimes e os 
  simples delitos?
Sem 
  o purgatório, só há para as almas duas alternativas extremas: 
  a suprema felicidade ou o eterno suplício. E nessa hipótese, que 
  seria das almas somente culpadas de ligeiras faltas? Ou compartilhariam da felicidade 
  dos eleitos, ainda quando imperfeitas, ou sofreriam o castigo dos maiores criminosos, 
  ainda quando não houvessem feito muito mal, o que não seria nem 
  justo, nem racional.
2. 
  - Mas, necessariamente, a noção do purgatório deveria ser 
  incompleta, porque apenas conhecendo a penalidade do fogo fizeram dele um inferno 
  menos tenebroso, visto que as almas aí também ardem, embora em 
  fogo mais brando. Sendo o dogma das penas eternas incompatível com o 
  progresso, as almas do purgatório não se livram dele por efeito 
  do seu adiantamento, mas em virtude das preces que se dizem ou que se mandam 
  dizer em sua intenção. E se foi bom o primeiro pensamento, outro 
  tanto não acontece quanto às consequências dele decorrentes, 
  pelos abusos que originaram. As preces pagas transformaram o purgatório 
  em mina mais rendosa que o inferno. (1) 
(1) 
  O purgatório originou o comércio escandaloso das indulgências, 
  por intermédio das quais se vende a entrada no céu. Este abuso 
  foi a causa primaria da Reforma, levando Lutero a rejeitar o purgatório.
3. 
  Jamais foram determinados e definidos claramente o lugar do purgatório 
  e a natureza das penas aí sofridas. A Nova Revelação estava 
  reservado o preenchimento dessa lacuna, explicando-nos a causa das terrenas 
  misérias da vida, das quais só a pluralidade das existências 
  poderia mostrar-nos a justiça. 
Essas 
  misérias decorrem necessariamente das imperfeições da alma, 
  pois se esta fosse perfeita não cometeria faltas nem teria de sofrer-lhe 
  as consequências. O homem que na Terra fosse em absoluto sóbrio 
  e moderado, por exemplo, não padeceria enfermidades oriundas de excessos. 
O 
  mais das vezes ele é desgraçado por sua própria culpa, 
  porém, se é imperfeito, é porque já o era antes 
  de vir à Terra, expiando não somente faltas atuais, mas faltas 
  anteriores não resgatadas. Repara em uma vida de provações 
  o que a outrem fez sofrer em anterior existência. As vicissitudes que 
  experimenta são, por sua vez, uma correção temporária 
  e uma advertência quanto às imperfeições que lhe 
  cumpre eliminar de si, a fim de evitar males e progredir para o bem. São 
  para a alma lições da experiência, rudes às vezes, 
  mas tanto mais proveitosas para o futuro, quanto profundas as impressões 
  que deixam. Essas vicissitudes ocasionam incessantes lutas que lhe desenvolvem 
  as forças e as faculdades intelectivas e morais. Por essas lutas a alma 
  se retempera no bem, triunfando sempre que tiver denodo para mantê-las 
  até ao fim.
O 
  prêmio da vitória está na vida espiritual, onde a alma entra 
  radiante e triunfadora como soldado que se destaca da refrega para receber a 
  palma gloriosa.
4. 
  - Em cada existência, uma ocasião se depara à alma para 
  dar um passo avante; de sua vontade depende a maior ou menor extensão 
  desse passo: franquear muitos degraus ou ficar no mesmo ponto. Neste último 
  caso, e porque cedo ou tarde se impõe sempre o pagamento de suas dívidas, 
  terá de recomeçar nova existência em condições 
  ainda mais penosas, porque a uma nódoa não apagada ajunta outra 
  nódoa. 
É, 
  pois, nas sucessivas encarnações que a alma se despoja das suas 
  imperfeições, que se purga, em uma palavra, até que esteja 
  bastante pura para deixar os mundos de expiação como a Terra, 
  onde os homens expiam o passado e o presente, em proveito do futuro. Contrariamente, 
  porém, à idéia que deles se faz, depende de cada um prolongar 
  ou abreviar a sua permanência, segundo o grau de adiantamento e pureza 
  atingido pelo próprio esforço sobre si mesmo. O livramento se 
  dá, não por conclusão de tempo nem por alheios méritos, 
  mas pelo próprio mérito de cada um, consoante estas palavras do 
  Cristo: - A cada um, segundo as suas obras, palavras que resumem integralmente 
  a justiça de Deus.
5. 
  - Aquele, pois, que sofre nesta vida pode dizer-se que é porque não 
  se purificou suficientemente em sua existência anterior, devendo, se o 
  não fizer nesta, sofrer ainda na seguinte. Isto é ao mesmo tempo 
  eqüitativo e lógico. Sendo o sofrimento inerente à imperfeição, 
  tanto mais tempo se sofre quanto mais imperfeito se for, da mesma forma por 
  que tanto mais tempo persistirá uma enfermidade quanto maior a demora 
  em tratá-la. Assim é que, enquanto o homem for orgulhoso, sofrerá 
  as conseqüências do orgulho; enquanto egoísta, as do egoísmo.
6. 
  - Devido às suas imperfeições, o Espírito culpado 
  sofre primeiro na vida espiritual, sendo-lhe depois facultada a vida corporal 
  como meio de reparação. É por isso que ele se acha nessa 
  nova existência, quer com as pessoas a quem ofendeu, quer em meios análogos 
  àqueles em que praticou o mal, quer ainda em situações 
  opostas à sua vida precedente, como, por exemplo, na miséria, 
  se foi mau rico, ou humilhado, se orgulhoso. 
A 
  expiação no mundo dos Espíritos e na Terra não constitui 
  duplo castigo para eles, porém um complemento, um desdobramento do trabalho 
  efetivo a facilitar o progresso. Do Espírito depende aproveitá-lo. 
  E não lhe será preferível voltar à Terra, com probabilidades 
  de alcançar o céu, a ser condenado sem remissão, deixando-a 
  definitivamente? A concessão dessa liberdade é uma prova da sabedoria, 
  da bondade e da justiça de Deus, que quer que o homem tudo deva aos seus 
  esforços e seja o obreiro do seu futuro; que, infeliz por mais ou menos 
  tempo, não se queixe senão de si mesmo, pois que a rota do progresso 
  lhe está sempre franca.
7. 
  - Considerando-se quão grande é o sofrimento de certos Espíritos 
  culpados no mundo invisível, quanto é terrível a situação 
  de outros, tanto mais penosa pela impotência de preverem o termo desses 
  sofrimentos, poder-se-ia dizer que se acham no inferno, se tal vocábulo 
  não implicasse a idéia de um castigo eterno e material. 
Mercê, 
  porém, da revelação dos Espíritos e dos exemplos 
  que nos oferecem, sabemos que o prazo da expiação esta subordinado 
  ao melhoramento do culpado.
8. 
  - O Espiritismo não nega, pois, antes confirma, a penalidade futura. 
  O que ele destrói é o inferno localizado com suas fornalhas e 
  penas irremissíveis. Não nega, outrossim, o purgatório, 
  pois prova que nele nos achamos, e definindo-o precisamente, e explicando a 
  causa das misérias terrestres, conduz à crença aqueles 
  mesmos que o negam. Repele as preces pelos mortos? Ao contrário, visto 
  que os Espíritos sofredores as solicitam; eleva-as a um dever de caridade 
  e demonstra a sua eficácia para os conduzir ao bem e, por esse meio, 
  abreviar-lhes os tormentos (1). Falando à inteligência, tem levado 
  a fé a muito incrédulo, incutindo a prece no ânimo dos que 
  a escarneciam. O que o Espiritismo afirma é que o valor da prece está 
  no pensamento e não nas palavras, que as melhores preces são as 
  do coração e não dos lábios, e, finalmente, as que 
  cada qual murmura de si mesmo e não as que se mandam dizer por dinheiro. 
  Quem, pois, ousaria censurá-lo? 
(1) 
  Vede O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII - "Ação 
  da prece"
9. 
  - Seja qual for a duração do castigo, na vida espiritual ou na 
  Terra, onde quer que se verifique, tem sempre um termo, próximo ou remoto. 
  Na realidade não há para o Espírito mais que duas alternativas, 
  a saber: - punição temporária e proporcional à culpa, 
  e recompensa graduada segundo o mérito. Repele o Espiritismo a terceira 
  alternativa, da eterna condenação. O inferno reduz-se a figura 
  simbólica dos maiores sofrimentos cujo termo é desconhecido. O 
  purgatório, sim, é a realidade.
A 
  palavra purgatório sugere a idéia de um lugar circunscrito: eis 
  por que mais naturalmente se aplica à Terra do que ao Espaço infinito 
  onde erram os Espíritos sofredores, e tanto mais quanto a natureza da 
  expiação terrena tem os caracteres da verdadeira expiação.
Melhorados 
  os homens, não fornecerão ao mundo invisível senão 
  bons Espíritos; e estes, encarnando-se, por sua vez só fornecerão 
  à Humanidade corporal elementos aperfeiçoados. A Terra deixará, 
  então, de ser um mundo expiatório e os homens não sofrerão 
  mais as misérias decorrentes das suas imperfeições. 
Aliás, 
  por esta transformação, que neste momento se opera, a Terra se 
  elevará na hierarquia dos mundos. (2) 
(2) 
  Idem, cap. III - "Progressão dos mundos".
10. 
  - Mas, por que não teria o Cristo falado do purgatório? É 
  que, não existindo a idéia, não havia palavra que a representasse.
O 
  Cristo serviu-se da palavra inferno, a única usada, como termo genérico, 
  para designar as penas futuras, sem distinção. Colocasse ele, 
  ao lado da palavra inferno, uma equivalente a purgatório e não 
  poderia precisar-lhe o verdadeiro sentido sem ferir uma questão reservada 
  ao futuro; teria, enfim, de consagrar a existência de dois lugares especiais 
  de castigo. O inferno em sua concepção genérica, revelando 
  a idéia de punição, encerrava, implicitamente, a do purgatório, 
  que não é senão um modo de penalidade.
Reservado 
  ao futuro o esclarecimento sobre a natureza das penas, competia-lhe igualmente 
  reduzir o inferno ao seu justo valor. Uma vez que a Igreja, após seis 
  séculos, houve por bem suprir o silêncio de Jesus quanto ao purgatório, 
  decretando-lhe a existência, é porque ela julgou que ele não 
  havia dito tudo. E por que não havia de dar-se sobre outros pontos o 
  que com este se deu?
02 
  - PURGATÓRIO
Como 
  o Espiritismo explica o céu, o inferno e o purgatório? 
Segundo 
  o Espiritismo, as virtudes são eternas e os defeitos temporários. 
  O objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição 
  das imperfeições e aquisição dos valores morais 
  que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou à conquista do 
  chamado "céu". Por acreditar que o mundo espiritual é 
  a verdadeira morada, só aqueles que se elevam ao bem habitam as regiões 
  celestiais ditas paraíso onde, diferente de outras religiões, 
  o Espiritismo acredita habitarem Espíritos que trabalham na edificação 
  do mundo novo. Na verdade, o céu não se trata de um lugar demarcado, 
  mas de um estado de perfeição espiritual conquistado individualmente 
  pelo Espírito, através de seu constante esforço. O que 
  vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio progresso. 
"Porque 
  o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; 
  e então dará a cada um segundo as suas obras" - (Mateus 16.27). 
"A 
  felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos 
  ou puros. Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência 
  e moralidade" - (Allan Kardec). 
Deus 
  em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade 
  e da caridade, só pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem 
  da sua glória, e não para condená-los a sofrimentos eternos. 
  É lógico concluir que as penas eternas são incompatíveis 
  com a justiça do Pai.
A 
  criação do inferno cristão se origina das concepções 
  pagãs das penas e gozos eternos, com uma grande dose de exagêro. 
  Deus condenaria sem piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em regiões 
  de dores e sofrimentos terríveis. Entretanto, em sua doutrina, Jesus 
  nos trouxe um ensinamento contrário a esse pensamento : 
"...Ou 
  qual de vós, porventura, é o homem que, se seu filho lhe pedir 
  pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, 
  lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis 
  dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está 
  nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem" 
  (Mateus - 7.11).
  
Portanto Deus, em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.
Portanto Deus, em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.
O 
  inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de 
  consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins 
  predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mau e nele se comprazem. 
  São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno 
  dentro de suas próprias consciências e que, através de novas 
  oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências 
  encarnatórias também alcançarão a perfeição. 
"E 
  Ele lhes propôs esta parábola, dizendo: Que homem dentre vós, 
  tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa 
  e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
E, 
  achando-a, a põe sobre seus ombros, gostoso;
E, 
  chegando a casa convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, 
  porque já achei a minha ovelha perdida.
Digo-vos 
  que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, 
  mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" 
  - (Lucas 15.3-7).
  
"Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca" - (Mateus 18.14).
"Assim também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca" - (Mateus 18.14).
O 
  chamado purgatório, por sua vez, é uma condição 
  de sofrimento temporário para as almas que necessitam da conscientização 
  de seus erros e ali permanecem até o arrependimento destes. Esta idéia 
  é defendida por várias religiões, inclusive o Espiritismo, 
  com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual 
  é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada 
  Espírito sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita, 
  o purgatório é também um estado de espírito e não 
  um local definido ou circunscrito onde habitam eternamente os Espíritos 
  sofredores.
Analisando 
  a questão por outro aspecto e levando-se em consideração 
  que somos seres imortais trabalhando constantemente pela depuração 
  do Espírito, pode-se compreender que cada reencarnação 
  em mundos de provas e expiações, como a Terra por exemplo, funciona 
  como uma "purgação" para o Espírito que almeja 
  sempre sua felicidade em condições melhores. 
"O 
  purgatório não é, portanto, uma idéia vaga e incerta: 
  é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra 
  nos mundos de expiação e a Terra é um deles. Os homens 
  expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro" 
  - (Allan Kardec). 
"Mas, 
  amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como 
  mil anos, e mil anos como um dia.
O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, se não que todos venham a arrepender-se" - (II Pedro 3.8-9).
03 
  - PURGATÓRIO
 
  5 – qual a visão espírita sobre céu, o inferno e 
  purgatório?
Segundo 
  o Espiritismo, as virtudes são eternas e os defeitos temporários. 
  O objetivo da criatura é trabalhar incessantemente pela abolição 
  das imperfeições e aquisição dos valores morais 
  que eleva progressivamente o Espírito ao bem, ou a conquista do chamado 
  “céu”. Por acreditar que o mundo espiritual é a verdadeira 
  morada, só aqueles que se elevam ao bem habitam as religiões celestiais 
  ditas paraíso onde, diferente de outras religiões, o Espiritismo 
  acredita habitarem Espíritos q eu trabalha na edificação 
  do mundo movo. Na verdade, o céu não se trata de um lugar demarcado, 
  mas de um estado de perfeição espiritual conquistado individualmente 
  pelo Espírito, através de seu constante esforço. O q eu 
  vale dizer que uns apressam e outros retardam seu próprio progresso.
  
Porque o filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. (Mateus-16.27).
  
A felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos ou puros. Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência e moralidade (Allan Kardec).
  
Deus em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade e da caridade, só pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem da sua glória, e não para condená-los a sofrimentos eternos. É lógico concluir que as penas eternas são incompatíveis com a justiça do Pai. A criação do inferno cristão se origina das concepções pagãs das penas e gozos eternos ,com uma grande dose de exagero. Deus condenaria sem piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em regiões de dores e sofrimentos terríveis. Entretanto, em sua doutrina, Jesus nos trouxe um ensinamento contrário a esse pensamento.
  
Ou qual de vós, porventura, é o home que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem (Mateus. 7.11).
  
Portanto Deus em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.
Porque o filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras. (Mateus-16.27).
A felicidade suprema é prêmio exclusivo dos Espíritos perfeitos ou puros. Eles a atingem só depois de haver progredido em inteligência e moralidade (Allan Kardec).
Deus em sua perfeição suprema, sendo a concepção da bondade e da caridade, só pode ter criado os Espíritos para um dia usufruírem da sua glória, e não para condená-los a sofrimentos eternos. É lógico concluir que as penas eternas são incompatíveis com a justiça do Pai. A criação do inferno cristão se origina das concepções pagãs das penas e gozos eternos ,com uma grande dose de exagero. Deus condenaria sem piedade seus filhos maus a expiarem para sempre em regiões de dores e sofrimentos terríveis. Entretanto, em sua doutrina, Jesus nos trouxe um ensinamento contrário a esse pensamento.
Ou qual de vós, porventura, é o home que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhas pedirem (Mateus. 7.11).
Portanto Deus em sua infinita bondade e justiça, jamais condenaria seus filhos às penas eternas. Ao contrário, dá tantas oportunidades quantas precisamos para nosso crescimento espiritual.
O 
  inferno, ou trevas segundo a Doutrina Espírita, é um estado de 
  consciência compartilhado por aqueles cujos defeitos e sentimentos ruins 
  predominam em suas personalidades, que se inclinam ao mau e nele se comprazem. 
  São apenas irmãos imperfeitos e ignorantes, que têm o inferno 
  dentro de suas próprias consciências e que, através de novas 
  oportunidades dadas pelo Pai Celestial, através de sucessivas experiências 
  encarnatórias também alcançarão a perfeição.
  
E ele lhes propôs está parábola, dizendo: Que o homem dentro vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
E ele lhes propôs está parábola, dizendo: Que o homem dentro vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
E, 
  achando-a apõe seus ombros, gostoso; E chegando a casa convoca os amigos 
  e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha 
  ovelha perdida.
  
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento (Lucas-15.3.7).
  
Assim, também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca (Mateus-18.14).
  
O chamado purgatório, por sua vez é uma condição de sofrimento temporário para as almas que necessitam da conscientização de seus erros e ali permanecem até o arrependimento destes. Esta idéia é defendida por várias religiões, inclusive o Espiritismo, com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada Espírito sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita, o purgatório é também um estado de espírito e não um local definido ou circunscrito onde habitam eternamente os Espíritos sofredores.
  
Analisando a questão por outro aspecto e levando-se em consideração que somos seres imortais trabalhando constantemente pela depuração do Espírito, pode-se compreender que cada reencarnação em mundos de provas e expiações, como a Terra, pro exemplo, funciona como uma purgação para o Espírito que almeja sempre sua felicidade em condições melhores.
  
O purgatório não é, portanto vaga incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a terra é um deles.
  
“Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro”(Allan Kardec).
  
Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos com um dia.
Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento (Lucas-15.3.7).
Assim, também não é vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca (Mateus-18.14).
O chamado purgatório, por sua vez é uma condição de sofrimento temporário para as almas que necessitam da conscientização de seus erros e ali permanecem até o arrependimento destes. Esta idéia é defendida por várias religiões, inclusive o Espiritismo, com alusão ao fato de que a permanência neste estado espiritual é mais ou menos longa, de acordo com a necessidade individual de cada Espírito sofredor. Conhecido como umbral na Doutrina Espírita, o purgatório é também um estado de espírito e não um local definido ou circunscrito onde habitam eternamente os Espíritos sofredores.
Analisando a questão por outro aspecto e levando-se em consideração que somos seres imortais trabalhando constantemente pela depuração do Espírito, pode-se compreender que cada reencarnação em mundos de provas e expiações, como a Terra, pro exemplo, funciona como uma purgação para o Espírito que almeja sempre sua felicidade em condições melhores.
O purgatório não é, portanto vaga incerta: é uma realidade material que vemos, tocamos e sofremos. Ele se encontra nos mundos de expiação e a terra é um deles.
“Os homens expiam nela o seu passado e o seu presente em benefício do seu futuro”(Allan Kardec).
Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos com um dia.
O 
  Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a tem por tardia: 
  mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se 
  percam se não que todos venham a arrepender-se (II Pedro 3.8.9).
  
04 - PURGATÓRIO
a) 
  O céu não é um lugar onde os bons espíritos se reúnem, 
  sem outra preocupação que a de gozar uma felicidade passiva, por 
  toda a eternidade. São os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores, 
  onde os espíritos gozam plenamente suas faculdades, sem as tribulações 
  da vida material nem as angústias peculiares à inferioridade.
b) 
  Quando alguns espíritos falam em quarto, quinto ou sétimo céus 
  exprimem seus diferentes graus de purificação e de felicidade.
Comentário 
  de Allan Kardec:
" 
  O mesmo ocorre com outras expressões análogas, tais como: cidade 
  das flores, cidade dos eleitos, primeira, segunda ou terceira esfera, etc., 
  que apenas são alegorias usadas por alguns Espíritos, quer como 
  figuras, quer, algumas vezes, por ignorância da realidade das coisas, 
  e até das mais simples noções científicas. De acordo 
  com a idéia restrita que se fazia outrora dos lugares das penas e das 
  recompensas e, sobretudo, de acordo com a opinião de que a Terra era 
  o centro do Universo, de que o firmamento formava uma abóbada e que havia 
  uma região das estrelas, o céu era situado no alto e o inferno 
  em baixo.
 
  Daí as expressões: subir ao céu, estar no mais alto dos 
  céus, ser precipitado nos infernos. Hoje, que a Ciência demonstrou 
  ser a Terra apenas, entre tantos milhões de outros, uns dos menores mundos, 
  sem importância especial; que traçou a história da sua formação 
  e lhe descreveu a constituição; que provou ser infinito o espaço, 
  não haver alto nem baixo no Universo, teve-se que renunciar a situar 
  o céu acima das nuvens e o inferno nos lugares inferiores. Quanto ao 
  purgatório, nenhum lugar lhe fora designado. Estava reservado ao Espiritismo 
  dar de tudo isso a explicação mais racional, mais grandiosa e, 
  ao mesmo tempo, mais consoladora para a humanidade. Pode-se assim dizer que 
  trazemos em nós mesmos o nosso inferno e o nosso paraíso. O purgatório, 
  achamo-lo na encarnação, nas vidas corporais ou físicas."
c) 
  Quando o Cristo disse "meu reino não é deste mundo", 
  quis dizer, em sentido figurado, que o seu reinado se exerce unicamente sobre 
  os corações puros e desinteressados, onde quer que domine o amor 
  do bem.
d) 
  O bem reinará na Terra quando ela for habitada por espíritos predominantemente 
  bons, que farão reine o amor e a justiça. O homem atrairá 
  para a Terra os bons espíritos por meio do progresso moral e praticando 
  as leis de Deus. Os maus espíritos se afastarão da Terra, quando 
  estiverem banidos o orgulho e o egoísmo.
Dissertação 
  de São Luís:
“Predita 
  foi a transformação da Humanidade e vos avizinhais do momento 
  em que se dará, momento cuja chegada apressam todos os homens que auxiliam 
  o progresso. Essa transformação se verificará por meio 
  da encarnação de Espíritos melhores, que constituirão 
  na Terra uma geração nova. Então, os Espíritos dos 
  maus, que a morte vai ceifando dia a dia, e todos os que tentem deter a marcha 
  das coisas serão daí excluídos, pois que viriam a estar 
  deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam. Irão 
  para mundos novos, menos adiantados, desempenhar missões penosas, trabalhando 
  pelo seu próprio adiantamento, ao mesmo tempo que trabalharão 
  pelo de seus irmãos mais atrasados. Neste banimento de Espíritos 
  da Terra transformada, não percebeis a sublime alegoria do Paraíso 
  perdido e, na vinda do homem para a Terra em semelhantes condições, 
  trazendo em si o gérmen de suas paixões e os vestígios 
  da sua inferioridade primitiva, não descobris a não menos sublime 
  alegoria do pecado original? Considerado deste ponto de vista, o pecado original 
  se prende à natureza ainda imperfeita do homem que, assim, só 
  é responsável por si mesmo, pelas suas próprias faltas 
  e não pelas de seus pais. 
Todos 
  vós, homens de fé e de boa-vontade, trabalhai, portanto, com ânimo 
  e zelo na grande obra da regeneração, que colhereis pelo cêntuplo 
  o grão que houverdes semeado. Ai dos que fecham os olhos à luz! 
  Preparam para si mesmos longos séculos de trevas e decepções. 
  Ai dos que fazem dos bens deste mundo a fonte de todas as suas alegrias! Terão 
  que sofrer privações muito mais numerosas do que os gozos de que 
  desfrutaram! Ai, sobretudo, dos egoístas! Não acharão quem 
  os ajude a carregar o fardo de suas misérias.” 
 
  QUESTÕES PARA ESTUDO: 
1 
  - O que é o céu, segundo o Espiritismo?
2 
  - Como surgiu a concepção de céu adotada por alguns segmentos 
  religiosos?
3 
  - Podemos entender ser possível a existência do céu aqui 
  mesmo, na Terra?
4 
  - E o paraíso? Como conceituá-lo, segundo o ensinamento dos Espíritos?
  
Paraíso, inferno e purgatório (2a. parte) - Conclusão Voltar ao estudo
  
1 - O que é o céu, segundo o Espiritismo?
Paraíso, inferno e purgatório (2a. parte) - Conclusão Voltar ao estudo
1 - O que é o céu, segundo o Espiritismo?
O 
  Espiritismo nos ensina que, assim como o inferno e o purgatório, o céu 
  não é um região previamente demarcada, criada por Deus 
  para abrigar os bons espíritos. O céu é o estado consciencial 
  a que o espírito chega após percorrer a senda evolutiva. Ao atingir 
  a perfeição possível, o espírito goza, em toda a 
  sua plenitude, das faculdades com que foi dotado pelo Criador. Pode estar situado 
  em um planeta ou uma estrela que constituem os mundos superiores. É, 
  enfim, o espaço universal, onde quer que se reunam, por afinidade, os 
  espíritos superiores.
2 - Como surgiu a concepção de céu adotada por alguns segmentos religiosos?
Os 
  antigos concebiam a Terra como sendo o centro do Universo. O céu era 
  uma cobertura côncava, levantada no espaço, povoada de estrelas 
  e que cobria a Terra. Juntamente com o inferno, que se situava na parte inferior 
  do planeta, o céu era uma das regiões destinadas ao cumprimento 
  das penas e das recompensas. Hoje, tendo a ciência demonstrado ser a Terra 
  não mais que um dos incontáveis planetas que compõem o 
  Universo, sem nenhuma importância especial, sabemos que o espaço 
  é infinito e o que pensavam ser o céu nada mais é do que 
  o espaço cósmico. A concepção antiga do termo continua 
  sendo utilizada por alguns espíritos apenas no sentido alegórico, 
  figurativo, para melhor se fazerem entender.
3 - Podemos entender ser possível a existência do céu aqui mesmo, na Terra?
Conforme 
  disserta São Luís na resposta à questão 1.019, a 
  humanidade terrena passa por um processo de transformação, que 
  se opera através da encarnação de espíritos melhores 
  em lugar de espíritos persistentes no mal. Estes serão excluídos 
  do planeta, passando a reencarnar em mundos menos adiantados, onde lhes poderão 
  ser atribuídas penosas missões que impulsionarão o progresso 
  desses mundos. A Terra poderá ser transformada num céu quando 
  a sua humanidade houver atingido a perfeição, quando o mal gerado 
  pelo egoísmo dos espíritos que a habitam não mais existir. 
  
4 - E o paraíso? Como conceituá-lo, segundo o ensinamento dos Espíritos?
O 
  paraíso é uma alegoria criada para se referir à região 
  de onde provieram os espíritos que formaram a raça adâmica, 
  aqueles que vieram para a Terra impulsionar o seu progresso. Eram espíritos 
  intelectualmente desenvolvidos, porém com o lado moral ainda pouco evoluído. 
  Vieram para a Terra com suas paixões e os vestígios da inferioridade 
  primitiva, que não mais comportavam no planeta de onde se originaram, 
  que, por essa imagem figurativa, ficou conhecido como o paraíso perdido. 
  Daí o surgimento de uma outra alegoria ainda hoje recepcionada por alguns 
  segmentos religiosos: a do pecado original.
05 
  - PURGATÓRIO
Céu, 
  Inferno, Purgatório e Paraíso Perdido
 
1. C É U 
· 
  DEFINIÇÃO: espaço ilimitado e indefinido onde se movem 
  os astros; espaço acima de nossas cabeças. Vem do latim coelum, 
  formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa 
  concavidade.
· 
  SEGUNDO A RELIGIÃO: região para onde, de acordo com as crenças 
  religiosas, vão as almas dos justos. (lugar circunscrito).
· 
  SEGUNDO O ESPIRITISMO: a palavra céu indica o espaço universal; 
  são os planetas, as estrelas e todos os mundos superiores em que os Espíritos 
  gozam de todas as suas faculdades, sem as tribulações da vida 
  material nem as angústias inerentes à inferioridade.
· 
  SEGUNDO A CIÊNCIA: a idéia que fazemos do Céu é fruto 
  da concepção grega e babilônica (imutável, calmo, 
  vida eterna). Copérnico, no Século XVI, quebra a tradição 
  milenar e coloca o Sol no centro do Universo. Com isto a Terra entrou no Céu. 
  Mais tarde, Galileu, com a descoberta do telescópio, corrobora tal afirmação. 
  A Ciência parecia ir contra a Bíblia; mas a Bíblia ensina 
  como ir ao Céu, não como ele foi feito.
2. 
  I N F E R N O
· 
  CONCEITO PAGÃO: o conhecimento do Inferno pagão nos é fornecido 
  quase exclusivamente pela narrativa dos poetas. Citam-se Homero, Virgílio 
  e Dante Alighiere. Dante Alighiere, por exemplo, na sua "Divina Comédia" 
  descreve os aspectos lúgubres dos lugares, preocupando-se em realçar 
  o gênero de sofrimento dos culpados.(1) cap. IV
· 
  NA MITOLOGIA: lugar subterrâneo, onde estão as almas dos mortos.
· 
  SEGUNDO O CRISTIANISMO: lugar ou situação pessoal em que se encontram 
  os que morreram em estado de pecado. O Inferno perpetuado pela religião 
  cristã dogmática foi elevado a um lugar de maiores suplícios 
  do que aquele dos pagãos (caldeiras ferventes, tonéis de óleo, 
  rochedo em brasa etc.).(1) cap. IV
· 
  PARA O ESPIRITISMO: Céu e Inferno são figuras de linguagem e não 
  lugares circunscritos. O Inferno não é lugar materializado (fogo, 
  tridentes etc.), mas “uma vida de provas extremamente penosas” (revezes, 
  doenças, dificuldades etc.), com a incerteza de melhoria.(2) perg. 1014a
3. 
  P U R G A T Ó R I O 
· 
  PROVENIENTE DE PURGAR: tornar puro, purificar, limpar.
· 
  PARA O CRISTIANISMO: lugar de purificação das almas dos justos, 
  antes de admitidos na bem-aventurança. P. ext. qualquer lugar onde se 
  sofre por algum tempo. O Evangelho não faz menção alguma 
  do purgatório, que só foi admitido pela Igreja no ano de 593, 
  como dogma: era o lugar menos doloroso para as almas, bastando preces ditas 
  ou encomendadas (orações pagas), para que o interessado não 
  fosse ao fogo, mas ao Céu. Isto deu origem à venda de indulgência, 
  ou seja, a remissão do pecado pelo pagamento de uma determinada quantia 
  em dinheiro. (1) cap. V
· 
  SEGUNDO O ESPIRITISMO: entende-se como sofrimento físico e moral. É 
  o tempo de expiação. Na Terra, como encarnado, o homem expia suas 
  faltas, submetendo-se às provas e fazendo suas reparações. 
  Não é, portanto, um lugar definido, fora da vida encarnada, mas 
  o estado dos Espíritos imperfeitos que estão em busca do aperfeiçoamento 
  moral e intelectual. (2) perg. 1013
4. 
  D O U T R I N A D A S P E N A S E T E R N A S
· 
  SEGUNDO O CRISTIANISMO: conseqüência da concepção do 
  Inferno material. Principal argumento invocado a seu favor: "é doutrina 
  sancionada entre os homens que a gravidade da ofensa é proporcionada 
  à qualidade do ofendido. O crime de lesa-majestade, por exemplo, o atentado 
  à pessoa de um soberano, sendo considerado mais grave do que o fora em 
  relação a qualquer súdito, é, por isso mesmo, mais 
  severamente punido. E sendo Deus muito mais que um soberano, pois é Infinito, 
  deve ser infinita a ofensa a Ele, como infinito o respectivo castigo, isto é, 
  eterno". (1) cap. VI item 10
· 
  SEGUNDO O ESPIRITISMO: o prazo da expiação está subordinado 
  ao melhoramento do culpado. Dos trinta e três itens do código da 
  vida futura segundo o Espiritismo, resumem-se em: arrependimento, expiação 
  e reparação, ou seja, apagar os traços de uma falta e suas 
  conseqüências. (1) cap. VII, pág. 93
5. 
  P E C A D O O R I G I N A L
· 
  SEGUNDO O CRISTIANISMO: Deus criou Adão e Eva que teriam ofendido a Deus 
  por quererem assemelhar-se-lhe. É o pecado original, uma ofensa proporcional 
  à grandeza do ofendido. Infinita, portanto. Por isso merecem castigo 
  que se estendeu a toda sua descendência. Mas, infinitamente misericordioso 
  que Ele é, Deus, na pessoa do Filho, Jesus, fez-se homem a fim de sofrer 
  ele próprio a dor do resgate e, com isto, redimir a humanidade e proporcionar-lhe 
  a salvação. Confunde-se Jesus com Deus. Cria-se, também, 
  o ritual do batismo. (3) pág. 33
· 
  SEGUNDO O ESPIRITISMO: para o Espiritismo o pecado original não existe. 
  Contudo, a respeito do batismo, o Espírito Emmanuel, na pergunta 298 
  do livro O Consolador, comenta que o espiritista deve entender o batismo como 
  o apelo do seu coração ao Pai de misericórdia para a cristianização 
  dos filhos , no apostolado do trabalho e da dedicação.
6. 
  P E R D A D O P A R A í S O
· 
  RELATO BÍBLICO: Adão e Eva comem o fruto proibido, em virtude 
  da tentação de Eva, pela serpente. São expulsos do paraíso.
· 
  SEGUNDO O ESPIRITISMO: o paraíso terrestre, cujos vestígios tem 
  sido inutilmente procurados na Terra, era, por conseguinte, a figura dum mundo 
  ditoso, onde vivera Adão, ou, antes, a raça dos Espíritos 
  que ele personifica. Para o Espiritismo os anjos decaídos e a perda do 
  paraíso estão presos à progressão dos mundos. Os 
  mundos progridem, fisicamente, pela elaboração da matéria 
  e, moralmente, pela purificação dos Espíritos que os habitam. 
  Logo que um mundo tem chegado a um de seus períodos de transformação, 
  a fim de ascender na hierarquia dos mundos, operam-se mutações 
  na sua população encarnada e desencarnada. É quando se 
  dão as grandes emigrações e imigrações. (4) 
  item 43
7. 
  S I S T E M A D E C A P E L A
· 
  CAPELA: uma grande estrela da Constelação de Cocheiro, que recebeu, 
  na Terra, o nome de Cabra ou Capela. Sua luz gasta cerca de 42 anos para chegar 
  à face da Terra. Quase todos os mundos que lhe são dependentes 
  já se purificaram física e moralmente. Há muitos milênios, 
  um dos orbes de Capela, que guarda muitas afinidades com o globo terrestre, 
  atingira a culminância de um dos seus extraordinários ciclos evolutivos. 
  Alguns Espíritos que não acompanharam essa evolução, 
  foram, sob a anuência de Jesus, recambiados para o nosso Planeta, dando 
  origem às RAÇAS ADÂMICAS.
8. 
  A S R A Ç A S A D Â M I C A S
· 
  GRUPO DOS ARIAS: dele descende a maioria dos povos brancos da família 
  indo-européia.
· 
  CIVILIZAÇÃO DO EGITO: foram os que mais se destacaram na prática 
  do Bem e no culto da Verdade.
· 
  POVO DE ISRAEL: a raça mais forte e mais homogênea, mostrando inalterados 
  os seus caracteres através de todas as mutações.
· 
  CASTAS DA ÍNDIA: foram os primeiros a formar os pródomos de uma 
  sociedade organizada, cujos núcleos representariam a grande percentagem 
  de ascendentes das coletividades do porvir. (5) cap. III
BIBLIOGRAFIA 
  CONSULTADA
(1) 
  KARDEC, A. O Céu e o Inferno ou A Justiça Divina Segundo o Espiritismo. 
  22.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
(2) KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP, 1972.
(3) CURTI, R. Cristianismo (de Jesus a Kardec). São Paulo, FEESP.
(4) KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
(5) XAVIER, F. C. A Caminho da Luz (História da Civilização à Luz do Espiritismo). Rio de Janeiro, FEB, 1972.
(2) KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. São Paulo, FEESP, 1972.
(3) CURTI, R. Cristianismo (de Jesus a Kardec). São Paulo, FEESP.
(4) KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17.ed., Rio de Janeiro, FEB, 1975.
(5) XAVIER, F. C. A Caminho da Luz (História da Civilização à Luz do Espiritismo). Rio de Janeiro, FEB, 1972.
(Org. 
  por Sérgio Biagi Gregório)
Fonte: Casa do Espiritismo - http://www.acasadoespiritismo.com.br/temas/purgatorio.htm
sábado, 5 de agosto de 2017
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