CONCEITOS BÁSICOS:
Este estudo visa demonstrar que, embora no início da codificação os Espíritos tenham negado a possibilidade de conhecimento pelo homem do princípio das coisas, na continuidade revelaram em várias oportunidades a evolução do princípio espiritual junto ao princípio material.
LE- 17. É dado ao homem conhecer o princípio das coisas?
“Não, Deus não permite que ao homem tudo seja revelado neste mundo.”
Livro dos Espíritos, questões 27 e 79: Há dois elementos gerais no Universo:
a)- matéria (elemento material)
b)- Espírito (elemento inteligente) e, acima de tudo
c)- Deus, que opera através de suas imutáveis e soberanas Leis Naturais.
Acresce ao elemento material o fluido universal, que dele se distingue por propriedades especiais. Está colocado entre o Espírito e a matéria, e, sob a ação
do Espírito, produz a infinita variedade das coisas das quais
conhecemos apenas uma mínima parte. O fluido universal, sob a ação do
elemento inteligente, é responsável pela coesão e as qualidades gravitacionais da matéria.
Pode-se deduzir que a matéria, tal como a conhecemos, representa o estado mais condensado do fluido universal.
FLUIDOS (Extraído do texto de Jacob Melo)
Popularmente
falando, designamo-lo como sendo a fase não sólida da matéria, a qual
pode se apresentar em quatro subfases: pastosa, líquida, gasosa e
radiante, tendo sido esta ultima apresentada à Ciência por um dos seus
mais eminentes sábios, o inglês Sir William Crookes.
É
o fluido não apenas algo que se move a exemplo dos líquidos ou gases,
mas a essência mesma desses líquidos, gases e de todas as matérias,
inclusive aqueles ainda inapreensíveis por nossos instrumentos físicos
ou mesmo psíquicos.
Léon
Denis, assimilando as teorias dos Espíritos, explicitou que "A matéria,
tornada invisível, imponderável, se encontra sob formas cada vez mais
sutis, que denominamos "fluidos". À medida que se rarefaz, adquire novas
propriedades e uma capacidade de irradiação sempre crescente; toma-se
uma das formas de energia"
André
Luiz - "Mas no plano espiritual - continua ele -, o homem desencarnado
vai lidar, mais diretamente, com um fluido vivo e multiforme, estuante e
inestancável, (...) absorvido pela mente humana, em processo vitalista
semelhante à respiração, pelo qual a criatura assimila a força emanente
do Criador, esparsa em todo o Cosmo, transubstanciando-a, sob a própria
responsabilidade, para influenciar na Criação, a partir de si mesma. -
Esse fluido é seu próprio pensamento contínuo, gerando potenciais
energéticos.
Do que assimilamos das modernas teorias físicas, os conceitos de "campos energéticos" e "campos de força"
são aqueles que melhor enquadram o sentido que os Espíritos e Kardec
quiseram emprestar ao termo fluido (pelo menos no que se refere à sua
abrangência) pois por "campo" não se entenderia uma força unilateral,
mas, uma dinâmica multidirecional. Exemplificando, seria como quando
acendemos uma vela numa sala escura; a chama, que tem seu foco restrito e
localizado, ilumina uma zona que lhe é o "campo" peculiar, não se
restringindo esse "campo" à labareda mas à sua ação iluminativa ou,
ainda, ao alcance calórico de suas irradiações térmicas.
...definiremos o meio sutil em que o Universo se equilibra como sendo o Fluido Cósmico ou Hálito Divino,
a força para nós inabordável que sustenta a Criação" ...um verdadeiro
"campo energético" pleno de elementos transformáveis, adaptáveis,
expansíveis, contráteis, manipuláveis enfim.
André Luiz: - trata-se do "Plasma divino,
hausto do Criador ou força nervosa do Todo-Sábio. Nesse elemento
primordial, vibram e vivem constelações e sóis, mundos e seres, como
peixes no oceano" 14 "Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Supremo, operam as Inteligências Divinas a Ele agregadas, em processo de comunhão indescritível, (...) extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com que constroem os sistemas da Imensidade.. "
(Questões 606/607):- Emanam do mesmo princípio inteligente a alma dos animais e do homem.
Assim a alma do homem representa o resultado da elaboração do princípio inteligente dos seres inferiores da criação,
Nos
seres inferiores o princípio inteligente se elabora e pouco a pouco se
individualiza, semelhante à germinação, até sofrer uma transformação,
tornando-se Espírito. “Entra então no período da humanização, começando a
ter consciência do seu futuro, capacidade de distinguir o bem do mal e a responsabilidade dos seus atos.
Questão 728:
a)- “As criaturas são instrumentos de que Deus se serve para chegar aos fins que objetiva.
(Para
se alimentarem, os seres vivos reciprocamente se destroem, sendo visado
um duplo fim: manutenção do equilíbrio na reprodução, que poderia
tornar-se excessiva, e utilização dos despojos do invólucro exterior que
sofre a destruição.
Esse invólucro é simples acessório e não a parte essencial do ser pensante ( princípio inteligente ), que não se pode destruir e se elabora nas metamorfoses diversas por que passa”.
Questão 585,( reinos da Natureza ), Kardec observa:
“Esses
quatro graus apresentam, com efeito, caracteres determinados, muito
embora pareçam confundir-se nos seus limites extremos. A matéria inerte,
que constitui o reino mineral, só tem em si uma força mecânica. As plantas, ainda que compostas de matéria inerte, são dotadas de vitalidade. Os animais, também compostos de matéria inerte e igualmente dotados de vitalidade, possuem, além disso, uma espécie de inteligência instintiva, limitada. O
homem, tendo tudo o que há nas plantas e nos animais, domina todas as
outras classes por uma inteligência especial, indefinida, que lhe dá a consciência do seu futuro, a percepção das coisas extramateriais e o conhecimento de Deus.”
Escala dos seres orgânicos
- Início da escala:- os zoófitos (animais-planta),
que têm a aparência exterior da planta, mantém-se preso ao solo, mas
como o animal, a vida nele se acha mais acentuada: tira do meio ambiente
a sua alimentação.
-
As plantas e os animais têm em comum: nascem, vivem, crescem,
nutrem-se, respiram, reproduzem-se e morrem. Necessitam de luz, calor,
água, ar puro. Enquanto as plantas se mantém presas ao solo, os animais,
um degrau acima, se movimentam, como os pólipos; após o início do desenvolvimento dos órgãos, atividade vital e instintos estão os helmintos, moluscos (lesma, polvo, caracol, ostra), crustáceos (caranguejo, lagosta), insetos (em alguns dos quais se desenvolve o instinto engenhoso, como nas formigas, abelhas, aranhas). Segue-se a ordem dos vertebrados (peixes, répteis, pássaros) e os mamíferos (organização mais complexa).
. Pólipo
.
Anêmona ao fundo e dois peixes palhaço.
Os pólipos são os indivíduos, geralmente sésseis, dos animais invertebrados do filo Coelenterata ou Cnidaria, que inclui os corais e as anêmonas-do-mar.
Esta forma pode ocorrer no estágio larval, por exemplo, nas medusas, mas também pode corresponder aos indivíduos adultos, como nos tipos referidos acima.
Todos os pólipos possuem células urticantes em seus tentáculos, usadas para imobilizar pequenas presas, têm uma constituição simples, com apenas um abertura, ou boca, e apenas duas camadas de células constituindo a parede de seus corpos.
Coral
Nos corais, cada pólipo constrói uma estrutura calcária onde se aloja e vive em conjunto com uma alga que se chama zooxantela. Esta alga simbiótica é responsável pelas cores que observamos nos corais como verde, amarelo, azul, lilás, castanho e outras.
Quando os pólipos morrem, novos pólipos crescem por cima dos esqueletos de calcário que ficam. Assim, quando vemos um recife de coral, apenas a fina camada superficial é que é constituida por pólipos vivos.
Alguns
pólipos chegam a medir 20 cm de diâmetro, tal como o coral cogumelo, e a
viver independentemente. No entanto, a maior parte dos pólipos são
muito pequenos (menos de um cm de diâmetro) e constituem colónias de muitos pólipos juntos tal como a Acropora ramificada. Um kg de coral pode ter mais de 80.000 pólipos.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%B3lipo"
O lugar das esponjas na árvore dos seres vivos
foi, durante muito tempo, objeto de controvérsia. Segundo trabalhos
recentes, esses organismos seriam os representantes mais antigos dos
animais pluricelulares e, além disso, um dos maiores êxitos evolutivos.
No início do século 19 debatia-se para saber se as esponjas eram de
natureza vegetal, animal ou intermediária (falava-se de "zoófitos").
Alguns consideravam as esponjas os mais simples animais pluricelulares, ou metazoários. De acordo com essa concepção, as esponjas forneceriam a imagem de uma transição evolutiva:
a passagem do estado unicelular ao pluricelular. Essas idéias um pouco
simplistas foram muito discutidas durante o século 20,mas todos os
zoólogos reconhecem que as esponjas são de grande interesse para o estudo da aquisição da pluricelularidade.
ESPONJAS As esponjas pertencem ao grupo dos espongiários, ou Porífera, que compreende cerca de 7 mil espécies.
A água entra nas esponjas
através de uma série de pequenos orifícios inaladores invisíveis a olho
nu, os poros, daí o nome Porífera atribuído ao grupo das esponjas.
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SCIENTIFIC AMERICAN - Brasil - ANO 2 N° 17 - Outubro de 2003
- Capítulo XI – Gênese (Princípio Espiritual)
Princípio Espiritual:- Decorre
do princípio: "Todo efeito tendo uma causa, todo efeito inteligente há
de ter uma causa inteligente".As ações humanas denotam um princípio
inteligente, que é corolário da existência de Deus, pois não é
concebível a Soberana Inteligência a reinar eternamente sobre a matéria
bruta.
O Princípio Espiritual é independente do Princípio Vital: a vida orgânica reside num princípio inerente à matéria, independente da vida espiritual, que é inerente ao espírito.
Independe também do fluído universal, tendo existência própria e sendo, juntamente com o princípio material, os dois princípios constitutivos do universo.
O princípio vital é a força motriz
dos corpos orgânicos. Ao mesmo tempo em que o agente vital estimula os
órgãos, a ação deles mantém e desenvolve a atividade do agente vital,
quase do mesmo modo como o atrito produz o calor".
VIDA (Jacob Melo) - a
vida vem por ação do princípio vital, o qual, por dedução direta, é um
"campo". Sendo "princípio" definido como "qualquer das causas naturais
que concorrem pata que os corpos se movam, operem e vivam", vemos que o princípio vital é o "toque mágico" propiciador da vida, o "interruptor" vital que faz a interligação de um "campo" específico chamado "fluido vital" com elemento(s) proveniente(s) de outro "campo" (Principio Espiritual).
Isto é interessante seja notado pois podemos ter, como temos, fluidos
vitais dispersos, latentes, acumulados mesmo, nos grandes campos do
fluido cósmico, sem que ali se dê a vida propriamente dita; é que aí
ainda estaria faltando a "combinação" ou "interação" desses dois campos
entre si a qual só se dá ante a ação do "princípio vital".
A vida, portanto, como "efeito" decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma continua.
O fluido vital,
quando o organismo vive, está ativado pelo princípio vital que dá
àquele e a todas as suas partes "uma atividade que as põe em comunicação
entre si, nos casos de certas lesões, e normaliza as funções
momentaneamente perturbadas. Mas, quando os elementos essenciais ao
funcionamento dos órgãos estão destruídos, ou muito profundamente
alterados, o fluido vital se torna impotente para lhes transmitir o movimento da vida, e o ser morre.
O elemento espiritual individualizado constitui o Espírito, enquanto que o elemento material forma
os diferentes corpos da natureza, orgânicos e inorgânicos. Todos os
Espíritos são criados simples e ignorantes, com igual aptidão para
progredir por esforço próprio, através do trabalho imposto a todos até
atingir a perfeição. Todos são igualmente objeto da solicitude divina,
não havendo quaisquer favorecimentos.
-Os mundos materiais fornecem aos Espíritos elementos de atividade para o desenvolvimento de suas inteligências.
- Gênese Cap.VI – Item 19 - A criação universal, ( Espírito Galileu ):
“Aos
que desejem religiosamente conhecer e se mostrem humildes perante Deus,
direi... o seguinte: O Espírito não chega a receber a iluminação
divina, que lhe dá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a
consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela
série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora
lentamente a obra da sua individualização. Unicamente a datar do dia
em que o Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, o Espírito
toma lugar no seio das humanidades.”
- Leon Denis, “O problema do ser, do destino e da dor” pág. 122/123:
Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda, conhece-se, possui-se e torna-se consciente;
Jorge Andréa (autor contemporâneo dedicado a estudos científicos no campo da paranormalidade, evolução, psiquiatria) - “Impulsos criativos da evolução” .
O Principio inteligente vegetal, mais vivido e experiente de sua fase, despontará nas formas animais, buscando novas afirmações nos instintos.
Como os minerais e os vegetais estariam na dependência de um condutor e
orientador nas suas expressões planetárias, os animais possuiriam o
princípio inteligente, mais avançado e evoluído, como uma alma-grupo
de seu reino.(Pág.118)... À medida que as espécies vão perdendo o
contacto de colônia, próprio das formas mais simples, vão adquirindo
relativa Individualidade e, com isso, o vórtice dinâmico, ... já
consegue lapidar..., um verdadeiro núcleo (pequeno EU) . Desse modo a alma-grupo...que dirige colônias minerais, vegetais e primeiros animais, iria apresentando em seu seio, por maturação evolutiva, pequenos fulcros vorticosos, início de afirmações individuais, porém, que ainda não ousam nem podem viver fora da colônia dinâmica que lhe deu origem e donde se nutrem. Dessa
forma, podemos explicar porque a sociedade dos insetos (caso específico
das abelhas e das formigas) instintivamente desenvolvem atividades
perfeitas e complexas diante de nossa análise e o homem, com sua maior
evolução espiritual, muitas vezes se encontra perdido pelo caminho...
(Pág.120).
Pág. 124: (Jorge Andréa cita André Luiz):
“À
medida que o princípio espiritual avança na evolução é como se fosse
afastando dos determinismos cósmicos e adquirindo diretrizes próprias
que o livre-arbítrio pode conceder. Quanto mais evoluído mais livre e mais responsável; quanto menos evoluído mais limitado pela Lei e menos responsável.
Conclusões:
a)- aceitação - teoria da dualidade: Elemento Espiritual/Elemento material criados simultaneamente por Deus. O Elemento Espiritual, acumula sempre as experiências adquiridas em seu trajeto até o estado de Espírito, sem jamais retrogradar, enquanto que a matéria – criada para a manifestação do Elemento Espiritual que a dirige – está
sujeita às transformações, que incluem o nascimento, crescimento,
decrepitude e morte com a conseqüente destruição, para formar novas
formas manifestadas pelo Espírito em sua trajetória rumo à Perfeição.
b)- Sendo o Espírito sempre o agente responsável pelos fenômenos que envolvem essa dualidade e que comanda, consciente ou inconscientemente, as ações da matéria, torna-se mais fácil entender, por exemplo:
1)- Formação natural do perispírito, como resultado da atração magnética dos fluidos condizentes com o estágio evolutivo do Espírito, fluidos esses provindos dos mundos em que sucessivamente ele habita;
2)- a
memória das experiências, ou seja, a agregação pelo perispírito de
todas as experiências adquiridas na condição de Princípio Inteligente
durante toda a escala evolutiva até ao estágio atual, o que proporciona o
controle e execução das funções automáticas do corpo humano, como por exemplo a função digestiva, a função auto-regenerativa, o controle da circulação sangüínea, etc.), independentemente do grau de conhecimento que o Espírito encarnado tenha à respeito de tais sábias funções ;
3-)- a transmissão do pensamento e sua ação perante o fluido cósmico;
Pode-se
figurar os nossos pensamentos como os sons de um sino, que fazem vibrar
todas as moléculas do ar ambiente, tornando-se então audíveis. Assim, o
pensamento impulsionado pela vontade do Espírito, produz a vibração
mental que repercute no fluido cósmico, desta forma transmitindo-se e
podendo ser captado por outros Espíritos, sem verbalização;
4- Criação das formas-pensamento, plasmadas pelo Espírito, como resultado das vibrações no fluido cósmico;
5- a
formação e manutenção fluídica da aura, assim entendida como emanação
do perispírito e do corpo, identificando seu estado de equilíbrio ou
desequilíbrio energético.
-AURA
- Fotosfera psíquica, entretecida em elementos dinâmicos, atende à
cromática variada, segundo a onda mental que emitimos, retratando-nos
todos os pensamentos em cores e imagens que nos respondem aos objetivos e
escolhas, enobrecedoras ou deprimentes.(Evolução em Dois Mundos, XVII,
André Luiz/Chico Xavier/Waldo Vieira, FEB).
GLOSSÁRIO –
Fulcro - Base, fundamento, alicerce.
Vorticoso - Que se movimenta em turbilhão.
Vórtice - Redemoinho, remoinho, voragem.
Pólipo -
sedentário cujo corpo, de consistência mole, é cilíndrico e oco, e
fixa-se ao substrato por uma das extremidades, e é dotado de boca
circundada por tentáculos na outra.
Corolário - Proposição que imediatamente se deduz de outra demonstrada.
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