Eternidade

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domingo, 23 de novembro de 2014

Ilusões do Orgulho



Melindre é o orgulho na mágoa. Cultivemos a coragem de ser criticados.

Pretensão é o orgulho nas aspirações. Aprendamos a contentar com a alegria de trabalhar, sem expectativas pessoais.

Presunção é o orgulho no saber. Tomemos por divisa que toda opinião deve ser escutada com o desejo de aprender.

Preconceito é o orgulho nas concepções. Habituemos a manter análises imparciais e flexíveis.

Indiferença é o orgulho na sensibilidade. Adotemos a aceitação e respeito em todas ocasiões de êxitos e insucessos alheios.

Desprezo é o orgulho no entendimento. Acostumemos a pensar que para Deus tudo tem valor, mesmo que por agora não o compreendamos.

Personalismo é o orgulho centrado no eu. Eduquemos a abnegação nas atitudes.

Vaidade é o orgulho do que se imagina ser. Procuremos conhecer a nós mesmos e ter coragem para aceitarmo-nos tais quais somos, fazendo o melhor que pudermos na melhoria pessoal.

Inveja é o orgulho perante as vitórias alheias. Admitamos que temos esse sentimento e o enfrentemos com dignidade e humildade.

A falsa modéstia é orgulho da “humildade artificial”. Esforcemos pela simplicidade que vem da alma sem  querer impressionar.

A prepotência é o orgulho de poder. Aprendamos o poder interior conosco mesmos transformando a prepotência em autoridade.

Dissimulação é o orgulho nas aparências.  Esforcemos por ser quem somos, sem receios, amando-nos como somos.

A reeducação moral através das reencarnações nos levará a renovar esse quadro de penúria espiritual da Terra, sob a escravização das sombrias manifestações orgulhosas.

Estamos todos, encarnados e desencarnados, nessa busca de superação e enfrentamento com as nossas imperfeições milenares, e não será num salto que venceremos a grande e demorada luta. Apliquemo-nos nas preciosas e universais lições de Jesus, iluminadas pelos raios da lógica espírita, e esforcemo-nos sem desistir da longa caminhada na conquista da humildade...

Precisaremos de muita coragem para ser humildes, ser o que somos...

Ser humilde é tirar as capas que colocamos com o orgulho ao longo dessa caminhada...

Trecho do livro: Mereça Ser Feliz ( Superando as ilusões do orgulho)
Pelo espírito Ermance Dufraux,
Psicografia de Wanderley S. de Oliveira

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Velho Testamento - Livro Levítico: Estudo 019

Vícios



Os vícios podem ser curados? Não! Mas, a pessoa viciada pode decidir parar com o vício a hora que ela quiser! Vamos entender melhor este assunto. O Espírito é que traz consigo o vício, seja através do “karma, da lei de causa e efeito ou do livre arbítrio.” Quando citamos vícios, nos referimos a qualquer tipo de dependência.

A palavra “karma” (ação) é o vetor principal resultante de todos os atos (bons e maus) praticados pelo homem. Ações conscientes ou não no Bem ou no Mal. Assim, pode-se avaliar que existirá, para cada indivíduo, "bom karma", como também "mau karma".

A lei de causa e efeito (todo efeito é resultante de uma causa) nos explica que tudo que vivenciamos, sejam momentos felizes ou infelizes, é consequência de nossas atitudes no presente ou no passado. Embora o indivíduo esteja vinculado a responsabilidade do ato praticado, se direcionar a sua vida baseada em valores mais nobres, pode alterar, aliviar, atenuar, reparar, e, com isso reequilibrar o seu passado. E pode até programar o seu futuro.

Os maus atos arremessam os agentes à dor; os bons à Paz! Ao criar o Espírito humano Deus concedeu-lhe a faculdade de decidir e praticar o que quiser através do “livre-arbítrio”. O homem pode optar por agir no bem ou no mal, pois, pela inteligência e pela moral, tem o dom da análise. Sua existência, feliz ou infeliz, será determinado por ele mesmo. "Aquilo que o homem plantar; aquilo mesmo terá que colher" Gálatas, 6-7.

Quando uma criatura acumula débitos perante a Justiça Divina (Leis Naturais), esta concede-lhe as oportunidades necessárias para o devido resgate, muitas vezes realizado parceladamente, em várias existências físicas (reencarnação). Explica-se assim o fenômeno lógico das vidas sucessivas, onde a criatura humana, conservando a individualidade, liberta-se das más tendências, adquirindo ou aprimorando virtudes. Isso acontecerá, inexoravelmente, pelo bem ou pela dor.

O corpo humano é um maravilhoso empréstimo da Vida, para a vida. Qualquer excesso, qualquer abuso, qualquer uso indevido, repercutirá na consciência, alertando quanto aos prejuízos. Tudo o que contraria o equilíbrio somático desajusta a harmonia do trinômio: “corpo, perispírito (corpo espiritual) e espírito”. Tais desajustes começam por provocar doenças no corpo físico e terminam por carrear inenarráveis tormentos espirituais.

André Luiz (espírito), no livro "Evolução em dois mundos" nos diz que: nossos desequilíbrios mentais causam rupturas nos pontos de interação entre o perispírito (corpo espiritual) e o corpo físico, ensejando assalto microbiano consentâneo com nossos débitos de vidas passadas.

O ser humano possui um campo espiritual de defesa, qual túnica eletromagnética (aura humana) à maneira de campo ovóide. Essa tela uma vez rompida (com "buracos", causados por vícios), libera o trânsito de energias bastardas entre os “centros de força” (chakras) que alimentam o espírito e o perispírito. Aí, sobrevêm as provações obrigatórias.

Infrações violentas, tais como os tóxicos, rompem essa "carapaça fluídica” do homem e as consequências são a devastação da saúde física e até a morte, às vezes precedidas da loucura. Depois vem os tormentos espirituais. Ao desencarnar, o perispírito mantém integralmente as mesmas sensações experimentadas na jornada terrena.

Encontra no mundo espiritual inúmeros espíritos, similares, em tendências, gostos, graus de evolução. Com eles conviverá, pela sintonia e pela atração vibratória. Verá que seu perispírito está depauperado, destrambelhado, cheirando mal, repleto de náuseas e mazelas (frio, fome, dor, etc.) Desgraçadamente, terá consciência desses tormentos, de maneira plena e permanente: não dorme, não desmaia, fica vagando por regiões cinzentas, sem água, sem sol.

Contudo, a Caridade de Deus, permanentemente amparando Seus filhos, também ali se manifesta, a todos os instantes. Basta, apenas, um único pensamento sincero voltado ao arrependimento, e esse sofredor receberá ajuda do Plano Maior, onde operam os Prepostos de Jesus. Deus não criou seres tendo por destino permanecerem votados ao mal, perpetuamente. Cedo ou tarde o Espírito tem vontade de se tornar feliz.

O que leva um Espírito desencarnado toxicómano ao arrependimento? A dor, mestra maior e último recurso natural para reconduzir o homem ao caminho do Bem. O viciado, ao desencarnar, percebendo que tudo está mais difícil, pois além de não poder satisfazer a ânsia da droga, ainda está doente, fraco, faminto etc., mais do que nunca, desejará as drogas.

Onde busca-las? Como consegui-las? Carente, e sem nenhuma proteção, ficará a mercê de legiões de malfeitores espirituais. Será sim, admitido nessas legiões, mas como elemento escravizado, desprezível, inferior. Aprenderá, rápido, que só no plano material poderá dar vazão ao vício.

Qual vampiro, poucas vezes sozinho, quase sempre em bandos, acorrerá aos locais de frequência dos toxicómanos encarnados (às vezes até mesmo em seus lares), aderindo-se a eles, mente a mente, induzindo-os ao consumo das drogas, ou assediando criaturas invigilantes, ainda não viciadas, para que o façam. Sem nenhuma reserva moral, em troca de alguma satisfação do vício, será submetido a uma série de perversidades.

Os vapores sutis das drogas, ao se volatilizarem são facilmente detectados pelos espíritos-viciados, os quais sorvem esses vapores, deles se apropriando e incentivando o encarnado a consumir mais e mais. Fácil entender porque o viciado encarnado cada vez quer mais. O fato mais grave do vampirismo é que as “larvas psíquicas”, são contagiantes: havendo campo próprio, transferem-se para novos hospedeiros, onde proliferarão. A esse infeliz processo o Espiritismo denomina “obsessão”.

Conjectura-se que o toxicômano encarnado sustenta o vício próprio e de mais ou menos dez viciados desencarnados! Com o tempo, poderá, pelo livre-arbítrio, tomar duas atitudes: Arrependimento ou revolta com desejo de vingança. Seu poder, ampliado, atingirá um ponto em que a Justiça Divina considera como saturação, dando um basta: compulsoriamente retornará à carne. Só que em tristes condições.
 
 
Fonte: Harmonia Espiritual

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Crônicas Espíritas (O Egoísmo)



Retomando o tema, observo que não é mesmo fácil a apreciação do egoísmo. Segundo Kardec há uma explicação da origem do mesmo. Na minha interpretação, quis dizer que, como fomos criados espíritos simples e ignorantes, e com o instinto de conservação, é o abuso desse instinto que nos leva ao egoísmo e orgulho (soberba). Mas Kardec não facilita muito as coisas quando se refere ao sentimento: “Este sentimento contido em justos limites é bom em si; a sua exageração é que o torna mau e pernicioso”.

O instinto de conservação vem acompanhado do sentimento de autopreservação. E aí vem a questão moral do meu interesse em detrimento do interesse alheio, mas e se esse alheio for moralmente condenável?

Portanto não dá para ser simplista em relação ao tema. 

Uma autora e filósofa de origem judaico-russa, radicada nos Estados Unidos, Ayn Rand, colocou “lenha na fogueira”, ao colocar o egoísmo como praticamente uma virtude, que seria a de preocupar-se com os nossos próprios interesses. Criou uma corrente filosófica, o Objetivismo, em que a mente racional tem uma supremacia absoluta. Mas, apesar de todo racionalismo, diz que o homem deve buscar a sua própria felicidade, sendo ele mesmo o responsável por ela.

Ela via o altruísmo de outro modo, quase inexistente, ou apenas como uma escolha, um sacrifício em detrimento de outrem.

Polêmica e por vezes paradoxal, sua teoria prega uma liberdade individual que não deve invadir o limite do outro, o que concordo, além de esclarecer que muitos tiranos utilizam-se de um pseudo-altruísmo para manobrar pessoas. Essa tirania política ou religiosa, apregoa o sacrifício dos comandados por um “bem maior”, sem, contudo, eles mesmos envolverem-se em situações de risco maior, salvo poucas exceções. 

Muitas de suas teorias foram utilizadas pelo capitalismo, isto é, as partes que agradavam aos objetivos deste sistema. Observo que isto é feito com outros filósofos, a exemplo de Nietzsche, que teve parte de seus textos usados pelo nazismo, muitos fora do contexto.

Mas não é apenas a filosofia que sofre com isto, pois vemos que muitos textos religiosos têm seus significados pervertidos, truncados por dificuldades de tradução ou por simples desejo de manipulação. Encontrar num livro religioso, uma frase, um trecho, que justifique os seus objetivos, é um perigo quando estes objetivos são escusos e egoístas.

Como o Espiritismo é baseado num tripé que inclui Religião, Filosofia e Ciência, a questão Moral é relevante. E se não soubermos o que é o bem e o mal, sem muitos relativismos, não teremos como construir uma base moral sólida.

Quando meu instinto de conservação não invadir, de modo ilegítimo, a integridade de outro ser humano, em todos os seus níveis, estarei dentro dos parâmetros cristãos. E a moralidade aí está, não faço porque não posso e sim porque não devo. Lembro-me do Paulo de Tarso: “tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”.

E o que é conveniente para mim, está na minha escala moral interna, que deverá ir se aprimorando com a evolução. E, quanto melhor estiver moralmente, mais a minha conveniência estará a convergir com o bem-estar alheio, não apenas o dos mais próximos e sim da humanidade.

Contrariando alguns, não evoluímos sozinhos, pois se este fosse o caso, cada espírito moraria num pequeno asteroide. Muitos egocêntricos pensam serem sóis centrais, e querem as pessoas gravitando em torno de seus interesses. Manipuladores hábeis, distorcem as situações e são rápidos em adjetivar de egoístas àqueles que contrariam aos seus interesses.

Levei um tempo para aprender a lidar com pessoas assim e identificar os dardos espelhados por elas lançados. Não fico mais com o orgulho ferido, desejando disparar outro dardo de volta. Aprendi que o suposto dardo e venenos lançados são proporcionais à importância que damos à eles.

Preservar-se do mal é um processo, do mal alheio e do interior. Vencer o egoísmo é uma luta incessante, pelo menos ainda para mim, pois seus disfarces são múltiplos.

Lembrar de quem somos de verdade, filhos do Universo, governados por Jesus, nos apazigua e liberta.
Evoluir é trazer a consciência de vigília as leis morais perenes insculpidas no nossa psique (consciência-subconsciência-inconsciente) quando da criação do espírito, e ainda que simples e ignorante, carrega o Espírito Universal, a chama do Criador, da fonte do Amor e da Vida.


Mais um trecho de Allan Kardek, para nossa reflexão: “ Egoísmo e Orgulho: Causas, Efeitos e Meios de Destruí-los”, de Obras Póstumas, grifos nossos.

“ Não há exemplos de uma pessoa dotada de natureza generosa, em quem o sentimento do amor ao próximo, da humildade, do devotamento e da abnegação, parece inato? 

O número é inferior ao dos egoístas, bem o sabemos, e se assim não fora, estes não fariam a lei; mas não é tão reduzido, como pensam, e se parece menor é porque a virtude, sempre modesta, se oculta na sombra, ao passo que o orgulho se põe em evidência. 

Se pois o egoísmo e o orgulho fossem condições de vida, como a nutrição, então, sim, não haveria exceção. 

O essencial portanto é fazer que a exceção passe a ser regra e para isso incumbe destruir as causas produtoras do mal. A principal é, evidentemente, a falsa idéia, que faz o homem da sua natureza, do seu passado e do seu futuro. 

Não sabe donde vem, julga-se mais do que é; não sabendo para onde vai, concentra todos os pensamentos na vida terrestre. Deseja viver o mais agradavelmente possível, procurando a realização de todas as satisfações, de todos os gozos. 

É por isso que investe contra o vizinho, se este lhe opõe obstáculo; então entende dever dominar, porque a igualdade daria aos outros o direito que ele quer só para si, a fraternidade lhe imporia sacrifícios em detrimento do próprio bem-estar, e a liberdade, deseja-a só para si, não concedendo a outrem senão o que não fira as prerrogativas. Se todos têm essas pretensões, hão de surgir perpétuos conflitos, que farão comprar bem caro o pouco gozo, que conseguem fruir. 

Se porém erguerem os olhos para onde a felicidade não pode ser perturbada por ninguém, nenhum interesse alheio precisa de ser debelado e, conseguintemente, não há razão de ser para o egoísmo, embora subsista o estimulante do orgulho. 

A causa do orgulho está na crença, que o homem tem, da sua superioridade individual, e aqui se faz ainda sentir a influência da concentração do pensamento nas coisas da vida terrestre.”


Fonte: CACEF - Casa de Caridade Esperança e Fé




sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Outro espírita em Paris (George Abreu de Souza) - Notre-Dame, o Père-Lachaise...


Notre-Dame


Deus, em Sua Sabedoria, escolhe certos locais e momentos para demonstrar o quanto carecemos de alimento para a alma. Cheguei a Paris na primavera de 2014 e vi a natureza compartilhando o espaço com uma esplendorosa e secular arquitetura.

Apesar de todas as guerras em que os franceses se viram envolvidos, suas obras de arte foram sabiamente resguardadas. A capacidade de criar belas edificações associou-se a uma sabedoria em preservá-las. As esculturas espalhadas por toda Paris, para alegria de nossos olhos, eternizam homens e acontecimentos que deram significado à civilização humana. Sob a proteção da sua padroeira, Santa Genoveva, não faltam nessa cidade catedrais góticas, vitrais bizantinos, arcos e pilares greco-romanos, construções renascentistas e tudo mais que a arquitetura ofereceu às diversas civilizações.

Minha hospedagem foi no Quartier Latin, na Rue dés Écoles, onde estive vizinho da famosa Universidade de Paris-Sorbonne, cujo prestígio atrai estudantes de toda parte do mundo, em busca de cultura e conhecimento. Para citar apenas um dentre os renomados professores que passaram por aquela instituição, recordo do Nobel de Fisiologia e Medicina de 1919, o trabalhador espírita Charles Richet, notável por apresentar as potencialidades da alma na Academia de Ciências Francesa.Na primavera, Paris escurece próximo das 22 horas, e como do meu hotel até a Catedral de Notre-Dame bastava uma pequena caminhada, fui apreciá-la com certa frequência.

Sentado nos jardins que margeiam a Catedral, imaginei quantos acontecimentos históricos teria ela testemunhado desde o início de sua construção datada do ano de 1163.

Construída e reconstruída, desde o século XII até o XIX, Notre-Dame é admirada por sua história, pela beleza de seus ângulos, pelo som de seus múltiplos sinos ou, quem sabe, por insondáveis e particulares recordações.

As Igrejas foram testemunhas silenciosas da História da Humanidade; sob seus tetos aconteceram coisas boas e ruins. Seus rituais, tão a gosto das multidões, consolidaram as hierarquias do clero e o poder encontrou campo fértil para prosperar. Em contra-partida, a miséria humana recebeu alento, corações despedaçados foram atendidos, por mérito dos bons homens que não se perderam em suas abnegadas tarefas.

A história da França passa pela Catedral de Notre-Dame. Diariamente ela abre suas portas para uma interminável multidão. Seguindo na fila que se forma para seu acesso, caminhamos pelo mesmo local em que no século XIV, por ordem do papa Clemente V, foram queimados templários acusados de heresia. Já dentro da catedral, encontramos um majestoso interior, local onde no século XV foi coroado Henrique IV como rei da França; ou onde em 1804, ano do nascimento de Kardec, Napoleão recebeu do papa Pio VII a coroa de imperador dos franceses. A guerreira e médium Joana d'Arc, queimada viva como feiticeira na cidade de Rouen, teve em Notre-Dame, no século XV, o início do seu processo de reabilitação pela Igreja, concluído ali mesmo, no século XX, com sua beatificação.

Algumas vezes, sob o magnetismo da imponente Catedral, pensei: em qual pedaço da História eu poderia ter participado? O pensamento é livre e a certeza da reencarnação nos permite esses devaneios, agradáveis para a alma despreocupada.

Notre-Dame é uma história de reis, papas, fé, poder; também é a história da constante busca do homem por Deus. Uma procura cheia de tropeços, de erros, mas, sobretudo, da necessidade de que o ser humano sempre foi possuído, a de buscar seu Criador.




 
Do Père-Lachaise ao Cesak


Quando a vida me colocou diante dos companheiros de ideal espírita, foram muitos os benefícios que alcancei; entre eles, acendeu-se a minha fé, que andava muito largada. Desconfiava das religiões, de suas intenções, de seus líderes, até que li, admirado, os argumentos do Codificador, e eles atingiram diretamente a minha religiosidade. Animado, estudei, com meus novos companheiros, "O Livro dos Espíritos", e esse fez dobrar meu coração desassossegado, dando-me esperança de, no futuro, me tornar um homem de bem, expectativa que mantenho.

O Espiritismo, mostrando o homem imortal, explica não ser o cemitério uma última morada, mas na busca pelo espiritual não poderia deixar de visitar o Père-Lachaise. Foi com gratidão que lá cheguei com a ideia de reafirmar meu agradecimento àquele que me ensinara que os mortos estão vivos.

O dólmen (dol = mesa e men = pedra), com suas muitas e bem-tratadas flores, chama atenção dos visitantes, que se perguntam: quem será esse? Ah, dizem lendo o epitáfio e repetindo em voz alta: Allan Kardec, fundador da Filosofia Espírita. Suas máquinas fotográficas levam a recordação daquele inesquecível encontro.

Olhei com carinho a homenagem a Amélie Boudet, sua esposa, que viveu até o ano de 1883. Como são para nós ainda insondáveis os Desígnios de Deus. O que teria produzido Kardec se a vida lhe durasse mais 14 anos, pensei. A saúde precária devido ao excessivo trabalho me parece um motivo apenas material, portanto, incompleto: isso porque a medicina dos Espíritos poderia ter prolongado a sua vida, se essa fosse a real necessidade.

Pensei, alternativamente, que sua morte poderia ter-lhe sido um prêmio para que não passasse pelas misérias em que sucumbiu Paris em 1870. Foi o ano seguinte ao seu desenlace que as tropas de Bismarck isolaram a Capital da França, culminando com a queda de Napoleão III, o sobrinho de Napoleão Bonaparte, dando início à Terceira República. Nessa hipótese, Kardec desencarnara poupado de ver a sociedade parisiense no flagelo da fome, quando o zoológico desapareceu e os ratos tiveram tempos difíceis. Achei essa minha suposição muito fraca e, por isso, persisti com a dúvida.

Agradeci muito e segui caminhando pelo Père-Lachaise, sem maior interesse por tntos outros famosos, que, naquele local, deixaram um último registro de existência nesse planeta.

No dia seguinte, telefonei para a Claudia Bonmartin, uma brasileira que vive em Paris cumprindo, com zelo, sua missão. Fui ao Cesak, "Centre d'Études Spirites Allan Kardec", de Paris. Participei de um encontro muito agradável; éramos em torno de vinte pessoas, sendo alguns brasileiros que estudam ou trabalham e Paris. Esse grupo se reúne numa pequena e confortável sala na sobreloja do prédio cujo mapa da mina coloco ao final.

Foi um encontro muito fraterno, onde pude ver o esforço de espíritas que moram fora do Brasil. Todos têm uma missão a cumprir, a de manter a chama em solo parisiense desta mensagem: a alma é imortal. Jesus certamente os convocou para trabalharem na mesma cidade onde a Codificação nasceu. Alguns de seus antigos moradores do século XIX agora estão reencarnados em lutas diversas. Por guardarem no coração doces recordações do Espiritismo, reúnem condições de apreciá-lo se lhes aparecer a oportunidade. O Cesak estará lá, aguardando-os.

Devemos ter gratidão para com todos os que prepararam o caminho, dando ao próximo a oportunidade de receber esse alívio para a alma: a certeza de um amanhã, o esclarecimento das Leis de Causa e Efeito e o entendimento sobre a Justiça Divina.

A todos os irmãos que deixam de lado seu conforto para oferecer a chance do encontro com o Consolador, nossas sinceras preces de agradecimento.



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

A VINHA




"E disse-lhes: Ide vós também para a
vinha e dar-vos-ei o que for justo. E
eles foram." - (Mateus, 20:4.)
Ninguém poderá pensar numa Terra cheia de beleza e possibilidades, mas vogando ao léu na imensidade universal.

O Planeta não é um barco desgovernado.

As coletividades humanas costumam cair em desordem, mas as leis que presidem aos destinos da Casa Terrestre se expressam com absoluta harmonia. Essa verificação nos ajuda a compreender que a Terra é a vinha de Jesus. Aí, vemo-lo trabalhando desde a aurora dos séculos e aí assistimos à transformação das criaturas, que, de experiência a experiência, se lhe integram no divino amor.

A formosa parábola dos servidores envolve conceitos profundos. Em essência, designa o local dos serviços humanos e refere-se ao volume de obrigações que os aprendizes receberam do Mestre Divino.

Por enquanto, os homens guardam a ilusão de que o orbe pode ser o tablado de hegemonias raciais ou políticas, mas perceberão em tempo o clamoroso engano, porque todos os filhos da razão, corporificados na Crosta da Terra, trazem consigo a tarefa de contribuir para que se efetue um padrão de vida mais elevado no recanto em que agem transitoriamente.

Onde quer que estejas, recorda que te encontras na Vinha do Cristo.

Vives sitiado pela dificuldade e pelo infortúnio?

Trabalha para o bem geral, mesmo assim, porque o Senhor concedeu a cada cooperador o material conveniente e justo.

***

pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier
livro: Pão Nosso

No período menstrual, a médium pode ir às reuniões mediúnicas?





"Há infelizmente muita gente que toma a sua própria opinião por
medida exclusiva do bem e do mal, do verdadeiro e do falso.
Tudo o que contradiz a sua maneira de ver, as suas ideias, o 
sistema que inventaram ou adotaram é mau aos seus olhos. 
Falta a essas criaturas, evidentemente, a primeira condição
para uma reta apreciação: a retidão do juízo. Mas elas nem
o percebem. Esse o defeito que mais enganos produz."
O Livro dos Médiuns - Allan Kardec  
(Cap. XXIV, questão 267, parágrafo 26) 


Nem mediunidade nem mestruação são doençs do corpo. A primeira é uma faculdade humana que independe das condições morais e fisiológicas. A segunda faz parte da constituição física feminina, onde o organismo é adequado à função reprodutiva. O ciclo menstrual é, portanto, intrínseco ao aparelho reprodutor da mulher, o qual é programado para que, mensalmente, receba as condições de gerar um outro ser vivo pela fecundação, ocasião em que o espermatozóide se une ao óvulo para repetir o milagre da vida. Se não ocorre a fecundação, o óvulo degenera e é expelido com seus acompanhantes. A isso chamamos de menstruação.

Ocorre que, em algumas mulheres, esse período menstrual se faz acompanhar de cólicas que geram mal-estar, impossibilitando-as ao exercício da mediunidade, não somente pela problemática menstrual, mas devido à influência física refletida sobre a mente, dificultando uma concentração adequada ao transe mediúnico. Nestas, aconselha-se a abstenção da tarefa até que seus organismos sejam apaziguados, o que não é duradouro. Noutras, onde este período não lhes acarreta inconveniência em permanecer na labuta, visto ser dever moral de quem assume uma tarefa concluí-la e repeti-la, se for o caso.

Aquelas que se ausentam da mesa dos trabalhos nessa condição, excetuando-se os casos patológicos onde o fluxo menstrual é intenso, incluem-se entre as faltosas sem motivo justo, uma vez que, em não sendo a menstruação uma doença, está caracterizado o quadro de saúde, situação incompatível com a falta ao dever. Interpretar de outra maneira é mostrar ignorância ou cair no desculpismo vulgar, tão explorado por frequentadores ainda não cientes da responsabilidde e da gravidade de uma reunião mediúnica, onde a ausência de um intermediário deixa sem atendimento os enfermos a ele ligados.

É preciso encarar este assunto com naturalidade, com a consciência de que a menstruação em nada influi no caráter das comunicações. Ausentar-se dos trabalhos, sem as restrições inicialmente descritas, que se constituem em justo motivo de paralisação, é negligenciar, descredenciar-se ante a função de enfermeira, cujo compromisso é assumido mesmo antes do reencarne, gerando para o futuro, se não demissão, ao menos repreensões por parte da consciência, pelo descaso no trato das questões divinas.


por Luiz Gonzaga Ribeiro
livro: Mediunidade Tire suas Dúvidas. 

Você pergunta, Sergio Aleixo responde! (035) - O Mundo Espiritual materializado



Você pergunta, Sergio Aleixo responde! (018) - Existe Umbral?

sábado, 8 de novembro de 2014

Experiências novas



Nunca desdenhes das provações e dos desafios que te surpreendem pelo caminho da evolução.
São eles os encarregados de facultar-te experiências novas mediante as quais adquirirá maior soma de conhecimentos e de iluminação.

As provas e expiações constituem valioso recurso da Vida para a reabilitação dos teus gravames cometidos ao longo da marcha ascensional. Muitas vezes se te apresentam como dores e solidão, amargura e dificuldade, mas que te ensejam avaliar a qualidade dos tesouros de que dispões e que a negligência ou a ignorância não te permitem identificar o valor real de que são portadores.

Todos os indivíduos possuidores de discernimento sabem do significado espiritual da existência terrestre, devendo cada um investir os melhores recursos, a fim de desenvolver as possibilidades na edificação de si mesmo. Para que os tentames sejam felizes, surgem os desafios, que se apresentam de maneira variada, ensejando a conquista de experiências enriquecedoras, antes que surjam os sofrimentos necessários para o despertamento da realidade.

As plantas enrijecem as fibras através dos ventos que as açoitam.

Os metais tornam-se mais resistentes graças às temperaturas elevadas.

As gemas preciosas adquirem brilho mediante a lapidação dilaceradora.

Assim também o caráter humano, que se aprimora cada vez mais, por meio dos sacrifícios e das lutas que são empreendidas, fortalecendo os sentimentos que se enobrecem, desenvolvendo as aspirações iluminativas que se encontram em germe.

Toda ascensão é realizada mediante os tributos de abnegação e de aflições que dizem respeito ao esforço aplicado durante o tentame.

Ninguém atinge as cumeadas sem passar pelos diferentes níveis que lhe dão acesso.

Por isso mesmo, a existência física é mais do que uma aventura, constituindo-se um aprendizado metódico e continuado que se realiza através da observância dos seus programas educativos.

Não cessam, desse modo, as oportunidades de crescimento interior e de aquisição de sabedoria.

Cada experiência nova, mesmo quando assinalada por sofrimentos, se devidamente considerada, transforma-se em conquista de alta magnitude.

O aguilhão da dor em muitos casos é o estímulo necessário para que o ser humano abandone o marasmo em que se demora, mudando de atitude perante os acontecimentos nos quais se encontra envolvido.

Nesse processo de evolução inevitável, é impossível a apatia que, na condição de reação psicológica resultante da rebeldia interior, deve ser vencida a qualquer preço.

Não te detenhas, pois, na contemplação dos territórios emocionais e culturais conquistados. Ainda dispões de muitas áreas que aguardam arroteamento, ensementação e cuidados.

Empreendida a batalha de auto-sublimação, todo ensejo é propício para o burilamento pessoal e o crescimento espiritual.

Movimentando-te entre pessoas que constituem o teu círculo familiar, social e humano, utiliza-te com sabedoria do ensejo e amplia os relacionamentos, auxiliando o organismo coletivo com as tuas palavras, os teus exemplos de amizade, de compaixão e de solidariedade. Há muito sofrimento escondido sob tecidos custosos e de aparência cuidada.

Nem todos têm coragem de assumir as próprias aflições e buscam disfarçá-las nos jogos da ilusão ou ocultá-las sob máscaras de prazer e agressividade.

Se souberes compreender o teu próximo e conceder-lhe as dádivas da compaixão e da amizade, ele se te acercará buscando apoio e esclarecimento, ajuda e forças para não desfalecer ou deter-se na rampa da alucinação que já o sitia.

Aquele que conquista a fé em Deus e compreende o significado existencial possui um tesouro de indiscutível qualidade.

O mundo encontra-se referto de indivíduos que se movimentam automaticamednte sem direção nem objetivo existencial.

Não se permitiram as experiências novas que os credenciassem à conquista de mais expressivos recursos de auto-iluminação.

Deixaram-se consumir pelo desencanto ou se permitiram desistir de tentativas desafiadoras.

A existência carnal tornou-se-lhes tediosa porque não alcançaram alguns dos objetivos que perseguiam e acreditavam ser essenciais à felicidade, sem que se dessem conta do sentido profundo da perda, que encerra ensinamento em torno dos legítimos valores. Não poucas vezes, aquilo que se apresenta como dádiva da vida pelo prazer que proporciona, após vivenciada a alegria, transforma-se em calvário de dor e desespero, à medida que se desveste da ilusão, apresentando a outra face, aquela que se encontra ignorada.

A cada instante, relacionamentos afetivos que se iniciaram sob juras de fidelidade e constância, transformam-se em labirintos escuros de sofrimento e de desar ou fogueiras abrasadoras de revolta e de crime.

Funções de destaque na sociedade, que exaltam o personalismo e a vaidade, subitamente se convertem em cárceres de dor e desastre moral.

Riquezas invejáveis que adornam o ser com projeção no mundo e ambições crescentes, escondem conflitos íntimos e medos não dimensionados que o aturdem continuamente.

No sentido oposto, situações difíceis e afligentes, passados os períodos iniciais de provas rudes e testemunhos necessários, transformam-se em harmonia e bem-estar, auxiliando na consolidação do equilíbrio e da alegria de viver durante todo o transcurso da existência física.

Resignação, portanto, ante às dores e decepções, não constitui submissão masoquista ou acomodação irresponsável, porém mecanismo de sabedoria para melhor enfrentar futuras ocorrências que se encontram programadas em todas as vidas.

A reencarnação tem finalidade superior. Não apenas oferece ensejo para reparação dos males que foram praticados, mas sobretudo para a conquista de novas experiências que se incorporarão ao patrimônio do Espírito para seguir Jesus por todo o sempre.

Quem se recusa a empreendimentos novos permanece na estagnação do já conquistado.

Sê tu que avança, confiante e responsável, aprendendo mais e produzindo melhor.

O Espírito é um conquistador do infinito. Não te bastem as realizações conseguidas, segue além.

Toma Jesus por Modelo e apoia-te nEle, seguindo a trilha que te deixou, convidando-te para alcançar o reino de Deus.

A existência na Terra é um contínuo convite ao aprimoramento moral e incessante proposta de desenvolvimento interior.



Pensamentos extraídos da mensagem Experiências Novas, recebida em Hoorn, Holanda, 15 de maio de 2001.

por Joanna de Ângelis e Divaldo P. Franco
Obra: Nascente de Bênçãos.


Luz do Espiritismo


segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O dia de Finados para o Espírita




A propósito do dia de finados, é interessante discorrer sobre questionamentos com os quais de vez em quando somos colhidos por parte de conhecidos, curiosos ou interessados em se iniciar nos assuntos relativos à espiritualidade.

De vez em quando alguém pergunta “por que o espírita não vai ao cemitério” (no dia de finados, mais especificamente). Cabe aqui, portanto, um esclarecimento útil.

Primeiro: nenhum espírita, em virtude de ideologia religiosa, ou limitação de qualquer tipo imposta pela doutrina, “não pode” ir ao cemitério em qualquer época. Efetivamente conheço muitos, simpatizantes, ou espiritualistas convictos, que narram de suas visitas a túmulos de parentes ou conhecidos.

Segundo: o que ocorre mais amiúde é que, em detendo o espírita a tranquila convicção de que seu ente querido não mais se demora por estas bandas, tendo demandado estâncias outras, mais ricas, de vida, guarda a consciência clara de que tudo o que ficou na sepultura foi a “roupagem gasta”, e não mais, portanto, a pessoa com quem compartilhou experiências e afeto.

Terceiro: isto não implica em que o espírita sincero condene ou critique o posicionamento dos demais semelhantes que, de todo o coração, prestam com sinceridade as suas homenagens aos seus afeiçoados que se anteciparam na viagem deste para o outro lado da vida. Aliás, reza no próprio conhecimento da doutrina que muitos desencarnados visitam, efetivamente, os cemitérios por ocasião da data, em consideração às demonstração de amor com que ali são distinguidos. E muitos outros ainda, afeitos aos costumes dentro dos quais desenvolveram suas experiências na matéria, conferem ainda subida importância a este gesto, ressentindo-se, de fato, daqueles que não o prestem nas datas de molde a serem lembrados.

Vistas estas considerações, é sensata a conclusão de que jamais cabe padrão algum de conduta no que toca ao sagrado universo íntimo humano. Cada agrupamento familiar terreno é único e peculiar, e ninguém melhor do que os seus componentes para estarem inteirados do que atinge ou não atinge mais de perto a cada um; o que convém ou o que não convém em matéria de sentimento e dedicação, cujos estágios e características se multiplicam ao infinito correspondente do número de habitantes do vasto universo humano.

Efetivamente, somos do lado de “lá” o que fomos aqui. É dever comezinho não só do espírita, quanto de qualquer pessoa que se diga civilizada, respeitar a diversidade dos caminhos escolhidos que, destarte, haverão de conduzir a cada ser, no tempo certo, ao mesmo ponto de encontro comum na intimidade das luzes divinas. Questão de temperamento, de agrupamento humano, de fé e de hábitos, o ir ou não ir ao cemitério, de vez que é na sinceridade do gesto, e não no gesto em si, que se vislumbra a verdadeira homenagem aos desencarnados, de forma que, amor pelos mesmos, podemos dirigir-lhes tanto do recesso abençoado do nosso recanto de meditação no lar, quanto do ambiente de qualquer templo religioso, ou ainda diariamente, no movimento tumultuado das ruas, ou também no cemitério, a qualquer dia do ano.

De forma que aqueles que partiram nos amando de todo o coração haverão de valorizar e entender a nossa melhor intenção ao seu respeito, seja de onde for que se irradie, colhendo-os de pronto, pela linguagem instantânea do coração e do pensamento. Os que foram afeitos aos hábitos costumeiros do dia de finados, na medida de suas possibilidades espirituais após a transição lá estarão, junto à sepultura física, colhendo com sincera afeição os votos de paz e as preces que lhes estejam sendo dirigidas. Os provenientes dos lares espiritualistas na Terra receberão as mesmas demonstrações de amor a qualquer tempo, em qualquer data que faça emergir naqueles que ficaram para trás no aprendizado físico as gratas lembranças com que são evocados.

O importante é que espíritas e não espíritas têm em comum, em relação aos seus amados que já se foram, à qualquer época, a linguagem inconfundível do amor entre as almas. Enxerguemos acima dos horizontes das limitações de visão humanas para alcançarmos com clareza a compreensão de que é assunto individual a forma como celebramos o nosso afeto para com os nossos entes queridos, e que o fator da sinceridade e da intenção é o que de fato conta, na hora da certeza de que nossas preces e votos de paz serão bem recebidos por aqueles que prosseguem nos amando de igual forma na continuidade pura e simples da vida, que a todos aguarda para além das portas da sepultura, sob as bênçãos de Jesus.


Com amor, Christina Nunes
Fonte: Mundo Maior

Luz do Espiritismo