Eternidade

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domingo, 19 de outubro de 2014

A Ciência Espírita



Que faz a moderna ciência espírita? Reúne em corpo de doutrina o que estava esparso; explica, em termos apropriados, o que só era dito em linguagem alegórica; suprime o que a superstição e a ignorância haviam criado, para só deixar o que é real e positivo: eis o seu papel. Mas não lhe cabe o papel de fundadora. Mostra o que existe, coordena, mas não cria nada, pois suas b ases são de todos os tempos e de todos os lugares. Quem, pois, ousaria considerar-se bastante forte para abafá-la com sarcasmos e mesmo com perseguições? Se a proscreverem de um lado, renascerá em outros locais, no próprio terreno de onde a tenham banido, porque está na Natureza e não é permitido ao homem aniquilar uma força da Natureza, nem opor veto aos decretos de Deus.


Aliás, que interesse haveria em se impedir a propagação das ideias espíritas? É verdade que elas se erguem contra os abusos que nascem do orgulho e do egoísmo. Mas esses abusos, de que alguns se aproveitam, prejudicam as massas. O Espiritismo, portanto, terá as massas do seu lado e por adversários sérios apenas os que têm interesse na manutenção desses abusos. Pela influência que exercem, as ideias espíritas são uma garantia de ordem e tranquilidade, pois tornam melhores os homens uns para com os outros, menos ávidos de interesses materiais e mais resignados aos decretos da Providência.



Allan Kardec

Fonte: O Livro dos espíritos. Ed. Comemorativa do Sesquicentenário. Rio de Janeiro: FEB, 2006. "Conclusão VI, p. 568. Título atribuído pela Redação.

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