Eternidade

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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

JÚPITER - parte 1


De todos os planetas, o mais adiantado sob todos os aspectos é Júpiter. É o reino exclusivo do bem e da justiça, porquanto só tem Espíritos bons. Pode fazer-se uma ideia do estado feliz de seus habitantes pelo quadro que demos de um mundo habitado apenas por Espíritos da segunda ordem.

A superioridade de Júpiter não está somente no estado moral de seus habitantes; está também na sua constituição física. Eis a descrição que nos foi dada desse mundo privilegiado, onde encontramos a maior parte dos homens de bem que honraram nossa Terra por suas virtudes e talentos.

A conformação do corpo é mais ou menos a mesma daqui, porém é menos material, menos denso e de uma maior leveza específica. Enquanto rastejamos penosamente na Terra, o habitante de Júpiter transporta-se de um a outro lugar, deslizando sobre a superfície do solo, quase sem fadiga, como o pássaro no ar ou o peixe na água.

Sendo mais depurada a matéria de que é formado o corpo, dispersa-se após a morte sem ser submetida à decomposição pútrida. Ali não se conhece a maioria das moléstias que nos afligem, sobretudo as que se originam dos excessos de todo gênero e da devastação das paixões.

A alimentação está em relação com essa organização etérea; não seria suficientemente substancial para os nossos estômagos grosseiros, sendo a nossa por demais pesada para eles; compõe-se de frutos e plantas; de alguma sorte, aliás, a maior parte eles a haurem no meio ambiente, cujas emanações nutritivas aspiram.

A duração da vida é, proporcionalmente, muito maior que na Terra; a média equivale a cerca de cinco dos nossos séculos; o desenvolvimento é também muito mais rápido e a infância dura apenas alguns de nossos meses. Sob esse leve envoltório, os Espíritos se desprendem facilmente e entram em comunicação recíproca apenas pelo pensamento, sem, todavia, excluir a linguagem articulada; para a maior parte deles, também, a segunda vista é uma faculdade permanente; seu estado normal pode ser comparado ao de nossos sonâmbulos lúcidos; eis por que se nos manifestam mais facilmente do que os encarnados nos mundos mais grosseiros e mais materiais. A intuição que têm do seu futuro, a segurança dada por uma consciência isenta de remorsos fazem com que a morte não lhes cause nenhuma apreensão; veem-na chegar sem temor e como simples transformação.

Os animais não estão excluídos desse estado progressivo, sem se aproximarem, contudo, daquele do homem; seu corpo, mais material, prende-se à terra, como os nossos. Sua inteligência é mais desenvolvida que a dos nossos animais; a estrutura de seus membros presta-se a todas as exigências do trabalho; são encarregados da execução de obras manuais: são os serviçais e os operários; as ocupações dos homens são puramente intelectuais. Para os animais o homem é uma divindade tutelar que jamais abusa do poder para os oprimir.

Quando se comunicam conosco, os Espíritos que habitam Júpiter geralmente sentem prazer em descrever o seu planeta; ao se lhes pedir a razão, respondem que o fazem com o fito de nos inspirarem o amor do bem, com a esperança de lá chegarmos um dia. Foi com essa intenção que um deles, que viveu na Terra com o nome de Bernard Palissy, célebre oleiro (que lida com objetos de barro (louças, telhas, tijolos, etc.) do século XVI, ofereceu-se espontaneamente, sem que ninguém lhe pedisse, para elaborar uma série de desenhos, tão notáveis por sua singularidade quanto pelo talento de execução, destinados a dar-nos a conhecer, até nos menores detalhes, esse mundo tão estranho e tão novo para nós.

Alguns retratam personagens, animais, cenas da vida privada; os mais impressionantes, porém, são os que representam habitações, verdadeiras obras-primas de que coisa alguma na Terra nos poderia dar uma ideia, porque em nada se assemelham ao que conhecemos; é um gênero de arquitetura indescritível, tão original e, entretanto, tão harmoniosa, de uma ornamentação tão rica e tão graciosa que desafia a mais fecunda imaginação.

O Sr. Victorien Sardou, jovem literato de nossas relações, cheio de talento e de futuro, mas de forma alguma desenhista, serviu-lhe de intermediário. Palissy prometeu-nos uma série de desenhos que, de certo modo, será a monografia ilustrada desse mundo maravilhoso. Esperamos que essa curiosa e interessante coletânea, sobre a qual voltaremos em artigo especial consagrado aos médiuns desenhistas, possa um dia ser liberada ao público.

O planeta Júpiter, apesar do quadro sedutor que nos foi dado, não é, absolutamente, o mais perfeito dos mundos. Outros há, desconhecidos para nós, que lhe são muito superiores, do ponto de vista físico e moral, e cujos habitantes gozam de felicidade ainda mais perfeita; são a morada dos Espíritos mais elevados, cujo etéreo envoltório nada mais tem das propriedades conhecidas da matéria.

Já nos perguntaram diversas vezes se pensamos que a condição do homem terreno seria um obstáculo absoluto à sua passagem, sem intermediário, da Terra para Júpiter. A todas as perguntas que dizem respeito à Doutrina Espírita, jamais respondemos conforme nossas próprias ideias, contra as quais estamos sempre em guarda. Limitamo-nos a transmitir o ensino que nos é dado pelos Espíritos, não os aceitando de forma leviana e com irrefletido entusiasmo.

À pergunta acima respondemos claramente, porque tal é o sentido formal de nossas instruções e o resultado de nossas próprias observações: Sim; deixando a Terra, pode o homem ir imediatamente a Júpiter, ou a outro mundo análogo, pois que não é o único dessa categoria. Pode-se ter certeza disso? Não. Contudo poderá ele ir, visto haver na Terra, embora em pequeno número, Espíritos muito bons e suficientemente desmaterializados para não se sentirem deslocados num mundo onde o mal não tem acesso.

Não há certeza, porque o homem pode iludir-se sobre o seu mérito pessoal ou tem que cumprir, alhures, outra missão. Seguramente, os que podem esperar esse favor não são os egoístas, nem os ambiciosos, nem os avarentos, nem os ingratos, nem os ciumentos, nem os orgulhosos, nem os vaidosos, nem os hipócritas, nem os sensuais ou qualquer daqueles que se deixaram dominar pelo apego aos bens terrestres; a esses, serão necessárias, talvez, longas e rudes provas. Isso depende da sua vontade.
 
                                             
Compilado por Harmonia Espiritual da
Revista Espírita – Allan Kardec - 1858

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Oração e Jejum



“Esta casta não pode sair senão por meio de oração e jejum.” — Jesus.
(Marcos, capítulo 9, versículo 29.)


“Oração e jejum” são os cuidados básicos a serem observados pelos lidadores da desobsessão.
Que preparo maior que esse recomendado pelo Divino Amigo?
Jejum das paixões, dos vícios, de tudo o que é sombra em nós e ao redor de nós.
Jejum e oração! quando houvermos conseguido atingir a plenitude desses ensinamentos, conosco ter-se-á reabilitado toda a Humanidade!

*

Quem se dedica ao trabalho desobsessivo já está conscientizado de que se deve preparar permanentemente para tal mister. Não que seja um privilegiado. Não que esteja em posição de superioridade. Não. Isto não existe em Doutrina Espírita nem deve existir em nosso Movimento Espírita. Mas, é fundamental que esteja cônscio de suas responsabilidades, já que esse labor requer especialização.

A preparação não exige um curso específico. Antes é um conjunto de requisitos (como aliás acontece com aquele que trabalha na evangelização infantil, com o orador espírita, etc.), entre os quais citamos: integração no Centro Espírita onde se vincula, estudo metódico e progressivo da Doutrina, larga experiência em trabalhos mediúnicos e, sobretudo, como recomenda Kardec, inquebrantável esforço pela sua transformação moral. Que se empenhe em modificar-se, momento a momento, vencendo as suas más tendências e que tenha incorporado à sua vivência o lema: “Fora da caridade não há salvação”. É alguém que se interessa e se preocupa com o próximo e sensibiliza-se com a sua dor, afeito a meditar, a refletir, a sentir os ensinamentos com que o Espiritismo nos ilumina a existência. É, enfim, alguém votado às coisas mais elevadas e que está conseguindo se desligar dos interesses imediatistas do mundo. Mas, para conseguir o seu intento, urge que se esforce por viver o Espiritismo, tal como preconiza Léon Denis, quando diz que “Não basta crer e saber, é necessário viver a nossa crença, isto é, fazer penetrar na prática cotidiana da vida os princípios superiores que adotamos.”

Sempre que isto começa a suceder conosco, isto é, quando principiamos a sentir que não basta apenas crer e saber que os Espíritos existem e que o Espiritismo é a Terceira Revelação, mas que o que realmente importa é vivenciar-lhe os ensinos, incorporá-los ao nosso modo de ser. Estaremos, assim, dando os passos decisivos pela ingente tarefa da auto-evangelização. Entenderemos por que há necessidade de nos preparar convenientemente para o ministério da desobsessão. É que este preparativo não se faz apenas no dia da reunião, mas, sim, em regime de tempo integral. É um novo programa de vida. É abandonar hábitos perniciosos — abstenção dos vícios que nos enfeiam a alma, buscando a elevação de pensamentos, palavras e atitudes.

Quem realmente reconhece a necessidade do jejum das paixões sentirá que se processa no âmago do seu ser a incessante batalha entre a sombra e a luz, entre o passado difícil de ser erradicado e o presente que se traduz em esperanças por um futuro melhor.

Para ajudar ao homem nesta luta imprescindível, está entre nós o Consolador Prometido. Convencido das verdades que ele descortina para a Humanidade, imbuido do desejo sincero e perseverante de superar a si próprio, o homem irá afastando-se dos hábitos antigos, com naturalidade, buscando assim novos ambientes onde se cultue a conversação sadia e edificante, onde se trabalhe pelo bem.

Para os tarefeiros da reunião de desobsessão é fundamental essa renovação. Quem se dispuser a essa tarefa de tão grande envergadura terá ensejos maravilhosos de comungar, com os Benfeitores Espirituais, de instantes de felicidade sublime, que nenhum prazer terreno poderá jamais oferecer. Sentirá a verdadeira alegria, a que nasce no espírito e que representa o alimento mais puro de que todos carecemos: o Bem, o Amor. E terá a Paz que Jesus prometeu àqueles que se disponham a segui-Lo.

Aquele, pois, que se preparar, em caráter permanente, para estar apto aos labores desobsessivos, estará também capacitando-se a tornar-se um auxiliar dos Benfeitores Espirituais que o irão convocar, sempre que julgarem necessário, aos trabalhos que requeiram o concurso de pessoas de boa-vontade e em condições apropriadas. Igualmente, através de desdobramento durante o sono físico, quando aprenderão lições novas e prestarão alguma ajuda que esteja ao seu alcance. Nestes instantes, o seareiro da desobsessão representará a ponte benfazeja entre os dois planos da vida, por onde verterá o auxílio do Mais Alto, para lenir as ulcerações íntimas que avassalam tantos seres humanos.

Os Espíritos Amigos concitam-nos a que nos preparemos cotidianamente para os trabalhos. Para que permaneçamos vigilantes. A qualquer hora poderemos ser convocados ao labor santificante da caridade socorrista e devemos estar em condições de atender, prestos, ao chamamento. Em caso contrário, isto é, se não estivermos preparados, não tenhamos dúvidas, o prejuízo será todo nosso, pois o labor se processará sem o nosso concurso, indo os Bons Espíritos buscar, alhures, alguém mais vigilante e mais bem capacitado.

Preparação dos encarnados para as tarefas da caridade é, assim, o programa de vida do verdadeiro espírita.

É o jejum recomendado pelo Mestre, aliado à oração, que representa a sintonia imprescindível com o Alto. Oração que nos fortalecerá para resistirmos aos embates e às investidas das trevas.

Oração — sintonia com os Planos Superiores.
Jejum — abstenção e superação dos vícios.

Programação para todo espírita. Preparação permanente para aqueles que trabalham nas lides desobsessivas.

Programa de regeneração para todos os seres humanos, encarnados e desencarnados.”


Do livro “ Obsessão e desobsessão” – Suely Caldas Shubert

Sintomas de Mediunidade



A mediunidade é faculdade inerente a todos os seres humanos, que um dia se apresentará ostensiva mais do que ocorre no presente momento histórico.
À medida que se aprimoram os sentidos sensoriais, favorecendo com mais amplo cabedal de apreensão do mundo objetivo, amplia-se a embrionária percepção extrafísica, ensejando o surgimento natural da mediunidade.

Não poucas vezes, é detectada por características especiais que podem ser confundidas com síndromes de algumas psicopatologias que, no passado, eram utilizadas para combater a sua existência.

Não obstante, graças aos notáveis esforços e estudos de Allan Kardec, bem como de uma plêiade de investigadores dos fenômenos paranormais, a mediunidade vem podendo ser observada e perfeitamente aceita com respeito, face aos abençoados contributos que faculta ao pensamento e ao comportamento moral, social e espiritual das criaturas.

Sutis ou vigorosos, alguns desses sintomas permanecem em determinadas ocasiões gerando mal-estar e dissabor, inquietação e transtorno depressivo, enquanto que, em outros momentos, surgem em forma de exaltação da personalidade, sensações desagradáveis no organismo, ou antipatias injustificáveis, animosidades mal disfarçadas, decorrência da assistência espiritual de que se é objeto.

Muitas enfermidades de diagnose difícil, pela variedade da sintomatologia, têm suas raízes em distúrbios da mediunidade de prova, isto é, aquela que se manifesta com a finalidade de convidar o Espírito a resgates aflitivos de comportamentos perversos ou doentios mantidos em existências passadas. Por exemplo, na área física: dores no corpo, sem causa orgânica; cefalalgia periódica, sem razão biológica; problemas do sono - insônia, pesadelos, pavores noturnos com sudorese -; taquicardias, sem motivo justo; colapso periférico sem nenhuma disfunção circulatória, constituindo todos eles ou apenas alguns, perturbações defluentes de mediunidade em surgimento e com sintonia desequilibrada. No comportamento psicológico, ainda apresentam-se: ansiedade, fobias variadas, perturbações emocionais, inquietação íntima, pessimismo, desconfianças generalizadas, sensações de presenças imateriais - sombras e vultos, vozes e toques - que surgem inesperadamente, tanto quanto desaparecem sem qualquer medicação, representando distúrbios mediúnicos inconcientes, que decorrem da captação de ondas mentais e vibrações que sincronizam com o perispírito do enfermo, procedentes de Entidades sofredoras ou vingadoras, atraídas pela necessidade de refazimento dos conflitos em que ambos - encarnado e desencarnado - se viram envolvidos.

Esses sintomas, geralmente pertencentes ao capítulo das obsessões simples, revelam presença de faculdade mediúnica em desdobramento, requerendo os cuidados pertinentes à sua educação e prática.

Nem todos os indivíduos, no entanto, que se apresentam com sintomas de tal porte, necessitam de exercer a faculdade de que são portadores. Após a conveniente terapia que é ensejada pelo estudo do Espiritismo e pela transformação moral do paciente, que se fazem indispensáveis ao equilíbrio pessoal, recuperam a harmonia física, emocional e psíquica, prosseguindo, no entanto, com outra visão da vida e diferente comportamento, para que não lhe aconteça nada pior, conforme elucidava Jesus após o atendimento e a recuperação daqueles que O buscavam e tinham o quadro de sofrimentos revertido.

Grande número, porém, de portadores de mediunidade, tem compromisso com a tarefa específica, que lhe exige conhecimento, exercício, abnegação, sentimento de amor e caridade, a fim de atrair os Espíritos Nobres, que se encarregarão de auxiliar a cada um na desincumbência do mister iluminativo.

Trabalhadores da última hora, novos profetas, transformando-se nos modernos obreiros do Senhor, estão comprometidos com o programa espiritual da modificação pessoal, assim como da sociedade, com vistas à Era do Espírito imortal que já se encontra com os seus alicerces fincados na consciência terrestre.

Quando, porém, os distúrbios permanecerem durante o tratamento espiritual, convém que seja levada em conta a psicoterapia consciente, através de especialistas próprios, com o fim de auxiliar o paciente-médium  a realizar o autodescobrimento, liberando-se de conflitos e complexos perturbadores, que são decorrentes das experiências infelizes de ontem como de hoje.

O esforço pelo aprimoramento interior aliado à prática do bem, abre os espaços mentais à renovação psíquica, que se enriquece de valores otimistas e positivos que se encontram no bojo do Espiritismo, favorecendo a criatura humana com alegria de viver e de servir, ao tempo que a mesma adquire segurança pessoal e confiança irrestrita em Deus, avançando sem qualquer impedimento no rumo da própria harmonia.

Naturalmente, enquanto se está encarnado, o processo de crescimento espiritual ocorre por meio dos fatores que constituem a argamassa celular, sempre passível de enfermidades, de desconsertos, de problemas que fazem parte da psicosfera terrestre, face à condição evolutiva de cada qual.

A mediunidade, porém, exercida nobremente se torna uma bandeira cristã e humanitária, conduzindo mentes e corações ao porto de segurança e de paz.

A mediunidade, portanto, não é um transtorno do organismo. O seu desconhecimento, a falta de atendimento aos seus impositivos, geram distúrbios que podem ser evitados ou, quando se apresentam, receberem a conveniente orientação para que sejam corrigidos.

Tratando-se de uma faculdade que permite o intercâmbio entre os dois mundos - o físico e o espiritual - proporciona a captação de energias cujo teor vibratório corresponde à qualidade moral daqueles que as emitem, assim como daqueloutros que as captam e as transformam em mensagens significativas.

Nesse capítulo, não poucas enfermidades se originam desse intercâmbio, quando procedem as vibrações de Entidades doentias ou perversas, que perturbam o sistema nervoso dos médiuns incipientes, produzindo distúrbios no sistema glandular e até mesmo afetando o imunológico, facultando campo para a instalação de bactérias e vírus destrutivos.

A correta educação das forças mediúnicas proporciona equilíbrio emocional e fisiológico, ensejando saúde integral ao seu portador.

É óbvio que não impedirá a manifestação dos fenômenos decorrentes da Lei de Causa e Efeito, de que necessita o Espírito no seu processo evolutivo, mas facultará a tranqüila condução dos mesmos sem danos para a existência, que prosseguirá em clima de harmonia e saudável, embora os acontecimentos impostos pela necessidade da evolução pessoal.

Cuidadosamente atendida, a médium proporciona bem-estar físico e emocional, contribuindo para maior captação de energias revigorantes, que alçam a mente a regiões felizes e nobres, de onde se podem haurir conhecimentos e sentimentos inabituais, que aformoseiam o Espírito e o enriquecem de beleza e de paz.

Superados, portanto, os sintomas de apresentação da mediunidade, surgem as responsabilidades diante dos novos deveres que irão constituir o clima psíquico ditoso do indivíduo que, compreendendo a magnitude da ocorrência, crescerá interiormente no rumo do Bem e de Deus.


por Manoel Philomeno de Miranda

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Simbiose Espiritual


À semelhança de uma planta trepadeira, que, enroscando-se ou agarrando-se a outra, passa a nutrir-se dela, participando, de contínuo, dos acontecimentos de sua existência, há entre encarnados e desencarnados um processo de associação similar.
 
  Quando, desavisadamente, agasalhamos anseios de natureza inferior, e continuamente mantemos na tela mental ideias de origem viciosa, irradiamos para o plano extrafísico da vida aquele desejo, estabelecendo uma verdadeira "varredura". Deste modo, encontramos Espíritos que simpatizam com o mesmo objetivo, e que, percebendo nossa "busca", aproximam-se de nós, estabelecendo a parceria.
 
  A quantidade de mentes desencarnadas, ávidas de sensações físicas, é muito grande. Espíritos ociosos, negligentes, baldos de fé e de conhecimentos sobre os princípios que orientam a vida, vivem perambulando entre os encarnados. Muitos tentam desesperadamente manter-se o mais possível ligados à vida material, da qual não encontram coragem para se separar; outros, carregaram para a vida além-túmulo os vícios a que se escravizaram na vida física, e que estão a reclamar satisfação. Alguns, inconformados pela decepção de não haverem encontrado o céu que esperavam, mas que nada fizeram por conquistar, tentam dominar as mentes fracas que se ajustem aos seus estados de moralidade desequilibrada. Com isto, procuram manter-se o mais próximo possível de um estado de vida material, numa espécie de desforço por sua decepção ao se verem frente a frente com a realidade que não esperavam.
 
  O simples fenômeno da morte não modifica o estado moral e intelectual de quem desencarna; mas, ao contrário, faz o desencarnado sentir-se exatamente como sempre foi quando vivo, razão por que a satisfação daqueles objetivos torna-se imperiosa para o Espírito inferior. Assim, na medida em que são alimentadas fixações que interessem a ambos os parceiros, fica estabelecido um vínculo, criando-se a dependência mútua em que se comprazem, e que acaba por transformar-se em "necessidade". Esta parceria em geral prolonga-se por tempo indeterminado, já que é estabelecida passiva e voluntariamente, embora sem que os parceiros percebam que são os próprios promotores daquela situação. O encarnado busca continuamente alimentar-se das forças inferiores do desencarnado, o qual encontra  nele a "ponte" para manter vivas as sensações físicas a que se escravizou.
 
  Muitas vezes o vínculo é tão forte, e alimenta-nos a insânia com tal intensidade, que a sua supressão repentina poderia provocar-nos a falência, quiçá a desencarnação. Esta simbiose, muito mais frequente do que se possa imaginar, é a causa, em grande proporção, dos sofrimentos na crosta planetária, onde o homem pouco afeito às atividades espirituais elevadas prefere ignorar a realidade que o aguarda e render-se aos doces embalos dos gozos materiais e paixões mundanas, atendendo, com esta atitude, o desejo do parceiro desencarnado, e transferindo-lhe as sensações por ele esperadas.
 
  Para chegar ao resultado desejado, o hóspede explora a invigilância do seu hospedeiro, não com a intenção de prejudicar, perseguir ou vingar, mas de alimentar seus anseios através dele, estimulando-lhe as fraquezas, que procura enaltecer exaltando-lhe a vaidade, e sugerindo-lhe um desculpismo complacente, sempre que a consciência, infalível guardiã, o advirta do erro e do perigo iminente.

 Para romper os grilhões que prendem um ao outro, hóspede e hospedeiro, ouçamos a Doutrina Espírita: ela nos ensina não haver outro meio de vencermos a influência de um Espírito inferior, senão nos tornando mais fortes do que ele. No "orai e vigiai", o Cristo sintetizou a solução: orando, haurimos forças para resistir à tentação de nos rendermos; vigiando, nos policiaremos preventivamente, para evitarmos chegar ao estado de dependência. A chave para solução do problema estará em manter-se a mente ocupada, com assuntos de elevado conteúdo moral e intelectual, através da leitura, da frequência a palestras, conferências e cursos e, paralelamente, em nos dedicarmos à prática do bem em todas as suas formas e expressões, o que, além de dirigir nosso pensamento para estados vibratórios mais elevados, também nos favorecerá com a assistência mais estreita dos bons Espíritos, que, sempre atentos às nossas necessidades, procurarão estimular-nos os esforços, amparando-nos nos momentos de vacilação e dúvida.






por Mauro Paiva Fonseca
Revista Reformador nº 2.077 - abril/2002

O Espiritismo na Arte



O corpo humano é um instrumento complexo e maravilhoso, que se adapta ao meio terrestre e às nossas múltiplas necessidades. Porém, ele é apenas o revestimento material, relativamente grosseiro, desse corpo sutil, o perispírito, do qual Massenet nos fala e que todos nós possuímos durante a vida, como também após a morte.
 
A existência desse perispírito é demonstrada pelos fenômenos de exteriorização dos vivos e pelas aparições fotografadas dos mortos, frequentemente relatadas nesta revista.
 
Esse corpo sutil, admirável por sua flexibilidade e sensibilidade, é o envelope imperecível da alma e, da mesma forma que ela, suscetível de depuração e de progresso. Ele vibra aos menores impulsos do espírito e dele transmite ao corpo físico as vibrações inevitavelmente diminuídas. Eis por que, na vida do espaço, durante o sono como após a morte, o perispírito sente mais vivamente as influências dos meios em que ele penetra. Ele possui recursos mais amplos, meios de percepção desconhecidos dos homens, mas dos quais certos homens conservam a intuição ao despertar, após o desprendimento e as viagens espirituais da noite.
 
Nesse conjunto que constitui o homem, a alma ou inteligência é a nota dominante. A correlação entre os dois invólucros, físico e perispiritual, relaciona-se a uma única lei: a das vibrações.
 
O papel e o funcionamento do perispírito permanece como um dos problemas mais interessantes do Espiritismo; ele contém, em germe, todos os segredos da fisiologia e da psicologia, que se esclarecerão à medida que nossas relações com os desencarnados forem se ampliando e se multiplicando. Por esse meio, obteremos novos dados sobre as condições da vida no Além e, em geral, sobre o modo de ação do espírito liberto do corpo material.
 
 
(Léon Denis)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

A existência da Magia Negra



O assunto Magia Negra ainda não foi convenientemente estudado pelos praticantes do Espiritismo. Há espíritas que não acreditam na possibilidade da existência dos conjuros, ou trabalhos feitos, como é conhecida a Magia Negra. Mas, um estudo cuidadoso da teoria de O Livro dos Espíritos, e de algumas citações feitas por Allan Kardec na Revista Espírita, mostra que essas manobras mediúnicas, com a finalidade de prejudicar o próximo, são perfeitamente possíveis.

A Magia Negra, macumba ou conjuro, ainda é um tema que desperta curiosidade. Mas, será que a macumba existe mesmo? Ou a crença na sua existência seria produto da ignorância ou superstição? Estas perguntas vem sendo feitas com frequência por quem participa dos trabalhos práticos de Espiritismo, sem que se possa encontrar respostas convincentes. Há pessoas que simplesmente não acreditam. Outras, dizem que a prática do bem poderia livrar-lhes destes malefícios.

Destacamos a seguir, um trecho da pergunta 549 de 0 Livro dos Espíritos, para demonstrar que ali está a definição óbvia do que é a macumba. Acreditamos que essa questão, se examinada à luz da razão e da experimentação, poderá ser resolvida de maneira lógica.
O raciocínio e a experiência têm nos fornecido elementos seguros para afirmarmos que a Magia Negra é um tipo de obsessão grave e que merece a atenção de todo trabalhador espírita sincero.

Questão 549 - Há alguma coisa de verdadeiro nos pactos com os maus Espíritos?

Resposta - Não, não há pactos, mas uma natureza má simpatiza com Espíritos maus. Por exemplo: queres atormentar o teu vizinho e não sabes como fazê-lo; chamas então os Espíritos inferiores que, como tu, só querem o mal; e para te ajudar querem também que os sirva com seus maus desígnios. Mas disso não se segue que o teu vizinho não possa se livrar deles, por uma conjuração contrária ou pela sua própria vontade. Aquele que deseja cometer uma ação má, pelo simples fato de o querer chama em seu auxílio os maus Espíritos, ficando obrigado a servi-los como eles o auxiliam, pois eles também necessitam dele para o mal que desejam fazer. É somente nisso que constitui o pacto.

No trecho citado, o Espírito de Verdade demonstra de maneira muito clara que é possível uma criatura evocar maus Espíritos para ajudá-la a causar mal a uma outra pessoa. A resposta esclarece ainda, que este ato pode ser realizado por uma sequência de procedimentos conhecidos como conjuração.
Vai mais longe dizendo que a pessoa atingida pelo malefício, poderá se livrar dele, por uma vontade poderosa ou por uma conjuração contrária àquela que foi usada para fazê-lo. Um desconjuro, que nos terreiros de Umbanda se chama: desmanche.

Na questão 551, pergunta-se ao Espírito de Verdade, se alguém poderia fazer mal ao seu próximo, com auxílio de um Espírito mau que lhe fosse devotado. A resposta do Consolador é taxativa: Não, Deus não o permitiria. Aparentemente parece encerrar a questão. Entretanto, continuando o estudo vemos que ainda temos muito a aprender.

Recordando as bases nas quais se assentam os argumentos a favor da Doutrina, lembramos da conhecida citação de Moisés, em que ele proibia o contato com os mortos. Vozes sábias afirmaram que o legislador hebreu somente proibiria algo que fosse possível acontecer; depondo assim a favor da comunicabilidade dos Espíritos.
As palavras do Consolador em relação à possibilidade de alguém valer-se de um Espírito inferior para fazer mal ao seu próximo é uma situação semelhante. Deus só não permitiria, uma coisa que fosse possível acontecer, o que por si mesmo, testifica a possibilidade da ocorrência do fenômeno obsessivo.

Continuemos: quando o Espírito de Verdade responde que Deus não o permitiria, parece se contradizer, pois há duas questões atrás, na 549, Ele disse que o conjuro é possível, e até demonstra como é que uma vítima pode se livrar dele. Aqui, na 551 diz que Deus não o permitiria. Ora; se Deus não o permitiria não haveria necessidade, nem razão, para Ele (O Espírito de Verdade), explicar lá atrás, as formas de libertação do conjuro. Seria perda de tempo e o Espírito Consolador não veio a isso. Certamente tem alguma coisa a mais no ensinamento que passou despercebida. Procuremos!

Examinando os textos das perguntas seguintes, vamos encontrar a resposta a nossas dúvidas. Na questão 557, a Verdade explica: "Deus não ouve uma maldição injusta". Isso quer dizer que permite uma maldição justa, ou seja, quando o indivíduo de alguma forma, ou por alguma razão, mereça aquele mal.
No final do mesmo texto o Espírito de Verdade deixa ainda mais claro: "A Providência e a justiça Divina não ferem alguém que foi amaldiçoado, se a pessoa não for má". E elucida ainda: "... a proteção Divina, não cobre aqueles que não o mereçam".

Vejamos a questão 557 na íntegra:

Pergunta: A bênção e a maldição podem atrair o bem e o mal para aqueles a quem são lançadas?

Resposta - Deus não ouve uma maldição injusta, e aquele que a pronuncia é culpável aos seus olhos. Como temos as tendências opostas do bem e do mal, pode nestes casos haver uma influência momentânea, mesmo sobre a matéria; mas essa influência nunca se verifica sem a permissão de Deus, como acréscimo de provas para aquele que a sofre.
De resto, mais freqüentemente se maldizem os maus e bendizem os bons. A bênção e a maldição não podem jamais desviar a Providência da senda da justiça: esta não fere o amaldiçoado se ele não for mau, e sua proteção não cobre aquele que não a mereça.

Entende-se, pois, que o Espírito de Verdade não entrou em contradição, como se poderia pensar a princípio. O Livro dos Espíritos é que precisa ser estudado com mais atenção. Não se pode entender uma questão analisando-a fora do contexto geral do qual faz parte.
A macumba ou conjuração é possível sim. Deus, porém, não permite que este tipo de maldição caia sobre alguém que não a mereça. Eis a verdade!

O que é a Magia? Nós espíritas sabemos que a magia, no sentido literal da palavra, não existe. Segundo Allan Kardec, todos os fenômenos espirituais têm uma explicação lógica. Mais uma vez, a Verdade nos traz luz na questão 552 de O Livro dos Espíritos. Faz compreendermos que: "...algumas pessoas têm um poder magnético muito grande, do qual podem fazer mau uso, se seu próprio Espírito for mau. Nestes casos, poderão ser secundadas por maus Espíritos".

Mostra ainda, que não se trata de magia sobrenatural, mas de efeitos decorrentes das leis naturais, mal observadas e compreendidas.

Aliando o conteúdo desta questão àquela primeira, a 549, temos a figura inegável do feitiço e do feiticeiro.

Exercitemos a razão: o que é o mal? Sabemos que é uma fase transitória do bem! Existe o bem e o mal? Não, só existe o bem! Os Espíritos, quando em suas fases primárias da evolução, passam pelo caminho da ignorância, constituindo temporariamente o mal. É tudo uma questão de posicionamento de idéias. Quando na ignorância, o Espírito obra o mal; quando no entendimento, o bem. As leis que regem as ações, tanto numa área como na outra, são as mesmas. Isto equivale dizer que, pelo menos teoricamente, tudo o que magneticamente se pode fazer no campo do bem, pode-se também fazer no campo do mal.

Num processo inverso ao que utilizamos nos centros espíritas, pessoas de mentalidade doentia, cheias de maus pensamentos, dotadas de grande poder magnético, com más intenções, secundadas por maus Espíritos, podem arremessar cargas fluídicas negativas sobre aqueles a quem querem prejudicar.

A mediunidade é uma faculdade, um instrumento, que pode ser usado de forma certa ou errada, assim como tantos outros, onde as obras dependem do pensamento de quem as maneja. A natureza do mundo astral é una. Suas leis são únicas e servem tanto para reger a movimentação de fluidos e vibrações positivas como negativas. Entre os fluidos bons e maus, só existe uma diferença: a natureza das vibrações que o impregnam, alterando a disposição de suas moléculas primitivas. Usando uma grosseira imagem: é como água limpa e água suja. Tudo o que se pode fazer com uma, pode-se fazer com a outra.

Onde, pois, o impedimento? Não vemos nenhum; ou seja, quase nenhum! O único impedimento possível está nos aspectos morais que regem a vida, pois são eles que determinam a afinidade e o merecimento - citados anteriormente - que facilitarão ou dificultarão a recepção das vibrações e fluidos deletérios.

É evidente que a ação da ignorância e a movimentação do mal é limitada e controlada pelo Bem, a única realidade. Mas, a ignorância encontra largo acesso em nós, por causa do atraso evolutivo em que ainda nos posicionamos, pelas próprias disposições cármicas, e pelo próprio comportamento atual em face do livre arbítrio.

Podemos definir a macumba, como sendo uma forma de obsessão provocada. E, não se trata de uma obsessão muito simples, nem fácil de se tratar como comumente se pensa. Em alguns desses casos, podem estar envolvidos Espíritos habitantes do baixo mundo astral, espertos e maliciosos, com os quais é difícil se lidar.

Nos terreiros mais evoluídos de Umbanda, os trabalhadores e dirigentes possuem bom entendimento neste campo. Identificam essas obsessões com habilidade, as pessoas encarnadas envolvidas, e, não raro, curam definitivamente o mal.

Pergunta-se: E nós, kardecistas, como é que ficamos?! Temos que virar umbandistas? Temos que usar os mesmos métodos daquele culto para realizarmos o "desconjuro"?! Não, não é necessário. Um Centro Espírita sério, digno do nome de Allan Kardec, pode identificar e tratar com precisão, os trabalhos inferiores. Em suas obras, deixou todos os caminhos para se compreender os fenômenos mediúnicos e os cuidados que devemos ter no trato com os Espíritos, inclusive os maus. Estudou com profundidade essas situações. Temos, portanto, apenas que dar a devida atenção a elas.

A Existência da Magia Negra
Autor: José Queid Tufaile
Fonte: O Mensageiro – Revista Espirita do Terceiro Milênio
http://www.omensageiro.com.br 

Registros Akáshicos



Akasha é uma palavra em sânscrito que segundo o hinduísmo e diversas correntes místicas significa "céu, espaço ou éter” e representa um conjunto de “conhecimentos armazenados misticamente no éter”, que abrange tudo o que ocorre, ocorreu e ocorrerá no Universo. Estes registros são encontrados na zona intermediária entre os mundos “astral e mental”, parcialmente astral e parcialmente mental, e, de certa forma, interpenetrando todos os níveis. Eles são um conjunto de registros como um infinito livro ilustrado de história mental.

O “Akasha é uma grande biblioteca”, que contém os “Registros das ações, pensamentos e emoções de cada alma” que ocupou ou ocupa um lugar no planeta Terra e em outros sistemas planetários. Todos os eventos de pequeno ou grande porte são permanentemente gravados na grade eletromagnética do planeta e do cosmos, são os “Registros Akáshicos”.


Todo mundo tem habilidade para se conectar com a fonte primordial como um “detentor de registro espiritual” e é capaz de chamar a todos os seus orientadores multidimensionais para receber as respostas de suas perguntas. Você é capaz de ser seu próprio guia, psicólogo, guru espiritual e professor. Sempre que você tem uma situação problemática ou um desentendimento com um indivíduo, esses incidentes ocorreram antes em outro tempo e lugar.

Se você tem perguntas para um problema ou situação, existem várias portas para escolher com muitas soluções variáveis. A porta (A) tem uma resposta, a porta (B) tem outra, e assim por diante. Se acontecer de você escolher a porta errada, o problema vai surgir novamente. Escolhendo a porta correta conecta-se realmente com o que há de melhor para todos e não apenas para você. Essa escolha cria harmonia, beleza, paz e cura para todos os envolvidos.

Os Registros Akáshicos estão disponíveis para todos. Algumas das respostas não serão do seu agrado. No entanto, elas vão conter a energia da “verdade” de quem você realmente é e o que supostamente sejam seus aprendizados. Quando os seus guias sentirem que você está pronto para continuar por si próprio, você terá permissão para acessar seus registros quando você tiver “necessidade de saber” outras informações. Isso geralmente se realiza sem canalização de transe e quando você está pleno de consciência, desperto e alerta.

É muito importante estar bem enraizado para receber e manter as frequências que vem de dentro. Esta é a razão pela qual deve se estar ligado a natureza para ter um bom aterramento. Caso contrário, você pode sentir tonturas ou mal estar e seu corpo pode não ser capaz de manter a vibração por muito tempo e suas respostas parecerem pouco claras.

As informações dos Registros Akáshicos só serão dadas a uma pessoa quando ela está sendo usada para curar a si mesma e sua parcela do planeta. As informações podem vir a você da mesma maneira quando você está meditando ou canalizando. Você pode ver imagens holográficas ou simbólicas, ouvir sons, começar a escrever, ou apenas de repente “saber” a resposta.

Os Registros Akáshicos não devem ser usados para adivinhações ou recordações de vidas passadas como um divertimento. Eles são muito sagrados e são protegidos por seres de luz em sentinela. Você não vai ter acesso a todos os registros a menos que tenha integridade e disciplina em seus hábitos diários e pensamentos. No entanto, você vai continuar a ser ajudado, abençoado, honrado e guiado pelos reinos dos espíritos em sua mais alta manifestação.

Para consultar os registros Akáshicos sozinho, você precisa ter habilidade, mas geralmente isso é feito com a assistência de um ser avançado de um nível superior de existência. É como uma espécie de turismo telepaticamente guiado. A enorme quantidade de informações e de refugos é filtrada para você, e o registro selecionado, de acontecimentos passados ou de probabilidades futuras, lhe é apresentado pela clarividência, através de uma conexão telepática com o bibliotecário.

Algumas pessoas declaram que já entraram nos “Registros Akáshicos” e que lá encontraram algo parecido com uma biblioteca, com livros verdadeiros. O passado, presente e futuro estavam registrados como textos nesses livros.


Fonte: Harmonia Espiritual