Eternidade

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quarta-feira, 30 de abril de 2014

DESERTORES



Médiuns desertores não são apenas aqueles que deixam de transmitir com fidelidade sinais e palavras, avisos e observações da Esfera Espiritual para a Esfera Física. 
 
De criatura a criatura flui a corrente da vida e todos nós, encarnados e desencarnados de qualquer condição, estamos conclamados a lutar pela vitória do Bem Eterno. 
 
Desertores são igualmente: 
 
Os que armazenam o pão, sem proveito justo, convertendo cereais em cifrões vazios; 
Os que pregam virtudes religiosas e sociais, acolhendo-se em trincheiras de usura; 
Os que fecham escolas, escancarando prisões; 
Os que transformam as chaves da Ciência em gazuas douradas; 
Os que levantam casas de socorro, desviando recursos que deveriam ser aplicados para sanar as dores do próximo; 
Os que exterminam crianças em formação, garantindo a impunidade, no silêncio das próprias vítimas; 
As mães que, sem motivo, emudecem as trompas da vida no santuário do próprio corpo, embriagando-se de prazeres que vão estuar na loucura; 
Os que aviltam a inteligência, vendendo emoções na feira do vício; 
Os que se afogam lentamente no álcool; 
Os que matam o tempo para que o tempo não lhes dê responsabilidade; 
Os que passam as horas censurando atitudes de outrem, olvidando os deveres que lhes competem; 
Os que andam no mundo com todos os desejos satisfeitos; 
Os que não sentem necessidade de trabalhar; 
Os que clamam contra a ingratidão sem examinar os problemas dos supostos ingratos; 
Os que julgam comprar o céu, entregando um vintém ao serviço da caridade e reservando milhões para enlouquecer os próprios descendentes, nos inventários de sangue e ódio; 
Os que condenam e amaldiçoam, ao invés de compreender e abençoar; 
Os que perderam a simplicidade e precisam de uma torre de marfim para viver; 
Os que se fazem peso morto, dificultando o curso das boas obras... 
 
Deserção! Deserção! Se trazemos semelhante chaga, corrigenda para nós!... 
E se a vemos nos outros, compaixão para eles!...

Fonte: Seara dos Médiuns - Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo Espírito Emmanuel
Reunião pública de 13/5/60 - Questão nº 220 - Parágrafos 1º, 2º e 3º

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