Eternidade

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segunda-feira, 17 de março de 2014

Cordões energéticos




Existem realmente fundamentos para pensar desta forma.
Responsabilizamos alguém ou alguma energia ruim por coisas que, antes de tudo, são geradas ou iniciadas em nós próprios

E' comum, nos dias de hoje, as pessoas dizerem que estão "carregadas", com energias ruins em sua aura ou com o conhecido "mau olhado".
A procura por organizações que realizam trabalhos de limpeza cresce vertiginosamente e, de fato, o campo energético da grande maioria das pessoas está sendo invadido por múltiplas fontes de forças nocivas ao bem-estar.
Só lamento, nesse assunto, que isso venha sendo tratado, em muitos casos, como se a pessoa em si mesma nada tivesse a ver com aquilo que lhe acontece.
Tanto isso é verdade que essa procura por descarregos, exorcismos ou chame como desejar, quase sempre é feita liberando a pessoa de sua própria responsabilidade. E qual será a consequência disso? O trágico ciclo repetente das provas.

Sabe aquelas coisas que a gente sente e diz assim: "Não é a primeira vez que isso me acontece!" ? É o ciclo repetente, e vivê-lo é patinar no mesmo lugar; é não avançar em várias áreas da vida; é delegar ao outro o mal que nos acontece.

É muito fácil responsabilizar alguém ou alguma energia ruim por coisas que, antes de tudo, são geradas ou iniciadas em nós próprios. Difícil é assumir que na intimidade profunda de nosso ser estão as causas geradoras de tais infortúnios. Aliás, elas só podem ocorrer com consentimento de nosso ser. Por exemplo, os cordões energéticos. Muita gente procura a explicação para seus dissabores e aflições em presenças de espíritos do mal ou magias destrutivas. Tenho observado que, muito mais que tudo isso junto, os cordões energéticos que tecemos pesam contra nossa infelicidade.

E o que são cordões energéticos? São laços que criamos com pessoas que partilhamos afeto. Os cordões existem entre familiares, amigos, conhecidos e até com pessoas que passaram muito rapidamente pelas nossas vidas ou, também, com lugares e objetos. Esses cordões, quando são prejudiciais, adoecem as relações e causam prejuízos incalculáveis à saúde humana. A presença da mágoa, do ciúme, da ilusão, da inveja, da disputa, da posse, da superproteção e outras tantas atitudes na convivência prendem uma pessoa a outra, criando dependência, revanchismo, apego e muitas enfermidades energéticas e, posteriormente, doenças no corpo físico.

É comum entre mães e filhos que têm elos complicados, mesmo morando separados, um ter a doença do outro ou manifestar uma semelhança de situações desagradáveis, sem que saiba um o que está acontecendo com o outro. É a troca energética parasitária.

Não precisamos nem de espíritos, nem de magias para tornar nossa vida carregada, pesada. Os relacionamentos estão com elevado grau de toxicidade, causando danos muito maiores, seja pela dependência, seja pela traição ou outros comportamentos e emoções desgovernadas.

Minha tarefa consiste em orientar meus pacientes para que eles aprendam como transmutar esses cordões, descobrindo dentro de si mesmos o que os tornam cativos e retroalimentadores desse mau vínculo energético.

Cordões são sintomáticos, indícios de necessidades pessoais. Temos que investigar quais são os sentimentos que temos com aquela pessoa e descobrir por que estamos ligados a ela. Com técnicas próprias, procuro trabalhar a educação emocional que pode nos libertar dessas algemas enfermiças. É claro que tais técnicas só vão funcionar se também o paciente fizer a sua parte! Minha tarefa nesse sentido é orientar sobre o que e como fazer para se libertar dessas amarras e ter uma vida mais plena e leve.

Para quem desejar uma informação bem recente e mais completa sobre o assunto, leia o livro Quem Perdoa Liberta, do autor espiritual José Mário, Editora Dufaux (www.editoradufaux.com.br), no capítulo "Os Cordões Energéticos e a Depressão por Parasitismo", no qual são abordados, também, como os religiosos adoecem com uma espécie particular de depressão, em função destes cordões de energia.


"As pessoas, quando educadas para enxergarem claramente o lado sombrio de sua própria natureza, aprendem ao mesmo tempo a compreender e amar os seus semelhantes. (Jung)


Fonte: Revista Cristã de Espiritismo

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