Eternidade

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Morte ou desencarnação?

Bibiana Caldeiron




A morte é o fim da estrutura física, animal ou vegetal.
 
A desencarnação significa o ato ou o efeito da separação do corpo e do espírito, o retorno da alma ao mundo espiritual.
 
Segundo o escritor francês Léon Denis, contemporâneo de Allan Kardec, no livro “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, o que chamamos morte é simplesmente a retomada da liberdade, enriquecida de valores espirituais.
 
Uma mudança de estado, a destruição de uma forma frágil.
 
Quando ocorre a desencarnação, a matéria que formava o corpo se decompõe e vai formar outros organismos. O princípio vital esgota-se e retorna ao seio da natureza.
 
Nas obras espíritas, principalmente, e em outras obras que tratam do assunto, encontramos relatos comuns que identificam alguns fenômenos considerados marcantes, como os relacionados abaixo:
 
 
1) REGRESSÃO DE MEMÓRIA: nos primeiros instantes da morte, como na cinematografia, imagens de momentos relevantes da existência retornam à consciência, afligindo ou alegrando, de acordo com a natureza, positiva ou negativa, dos atos cometidos.
 
2) EMOÇÃO DA SURPRESA: muitos não sabem que desencarnaram, mormente quando a morte ocorre subitamente e, ao despertarem para a nova realidade, chocam-se ante o inusitado, gerando a emoção do desespero, pelo apego ao corpo físico e à saudade que se instala.
 
3) VISÕES ESPIRITUAIS: o moribundo começa a penetrar as dimensões da espiritualidade, percebendo vultos e fisionomias de parentes, amigos, benfeitores ou entidades perturbadas que se identificam com a linha de comportamento mantida durante a vida.
 
4) SONO REPARADOR: na proporção dos méritos, o desencarnante é magneticamente adormecido logo após o transe da morte, para não perceber momentos desagradáveis e descansar merecidamente.
 
5) SEPARAÇÃO DOS LAÇOS FLUÍDICOS: a materialidade da vida provoca a criação de fluidos que se acumulam na estrutura físico-perispiritual, impõem a necessidade de passes próprios que vão lentamente desfazendo esses laços, algumas vezes, de forma dolorosa.
 
6) MEDO: a insegurança promovida pelo desconhecimento e pelo despreparo causa um medo incontrolável que dificulta o processo de desencarnação.
 
7) FORMA PERISPIRITUAL: o perispírito ou o corpo espiritual mantém a mesma aparência do corpo físico em extinção.
 
8) UMBRAL: um número assustador de desencarnados fica retido nas regiões espirituais inferiores por força da indiferença com que viveram e pelos males que praticaram, sem nada de construtivo terem feito em favor de seus semelhantes. O Catolicismo e o Protestantismo chamam essa região de inferno.
 
A única regra para se morrer bem é viver bem
 
 
Fonte: Revista Espírita Online, setembro/dezembro 2008

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