Eternidade

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A espada e o processo evolutivo



A apreensão que muitos ficam ao ler alguns ensinamentos e declarações de Jesus, onde Ele aparentemente afirma a necessidade das discórdias entre amigos, companheiros de trabalho, de doutrina e principalmente com os familiares, sendo Ele a personificação da doçura e da bondade, cabe uma análise mais profunda.

O que Jesus quis dizer com divisão, separação, era a possibilidade de assimilar e entender o processo evolutivo do ser humano, o que até hoje muitos não entendem ainda. O Mestre trouxe a doutrina da purificação, a finalidade era e ainda é, combater o abuso, preconceitos e plantar a paz.

No cotidiano, as opções de vida são diferentes entre os seres humanos, devemos respeitá-las como fez Jesus, sem impor. Mas a diferença de entendimento provocará a discórdia, a divisão. “Vim separar de seu pai o filho… Não vim trazer a paz, mas a espada”. Mateus – Cap. X; 34 a 36.

A ideia quando é nova, e quanto maior for a importância do conceito, mais discórdia ela provocará, a polêmica acontecerá, e é ai que Jesus queria que nós chegássemos. Ele previu com toda a sua sabedoria o futuro de debates e dissensões. A guerra de opiniões entre familiares, seitas e continentes, contribuiria para o expurgo do orgulho, da vaidade, do egoísmo, encarcerada no espírito individualizado. A doutrina espírita veio para fechar este ciclo da fase evolutiva dos habitantes do planeta Terra. Então quando o campo estiver preparado, eu vos enviarei o Consolador, o espírito de verdade, que virá restabelecer todas as coisas. A aqueles que compreenderem as suas palavras porá fim ao sofrimento.

Ao analisar a situação atual do mundo, deparamos com as discórdias, a falta de compreensão, muita luta íntima, procurando, às vezes, em desespero, a resposta para tudo o que acontece ao nosso redor. Vamos atrás de conforto material, achando que ele vai saciar as nossas aflições, grandes conquistas financeiras povoam os nossos sonhos e desejos, sem nunca trazer as respostas. Até que um dia, cansados de sofrer, resolvemos aceitar os “antigos” conceitos de Jesus.

O crescimento espiritual da humanidade, por seus diferentes níveis, causa a separação e a divisão dita por Jesus, é a proporcionalidade do crescimento de cada um. Mas o dia de união chegará, e está próximo, as lutas atuais não são mais sanguinolentas, mas de ordem moral, que todos nós dentro da razão, não nos preocupemos mais, pois todos compreenderão um dia a imortalidade do espírito e sua constante evolução, teremos a fé raciocinada e não fanatizada, usaremos com mais eficácia o nosso livre arbítrio. As primeiras lutas duraram séculos, estas durarão apenas alguns anos e construiremos a felicidade e a paz.

Na desenfreada corrida pelas conquistas íntimas, desde há muito séculos, a humanidade confunde o conceito. No entender comum, a conquista de momentos felizes e tranquilidade duradoura, estão atreladas a garantias materiais. A ociosidade, a curtição, a vida desregrada, contribui para que muitos fiquem afastados da realidade da vida. Essa tranquilidade enganosa não poderia ser avalizada por Jesus.

Vivendo erroneamente nesses conceitos, o homem adquiriu débitos morais, durante muitos séculos, o que o obrigou a lutas regeneradoras por várias encarnações. A espada, que simboliza a luta, mostrou ao homem a necessidade da mudança, do aprimoramento moral e cognitivo. A luta não tem sangue, o combate é individual e o caminho é rumo à perfeição do espírito; regrado a sacrifícios e testemunhos, impulsionando a renovação e a verdadeira paz.

Que a nossa busca não seja enganosa, fugindo da realidade, ao qual o processo evolutivo determina e que estamos vinculados. A vida espiritual é uma verdade incontestável, não permitindo que ignoremos o processo santificante. O homem segue equivocado em suas tarefas diárias, os interesses imediatos predominam na corrida desenfreada das posses exteriores.

Em suas explanações incontestáveis, Emmanuel nos alerta sobre a necessidade do aproveitamento do “tempo” em favor do nosso aprimoramento. Descreve-o sobre o tema dizendo: “É lógico que todo o homem conte com o tempo, mas se esse tempo tiver sem luz, sem equilíbrio, sem saúde, sem trabalho? Não obstante a oportunidade da indagação importa considerar que muito raros são aqueles que valorizam o dia, multiplicando-se em toda a parte as fileiras dos que procuram aniquilá-lo de qualquer forma… Em quase todos os setores de evolução terrestre, vemos o abuso da oportunidade complicando os caminhos da vida”.

Que o trabalho seja a nossa tarefa, e que Jesus nos inspire nas escolhas diárias.


Fonte: Seareiros de Jesus

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