Eternidade

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domingo, 10 de fevereiro de 2013

Exaltação de si mesmo...





Assevera o sábio Instrutor espiritual Emmanuel:

Atitude sumamente perigosa louvar o homem a si mesmo, presumindo desconhecer que se encontra em plano de serviço árduo, dentro do qual lhe compete emitir diariamente testemunhos difíceis. [...]¹

A esmagadora maioria dos homens traz do passado marcantes tendências inferiores; entre elas, a de exaltar a si mesmo. Nós, espíritas, não somos exceção. Apesar dos ensinamentos evangélicos e doutrinários, que nos ajudam a ver a vida de um prisma mais elevado, ainda não nos libertamos dessa tendência, que tanto prejuízo moral e espiritual nos causa. 

O trabalhador espírita pode exaltar-se pelo sucesso em quaisquer atividades: por ter grande conhecimento doutrinário, pelo sucesso na oratória, pela habilidade em escrever, pela mediunidade produtiva, por ocupar um cargo administrativo, pela caridade que faz, por ser considerado virtuoso...

Nessa condição, agrada-lhe ser alvo de elogios. Às vezes, não aguarda a louvação dos outros; provoca-as; ou exalta a sua pessoa, suas qualidades e seus feitos. 

Pondera Emmanuel que a atitude de louvar a si mesmo é muito perigosa para o homem. De fato, agindo assim, segue na contra-mão do progresso moral e reforça as tendências inferiores, quando deveria combate-las.

É para combater as imperfeições que o espírito reencarna; não para reforçá-las.

A finalidade do trabalho na seara espiritual é a de dar oportunidade ao homem de aplicar os conhecimentos e desenvolver as virtudes, a modéstia, a humildade; usá-lo para exaltação dos méritos pessoais é desviá-lo dos seus nobres objetivos.

Exaltar a si mesmo é estacionar no progresso espiritual.

Muitas vezes, o espírita tem consciência das suas tendências inferiores, das suas imperfeições, mas ainda sente uma espécie de necessidade de ser exaltado, o que faz bem ao seu ego. Com isso, adia indefinidamente o início do esforço para combate-las.

Quem costuma exaltar os seus talentos e feitos, sobretudo o médium, é alvo fácil dos espíritos adversários do trabalho de Jesus; por isso fica vulnerável a obsessão. Quantos se deixam levar pelo espírito de grandeza e entram em processos de grave fascinação! E, quase sempre, requerem tempo longo para sair desse lamentável estado...

Como prevenir? Que remédio pode ser empregado?

O estudo constante, a meditação, o hábito da oração, a vivência dos ensinamentos evangélicos, a observância das instruções e dos alertas dos Espíritos, o exercício da modéstia e da humildade: eis a solução.





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¹ XAVIER, Francisco C. Pão Nosso Pelo Espírito de Emmanuel. Ed. especial Rio de Janeiro: FEB 2005. Cap. 126, p. 265.

Fonte: O Reformador nº 2.151, de junho/2008, por Umberto Ferreira.

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