Eternidade

Eternidade

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Luz do Dia...


A Necessidade do Esforço


A Necessidade do Esforço

 
Conta-se que, no princípio da vida terrestre, o alimento das criaturas era encontrado como oferta da Divina Providência, em toda parte. 

Em troca de tanta bondade, o Pai Celeste rogava aos corações mais esforço no aperfeiçoamento da vida. 

O povo, no entanto, observando que tudo lhe vinha de graça, começou a menosprezar o serviço. 

O mato inútil cresceu tanto, que invadia as casas, onde toda a gente se punha a comer e dormir. 

Ninguém desejava aprender a ler. 

A ferrugem, o lixo e o mofo apareciam em todos os lugares. 

Animais, como os cães que colaboram na vigilância, e aves, como os urubus que auxiliam nas obras de limpeza, eram mais prestativos que os homens. 

Vendo que ninguém queria corresponder à confiança divina, o Pai Celestial mandou retirar as facilidades existentes, determinando que os habitantes da Terra se esforçassem na conquista da própria manutenção. 

Desde esse tempo, o ar e a água, o Sol e as flores, a claridade das estrelas e o luar continuaram gratuitos para o povo, mas o trabalho forçado da alimentação passou a vigorar como sendo uma lei para todos, porque, lutando para sustentar-se, o homem melhora a terra, limpa a habitação, aprende a ser sábio e garante o progresso. 

Deus dá tudo. 

O solo, a chuva, o calor, o vento, o adubo e a orientação constituem dádivas dEle à Terra que povoamos e que devemos aprimorar, mas o preparo do pão de cada dia, através do nosso próprio suor e da nossa própria diligência, é obrigação comum a todos nós, a fim de que não olvidemos o nosso divino dever de servir, incessantemente, em busca da Perfeição.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.
19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

Janelas da Alma

 

Janelas na alma

O sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que coam os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias. De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter a significação que nem sempre corresponde à realidade.
Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz.
Variando a cor das lentes, com tonalidade correspondente desfilarão diante dos olhos as cenas.
Na área do relacionamento humano, também, as ocorrências assumem contornos de acordo com o estado de alma das pessoas envolvidas.
É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação com eles.
Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de bem observar os sucessos da vilegiatura humana.
De acordo coma a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.
Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando a usança de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação. 

*

Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu séqüito de ocorrências.
O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranqüilidade.
A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.
O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinqüente, do mau, do alucinado, que te busquem.
A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.
As janelas da alma são espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem. 

*

Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma, descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti, proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade e de perdão, a proclamarem chegada a hora de ternura entre os homens da Terra. 
* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: LEAL, 1990.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Reflexões...


Mensagem de Ânimo...


Medo de ver espíritos...


Medo de ver espíritos

Livro: Força Interior
Rita Foelker



Pessoas que às vezes vêem Espíritos são muito comuns. E tão mais comuns, são pessoas que se apavoram diante da simples possibilidade de ver um Espírito. 

Isto ocorre, primeiro, porque quase sempre se imagina um Espírito mau ou uma intenção má, por trás destes fenômenos, o que não corresponde à realidade. Há grandes possibilidades de se tratar de um parente desencarnado, de alguém infeliz ou sofredor, de alguém que queira apenas falar conosco, ou de alguém querendo nos dar provas da realidade espiritual e da continuidade da vida após a morte do corpo físico. 

Em segundo lugar, o medo nasce do fato de atribuirmos a estes seres um poder que eles, de fato, não têm. Sem dúvida, é nossa ignorância - e o temor, conseqüentemente - que nos colocam à mercê deles. Afinal, autoridade real sobre nós, só Deus e os Espíritos superiores a nós podem ter, e os Espírito Superiores jamais desejarão nosso mal. 

Além disso, mesmo que os Espíritos sejam inferiores e tenham o desejo de nos prejudicar, não irão fazê-lo, a não ser que sintonizemos com seus propósitos inferiores, acolhendo seus pensamentos e assimilando seus fluidos. Quando nos resguardamos no ambiente da prece, dos bons pensamentos e da prática do bem, nós nos subtraímos à sua influência e saímos de sua esfera de atuação. 

Agora: o medo excessivo é uma janela aberta a alguns Espíritos brincalhões, que se divertem assustando pessoas. Se isto vem ocorrendo com você, experimente ignorar suas tentativas, confiando sempre na Providência de Deus e em seu anjo guardião, e verá que eles terminarão por desistir. 

E se você tem visto ou ouvido Espíritos com freqüência, e não sabe como lidar com isto, o melhor a fazer é procurar um bom curso ou grupo de estudos, numa casa espírita séria. Descobrir que você não está só, pôr pra fora seus receios e suas dúvidas, pode ser muito reconfortante. Consulte os responsáveis a respeito da conveniência, ou não, de participar de reuniões de experimentação mediúnica. 



Pecado e Pecador



Pecado e Pecador

"Amado, não sigas o mal, mas o bem.
Quem faz o bem, é de Deus; mas
quem faz o mal, não tem visto a Deus."
(III João, 11.) 

A sociedade humana não deveria operar a divisão de si própria, como sendo um campo em que se separam bons e maus, mas sim viver qual grande família em que se integram os espíritos que começam a compreender o Pai e os que ainda não conseguiram pressenti-Lo.

Claro que as palavras "maldade" e "perversidade" ainda comparecerão, por vastíssimos anos, no dicionário terrestre, definindo certas atitudes mentais inferiores; todavia, é forçoso convir que a questão do mal vai obtendo novas interpretações na inteligência humana.

O evangelista apresenta conceito justo. João não nos diz que o perverso está exilado de nosso Pai, nem que se conserva ausente da Criação. Apenas afirma que "não tem visto a Deus".

Isto não significa que devamos cruzar os braços, ante as ervas venenosas e zonas pestilenciais do caminho; todavia, obriga-nos a recordar que um lavrador não retira espinheiros e detritos do solo, a fim de convertê-lo em precipícios.

Muita gente acredita que o "homem caído" é alguém que deve ser aniquilado. Jesus, no entanto, não adotou essa diretriz. Dirigindo-se, amorosamente, ao pecador, sabia-se, antes de tudo, defrontado por enfermo infeliz, a quem não se poderia subtrair as características de eternidade.

Lute-se contra o crime, mas ampare-se a criatura que se lhe enredou nas malhas tenebrosas.

O Mestre indicou o combate constante contra o mal, contudo, aguarda a fraternidade legítima entre os homens por marco sublime do Reino Celeste.


Emmanuel (Espírito) / Francisco C. Xavier
Livro: Pão Nosso

Reflexão...


Magnetismo Pessoal


Magnetismo Pessoal


"E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele uma virtude que os curava a todos." — (Lucas, VI-XIX.)


Na atualidade, observamos toda uma plêiade de espiritualistas eminentes, espalhando conceitos relativos ao magnetismo pessoal, com tamanha estranheza, qual se estivéssemos perante verdadeira novidade do século XIX.

Tal serviço de investigação e divulgação dos poderes ocultos do homem representa valioso concurso na obra educativa do presente e do futuro, no entanto, é preciso lembrar que a edificação não é nova.

Jesus, em sua passagem pelo Planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. D'Ele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes.

Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.

Se pretendes, pois, um caminho mais fácil para a eclosão plena de tuas potencialidades psíquicas, é razoável aproveites a experiência que os orientadores terrestres te oferecem, nesse sentido, mas não te esqueças dos exemplos e das vivas demonstrações de Jesus.

Se intentas atrair, é imprescindível saber amar. Se desejas influência legítima na Terra, santifica-te pela influência do Céu.


Emmanuel

Do livro Pão Nosso, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Escala Espírita - Progressão dos Espíritos

 
 Progressão dos Espíritos

Os Espíritos são criados simples e ignorantes, isto é, sem ciência e sem conhecimento do bem e do mal, porém perfectíveis e com igual aptidão para tudo adquirirem e tudo conhecerem, com o tempo. A princípio eles se encontram numa espécie de infância, carentes de vontade própria e sem a consciência perfeita de sua existência.

A medida que o Espírito se distancia do ponto de partida, desenvolvem-se-lhe as idéias, como na criança, e com as idéias o livre-arbítrio, isto é, a liberdade de fazer ou não fazer, que é um dos atributos essenciais do Espírito.

O objetivo final de todos consiste em alcançar a perfeição de que é suscetível a criatura. O resultado dessa perfeição está no gozo da suprema felicidade.

Com este objetivo, os Espíritos revestem transitoriamente um corpo material. A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna; a vida corporal é transitória e passageira: não é mais do que um instante na eternidade.

O aperfeiçoamento do Espírito é fruto do seu próprio labor, ele avança na razão de sua maior ou menor atividade ou da boa vontade em adquirir as qualidades que lhe faltam.

Não podendo, numa só existência, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais, ele chega a essa aquisição por meio de uma série de existências, em cada uma das quais dá alguns passos para frente, na senda do progresso e se liberta de algumas imperfeições.

Para cada nova existência, o Espírito traz o que ganhou em inteligência e em moralidade nas suas existências pretéritas, assim como os germens das imperfeições de que ainda não superou. Não perde jamais uma vitória alcançada: um vício vencido jamais lhe será problema. Tampouco poderá retrogradar, pois os Espíritos não degeneram. Podem permanecer estacionários, mas jamais retrogradam.

Quando o Espírito empregou mal uma existência, isto é, quando nenhum progresso realizou na senda do bem, essa existência lhe resulta sem proveito: ele tem que a recomeçar em condições mais ou menos penosas.

É indeterminado o número de existências; depende da vontade do Espírito reduzir esse número, trabalhando ativamente pelo seu progresso moral.

No intervalo das existências corpóreas, o Espírito vive a vida espiritual, que Kardec chama de erraticidade.

Quando os Espíritos realizam a soma de progresso que o estado do mundo onde estão lhes faculta efetuar, eles o deixam, passando a encarnar noutro mais adiantado, onde entesouram novos conhecimentos. Prosseguem assim, até que nenhuma utilidade mais tenha a encarnação em corpos materiais. Entram, então, a viver exclusivamente a vida espiritual, em que progridem noutro sentido e por outros meios. Galgando o ponto culminante do progresso gozam da felicidade suprema.

 
Escala Espírita

Allan Kardec [LE-qst 100] vai apresentar uma classificação prática dos diversos Espíritos, de acordo com seu progresso intelecto-moral. Lembra o Codificador que esta classificação não é estanque, existindo inúmeras variações entre uma classe e outra, e que Espírito algum permanecerá eternamente na mesma classe, pois o progresso é uma fatalidade na Lei Divina.

 
A - Primeira Ordem: Espíritos Puros

Os Espíritos que compõe a primeira ordem percorreram todos os degraus da escala e se despojaram de todas as impurezas da matéria. Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais de sofrer provas e expiações. Não estão mais sujeitos às reencarnações, mas podem, ocasionalmente, reencarnarem como grandes missionários. Gozam de inalterável felicidade e sua superioridade intelectual e moral em relação aos outros Espíritos é absoluta. São os mensageiros de Deus, na direção dos mundos, sistemas planetários e galáxias.

O único Espírito puro a encarnar no nosso orbe foi Jesus.

Esta ordem apresenta uma única classe ( 1ª classe);

 
B- Segunda Ordem: Espíritos Bons

Observa-se nesses Espíritos, predomínio do Espírito sobre a matéria, desejo do bem; buscam Deus conscientemente, mas ainda terão de passar por provas; uns possuem a ciência, outros a sabedoria e a bondade; os mais adiantados juntam ao seu saber as qualidades morais.

 
Esta ordem apresenta quatro classes principais:

2ª Classe: Espíritos Superiores: reúnem a ciência, a sabedoria e a bondade; buscam comunicar-se com os que aspiram à verdade; encarnam-se na Terra apenas em missão de progresso e caracterizam o tipo de perfeição a que podemos aspirar neste mundo;

3ª Classe: Espíritos Prudentes: elevadas qualidades morais e capacidade intelectual que lhes permitem analisar com precisão os homens e as coisas;

4ª Classe: Espíritos Sábios: amplitude de conhecimentos aplicados em benefício dos semelhantes; têm mais aptidão para as questões científicas do que para as morais;

5ª Classe: Espíritos Benévolos: seu progresso realizou-se mais no sentido moral do que no intelectual; a bondade é a qualidade dominante.

 
C- Terceira Ordem: Espíritos Imperfeitos

Predomínio da matéria sobre o Espírito. Propensão ao mal. Têm a intuição de Deus, mas não o buscam através de atos e pensamentos. Apresentam idéias pouco elevadas.

 
Apresenta cinco classes:

6ª Classe: Espíritos Batedores ou Perturbadores: sua presença manifesta-se por efeitos sensíveis e físicos, como pancadas e deslocamento de corpos sólidos;

7ª Classe: Espíritos Neutros: apegados às coisas do mundo, não são bons o suficiente para praticarem o bem, nem maus o bastante para fazerem o mal;

8ª Classe: Espíritos Pseudo-Sábios: possuem grande conhecimento, mas julgam saber mais do que sabem; sua linguagem tem caráter sério, misturando verdades com suas próprias paixões e preconceitos;

9ª Classe: Espíritos Levianos: são ignorantes e inconseqüentes, mais maliciosos do que propriamente maus; linguagem alegre, irônica e superficial;

10ª Classe: Espíritos Impuros: o mal é o objeto de suas preocupações; sua linguagem é grosseira e revela a baixeza de suas inclinações.


Bibliografia
a) Livro dos Espíritos - Allan Kardec
b) Obras Póstumas - Allan Kardec

Fonte: CVDEE

domingo, 25 de novembro de 2012

Eu Acredito em Você!


Luz do Dia...


Volta, não temas




"Volta, não temas"


Volta ao solo o córrego que se elevou em nuvem,
como chuva gentil.
Volta ao grão o gérmen da vida que foge da semente,
envolto na polpa de novo fruto abençoado.
Volta à flor o pólen em carícia de vento,
fecundando além para renascer depois.
Volta à terra o adubo vitalizador da planta,
vitalizado quando se fana.
Volta ao coração o bem onde se semeia a esperança,
a colorir a paisagem.


Tudo volta!
A vida vai e volta, numa balada de nascer, renascer
e progredir, como a expressar que ir é voltar à vida,
e chegar é voltar ao berço para viver.



Volta a sorrir!
O sol oscula o botão da flor e ela sorri.
A chuva beija a terra e, reverdecendo-a, esta sorri.
O fogo funde os metais e, depurando-se, 
expressam formas para sorrir...
Vai a dor, volta a esperança.
Foge a tristeza, volta a alegria.


Volta e ama, embora dilacerado.
A mão que ajuda, sob o comando de uma mente
que perdoa e um coração que ama, é enxada feliz
trabalhando a terra ingrata,
 a fim de que se abra em beleza e utilidade.
Volta, portanto, a amar e a sorrir!


Eros (Espírito) & Divaldo P. Franco

"Volta, não temas"




Volta ao solo o córrego que se elevou em nuvem,
como chuva gentil.
Volta ao grão o gérmen da vida que foge da semente,
envolto na polpa de novo fruto abençoado.
Volta à flor o pólen em carícia de vento,
fecundando além para renascer depois.
Volta à terra o adubo vitalizador da planta,
vitalizado quando se fana.
Volta ao coração o bem onde se semeia a esperança,
a colorir a paisagem.



Tudo volta!
A vida vai e volta, numa balada de nascer, renascer
e progredir, como a expressar que ir é voltar à vida,
e chegar é voltar ao berço, para viver.



Volta a sorrir!
O sol oscula o botão da flor e ela sorri.
A chuva beija a terra e, reverdecendo-a, esta sorri.
O fogo funde os metais e, depurando-se,
expressam formas para sorrir...
Vai a dor, volta a esperança.
Foge a tristeza, volta a alegria.



Volta e ama, embora dilacerado.
A mão que ajuda, sob o comando de uma mente
que perdoa e um coração que ama, é enxada feliz
trabalhando a terra ingrata,
a fim de que se abra em beleza e utilidade.
Volta, portanto, a amar e a sorrir!



Eros (Espírito) & Divaldo P. Franco (Médium)


Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/suicidio-conhecer-para-prevenir/#ixzz2DHnZTYi1

"Volta, não temas"




Volta ao solo o córrego que se elevou em nuvem,
como chuva gentil.
Volta ao grão o gérmen da vida que foge da semente,
envolto na polpa de novo fruto abençoado.
Volta à flor o pólen em carícia de vento,
fecundando além para renascer depois.
Volta à terra o adubo vitalizador da planta,
vitalizado quando se fana.
Volta ao coração o bem onde se semeia a esperança,
a colorir a paisagem.



Tudo volta!
A vida vai e volta, numa balada de nascer, renascer
e progredir, como a expressar que ir é voltar à vida,
e chegar é voltar ao berço, para viver.



Volta a sorrir!
O sol oscula o botão da flor e ela sorri.
A chuva beija a terra e, reverdecendo-a, esta sorri.
O fogo funde os metais e, depurando-se,
expressam formas para sorrir...
Vai a dor, volta a esperança.
Foge a tristeza, volta a alegria.



Volta e ama, embora dilacerado.
A mão que ajuda, sob o comando de uma mente
que perdoa e um coração que ama, é enxada feliz
trabalhando a terra ingrata,
a fim de que se abra em beleza e utilidade.
Volta, portanto, a amar e a sorrir!



Eros (Espírito) & Divaldo P. Franco (Médium)


Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/meditacao-diaria/suicidio-conhecer-para-prevenir/#ixzz2DHnZTYi1

Progresso e Amor




Progresso e Amor
Livro: Companheiro
Emmanuel & Waldo Vieira


    Grande - é o avanço do progresso.
    Maior - será sempre o amor que o ilumina.
    Grande - é a inteligência dos que fabricam os pássaros metálicos que povoam os céus do mundo.
    Maior - é a inteligência de quantos se utilizam deles para levantar a fraternidade entre os povos.
    Grande - é a eficiência dos que engenham máquinas que eliminam as distâncias.
    Maior - é o espírito de responsabilidade e entendimento daqueles que as dirigem favorecendo o trabalho.
    Grande - é o raciocínio de quantos se dedicam à radiotelevisão, sustentando a informação rápida na vida comunitária.
    Maior - é a bondade de quantos lhe manejam os recursos em auxílio da educação entre as criaturas.
    Grande - é a força de quantos organizam as maravilhas da imprensa.
    Maior - é o poder de todos aqueles que escrevem para instruir e reconfortar os irmãos em humanidade.
    Grande - é a segurança dos que formaram o trator destinado a revolver facilmente o solo.
    Maior - é o mérito de quantos semeiam com humildade e devotamento, formulando os prodígios do pão na mesa.
    Grande - é a técnica.
    Maior - é a compreensão.
    Grande - é a cultura que ensina.
    Maior - é a caridade que socorre.
    Onde estiveres e seja com quem for, Ama sempre.
    O progresso faz estruturas.
    O amor acende a luz do caminho.
    Por isto mesmo aprendemos a trabalhar e servir sempre, a fim de conquistarmos a felicidade maior.
    Em verdade, perante Deus, por mais amplo o surto de evolução que nos caracterize a existência, não haverá progresso real sem a bênção do amor.


Humildade...


Mensagem do Dia


sábado, 24 de novembro de 2012

Aspecto da vida dos recém-desencarnados


Através das instruções de pesquisadores, dos conhecimentos auridos em diálogos com Espíritos desencarnados, que já alcançaram certo grau de independência e evolução, e da vivência freqüente com Espíritos enfermos nas sessões mediúnicas de tratamento, podemos afirmar a existência de um princípio geral, que orienta a situação do Espírito, após seu retorno ao plano extrafísico: ao deixar a vida material, gravita automaticamente para a posição que lhe seja peculiar. Evidentemente, o tempo em que isto ocorre é extremamente variável, dependendo dos fatores que influenciaram a desencarnação, do móvel moral/intelectual conquistado durante a experiência terrena que acabou de deixar, e do acervo remanescente das existências anteriores, referentes ao comprometimento com o automatismo da lei de causa e efeito.

A situação em que a alma se encontrará não lhe acrescentará nada, nem em poder, nem em conhecimento, nem em liberdade, além do que já possua. Apenas uma certa agudez de percepção lhe fará sentir-se diferente da condição anterior de encarnada. 

A invisibilidade e a intangibilidade serão as características comuns a todos os desencarnados, com relação aos que deixaram na retaguarda, passando a perceber, com nitidez, os também desencarnados que estejam na sua situação evolutiva, ou abaixo dela. Quanto aos Espíritos de grau superior, somente são vistos ou percebidos, se assim o desejarem.

O abalo da desencarnação, em muitos casos, não deixa o Espírito perceber a realidade da própria situação, isto é, não acredita que morreu, tal a identidade entgre a aparência do corpo físico e a do espiritual, que é semelhante.

Como no mundo espiritual  "o pensamento é tudo", o Espírito reforça a realidade físico-espiritual em que se encontra, consolidando a forma ideoplástica do próprio aspecto com que se sente exteriorizar na nova situação.

A vontade, que é a força modeladora do pensamento, dependendo de sua intensidade, promoverá a consecução dos objetivos que o Espírito pretenda alcançar. O retorno ao reduto doméstico, por exemplo, algumas vezes é conseguido pelo anseio forte que o desencarnado demonstre, embora ele não perceba como o conseguiu.

O que o desencarnante leva consigo, da vida material para a espiritual? - Apenas as conquistas do intelecto e as realizações, boas ou más, no campo moral!

O pensamento, sendo a força por excelência na vida extrafísica, aqueles que se mantenham preocupados com os assuntos e bens da vida material recém-abandonada conservam-se presos a eles, o que lhes dificulta sobremaneira a ascensão a patamares espirituais mais elevados.

Uma expressiva quantidade de recém-libertos do corpo se compraz em manter-se ligada às sensações da vida física, na ilusão de que assim prolongariam a condição de "vivos". Para conseguir tais sensações, alimentam-se das energias sugadas dos encarnados, que se lhes assemelham, moral e intelectualmente. Esses encarnados funcionam como "pontes vivas". Os que se viciaram no álcool, nas drogas ou nos desvios da sensualidade conseguem justapor-se aos seus "hospedeiros", sugando-lhes as energias encharcadas daquele estado vibratório que os satisfaz.

Há pessoas que se espantam ao saberem que o vampirismo é uma realidade; entretanto, nada há nisso de anormal. A permuta de energias é um acontecimento lógico, já que as duas mentes participantes objetivam o mesmo resultado!

É um erro muito generalizado as pessoas começarem a fazer pedidos de ajuda e proteção aos recém-desencarnados, como se somente o fato de haverem deixado a vida material lhes acrescentasse poderes que nunca possuíram. Na grande maioria das desencarnações, os Espíritos não têm condição de resolver ao menos os problemas imediatos surgidos com a nova situação. As necessidades materiais continuam presentes, até que a sublimação da alma se complete. 

O perispírito, que é o plano organogênico do corpo físico, mantém íntegros todos os sistemas do corpo somático; órgãos, vísceras e tecidos têm suas formações, partindo desse plano.* Assim, ao desencarnar, os órgãos permanecem existindo no corpo espiritual, arrastando consigo as necessidades próprias de cada um. Com a natural evolução da alma, a satisfação das necessidades exigidas por eles vai desaparecendo, com temo muito variável, de um Espírito para outro, até extinguir-se, já que o Espírito se mantém com outros recursos de alimentação energética, como a respiração e a absorção pranaiama.

Os desencarnados que fazem a passagem em elevado estado de debilidade são recolhidos a hospitais espirituais existentes nas regiões próximas à Crosta, onde são tratados quase como se encarnados fossem, e alimentados normalmente com caldos, sucos, etc. Na verdade, a necessidade desses recursos existe mais por causa do estado mental dos pacientes do que por exigência do corpo espiritual.

Não é imediatamente que o Espírito se liberta da escravidão dos sentidos. Somente à proporção que o domínio mental se vai ampliando e intensificando é que ele vai se inteirando da nova realidade, e eles, os sentidos, irão deixando de atuar como necessidade imperiosa.


____________________________

* Ver O Consolador, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, Ed. FEB, pergunta nº 30.

por Mauro Paiva Fonseca
O Reformador nº2.133, dezembro/2006.


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Perdão e Autoperdão, por Divaldo Franco


Mensagem do Dia...


“As pessoas são solitárias,
 porque não querem ser solidárias.”

Divaldo Franco

Erros do Passado

Ante a beleza da borboleta, alguém se lembrará de que ela já foi lagarta?


Ninguém perderá tempo perguntando se a pipeta do laboratório pertenceu a algum malfeitor, se os fios da eletricidade, alguma vez, passaram inadvertidamente pelo cano de esgoto, ou se o ferro da máquina terá servido, algum dia, em conflitos de sangue e ódio.
Vale saber que, devidamente transformados, se mostram em disciplina para ajudar.
(…)
Ninguém despreze a bênção das horas, cultivando tristezas inconsequentes ou sombras imaginárias, porque, muito acima dessa ou daquela deficiência que tenha perdurado conosco até ontem, importa hoje a nossa renovação para atender ao bem no lugar exato e no instante certo, porquanto somente nas atividades do bem para o bem dos outros é que nós garantiremos a vida e a continuidade de nosso próprio bem.

Emmanuel. Psicografia de Chico Xavier.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Ao Chico, simplesmente o médium...



Chico, ou um modo de ser! 
 

Realmente como se fora um ‘Cisco’
Andou em silêncio pelas ruas da simplicidade
Um ‘Cisco’ cravejado de luz da obrigação em movimento
O coração discernimento pulsando humildade
No seu lápis da psicografia não faltava o grafite da sintonia
O amor era o seu próprio gesto
De resto, o trabalho era a raiz da harmonia
***
De dia ou à noite sob o clarão da lua á iluminar a rua das suas atitudes
‘Cisco’ era, todo solicitude em favor do próximo
No edifício da seara, ‘Cisco’, a pedra mais clara
No ângulo da bissetriz o dorso da sustentação
***
Avesso ao alarido era mesmo um tom sustenido entre
A melodia e o refrão no compasso da mais simples oração
E no lindo espaço entre o seu sorriso e o seu abraço
Uma lição de amor, entendimento e união
Jesus, então o Maestro de tão infinda orquestração
E as almas desencarnadas e benditas
Reescrevendo as escritas da renovação
***
Chico não foi um templo, e jamais ostentação
Só o mais claro exemplo
De um sincero coração
Cândido Xavier Francisco o delta da equação
Humildade é igual á:
Consciência de não ser multiplicada pela vontade de fazer
Dividida pela dor dos que estão á sofrer
Tendo como incógnitas o silêncio e a abstração do ‘eu’
No modo da resolução
A ambidestria não se confunde sob os olhos do mundo
Por que Cândido Chico sabia o grau da temperatura
Que ferventa a emoção e a lisura!


Fonte: Entendimento Espírita

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Mensagem do Dia


Respeite tudo


Do cultivo da crença raciocinada, no santuário da Inteligência, nascem os frutos substanciosos da certeza no porvir.

Da vontade de realizar o bem, surgem todos os empreendimentos duradouros no mundo.

Do esforço disciplinado e incessante, nenhuma construção pode prescindir para permanecer equilibrada na sua atividade específica.

Dos sinais vivos e puros da fraternidade no próprio semblante ninguém pode fugir, se deseja alcançar a alegria real.

Da busca criteriosa do conhecimento promana a atualização e a competência do trabalhador.

Da utilização da hora presente, em movimento digno, decorrem a segurança e a tranqüilidade merecida nas horas próximas. 

Da hierarquia de valores, sustentada pelas Leis Eternas, alma alguma conseguirá esquivar-se.

Da fixação do mal no leito da estrada derivam-se todas as frustrações e todas as dores que perturbam a marcha do caminheiro.

*

A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recíproca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.

Assim, respeite tudo, ame a todos e confie sempre na vitória do bem, para que você possa manter os padrões da verdadeira felicidade no campo íntimo, dentro do Campo Ilimitado da Evolução.


André Luiz (Espírito) &  Francisco C. Xavier
Obra: Estude e Viva.


O FIM DO MUNDO... VELHO



Boletim SEI

 Pelas ruas de Lyon, França, circulou, na segunda metade do século XIX, uma publicação de 58 páginas com o título “O fim do mundo em 1911”. Mesclando “sinais” do Evangelho e cálculos cabalísticos, trazia relatos capazes de tirar o sono dos mais impressionáveis. Allan Kardec, em sua “Revista Espírita”, de abril de 1868, comenta o fato, recordando previsão anterior, igualmente perturbadora.

“Com efeito, a gente se lembra de que o fim do mundo também tinha sido predito para o ano de 1840; acreditavam com tanta certeza, que tinha sido pregado nas igrejas, e o vimos anunciado em certos catecismos de Paris às crianças da primeira comunhão” – conta o Codificador.

Às vésperas da virada do século XX para o XXI, reacendeu-se no mundo o medo de um novo cataclisma global. Outra profecia dizia que não passaríamos do ano 2000. No entanto...

Mas, como um fim do mundo parece nunca ser o bastante, em 2011 uma nova onda de boatos ganha força. Ajudada pela poderosa máquina de marketing do filme “2012” – que retratou o “final dos tempos” –, a possível profecia trazia um diferencial: a de ser baseada no calendário maia e de revelar não só o ano, mas o mês e o dia do grande fim: 21 de dezembro de 2012. As primeiras semanas do filme em cartaz, embora o sucesso em termos de bilheteria, causaram também pânico e perturbação. Em desespero, milhares de pessoas começaram a escrever para o site “Pergunte a um astrobiólogo”, da Nasa.
“Duas mulheres nas últimas duas semanas disseram que estavam pensando em matar seus filhos e a elas mesmas para não terem que sofrer com o fim do mundo” – disse David Morrison, cientista sênior do Instituto de Astrobiologia da Nasa. A “National Geographic” publicou até um artigo com cientistas desmascarando os mitos sobre o fim do mundo, revelando as improbabilidades científicas do filme e as interpretações descabidas do calendário dos maias, que, não obstante a importância que davam ao 21 de dezembro de 2012, nunca consideraram a data como a do fim do mundo.

“É a época em que o maior ciclo do calendário maia (5.125 anos) acaba e um novo ciclo começa” – esclareceu, à conceituada revista, Anthony Aveni, especialista em cultura maia e arqueoastrônomo da Universidade Colgate, em Hamilton, Nova York.

O Espiritismo – entre tantas outras informações que nos traz – mostra que a morte não existe, pois somos espíritos imortais temporariamente ligados a um corpo de matéria densa para fins específicos de trabalho e aperfeiçoamento, esclarecendo, ainda, que o mundo corporal poderia acabar ou mesmo nunca ter existido sem que isso afetasse o mundo espiritual, nossa verdadeira pátria. Mas a Doutrina Espírita também fala sobre o fim do mundo, não deste mundo a que estamos vinculados hoje como encarnados, mas, sim, do mundo velho, de injustiças, fome, guerras, separação. Ao resgatar a pureza da mensagem cristã dos primeiros tempos, descortina um mundo novo, de fraternidade, respeito, igualdade, espiritualidade, de mais humanidade, aquele mundo prometido por Jesus em seu Evangelho de esperança, onde Apocalipse traduz renovação e não destruição. Demonstra que, dentro do processo inevitável da evolução, nosso planeta caminha da condição de mundo de provas e expiações para a de mundo de regeneração, como demonstra também o livro “Transição planetária” (ed. Leal, 2010), do Espírito Manoel Philomeno de Miranda, psicografado por Divaldo Pereira Franco. E todo esse processo, como já havia revelado o benfeitor espiritual Emmanuel ao médium Chico Xavier (“Plantão de Respostas: Pinga-Fogo II”, ed. CEU, 1995) nos idos de 1970, será perceptível a partir de 2057. Mas, como contou Chico, na mesma oportunidade, cabe, a cada um, longa e árdua tarefa de ascensão. “Trabalho e amor ao próximo com Jesus, este o caminho.”

Coincidência ou não, 2057 será o ano em que a obra inaugural do Espiritismo, “O Livro dos Espíritos”, completará 200 anos. Atendendo, então, à sugestão fraternal do saudoso Chico, arregacemos as mangas e coloquemos mãos à obra, divulgando, principalmente por nossos exemplos, as verdades libertadoras do Evangelho Redivivo. 


(Extraído de Boletim SEI nº 2218, de Novembro de 2012)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Água Fluidificada


Água Fluidificada


Meu amigo, quando Jesus se referiu à benção do copo de água fria, em seu nome, não apenas se reportava à compaixão rotineira que sacia a sede comum. 

Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais profundos. 

A água é dos corpos o mais simples e receptivo da terra. É como que a base pura, em que a medicação do Céu pode ser impressa, através de recursos substanciais de assistência ao corpo e à alma, embora em processo invisível aos olhos mortais. 

A prece intercessória e o pensamento de bondade representam irradiações de nossas melhores energias. 

A criatura que ora ou medita exterioriza poderes, emanações e fluidos que, por enquanto, escapam à análise da inteligência vulgar e a linfa potável recebe a influência, de modo claro, condensando linhas de força magnética e princípios elétricos, que aliviam e sustentam, ajudam e curam. 

A fonte que procede do coração da Terra e a rogativa que flui no imo d’alma, quando se unem na difusão do bem, operam milagres. 

O Espírito que se eleva na direção do céu é antena viva, captando potências da natureza superior, podendo distribuí-las em benefício de todos os que lhe seguem a marcha. 

Ninguém existe órfão de semelhante amparo. Para auxiliar a outrem e a si mesmo, bastam a boa vontade e a confiança positiva.

Reconheçamos, pois, que o Mestre, quando se referiu à água simples, doada em nome da sua memória, reportava-se ao valor real da providência, em benefício da carne e do espírito, sempre que estacionem através de zonas enfermiças. Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução de tuas necessidades fisiológicas ou dos problemas de saúde e equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia. O orvalho do Plano Divino magnetizará o liquido, com raios de amor, em forma de bênção, e estarás, então, consagrando o sublime ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus.


Emmanuel (Espírito) & Chico Xavier
Obra: Segue-me

ESPIRITISMO - A Origem - Parte I


O Espiritismo é uma Religião?

O Espiritismo é uma Religião?


[...] Todas as reuniões religiosas, seja qual for o culto a que pertençam, são fundadas na comunhão de pensamentos; com efeito, é aí que podem e devem exercer a sua força, porque o objetivo deve ser a libertação do pensamento das amarras da matéria. Infelizmente, a maioria se afasta deste princípio à medida que a religião se torna uma questão de forma.
 Disto resulta que cada um, fazendo seu dever consistir na realização da forma, se julga quites com Deus e com os homens, desde que praticou uma fórmula.
 Resulta ainda que cada um vai aos lugares de reuniões religiosas com um pensamento pessoal, por sua própria conta e, na maioria das vezes, sem nenhum sentimento de confraternidade em relação aos outros assistentes; fica isolado em meio à multidão e só pensa no céu para si mesmo.Por certo não era assim que o entendia Jesus, ao dizer: “Quando duas ou mais pessoas estiverem reunidas em meu nome, aí estarei entre elas.” Reunidos em meu nome, isto é, com um pensamento comum; mas não se pode estar reunido em nome de Jesus sem assimilar os seus princípios, sua doutrina. Ora, qual é o princípio fundamental da doutrina de Jesus? A caridade em pensamentos, palavras e ações. Mentem os egoístas e os orgulhosos, quando se dizem reunidos em nome de Jesus, porque Jesus não os conhece por seus discípulos.

[...} Dissemos que o verdadeiro objetivo das assembléias religiosas deve ser a comunhão de pensamentos; é que, com efeito, a palavra religião quer dizer laço.
Uma religião, em sua acepção larga e verdadeira, é um laço que religa os homens numa comunhão de sentimentos, de princípios e de crenças; consecutivamente, esse nome foi dado a esses mesmos princípios codificados e formulados em dogmas ou artigos de fé.
 É nesse sentido que se diz: a religião política; entretanto, mesmo nesta acepção, a palavra religião não é sinônima de opinião; implica uma idéia particular: a de fé conscienciosa; eis por que se diz também: a fé política.
 Ora, os homens podem filiar-se, por interesse, a um partido, sem ter fé nesse partido, e a prova é que o deixam sem escrúpulo, quando encontram seu interesse alhures, ao passo que aquele que o abraça por convicção é inabalável; persiste à custa dos maiores sacrifícios, e é a abnegação dos interesses pessoais a verdadeira pedra-de-toque da fé sincera.
 Todavia, se a renúncia a uma opinião, motivada pelo interesse, é um ato de desprezível covardia, é, não obstante, respeitável, quando fruto do reconhecimento do erro em que se estava; é, então, um ato de abnegação e de razão.
 Há mais coragem e grandeza em reconhecer abertamente que se enganou, do que persistir, por amor-próprio, no que se sabe ser falso, e para não se dar um desmentido a si próprio, o que acusa mais obstinação do que firmeza, mais orgulho do que razão, e mais fraqueza do que força. É mais ainda: é hipocrisia, porque se quer parecer o que não se é; além disso é uma ação má, porque é encorajar o erro por seu próprio exemplo.
O laço estabelecido por uma religião, seja qual for o seu objetivo, é, pois, essencialmente moral, que liga os corações, que identifica os pensamentos, as aspirações, e não somente o fato de compromissos materiais, que se rompem à vontade, ou da realização de fórmulas que falam mais aos olhos do que ao espírito.
O efeito desse laço moral é o de estabelecer entre os que ele une, como conseqüência da comunhão de vistas e de sentimentos, a fraternidade e a solidariedade, a indulgência e a benevolência mútuas. É nesse sentido que também se diz: a religião da amizade, a religião da família.
Se é assim, perguntarão, então o Espiritismo é uma religião?
Ora, sim, sem dúvida, senhores! No sentido filosófico, o Espiritismo é uma religião, e nós nos vangloriamos por isto, porque é a doutrina que funda os vínculos da fraternidade e da comunhão de pensamentos, não sobre uma simples convenção, mas sobre bases mais sólidas: as próprias leis da Natureza.
Por que, então, temos declarado que o Espiritismo não é uma religião?
Em razão de não haver senão uma palavra para exprimir duas idéias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto; porque desperta exclusivamente uma idéia de forma, que o Espiritismo não tem.
 Se o Espiritismo se dissesse uma religião, o público não veria aí mais que uma nova edição, uma variante, se se quiser, dos princípios absolutos em matéria de fé; uma casta sacerdotal com seu cortejo de hierarquias, de cerimônias e de privilégios; não o separaria das idéias de misticismo e dos abusos contra os quais tantas vezes a opinião se levantou.
Não tendo o Espiritismo nenhum dos caracteres de uma religião, na acepção usual da palavra, não podia nem devia enfeitar-se com um título sobre cujo valor inevitavelmente se teria equivocado. Eis por que simplesmente se diz: doutrina filosófica e moral.
As reuniões espíritas podem, pois, ser feitas religiosamente, isto é, com o recolhimento e o respeito que comporta a natureza grave dos assuntos de que se ocupa; pode-se mesmo, na ocasião, aí fazer preces que, em vez de serem ditas em particular, são ditas em comum, sem que, por isto, sejam tomadas por assembléias religiosas.
 Não se pense que isto seja um jogo de palavras; a nuança é perfeitamente clara, e a aparente confusão não provém senão da falta de uma palavra para cada idéia.
Qual é, pois, o laço que deve existir entre os espíritas?
Eles não estão unidos entre si por nenhum contrato material, por nenhuma prática obrigatória.
Qual o sentimento no qual se deve confundir todos os pensamentos? É um sentimento todo moral, todo espiritual, todo humanitário: o da caridade para com todos ou, em outras palavras: o amor do próximo, que compreende os vivos e os mortos, pois sabemos que os mortos sempre fazem parte da Humanidade.
A caridade é a alma do Espiritismo; ela resume todos os deveres do homem para consigo mesmo e para com os seus semelhantes, razão por que se pode dizer que não há verdadeiro espírita sem caridade.
Mas a caridade é ainda uma dessas palavras de sentido múltiplo, cujo inteiro alcance deve ser bem compreendido; e se os Espíritos não cessam de pregá-la e defini-la, é que, provavelmente, reconhecem que isto ainda é necessário.
O campo da caridade é muito vasto; compreende duas grandes divisões que, em falta de termos especiais, podem designar-se pelas expressões Caridade beneficente e caridade benevolente.
Compreende-se facilmente a primeira, que é naturalmente proporcional aos recursos materiais de que se dispõe; mas a segunda está ao alcance de todos, do mais pobre como do mais rico. Se a beneficência é forçosamente limitada, nada além da vontade poderia estabelecer limites à benevolência.
O que é preciso, então, para praticar a caridade benevolente? Amar ao próximo como a si mesmo. Ora, se se amar ao próximo tanto quanto a si, amar-se-o-á muito; agir-se-á para com outrem como se quereria que os outros agissem para conosco; não se quererá nem se fará mal a ninguém, porque não quereríamos que no-lo fizessem.
Amar ao próximo é, pois, abjurar todo sentimento de ódio, de animosidade, de rancor, de inveja, de ciúme, de vingança, numa palavra, todo desejo e todo pensamento de prejudicar; é perdoar aos inimigos e retribuir o mal com o bem; é ser indulgente para as imperfeições de seus semelhantes e não procurar o argueiro no olho do vizinho, quando não se vê a trave no seu; é esconder ou desculpar as faltas alheias, em vez de se comprazer em as pôr em relevo, por espírito de maledicência; é ainda não se fazer valer à custa dos outros; não procurar esmagar ninguém sob o peso de sua superioridade; não desprezar ninguém pelo orgulho.
Eis a verdadeira caridade benevolente, a caridade prática, sem a qual a caridade é palavra vã; é a caridade do verdadeiro espírita, como do verdadeiro cristão; aquela sem a qual aquele que diz: Fora da caridade não há salvação, pronuncia sua própria condenação, tanto neste quanto no outro mundo.

[...] Crer num Deus Todo-Poderoso, soberanamente justo e bom; crer na alma e em sua imortalidade; na preexistência da alma como única justificação do presente; na pluralidade das existências como meio de expiação, de reparação e de adiantamento intelectual e moral; na perfectibilidade dos seres mais imperfeitos; na felicidade crescente com a perfeição; na eqüitativa remuneração do bem e do mal, segundo o princípio: a cada um segundo as suas obras; na igualdade da justiça para todos, sem exceções, favores nem privilégios para nenhuma criatura; na duração da expiação limitada à da imperfeição; no livre-arbítrio do homem, que lhe deixa sempre a escolha entre o bem e o mal; crer na continuidade das relações entre o mundo visível e o mundo invisível; na solidariedade que religa todos os seres passados, presentes e futuros, encarnados e desencarnados; considerar a vida terrestre como transitória e uma das fases da vida do Espírito, que é eterno; aceitar corajosamente as provações, em vista de um futuro mais invejável que o presente; praticar a caridade em pensamentos, em palavras e obras na mais larga acepção do termo; esforçar-se cada dia para ser melhor que na véspera, extirpando toda imperfeição de sua alma; submeter todas as crenças ao controle do livre-exame e da razão, e nada aceitar pela fé cega; respeitar todas as crenças sinceras, por mais irracionais que nos pareçam, e não violentar a consciência de ninguém; ver, enfim, nas descobertas da Ciência, a revelação das leis da Natureza, que são as leis de Deus: eis o Credo, a religião do Espiritismo, religião que pode conciliar-se com todos os cultos, isto é, com todas as maneiras de adorar a Deus.
É o laço que deve unir todos os espíritas numa santa comunhão de pensamentos, esperando que ligue todos os homens sob a bandeira da fraternidade universal.
Com a fraternidade, filha da caridade, os homens viverão em paz e se pouparão males inumeráveis, que nascem da discórdia, por sua vez filha do orgulho, do egoísmo, da ambição, da inveja e de todas as imperfeições da Humanidade.
O Espiritismo dá aos homens tudo o que é preciso para a sua felicidade aqui na Terra, porque lhes ensina a se contentarem com o que têm. Que os espíritas sejam, pois, os primeiros a aproveitar os benefícios que ele traz, e que inaugurem entre si o reino da harmonia, que resplandecerá nas gerações futuras.

[...]
 Fonte : (Texto de Allan Kardec lido na Sessão Anual Comemorativa dos Mortos, no dia 1º. de novembro de 1868. Transcrição parcial, Revue Spirite, dezembro de 1868).